Por que protegem a ajuda a Israel?

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Sugestão: Rafael

Há muito tempo atrás, considerava-se a segurança social como o “terceiro trilho” da política americana. O “terceiro trilho”é um ferrovia carregada de alta energia: tocá-la significa morte instantânea.

Há décadas aplica-se essa metáfora à segurança social: um programa do governo que é tão popular, que lhe propor mudanças significaria a morte política para o político que o fizesse.

Mas isso é passado. Apesar de a segurança social continuar tão popular como sempre o foi, políticos amiúde propõem mudanças no programa – mudanças como privatização e limites na eligibilidade de quem recebe a ajuda segundo a sua renda. Apesar de, felizmente, terem sido infrutíferas propostas assim, os políticos que as apóiam continuam a viver para continuar a lutar no dia seguinte. Hoje, com todos os défices gigantescos e o débito nacional astronômico, nem a segurança social é mais sagrada.

Poucos programas do governo o são – poucos ou nenhum.

Mas a ajuda dos EEUU a Israel o é. Com efeito, os 3 bilhões de dólares do pacote de ajuda a Israel são o novo terceiro trilho da política americana: toque-a e morra. Eles são também o único programa em que todos – esquerdistas, conservadores, Democratas, Republicanos e ativistas do Tea Party – concordam não dever sofrer nem sequer um dólar de corte.

Na verdade, a coisa não é bem assim. Esses partidos e facções não acham que eles sejam mesmo intocáveis, aqueles 3 bilhões de dólares de ajuda a Israel. Eles apenas dizem que acham porque um poderoso lobby, o Comitê Americano de Assuntos Públicos de Israel (AIPAC), deixa-lhes claro que tocar no pacote de ajuda lhes trará um grande problema na próxima eleição.

Cortes a programas sociais

Que o Democrata ou o Republicano médio decidam que cortes na ajuda a Israel não são negociáveis, já não surpreende muito. E isso, mesmo que apóiem cortes em programas como o head start, que educa crianças pobres, ou o WIC, que fornece assistência alimentar a mulheres de poucos recursos e a seus filhos.

Isso não surpreende porque todos sabem que os comitês de finanças de campanhas de Democratas e Republicanos alertam a seus membros sobre as temíveis consequências que podem se lhes abater caso eles ousem se afirmar contra o lobby.

É por isso que até os membros mais esquerdistas do congresso americano nunca apontam o absurdo de apoiar o financiamento completo da ajuda a Israel, enquanto se mutila programas domésticos de importância vital. Com efeito, apenas dois membros do congresso sugerem que Israel compartilhe dos sacrifícios [nos cortes]: o deputado Ron Paul (R-Texas) e seu filho, o senador Rand Paul (R-Kentucky), que cortariam quase todos os programas do orçamento, até a ajuda a Israel.

Apesar de estarem completamente sós aqui, os dois Pauls assustaram a AIPAC: assustaram-na o bastante para que ela fosse certificar-se de que Republicanos de mentalidade similar – aqueles da frente “corte tudo” – não se extraviem e sigam o mesmo caminho dos Pauls, em nome, digamos, da lógica e da consistência.

Conservadores fiscais?

A maior preocupação da AIPAC era com Republicanos em seu primeiro mandato, aqueles que foram eleitos com o apoio de ativistas do Tea Party. Esses ativistas são geralmente conservadores fiscais radicais, e eles tendem a rejeitar que haja exceções – quaisquer exceções – nos cortes no orçamento.

Quase que imediatamente, a AIPAC produziu uma carta para que esses Republicanos a assinassem. A carta lhes pedia que se comprometessem a poupar Israel de cortes, não importa o que mais eles cortassem. E quase que imediatamente, 65 dos 87 novatos Republicanos assinaram a carta. Outros o fizeram mais tarde.

Entre os signatários estão alguns dos apoiadores mais veementes de cortes em quase todos os programas domésticos. Estas são pessoas que apóiam planos que eliminam empregos em seus próprios distritos. Elas apontam com orgulho à sua devoção ao princípio de que o sacrifício deve ser compartilhado por todos.

Mas não por Israel.

Que quase todos os outros programas estão sofrendo cortes, a carta da AIPAC o reconhece. Ela fala de “gastos desenfreados e défices de um trilhão de dólares”. Ela até concede que “escolhas duras precisam ser feitas para controlar gastos federais” e que “precisamos fazer um trabalho melhor ao decidir quais são as prioridades do orçamento”. Essas prioridades, pode-se vê-las na lista de cortes orçamentais draconianos que os novatos apóiam.

Mas aí diz a carta: “Portanto, como este congresso considera a continuação da resolução [relativa a Israel], nós lhes instamos [à liderança da Câmara dos Deputados] que incluam o compromisso dos Estados Unidos com Israel de lhe enviar três bilhões de dólares sem cortes para o Ano Fiscal de 2011 sob o Memorando de Entendimento EEUU-Israel de 10 anos”.

Eis o instante em que os falcões se tornam pombos dóceis: quando se trata de Israel.

Ajuda condicional

Isso não quer dizer que os Estados Unidos devem eliminar a ajuda militar a Israel. Muito do pacote de ajuda pode ser justificado no fato de que Israel é um aliado – um aliado com muitos inimigos que buscam sua destruição.

Mas que, de todo o orçamento federal, se escolha esse programa e se diga dele, sem nenhuma discussão, que ele merece financiamento completo, sem escrutínio algum, enquanto quase todos os outros programas são cortados – como se pode justificar isso?

O fato é que tanto os Estados Unidos quanto Israel estariam em condição melhor se os americanos atrelassem condições à sua ajuda, como nós fazemos com outros programas de assistência externa.

Por exemplo, podíamos dizer que, para cada dólar que Israel gaste com a expansão de assentamentos, subtrairemos um dólar do pacote de ajuda. Ou podíamos segurar uma parte do pacote até que Israel venha a concordar a congelar os assentamentos – algo que possibilitaria o recomeço das negociações com os palestinos.

Ou podíamos simplesmente examinar o orçamento do pacote, item por item, e, assim, assegurarmo-nos de que cada programa seu apóie metas da política dos EEUU. Por exemplo, aquelas bombas de fragmentação que os EEUU fornecem e que ainda estão explodindo no Líbano: elas servem mesmo aos nossos interesses?

Mas nós aqui não fazemos nada disso. Israel prepara uma lista de compras e membros do congresso fornecem os itens. Compre até cair.

Isso está errado. O pacote de ajuda a Israel, o congresso deveria tratá-lo como o faz com todos os programas que beneficiam diretamente aos americanos. Aqueles que o apóiam deviam ser forçados a defendê-lo, linha por linha.

Mas o triste fato é que grupos de interesses especiais – grupos como o AIPAC, a Câmara de Comércio e o Clube pelo Crescimento – intimidam o Congresso a livrar seus projetos prediletos até de discussão. O pacote de ajuda a Israel nem sequer será discutido este ano, salvo por membros do Congresso informando a AIPAC de sua firme devoção a ele.

Quem dera se as crianças, os americanos da classe trabalhadora e os pobres fossem do interesse especial de alguém. Talvez então eles pudessem algum dia intimidar o congresso. Como diz uma antiga expressão judaica: quiséramos nós ver este dia.

Autor: MJ Rosenberg
Fonte: Aljazeera

27 Comentários

  1. Que esperar de um artigo cuja fonte é a Al Jazeera, a maior incentivadora das agitações atuais no mundo árabe mas que é totalmente conivente com o governo fascista iraniano assim como com seus acólitos Hamas e Hezbollah e a aliada-lacaia Síria?

  2. Que esperar de um comentário de HMS Tireless, alguém que nunca na vida produziu um pensamento que questionassem a linha seguida pela política americana, alguém que enche a boca para se queixar do “fascismo” iraniano, mas que não diz nada quanto a Guantánamo – alguém que chegou mesmo a pedir pelo assassínio de Julian Assange só porque ele faz valer seu direito à livre expressão?
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    É irracional e é prova de burrice desconsiderar um argumento só por conta de sua fonte. É também prova do fanatismo de uma pessoa por um país que nem sequer é o seu.
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    E só para não deixar passar em branco: o autor do texto é um judeu e alguém que já trabalhou no governo americano.
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    http://www.israelpolicyforum.org/users/mj-rosenberg

  3. O PODER DA CORRUPÇÃO
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    Um belo exemplo de democracia é este Estados Unidos da America!
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    Muitos sabem que isso tudo, é pressão violenta do lobi dos Judeus de lá e de Israel;qualquer estrangeiro ou não,pode doar sem limite, dinheiro para campanhas políticas de um político americano,e lá as coisas são muito caras nas campanhas políticas.
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    Na minha terra brasilis isso é caixa dois,é pura corrupção !
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    Um bom tema para a teoria da conspiração ,com todo esse espatifado da molecagem na política interna americana,vejo com muita curiosidade pois, o que está realmente por trás essa apaixonante ajuda de alguns políticos americano a Israel?

  4. Éssa de tirar o pão do cidadão americano para dar a Israel é boa, a morte de alguns americanos e a destrução das torres gemeas é um mal necesario para justificar uma guerra contra o terror, tambem foi boa.

  5. Autor – M J Rosenberg.
    Isso não é nome de judeu?
    Na realidade, não importa a origem ou o autor, o tema é sério e foi abordado corretamente.

  6. Lucena:

    Interesses. EUA e Israel têm seus interesses em comum. Simples assim. Mas devo admitir que a idéia de descontar cada dólar da ajuda por cada dólar colocado nos assentamentos ilegais é boa. Teria um efeito pedagógico interessante e, dentro do cenário interno israelense, na iminência de deixar a defesa do país a descoberto por conta de um grupelho de colonos extremistas, o apoio aos assentamentos ilegais e a ocupação da cisjordânia iria minguar entre a opinião pública. Satisfeito agora Rafael?

  7. AJ

    O artigo não esclarece o real contexto onde o mesmo se insere mas, bem ao estilo Al Jazeera de disseminar a discódia, é divulgado de forma um tanto solta. De toda sorte, se o amigo puder colaborar com mais subsídios, seria interessante para o debate. Sds

  8. Rafael:
    Não endosso o que ocorre em guantánamo. Por mais desprezíveis que sejam, os que ali estão confinados não merecem permanecer ali sem um julgamento justo, na forma da Lei pois este é um dos pilares de qualquer regime que queira ser chamado de democrático. E pequei por não ter externado isso antes. Quanto à Julian Assange, continuo afirmando que o que ele faz não é defesa da liberdade de expressão. Contudo não defendo mais a morte do mesmo afinal seria transformá-lo em um mártir. Melhor ele extraditado para a Suécia pelo delinquente sexual que ele é e, após, ser extraditado para os EUA onde, após um julgamento onde seja garantido o contraditório e a ampla defesa, o mesmo possa apodrecer em alguma prisão federal.

  9. @HMS:
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    Sim, agora melhorou um pouco. Por acaso doeu, isso de levar um argumento a sério em vez de usar de chavões fáceis para desmerecê-lo? Eu só discordo de você quanto a EUA e Israel terem mesmo tantos interesses em comum. E não sou só eu quem duvida disso; Moshe Dayan também o fez num de seus livros. E muitos americanos questionam a aliança dos EUA com Israel porque eles não conseguem ver como ela promove os interesses americanos na região. Exemplos de americanos assim: o prof. de relações internacionais Steven Walt e o advogado em questões constitucionais Glenn Greenwald, que é judeu. O Oriente Médio é uma área de interesse vital para muitos países – para todos aqueles que precisam importar petróleo para sustentar seu parque industrial e um nível de consumo alto. E o petróleo está com os árabes. Deviam ser os árabes aqueles com que os americanos deviam se aliar. São os árabes que, se insatisfeitos, podem atingir o ocidente sustando o fornecimento de petróleo ou aumentando seu preço, algo que eles já fizeram em 1973 (foi por isso que o presidente Geisel – o grande Geisel – apoiou a resolução antissionista em 1975: não foi por equerdismo, já que ele não era esquerdista; foi por ser um realista, mesmo). Já Israel não tem esse tipo de poder, e nem é Israel, um país minúsculo, um parceiro comercial de importância para o ocidente ou para qualquer país do mundo.

  10. Vivemos num mundo repleto de idéias ligadas a política, economia, etc. etc… Certo professor disse algo DETERMINANTE em se tratando do assunto abordado neste post. Ele afirmou: “Todos somos fundamentalistas, embora muitos nem saibam que o são”.
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    Pois bem, nos Estados Unidos há um fundamentalismo religioso que não há no Brasil. A fé cristã para muitas pessoas e levada muito mais a sério do que na Terra Brasilis. Vi cidadãos comuns nos Estados Unidos cujo conhecimento bíblico excedia a de muitos religiosos brasileiros. Muitos americanos crêem que os Estados Unidos da América são uma nação próspera devido à fé no Deus das escrituras. Deve ser incluído também nisso protegerem os judeus, pois a bíblia diz que “abençoados serão os que abençoarem a descendência de Abraão, e amaldiçoados aqueles que a amaldiçoarem”.
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    Acreditem ou não, o que escrevi acima é o que determina o apoio quase incondicional dos norte-americanos a Israel.
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    Entra também outras variáveis secundárias: fator geoestratégico, apoio a única democracia consolidada do Oriente Médio, o fato dos judeus serem brancos que contribuíram decisivamente com o desenvolvimento tecnológico e cultural do que se chama de humanidade, a rejeição do Ocidente ao Islã, o fato dos judeus estarem integrados a cultura americana e trabalharem pelo desenvolvimento daquele país, entre outros.
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    Enquanto muçulmanos querem destruir os Estados Unidos, os judeus tem este país como uma de suas pátrias.
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    Outro fator é que embora os judeus formem apenas 3% do eleitorado, estão entre os maiore$ doadore$ para campanha$s eleitorai$$$.

  11. Rafael e HMS, me permitam participar, mesmo não tendo o conhecimento de vcs.

    Já aviso logo, não tenho nada contra Judeus, Árabes, Muçulmanos, etc.

    Vejam, todo o Poder Americano está nas mãos dos Judeus. Exs: os Congressistas americanos que são quem realmente mandam nos EUA, todos são patrocinados por judeus.

    O Cinema americano, maior veículo de disseminação do American Way of Life, está totalmente nas mãos dos Judeus. Desde os produtores, roteiristas, artistas, estúdios até quem paga a conta.

    Ou seja: os EUA comem nas mãos dos Judeus.

  12. O texto está sim muito bem pautado e embasado, as ideias estão claras e fazem todo sentido, A AlJazeera mostra ao mundo o que o resto do mundo insiste em não mostrar, mostra e fala sobre o que ocorre no mundo árabe, mostra o que fazem lá os invasores, e na pior das hipóteses a AJ não seria algo diferente da FOX, o que não é o caso, nem de perto. já o HMS, bem, só isso mesmo.

  13. Caros Senhores :
    A Câmara de Representantes dos Estados Unidos, aprovou um corte da ordem de 61 bilhões de dólares do orçamento norte-americano. A instituição é controlada pelos republicanos.
    ==============
    Estão previstos cortes na reforma de saúde que foi aprovada por Barack Obama no ano passado, a educação também vai perder verba e a EPA (Agência de Proteção Ambiental) vai ser impedida de regular as indústrias emissoras de gases de feito estufa.

    Foram cancelados também recursos para um segundo motor para o avião de combate F-35 e também foi eliminado o financiamento para o Instituto de Paz dos Estados Unidos e para o Centro Oriente-Ocidente.

    ===========
    Outra verba militar que foi quase cortada foi de 400 milhões de dólares de um fundo para construir a infra-estrutura devastada pela guerra do Afeganistão e mais 1,5 milhão de dólares do fundo das Forças de Segurança do Iraque, em suma dinheiro utilizado para manter a fracassada invasão no Iraque e Afeganistão.

    Por outro lado, os republicanos mantiveram a verba de ajuda a Israel ( 3 bilhões de dólares ) e ao Egito (US$ 1,3 bilhão) .
    =======
    SE VOCE considerar que a ajuda ao Egito é para auxiliar a estabilizar o nação Israelense.
    A ajuda chega a 4,3 bi.
    TUDO ISSO por amor a Israel ou PARA manter o fluxo do petroleo.
    Sabio os isralenses que estão tirando proveito da fragilidade americana???????
    E impoem aos palestinos uma DAS PIORES e maiores PERSEGUISÕES já vista na humanidade só comparada a feita pelos alemães aos judeus.
    Só que o sistema de controle montado esta se tornando caro, instavel, e sem qualquer possibilidade de se manter no futuro igual a que é hoje.
    Abs

  14. O texto me parece bem claro e lúcido, sem nenhuma “explosão” de radicalismo. De fato é algo a se pensar por que programas internos têm o orçamento cortado e Israel que nem petróleo tem recebe 3 bilhões de dólares por ano de uma população cuja a taxa de desemprego só aumenta. O radicalismo vejo da parte de quem acha isso natural. Contudo os EUA têm pelo menos um interesse em Israel, caso aja a necessidade de intervenção militar na Ásia Israel é o ponto de parada, principalmente no oriente médio.

  15. Todo idiota que defende o indefensável, tende a desqualificar as fontes de informações(Aljazeera). Pelo simples fato de não ter argumentação contra o óbvio, ele tem que se apoiar em algo.

  16. Nilo
    Discordo totalmente que os judeus persigam os palestinos. Os israelenses são uma minúscula nação, menor do que El Salvador, formada depois do holocausto da 2ª Guerra Mundial.
    Os JUDEUS APENAS BUSCAM O DIREITO DE NÃO SEREM MORTOS PELOS MUÇULMANOS.
    O problema não está nos judeus, está no islamismo que não tolera outras religiões. Os europeus estão malucos com a imigração muçulmana. Europa, Estados Unidos e Austrália estão gastando rios de dinheiro para impedir o terrorismo interno perpetrado por muçulmanos. O Paquistão com suas 40.000 madrassas (escolas religiosas) é o inferno na Terra onde diariamente dezenas de pessoas viram guisado pela ação de atos terroristas.
    A intolerância do mundo árabe à razão, transformou há muito tempo esses países em sinônimo de atraso e desrespeito aos direitos humanos.
    Não creio que deveríamos culpar Israel por qualquer coisa, antes deveríamos apoiar incondicionalmente aos judeus.

  17. Poucos têm a coragem de dar a simples resposta desta pergunta: judeus sionistas mandam nos EUA. Aquele país inteiro, tido como grande opressor das nações ao redor do mundo, não passa de um fantoche robusto desse grupo apátrida que envia a juventude dos povos hospedeiros para matar e morrer em seu nome.

  18. ¨Outro fator é que embora os judeus formem apenas 3% do eleitorado, estão entre os maiore$ doadore$ para campanha$s eleitorai$$$.¨

    simples….

  19. E porque contrariar Israel e ainda mais em vacas magras.Os maiores empresarios,banqueiros e industriais Americanos são Judeus e dizer que a proteção é apenas por motivos humanitarios de Israel ser ameaçada de extinção é ate ilaria.Alem de ser Israel a importante cabeça de ponte entre ocidente-oriente…Americanos são previsiveis e nessa fragilidade com economia em baixa o moral fraqueja…TCHUMMMMMMM…..

  20. Rogerio
    É se você estivesse na pele dos palestinos que tem suas terras roubadas, filhos torturados, violentados e mortos talvez você mudasse sua opinião sobre Israel…
    Não são todos os mulçumanos que são terroristas e intolerância por intolerância os judeus são igualmente culpados, não tenho nada contra os judeus, mas o que você acabou de dizer é um absurdo.

  21. Caro Rogerio Schneider, como posso apoiar incondicionalmente aos judeus????
    Entre o final de 2008 e o início de 2009 quantos palestinos morrem na faixa de gaza 1.000 ou 1.500 ou 2.000???
    Não é um massacre levando em consideração a desproporção de forças entre outras considerações????
    Estou incondicionalmente com Yitzhak Rabin – são quinze anos que o extremismo e intolerancia israelense o silenciou.

  22. @Schneider
    .
    É tamanha a intolerância do Islã à razão, que foi o Islã que resgatou a Europa da treva da ignorânia católica da Idade Média: foram intelectuais árabes – e também os judeus – que resgataram a filosofia e as letras gregas nessa época. Isso os ocidentais hoje em dia não reconhecem, ou devido à arrogâcia ou porque hoje é o ocidente quem detém o grosso da produção de conhecimento científico no mundo. Seja como for, a Europa tem um débito com o Islã: e isso já o reconheceram grandes europeus como Voltaire e Nietzsche.
    .
    Quanto à tentativa dos europeus de estancar a imigração muçulmana à Europa, isso nada tem a ver com a religião dos imigrantes. Tem a ver é com os a pobreza dos muçulmanos que vão residir lá. É por causa disso, da pobreza, que certos jovens muçulmanos voltam-se para a criminalidade. E é também por causa da pobreza que, assim como os pobres de outras religiões, os muçulmanos tornam-se um fardo a mais no orçamento desses países. Os estados europeus gastam muito com a manutenção de um vasto estado de bem-estar social que dê conta de fornecer serviços a todos os pobres que residem em sua área. Quando a pobreza e o desemprego aumentam – algo que sempre ocorre com a chegada de imigrantes pobres -, aumentam-se os gastos públicos nesses países. E para fazer isso, ou os governos contraem débitos grandes, ou aumentam os impostos sobre a classe média. No mais das vezes, fazem essas duas coisas. Note que, se em vez de árabes eles fossem latino-americanos, ou se em vez de muçulmanos eles fossem cristãos, nada ia mudar: os europeus iam querer bloquear a imigração do mesmo jeito. Como eu disse, a maior causa das tensões entre imigrantes e nativos europeus está nas disparidades sócio-econômicas entre os dois grupos. Uma prova disso é que estados ricos vêem imigrantes pobres com a mesma desconfiança, mesmo quando eles não são muçulmanos, ou mesmo quando não há grandes diferenças culturais entre a população nativa e a imigrante.
    Exemplos:
    – o Reino Unido: os nativos britânicos gostariam de pôr um fim também à imigração indiana ao seu país. E os indianos em sua maioria não são muçulmanos: são hindus;
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    – os EUA: os EUA são um país cristão. Mas isso não lhes faz gostar mais dos imigrantes mexicanos, outro grupo de maioria cristã;
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    – o Japão: os japoneses discriminam trabalhadores dekassegui da América Latina – trabalhadores que em grande maioria descendem eles mesmos de japoneses;
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    – Portugal: os portugueses não gostam de imigrantes brasileiros, e isso apesar de os dois grupos serem de maioria católica e de os brasileiros terem muitas ligações culturais e genéticas com Portugal;
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    – E o próprio Brasil: o desprezo de brasileiros de São Paulo em relação a migrantes brasileiros do Nordeste.
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    Quanto aos seus pontos, aqui vão minhas respostas:

    fator geoestratégico

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    Como eu disse acima a outra pessoa, fatores estratégicos por si sós levariam os EUA a se aliarem, não aos judeus, mas aos árabes. Qual é o maior interesse dos EUA no Oriente Médio? Que essa região continue a deixar o petróleo fluir de modo estável para o mercado internacional. E não é com os judeus onde o petróleo está – é com os árabes.
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    apoio a única democracia consolidada do Oriente Médio

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    Não é verdade. A Turquia e o Líbano também são democracias. Além disso, se um país é democrático ou não, faz pouca diferença quanto às suas relações geopolíticas. Aqui pesam mais fatores econômicos e estratégicos. Israel sempre foi uma democracia – mas o seu primeiro padrinho político, quem foi? A União Soviética! E além disso, os EUA nunca prezeram muito a democracia alheia. Quantas democracias eles derrubaram na América Latina? Quantos ditadores eles cooptaram na Europa e no Oriente Médio, seja porque eles eram fanáticos anticomunistas ou porque eram pró-Israel? Não, como eu disse, ao forjar suas alianças geopolíticas os americanos não se importam com esse tipo de coisa – com o fato de seus aliados serem democracias ou não.
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    Enquanto muçulmanos querem destruir os Estados Unidos, os judeus tem este país como uma de suas pátrias.

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    A raiva dos muçulmanos em relação aos EUA deve-se justamente a seu apoio incondicional a Israel e às ações terroristas desses dois países em nações muçulmanos. Logo, seu argumento é circular: ou seja, ele é inválido.
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    A intolerância do mundo árabe à razão, transformou há muito tempo esses países em sinônimo de atraso e desrespeito aos direitos humanos.

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    Você está confundindo causa e efeito. Não é radicalismo religioso que causa pobreza e ignorância. Se fosse assim, os EUA seriam mais atrasados que o Brasil. Afinal, você mesmo disse que eles são mais religiosos que nós aqui. Na verdade, é o inverso, é pobreza que causa revolta, e revolta é o que alimenta o extremismo religioso.
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    Os israelenses são uma minúscula nação

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    Não importa. Desde o início o balanço de forças esteve a favor de Israel. Desde seus primeiros anos de existência, Israel conseguiu se afiliar a potências militares – a países que lhe fornecem ajuda financeira, tecnológica e militar com que os árabes não podem competir. O primeiro padrinho de Israel foi a União Soviética; depois foi a França, e foi da França que Israel adquiriu sua tecnologia nuclear; e por fim, os EUA. Além disso, Israel consegue extorquir bilhões de dólares em indenizações da Alemanha como compensação a danos que os judeus sofreram na II Guerra Mundial. Essas compensações vêm em forma, ou de dinheiro ou de tecnologia militar, sobretudo submarinos. Israel não é só uma “nação minúscula”: é também uma superpotência militar.
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    Não creio que deveríamos culpar Israel por qualquer coisa, antes deveríamos apoiar incondicionalmente aos judeus

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    Essa é francamente uma posição burra. Todos os estados agem de forma egoísta. E quando o balanço de forças está muito a favor de um estado – quando nenhum de seus inimigos lhe pode fazer frente quer em força econômica ou em poderio militar -, então ele passa a agir de forma impudente e agressiva. É justamente porque Israel tem apoio demais, e os palestinos de menos, que Israel se sente seguro o bastante para ignorar a lei internacional e continuar a anexar territórios palestinos – a roubar terras, apesar de todas as resoluções que o Conselho de Segurança da ONU e a Assembleia Geral produziram contra esse estado bandido. E é justamente por causa do roubo de terras que ainda hoje continua a haver tensões entre israelenses e palestinos. Como disse, o apoio cego a Israel é uma posição burra.

  23. Felipe, mas vem do Islâ a condenação à morte por apedrejamento de mulheres “adulteras”?????

    Que civilizados hein…

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