Em uma reversão de expectativas sobre o possível fechamento da prisão de Guantánamo, o governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, retirou uma medida que congelava novos processo em tribunais militares e estabeleceu um processo para continuar a manter na base presos que ainda não foram julgados.
Obama disse ter ordenado ao Departamento de Defesa retirar uma ordem que tinha suspendido a entrada de novos processos sob a jurisdição de tribunais militares na prisão. O presidente havia suspendido esses processos quando anunciou sua revisão da política para detentos no local no começo de 2009, logo após ter assumido o poder.
A Casa Branca anunciou que a revisão agora foi finalizada.
Obama também anunciou uma ordem executiva nesta segunda-feira estabelecendo um processo para continuar mantendo em Guantánamo alguns detentos que nunca foram acusados, condenados nem designados para transferências, mas que são considerados uma ameaça à segurança dos EUA.
Apesar disso, a Casa Branca disse que Obama permanece comprometida a eventualmente fechar a prisão de Guantánamo em algum momento.
Obama também disse que ele ainda sentia que o sistema de Justiça dos EUA era uma parte importante em sua guerra contra a al Qaeda e seus afiliados.
Ainda há 172 detentos na prisão de Guantánamo e cerca de três dúzias foram designados para serem processados em cortes criminais dos EUA ou comissões militares. Membros do partido republicano tinham solicitado que os processos acontecessem em Guantánamo.
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