Lançamento de Topol põe comunidade global em alerta

Topol-RS-12M-ICBM

Na semana passada, a Força Estratégica de Mísseis da Rússia lançou o míssil balístico intercontinental RS-12 M Topol, na região de Ástrakhan. Correspondentes da Gazeta Russa investigaram o objetivo do lançamento e sua relação com a crise na Ucrânia.

Na tarde do dia 4 de março, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que o míssil balístico intercontinental RS-12M Topol, lançado do polígono de Kapustin Yar,  na região de Ástrakhan, atingiu com êxito o objetivo condicional no polígono de Sary-Shagan, no Cazaquistão.

“O lançamento foi realizado com o objetivo de testar o equipamento avançado de combate dos mísseis balísticos intercontinentais”, explicou o diretor do departamento, o coronel Igor Iegorov. Por isso, o míssil não continha ogivas nucleares.

Raio-X: Topol

O complexo RS-12M Topol tem míssil balístico intercontinental de três etapas, de combustível sólido, equipado com ajuda de penetração. O Topol se destaca por sua alta sobrevivência, devido à capacidade de manobra, rápida preparação a lançamento e sigilo. O alcance máximo do míssil é 10.500 km e seu peso inicial é de 45 toneladas.

Os militares testaram, sobretudo, o comportamento do míssil no ar e a precisão com a qual o novo simulador realiza a aterrissagem. Sua aparência representa uma cópia exata da ogiva. A forma, peso e o equipamento interior são idênticos à munição original.

De acordo com o Ministério da Defesa, o lançamento foi determinado pelas Forças Estratégicas de Mísseis e pela Marinha. Tropas estratégicas estão atualmente sendo equipadas com o sistema Yars, que, nos próximos anos, estará disponível em cinco divisões. O desenvolvimento do novo sistema foi baseada no Topol, mas o resultado é mais poderoso do que se esperava.

Quanto à Marinha, esses testes são importantes para comandantes navais para poderem avaliar as possibilidades do novo complexo estratégico de submarinos Bulava-30. O equipamento avançado militar para esse míssil também pode ser testado pelo Topol.

Nesses lançamentos, o próprio míssil também é testado. Quando o período de utilização do míssil se esgota, ele não é mais usado, ou é encaminhado dos depósitos para os polígonos do tipo de Kapustin Yar ou Plesetsk. Assim, o míssil antigo ajuda não gastar dinheiro em sua reciclagem e contribui em testes de uma nova ogiva.

Nada a ver com Ucrânia

A Força Estratégica de Mísseis realiza seus lançamentos em geral de dois locais, de Plesetsk para polígono Kura, na península de Kamchatka, ou de Kapustin Yar para o polígono Sary Shagan. A escolha depende da tarefa definida pelos construtores e coronéis.

Se o objetivo é testar a eficiência de toda a munição, eles escolham a trajetória longa até o polígono do Extremo Oriente. Quando a meta é testar uma nova ogiva, o polígono em Astrakhan acaba sendo a melhor opção.

Segundo o Tratado sobre Armas Ofensivas Estratégicas, a instalação de novos equipamentos de combate em mísseis antigos como Topol é proibida. Mas a proibição de utilizar o míssil como simulador em teste de ogivas para outros mísseis não existe – portanto, nesse aspecto a Rússia não violou as obrigações internacionais.

Muitas foram as especulações de que a Rússia teria resolvido mostrar seu potencial nuclear por causa da crise ucraniana. No entanto, especialistas dizem que o lançamento de teste não tem que ser considerado como gesto ameaçador de Moscou, tanto que os militares russos cumpriram o tratado e com antecedência avisaram os Estados Unidos sobre o lançamento do Topol.

“Foi um típico lançamento de teste de míssil balístico intercontinental,  e fomos avisados com antecedência sobre a realização desse teste. A Rússia e os Estados Unidos realizam de vez em quando testes de voo de seus mísseis balísticos intercontinentais e mísseis balísticos em submarinos”, confirmou Caitlin Hayden, representante oficial do Conselho de Segurança Nacional dos EUA na Casa Branca.

Fonte: Gazeta Russa

13 Comentários

  1. Ótimo…

    Que aprendam com quem estão brincando

    A russia não deve ceder um milímetro pro ocidente….

    Os EUA tem que aceitar que os anos 90 de hegemonia ficaram pra trás…

    • Topols existem a mais de três décadas… nada mais é que os russos se desfazendo de suas velhas armas aproveitando para intimidar seus inimigos… mas quem usa misseis com ogiva também pode receber um pela cabeça… só bravata…

  2. por LUCENA
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    “Foi um típico lançamento de teste de míssil balístico intercontinental, e fomos avisados com antecedência sobre a realização desse teste. A Rússia e os Estados Unidos realizam de vez em quando testes de voo de seus mísseis balísticos intercontinentais e mísseis balísticos em submarinos”,

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    (**) confirmou Caitlin Hayden, representante oficial do Conselho de Segurança Nacional dos EUA na Casa Branca.
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    Uma desses testes,os EUA fiseram um teste com um Minuteman III ,os russos aproveitaram e testarão o seu sistema anti-mísseis…os testes foram exitosos,em especial para os russos..heheheheh

  3. Olha, decolou… minha inveja salvável dos russos!! 👿

    Eles tem economia e população menores que a nossa.. Brasil:

    “Mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim, o nome do sócio, confie em mim!!

    E mesmo assim o sistema anti-misseis poderia abater alguns, reduzindo o numero, não salva da catástrofe, mas já é alguma coisa! 😉

    Valeu!!

  4. Eis aí uma das grandes preocupações entre outras muitas em relação ao poderio bélico russo. O Topol M é de uma qualidade quase que inigualável, como o próprio texto diz, é de “alta sobrevivência” ou seja, difícil de ser abatido ou “jameado” pois suas tecnologias de auto proteção são avançadas, e seu nível de manobrabilidade admiráveis,o que o torna um míssil temido, pois uma vez que se torna difícil de abatê-lo ou de suplantá-lo, mais chances de atingir o alvo (detalhe, com ogivas nucleares) este vetor tem. Mas quanto a ter algum envolvimento com a Ucrânia discordo e concordo, pois acredito que deve ser um teste de rotina, onde os engenheiros militares russos estão testando novas tecnologias e operacionalidade do dito cujo, mas veio a calhar que fosse em uma hora tão necessária de conflitos internacionais com grandes potências, pois é uma demonstração de poder memorável. Sds

  5. De agora em diante tudo que vier da Rússia, inclusive a flatulência expelida pelo Sr. Putin sera noticiado pela imprensa ocidental como uma ameaça a vida na Via Láctea,quiça no Universo !

    • Isso mesmo, uma espécie de “” fica ligeiro, tô na área, é nois mesmo, vem que é nóis “” , agora se quiser saber como é “” perdeu playboy… “””cai pra dentro.””” rs rs rs .

  6. Quem tem… mostra… quem não tem … chora!
    Só espero que, como até hoje, só mostrem mas nunca os usem!
    Abraço,

    • Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante… rsrsrsrsrsrsrsrs… como será que saiu na Sapucaí este ano ???… poste fotos… 🙂

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