Encontro dos ministros Luiz Alberto Figueiredo (à direita) e Laurent Fabius nesta manhã em Paris. Bruno Chapiron/Ministère des Affaires étrangères
Gabriel Brust
Na primeira manifestação do governo brasileiro sobre a crise na Crimeia, o ministro das Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo afirmou, na manhã desta quinta-feira (19), em Paris, que o Brasil acompanha os desdobramentos com atenção e que o país apoia os esforços das Nações Unidas para que Rússia e Ucrânia encontrem uma solução negociada.
O chanceler brasileiro se encontrou com o seu par francês, Laurent Fabius, para dar sequência aos acordos iniciados pelo presidente François Hollande, três meses após a sua mais recente visita ao Brasil. Mas o assunto que predominou durante a entrevista aos jornalistas foi a questão ucraniana.
Ao ser indagado se o Brasil não condenaria as ações russas, Figueiredo disse que “não devemos confundir as coisas” e confirmou que o encontro do grupo dos Brics, do qual a Rússia faz parte, está mantido. Ele deve ocorrer após a Copa do Mundo, no Brasil. “A situação ucraniana é muito volátil. Nós a seguimos com muita atenção. Para nós, o importante é resolver a situação e, para isso, é preciso negociar, conversar. Podemos agir de diferentes maneiras para chegar à solução. Queremos uma solução negociada entre todas as partes dentro do contexto de um respeito democrático e da vontade dos ucranianos”.
O ministrou afirmou ainda que o Brasil incentiva o diálogo na região: “A Ucrânia é um país amigo do Brasil e devemos acompanhar com muita atenção. Nós apoiamos todos os esforços do secretário geral das Nações Unidas em direção a uma solução negociada do problema. Creio que os ucranianos devem conversar entre eles para resolver a situação. Todas as partes devem agir com moderação.”
Armas nucleares em xeque
Do lado francês, o ministro Fabius, como esperado, foi mais enérgico. Ele reafirmou a política francesa de atuar em duas frentes. De um lado, sanções econômicas em função do desrespeito ao Direito Internacional. De outro, o incentivo ao diálogo. “A nossa posição é ao mesmo tempo de firmeza, porque não se pode aceitar sem reagir que haja violação do Direito Internacional, ao mesmo tempo diálogo, porque é preciso evitar a escalada.”
A França ofereceu observadores para acompanhar o caso e deve discutir outras ações nestas quinta e sexa, em um encontro europeu em Bruxelas. O chanceler francês salientou também a questão nuclear. Ele relembrou que a Ucrânia aceitou, em 1994, abrir mão de seu arsenal nuclear em troca de sua integridade territorial, em um tratado assinado inclusive pela Rússia.
A quebra desse acordo, segundo Fabius, atrapalha os esforços permanentes para a não proliferação de armas nucleares. “Se o sentimento que se dá é que um Estado que aceitou abandonar as armas não tem mais a integridade garantida, há o risco de ser interpretado como uma incitação aos outros países para que tenham armas para proteger seu terrirório. E isso é contrário a tudo que desejamos”.
Parabéns Brasil, esse é um momento para o pragmatismo.
Temos que por tudo claro no caso do contrato do Alcântara Cyclone Space…
E isso mesmo com as pressões “Externas” (Alô Houston! kkk), o Brasil não deve se meter em outros aspectos da crise ucraniana, não é da nossa conta, o melhor em ser neutro é assistir os outros brigando e até se auto destruindo, a Suíça vive assim desde 1490 se não me engana a memória… e vivem bem desde que adotaram essa postura na política externa!!
Sei que não é o caso do Brasil, e mesmo assim os cachorros grandes que se entendam, nós somos ocidentais e caso a briga fique feia é óbvio que seremos aliados da OTAN no Atlântico Sul e África, mas ainda não chegamos nesse ponto, a guerra é só pra conquistas sem armas, então, eles que se virem!!
O Brasil não fez o dever de casa e nem vai fazer pois político por aqui pensa pequeno, só pensa em lucrar sendo lambedor de botas, seja lambendo de um que do outro, tem sempre o lamber botas como base de raciocínio… e não conseguem ver nada fora dessa linha, falar que podemos viver sem lamber botas pros russos ou Otan é avançado demais pra mentalidade deles, não entenderão como seria possível uma coisa dessa, e mesmo assim existe uma via, o acreditar em si mesmos!!
O Brasil tem que se independente em tudo, tudo mesmo, mas pra isso precisa mostrar sua cara, quem paga e ganha aqui dentro e fora com um Brasil pequeno??
Valeu!!
“não devemos confundir as coisas”
Por que?
“A situação ucraniana é muito volátil. Nós a seguimos com muita atenção. Para nós, o importante é resolver a situação e, para isso, é preciso negociar, conversar. Podemos agir de diferentes maneiras para chegar à solução. Queremos uma solução negociada entre todas as partes dentro do contexto de um respeito democrático e da vontade dos ucranianos.”
Ainda mais que…
“A Ucrânia é um país amigo do Brasil e devemos acompanhar com muita atenção.”
Sem contar que o Brasil possui acordo com os 4 lados (Rússia, Ucrânia, EUA e UE).
TINHA UM GATO EM CIMA DO MURO… o gato morreu… o gato sumiu… e seu paradeiro está no estrangeiro… onde está o gato ???… o Swiss National Bank deve saber… 🙂
Esta certíssimo o Brasil…
Nos não temos pq nos indispor com a Russia, que é um importante parceiro comercial e um mercado consumidor que só tende a crescer….
Daqui a pouco vai aparecer os recalcados trilogienses querendo ditar a agenda do governo federal…
Meia dúzia de dementes querendo ditar pela internet o que o Brasil deve ou não fazer…
Pfffff
BRASIL OLHA O RECADO QUE A UCRANIA ESTA DANDO PARA OS PAISES QUE ACINARAM O TRATADO DE NÃO PROLIFERAÇÃO DE ARMAS NUCLEARES QUANDO ESTAVAM ARMADOS NINGUEM OS IMPORTUNAVA MILITARMENTE SE DESARMARAM E OLHA NO QUE DEU AINDA BEM QUE FOI POR AQUELAS BANDAS AINDA TEMOS TEMPO BRASIL POIS O TRATADO FOI QUEBRADO E NÃO FOI POR NÓS POVO FRACO NÃO IMPÕE RESPEITO E A PROVA FOI DADA POIS A UCRANIA QUANDO ERA FORTE TINHA OUTRO TRATAMENTO PELAS SUPER POTENCIAS ENFRAQUECEU E OLHA NO QUE DEU.MAS ACREDITO QUE NOSSOS MILITARES NÃO TENHAM DADO OUVIDOS AQUELES DOIS TRAIDORES QUE GOVERNARAM O BRASIL QUE POR SINAL POSSUIAM O MESMO NOME FERNANDO HENRIQUE E FERNANDO COLLOR.
O que dizer? A diplomacia dos atabaques executada na mesinha ao lado do gabinete da presidente e pela esquerda Toddynho do Itamaraty adora propagandear que o Brasil é “Player Global”. Mas omitem esses desonestos intelectuais que ser “Player Global”implica em posicionar-se nas principais crises do mundo e não ficar calado como estão