HÁ MALES QUE VÊM PARA O BEM!

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“O governo dos EUA cogita dar apoio à pretensão brasileira de ocupar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU para tentar aplacar a crise decorrente da revelação de espionagem americana de comunicações da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores.

A vontade americana mais urgente é salvar politicamente a visita de Estado de Dilma a Washington, em outubro, que ela pode cancelar. E, se possível, recolocar nos trilhos o principal negócio que poderia avançar nela –a venda de caças Boeing F/A-18 Super Hornet ao Brasil.

Assim, restaria o gesto político. Isso ocorreu em 2010, quando Obama fez uma delicada visita à Índia. Naquele momento, o país asiático questionava os elos entre EUA e Paquistão, seu rival histórico, e uma série de questões comerciais.

Obama então fez o anúncio de apoio à pretensão indiana de ter uma vaga no Conselho de Segurança.

Desde então, os laços entre os países se aprofundaram, ainda que a cadeira na ONU permaneça no campo das ideias.”

Para aplacar irritação de Dilma, EUA podem apoiar Brasil para órgão da ONU
 
IGOR GIELOW
DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo dos EUA cogita dar apoio à pretensão brasileira de ocupar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU para tentar aplacar a crise decorrente da revelação de espionagem americana de comunicações da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores.

O cenário vem sendo discutido desde anteontem, segundo a Folha apurou, após o Brasil ter usado termos duros para exigir uma resposta à revelação de que a NSA (Agência de Segurança Nacional) americana tinha acesso ao conteúdo de conversas no alto escalão brasileiro.

O principal defensor da medida é o vice-presidente Joe Biden, que já vinha atuando junto ao Palácio do Planalto, tendo telefonado para Dilma logo após a eclosão do escândalo de espionagem em julho –antes, porém, da revelação de que o caso atingia a própria presidente.

A vontade americana mais urgente é salvar politicamente a visita de Estado de Dilma a Washington, em outubro, que ela pode cancelar. E, se possível, recolocar nos trilhos o principal negócio que poderia avançar nela –a venda de caças Boeing F/A-18 Super Hornet ao Brasil.

Há consenso nos meios diplomáticos de que desculpas não resolverão o problema, e de que Biden queimou-se como interlocutor por não ter jogado abertamente no telefonema de julho.

Como já ficou claro à delegação brasileira que foi discutir o monitoramento nos EUA, tampouco há disposição de Washington para mudar protocolos ou compartilhar mais dados.

Assim, restaria o gesto político. Isso ocorreu em 2010, quando Obama fez uma delicada visita à Índia. Naquele momento, o país asiático questionava os elos entre EUA e Paquistão, seu rival histórico, e uma série de questões comerciais.

Obama então fez o anúncio de apoio à pretensão indiana de ter uma vaga no Conselho de Segurança.

Desde então, os laços entre os países se aprofundaram, ainda que a cadeira na ONU permaneça no campo das ideias.

Diplomatas esperavam que o presidente pudesse falar com Dilma amanhã, na reunião do G20 em São Petersburgo, mas até ontem não havia essa sinalização.

A titularidade no conselho, hoje privilégio dos principais vencedores da Segunda Guerra Mundial (EUA, Rússia, Reino Unido e França) mais a China, dá poder de veto em questões como autorização para atacar outros países.

É objeto de desejo da diplomacia brasileira desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Há fortes restrições, contudo, à ideia dentro do Departamento de Estado –que era contrário ao endosso a Nova Déli. Setores creem que, além de ser uma promessa de difícil implementação, o apoio causaria desequilíbrio regional em favor do Brasil.

Em relação aos caças, a Folha apurou que o escândalo caiu como uma bomba entre os negociadores da Boeing e do governo americano.

Os norte-americanos haviam tomado a dianteira no negócio, que pode chegar a mais de R$ 15 bilhões, e agora enfrentam um significativo empecilho político na disputa com França (Rafale) e Suécia (Gripen).

Fonte: Folha (http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/09/1336635-para-aplacar-irritacao-de-dilma-eua-podem-apoiar-brasil-para-orgao-da-onu.shtml)

14 Comentários

  1. Sim a males que vem pra bem.
    Não era apenas a intensão de prevenção a ações terroristas a espionagem Americana no Brasil mas vai bem mais alem mesmo de bisbilhotagem contra nosso governo e adentra a esfera publica e privada.
    Sempre os EUA manipularam o Brasil com fins de levarem vantagens em negociações conosco.
    O SIVAM é um exemplo que gerou investigações e protestos no Brasil e na Europa.
    Espero que ao tornarem publico este episodio que é mais antigo do que se pensam não venhamos a entregarmos nosso programa aeroespacial,de defesa e segurança ao IRMÃO CAIM DO NORTE.
    Não cabe mais na sociedade Brasileira o CAPAXISMO VOLUNTARIO o ENTREGUISMO a SUBMISSÃO.
    Devemos tratar os EUA apenas como um cliente e nada mais alem disso.
    O Brasil é lider emergente e traz consigo os anseios de nações emergentes e pobres e luta e sempre lutou diante a comunidade internacional por igualdade de direitos e justiça para todos.
    Aos poucos o ANJO se mostra DEMONIO e paulatinamente ficara solitario pois toda a população da Terra cansou-se das intrigas e mentiras implantadas pelos EUA para justificarem seus unilateralismos,intransigencias e covardias.
    A terceira guerra mundial não é o mundo contra o devorador Amarelo ou o Demonio vermelho mas sim o mundo contra os covardes e os trairas.
    Deve estar sendo dificil para muitos BOSTÉRICOS estarem presenciando um embusteiro Democrata se mostrando como Neo-Nazista e o demonio Russo se mostrando como força de equilibrio conciliador kkkkkkk.
    Sorriam,este é o seculo 21 o seculo da sobrevivencia onde não importa mais a diarréia ideologica que divide póvos mas sim interesses comuns e liberdades.

    • Agora é hora de excluir o F- 18 da eventual compra de caças para FAB, sair do TNP e do tratado que limita o alcance de mísseis. Cancelar a visita aos EUA, limitar o número de ´pessoal americano na embaixada e consulados , rever acôrdos estratégicos que por ventura tenham sido assinados.

  2. O bem maior que a Dilma pode fazer com essa merda toda é cancelar FX-2, vetores

    russos e pronto .

    Já raparam com o Shanon, foi lavar cueca na Turquia …

    http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,embaixador-americano-no-brasil-deixa-seu-posto-nesta-semana,1071313,0.htm

    … e pelo andar da carruagem nem viagem vai ter pros EUA.

    http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2013/09/05/dilma-cancela-viagem-de-assessores-que-iriam-aos-eua-no-sabado-para-organizar-a-sua-visita/

    Pelo visto a chamada da matéria é mais que uma chamada , é será profecia :

    HÁ MALES QUE VÊM PARA O BEM!
    Posted by Gérsio Mutti

  3. por LUCENA
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    Essa fixação do Itamaraty por essa cadeira de uma instituição desacreditada e que provavelmente, está com os seus dia contados,é um piada de mal gosto.
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    Tem muita coisa muito mais relevante do que um cadeira de um prostíbulo como esse da ONU;aliás, há muito “cabeça-de-porco” mais descente do que a ONU…Rsrsrsr
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    Se o Brasil tem alguma consideração por parte dos EUA,que eu duvido,a Senhora presidente Dilma deixava a sua irritação pessoal e buscava ganhar mais com isso,há muita coisa mais importante para o Brasil que pode barganhar com a vaca-sagrada do que essa ,patológica mania do Itamaraty, cadeira na ONU,que está se tornando numa terra arrasada,graças ao império do mal,é claro. 😉

  4. Pessoal…

    É bem verdade que o Brasil poderia deter diversos benefícios/vantagens com sua entrada no CS, mas as mesmas trazem um preço em responsabilidades que o Brasil, nesse instante da história, não estaria preparado para assumir… No meu entender, o Brasil, enquanto emergente, deve concentrar-se em estabilidade política interna, reforçando suas instituições e consolidando sua própria economia.

    Enfim, deveria seguir uma política mais independente, mantendo-se a parte de todos os grandes eixos de influência… Sendo o Brasil a economia que já é, tem o peso necessário para levar a sua diplomacia de forma autônoma, embora reste possuir um maior poder das armas para que essa voz detenha um alcance maior; e o Brasil não precisa necessariamente estar no CS para isso…

    • A questão não é nem essa meu caro.
      Vaga no CS pode implicar em muitas coisas que podem virem a arranhar a nossa imagem perante os paises emergentes e pobres que tem no Brasil suas vozes.
      Nenhum dos cinco do CS esta disposto a abrirem o mesmo.

      • É verdade maluquinho. Para se criarem novas vagas no CS permanente da ONU, é necessário que os cinco membros atuais concordem com isso. E , como voce disse eles não querem. O que os altos coturnos deveriam fazer é pressionar o governo, para que dê sinal verde para se iniciar a construção de um arsenal nuclear. Porque o ” caim do norte” , só respeita quem tem fôrça, o que infelizmente não é o caso do Brasil.

  5. Valeu Snowden, vc é o cara!!!
    Parece que a putinha acordou e o cafetão está com medo de perder sua fonte de exploração e tenta enche-la de falsas promeças.
    Estamos num momento decisivo em que o Brasil deve escolher entre viver sob tutela dos EUA ou irá seguir seu própio caminho.
    Vejo tudo isso uma grande oportunidade para o setor de defesa nacional em que finalmente( Deus queira que eu esteja certo) a classe política passe a ver que nós devemos ter forças condizentes com nossas necessidades ,preparadas e bem aparelhadas.
    Por fim que saibam dizer não ao tio sam, o texto acima mostra um país desesperado para não perder sua área de influência, ou então voltaremos a ser a eterna mulher de malandro que perdoa exploração e todo tipo de humilhações.

  6. Trocar o que temos por promessas e espelhinhos…
    Só burro e ignorante entra nessas adulações…
    O Brasil tem soberania ou não tem?…. e vamos aqui entre nós refletir: não tem.
    Se os EUA fazem o que fazem, imagina a ignorância, a incomPeTência do governo comprar caças americanos chipados. É o que falta: ser espionado e comprar os caças deles.
    Eu estou louco…

    • concordo que nosso governo não esta parelho com nossa importância, mas culpar um partido por um atraso de centenas de anos é foda.

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