Seria frustrante assistir a militares da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica preocupados em conhecer procedimentos
No cotidiano brasileiro, especialmente nos dias e nas semanas precedentes, ganharam destaque nas mídias diversas, e a atenção da maioria dos cidadãos, não só os barbarismos e a violência perpetrados em penitenciárias, mas também a vergonhosa falta de comportamento adequado de razoável parcela de brasileiros. Estes, restou claro, assumem comportamento incompatível com valores éticos e morais que possam ser considerados minimamente aceitáveis.
O cenário, verdadeiramente caótico diante da ausência de representantes legais incumbidos de manter a ordem, remete à decantada falta de segurança que aflige a todos nós, passando ao largo da fraqueza, em geral, do culto a valores fundamentais, que, lamentavelmente, decorre da forma como têm sido educadas gerações de brasileiros. O problema parece se agravar nos penúltimos tempos.
O apelo ao recurso do emprego de autoridades de outra natureza para remediar a questão, recorrendo à presença das Forças Armadas, pode ser solução emergencial, amparada em preceitos constitucionais, mas envolve inapelável distorção de finalidades, características e atributos.
Metáfora que, talvez, possa ser esclarecedora, corresponde ao axioma que defesa “olha pra fora”, enquanto a segurança “olha pra dentro”.
Em outras palavras, o que uma nação madura deve esperar de suas Forças Armadas é que elas se preparem e estejam prontas para a defesa; assim bem entendidas, a preservação da soberania nacional, a integridade territorial e a proteção do país contra quaisquer ameaças externas.
Já a segurança, atribuição da autoridade policial, há que preservar a lei e a ordem dentro do país.
Evidente que as destinações de segurança e defesa são, rigorosamente, distintas. Aliás, ainda bem, porque seria frustrante, em exemplo simples, assistir a militares da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica preocupados em conhecer procedimentos de abordagem policial.
Muito distante, e ao contrário, eles são profissionais que devem ser treinados para a guerra, visando à manutenção da paz.
autoridades policiais, desenvolvendo atividade não menos nobre ou menos importante, devem ter meios e preparos adequado para cumprirem suas missões específicas exercendo e controlando a ordem. Em outras palavras, preservando a segurança.
Certamente, o dia em que pudermos, todos, estar preocupados com a defesa, será possível acreditar que nossa segurança vai bem, obrigado!
Adalberto Casaes é contra-almirante da reserva
Fonte: O Globo
Matou a pau, parabéns
E por que não unidades de infantaria preparadas para atividades policiais (como batalhões de polícia do exército/marinha/aeronáutica, por exemplo, até mesmo para servir nas missões da ONU ou em patrulhamentos e confrontos urbanos)?
Melhor do que a milícia bolivariana da “força nacional de segurança” (futura Gestapo comunista).