US Army assina contrato para sistema de defesa THAAD

pac-3_mse_thaadTradução e adaptação: E.M.Pinto PB

A Lockheed Martin recebeu nesta sexta-feira, um contrato de produção estimado US $ 3,9 bilhões que contempla a produção de elementos do sistema  Terminal High Altitude Area Defense (THAAD), sistema Armas da Agência de Defesa de Mísseis dos EUA (MDA) e Emirados Árabes Unidos.

O contrato inclui a fabricação e entrega de um máximo de 110 interceptores para o Exército dos EUA, incluindo já na opção fiscal de 2014. Estes Lote 4, 5 e 6 de interceptores serão desdobradas para o Exército dos EUA em Fort. Bliss, Texas. 

O contrato também inclui interceptores e outros hardwares de terreno para o exército dos Emirados Árabes Unidos. A empresa  atualmente trabalha sob contrato para fornecimento de cinco baterias THAAD para o Exército dos EUA. As entregas das Baterias 3 e 4 estão em andamento, com conclusão prevista para final de dezembro de 2013. A Bateria 5 foi concedida no final de 2012.

thaadOs mísseis interceptores THAAD  são produzidos na Lockheed Martin nas instalações  Pike County ‘s em Troy, Alabama, já os lançadores e unidades de controle de fogo são produzidos em Camden, Arkansas, nas instalações da empresa.

Elemento-chave do sistema de defesa de mísseis balísticos do país (BMDs), o THAAD é um programa da Agência de Defesa de Mísseis, com o escritório de programa localizado em Huntsville, Alabama.  A agência está desenvolvendo o BMDs para defender os Estados Unidos e as suas forças destacadas, bem como os aliados contra o ataque de mísseis balísticos de todas as faixas e em todas as fases do voo.

Desde 2005, o programa de desenvolvimento do THAAD completou 13 testes de voo, com 11 interceptações de sucesso em 11 tentativas. O THAAD é o único sistema de defesa antimísseis com a flexibilidade operacional para interceptar em ambos os ambientes endo e exo-atmosférico.

No início deste mês, o MDA realizou uma interceptação conjunta para testar a integração do Sistema de Armas do THAAD e o sistema de defesa antimísseis balísticos Aegis (BMDs).

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O Radar operando em modo de avanço Baseado (FBM), efetuou a vigilância por um Radar AN/TPY-2 que detectou o alvo e retransmitiu as informações para o comando de gerenciamento de batalha do sistema de comando e controle de Comunicações (C2BMC). Foi então sugerida a ação dos mísseis interceptores.

Esses interceptores SM-3, mísseis Block1A, foram lançados do destroyer USS Decatur (Aegis BMD)  que detectou e rastreou o míssil com a seu radar AN/SPY-1.

O radar FBM adquiriu o alvo e enviou informações de controle para o sistema C2BMC. O sistema THAAD, usando um segundo radar AN/TPY-2 , acompanhou o alvo.

O THAAD desenvolveu uma solução de controle de fogo, lançou um míssil interceptor THAAD e conseguiu interceptar o míssil balístico de médio alcance.

O THAAD foi operado por soldados da Bateria Alpha Regiment, segundo a Defesa.

A unidade de artilharia anti aérea designada Flight Test Operacional-01 realizzou o teste em 11 de setembro de 2013. O ensaio foi realizado no centro de testes do Exército dos EUA em Kwajalein Atoll / Reagan  e áreas circundantes do Pacífico ocidental.

Este teste demonstrou como vários meios de defesa de mísseis podem ser integrados à capacidade de defesa antimísseis regionais em camadas. Os dois sistemas colaboraram para interceptar com sucesso dois alvos de mísseis balísticos de médio alcance em um ambiente operacional realista, simulando um ataque de invasão por dois quase simultâneos mísseis balísticos de médio alcance.

Thaad Batery

Fonte: Defense-update

12 Comentários

  1. Então especialistas — não entendo nada de defesa anti-áerea. falar a verdade, nem sei s é o caso. qual o melhor? S-300/S-400 ou este Thaad? — acho q ambos sao de medio longo alcance né? Realmente n sei e so gostaria de uma opiniao

    • Outra diferença que que o THAAD não carrega carga explosiva! Ao invés disso ele transporta um veículo de impacto exotamosférico que destrói ogivas balísticas colidindo com elas à milhares de quilometros por hora.

      Uma das vantagens em poder atacar mísseis à 150 quilômentors de altura é que, caso o primeiro míssil falhe, ainda sobra tempo para lançar um segundo ou terceiro.
      Outra vantagem do THAAD é a capacidade de interceptar míssies balisticos de maior alcance como IRBMs, construidos por países como Irã e Coréia do Norte.

      Não sei se podemos comparar o Terminal High Altitude Area Defense system com os S-400, pq o primeiro foi desenvolvido desde o início para abater míssseis balísticos em grandes altitudes e o segundo foi criado para abater aeronaves com uma capacidade anti-míssil secundária e mais limitada.

      Outra diferença é que o S-300 e S-400 tem orientação final por TVM e Radar ativo respectivamente, enquanto o THAAD usa uma câmera de imagem térmica para a orientação de seu veiculo de impacto exoatmosférico.

      Suponho que a comparação mais justa seria entre o S-500 e o THAAD.

      • agradeço muito as informações Deagol, então realmente parece haver diferenças, sendo q como vc disse, o thaad é para abater missies em fase terminal — e nisso nem mesmo o s-400 — enquanto q o s-400 é feito com um objetivo maior de abater caças.

        obrigado a todos q esclareceram e concordo com o x-tudo, seria interessante um grafico mostrando estes pontos q os amigos salientaram.

        obrigado deagol, RR e x-tudo.
        abraços a todos

  2. “nem sei s é o caso. qual o melhor? S-300/S-400 ou este Thaad?

    Realmente não sei a capacidade do THAAD abater aeronaves, mas contra míssies balísticos o THAAD é o único com capacidade exoatmosférica e pode abater míssies em altitudes 5 vezes maiores que o S-400.

    Contra aeronaves é possível que os S-300 e S-400 sejam superiores, mas contra míssies balísticos, o sistema americano é muito melhor, pois pode abater míssseis de alcance bem maior…

    A altitude máxima de manobra do S-400 fica em torno 30 ou 35km porque acima disso a atmosfera é tão rarefeita que as superfícies de controle do míssil não Fazem mais efeito. No caso do THAAD, se não me engano, a ogiva possui pequenos propulsores que permitem que ela manobre no espaço, assim sua altitude máxima de engajamento ultrapassa os 150km.

  3. Seria interessante um comparativo!… Já que valorizam tanto a defesa anti-aérea russa… Mas tem que se levar em conta os eletronicos ocidentais… que são considerados superiores… Não é antagonico isto?…

    • “Seria interessante um comparativo”

      Seria interessante, mas ,na minha opinião, são sistemas com funções diferentes sendo o S-400 mais adequado a derrubar aeronaves e o THAADS para destruir mísssies.
      Realmente, nem sei se esse novo sistema americano tem capacidade de abater caças, acredito que deva ter, mas realmente não sei.
      Na verdade ele foi projetado para trabalhar junto com os Patriots em um sistema anti-míssil de duas camadas

      Pelo que li em um outro site, relatórios da CIA indicam que o S-400 tem grande resistência á interferência eletrônica e que se saiu muito bem nos testes. Segundo alguns especialistas as versões mais modernas do S-300 e do S-400 merecem ser temidas. Só que na capacidade anti-míssil os americano estão bem na frente.

      Não pq são exatamente melhores, mas sim pq os possíveis adversários da Rússia não utilizam muitos mísseis balisticos de médio alcance, por isso o russos não se apressaram em construir sistemas como o THAAD e nem o AEGIS.

  4. Amigos,

    Ótimas considerações a do Deagol.

    Pode se dizer que o propósito é que faz o equipamento; isto é, ele nasce em torno do propósito…

    O sistema THAAD nasceu para destruir misseis balísticos em sua fase terminal de voo, e pode-se dizer que atualmente é o único sistema nessa categoria… De fato, nesse instante não cabem comparativos…

    Os S-400, tal como está hoje, tem por propósito garantir a segurança do espaço aéreo contra aeronaves. Até onde sei ( posso estar enganado ), seu míssil 40N6 realmente possui uma limitada capacidade anti-balística, mas decisivamente é um míssil pensado para atacar aeronaves… Uma capacidade anti-balística real somente seria conseguida com os mísseis da série 77N6, que estão em desenvolvimento…

  5. Deagol, mas uma coisa…

    Para o S-400 estão atualmente designados três tipos distintos de mísseis: o míssil 40N6 ( 400 km ), série 48N6 ( até 250 km ), e série 9M96 ( 40km e 120km )

    O míssil 40N6 e a série 9M96 são guiados por rádio/inercial no inicio do voo e em fase terminal por radar ativo, mas a série de mísseis 48N6 são guiadas por radar semi-ativo na fase terminal de voo… Daí a elevada resistência a contra-medidas eletrônicas. É bastante difícil lidar com um míssil guiado por rádio, que originalmente é imune a flares; e interferir no sistema de orientação é tarefa hercúlea… E o 40N6 e a série 9M96 possuem controle de voo dinâmico por gás…

    • Caro, RR.

      “Ótimas considerações a do Deagol.”
      Mais uma vez obrigado.

      Que eu saiba estes míssies lançados pelos S-300 e s-400 utilizam tragetória semibalística, portanto sua altitudse máxima de vôo é bem maior do que a altitude de máxima de manobra.

      Mas agora fiquei em dúvida. Será que essas versões que utilizam controle dinâmico por gás não poderiam manobrar em altitudes acima do 30km visto que dependem menos das susperfícies de controle aerodinâmicas? Eu realmente não sei.

      Saudações.

      • Amigo Deagol,

        Eis aí algo que me põe em dúvida também… Não há como saber até onde o controle dinâmico afeta o desempenho desses mísseis. Não há muita coisa disponível acerca deles na internet…

      • Tentei fazer algumas pesquisas na internet, achei algumas fontes que afirmam que a altitude de máxima do 40N6 seria de 185 km, mas não dizem se isso é parte de sua tragetória semibalísitica ou se é sua altitude máxima de angajamento e manobra.

        Mesmo assim, a mioria dos sites que li confirmavam que o S-400 pode abater alvos a 30 ou 35km de altitude e não mencionavam nada sobre uma possível capacidade exoatmosférica.

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