Rússia responde a planos dos EUA para mísseis na Polônia

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Reuters  —  A Rússia irá reforçar sua frota naval no Báltico em resposta à intenção dos Estados Unidos de instalar mísseis Patriot na Polônia, disse a agência estatal de notícias russa RIA nesta quinta-feira, citando uma fonte não identificada da Marinha local.

Os elementos de superfície, subaquáticos e de aviação da frota do Báltico serão reforçados“, disse a fonte.

Os EUA estão enviando os mísseis à Polônia, país que pertence à Otan, depois de abandonarem um plano anterior de instalar interceptadores como parte de um sistema antimísseis na Europa.
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Com relação aos planos de instalar os Patriots no território polonês nos próximos cinco a sete anos, pode haver mudanças significativas na abordagem para definir as tarefas e o potencial militar da frota do Báltico,” acrescentou o entrevistado da RIA.

Um porta-voz da Marinha russa não quis comentar a notícia.

Varsóvia disse na semana passada que uma bateria de mísseis Patriot seria instalada em Morag, cidade do norte do país, próxima à fronteira com o enclave russo de Kaliningrado, banhado pelo Báltico.

Uma alta fonte da chancelaria polonesa afirmou que a Polônia não está muito preocupada com a reação russa. “Vamos manter a calma. Tal reforço, se for verdade, não é uma ameaça direta à Polônia“, afirmou a fonte.

Os russos já sabiam dos Patriots há pelo menos dois anos, então não há razão para reagir a comentários não-oficiais.

Sediada em Kaliningrado, território mais ocidental da Rússia, e em Kronstadt, perto de São Petersburgo, a frota báltica da Rússia inclui navios de superfície, submarinos a diesel, uma esquadra aérea e embarcações de busca e resgate, sob o comando do destróier Nastoychivy, em operação desde 1993.
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O acordo para a instalação dos mísseis Patriot foi assinado em novembro último.

Varsóvia, preocupada com a manobra de política externa russa, se queixa de não ter tropas ou equipamentos militares importantes dos EUA em seu território, apesar de contribuir militarmente com missões do aliado no Iraque e Afeganistão.

Muitos poloneses ainda veem a Rússia, dominadora do país na era comunista, como uma potencial ameaça, especialmente depois da guerra de 2008 de Moscou contra a Geórgia.

A Rússia, por sua vez, não esconde a preocupação com os avanços militares dos EUA na sua tradicional zona de influência, e ameaça reagir a qualquer mudança no atual equilíbrio de forças na sua fronteira ocidental com nações da Otan.


Sugestão e colaboração: Konner

Fonte:  Terra

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