Chris Hedges: Orwell estava certo. Huxley, também

http://www.globalresearch.ca/coverStoryPictures/13070.jpgPublished on Monday, December 27, 2010 by TruthDig.com

2011: A Brave New Dystopia

by Chris Hedges

As duas grandiosas visões sobre uma futura distopia foram as de George Orwell em 1984 e de Aldous Huxley em Brave New World. O debate entre aqueles que assistiram nossa decadência em direção ao totalitarismo corporativo era sobre quem, afinal, estava certo. Seria, como Orwell escreveu, dominado pela vigilância repressiva e pelo estado de segurança que usaria formas cruas e violentas de controle? Ou seria, como Huxley anteviu, um futuro em que abraçariamos nossa opressão embalados pelo entretenimento e pelo espetáculo, cativados pela tecnologia e seduzidos pelo consumismo desenfreado? No fim, Orwell e Huxley estavam ambos certos. Huxley viu o primeiro estágio de nossa escravidão. Orwell anteviu o segundo.

Temos sido gradualmente desempoderados por um estado corporativo que, como Huxley anteviu, nos seduziu e manipulou através da gratificação dos sentidos, dos bens de produção em massa, do crédito sem limite, do teatro político e do divertimento. Enquanto estávamos entretidos, as leis que uma vez mantiveram o poder corporativo predatório em cheque foram desmanteladas, as que um dia nos protegeram foram reescritas  e nós fomos empobrecidos. Agora que o crédito está acabando, os bons empregos para a classe trabalhadora se foram para sempre e os bens produzidos em massa se tornaram inacessíveis, nos sentimos transportados do Brave New World para 1984. O estado, atulhado em déficits maciços, em guerras sem fim e em golpes corporativos, caminha em direção à falência.

[…]

Orwell nos alertou sobre um mundo em que os livros eram banidos. Huxley nos alertou sobre um mundo em que ninguém queria ler livros. Orwell nos alertou sobre um estado de guerra e medo permanentes. Huxley nos alertou sobre uma cultura de prazeres do corpo. Orwell nos alertou sobre um estado em que toda conversa e pensamento eram monitorados e no qual a dissidência era punida brutalmente. Huxley nos alertou sobre um estado no qual a população, preocupada com trivialidades e fofocas, não se importava mais com a verdade e a informação. Orwell nos viu amedrontados até a submissão. Mas Huxley, estamos descobrindo, era meramente o prelúdio de Orwell. Huxley entendeu o processo pelo qual seríamos cúmplices de nossa própria escravidão. Orwell entendeu a escravidão. Agora que o golpe corporativo foi dado, estamos nus e indefesos. Estamos começando a entender, como Karl Marx sabia, que o capitalismo sem limites e desregulamentado é uma força bruta e revolucionária que explora os seres humanos e o mundo natural até a exaustão e o colapso.

“O partido busca todo o poder pelo poder”, Orwell escreveu em 1984. “Não estamos interessados no bem dos outros; estamos interessados somente no poder. Não queremos riqueza ou luxo, vida longa ou felicidade; apenas poder, poder puro. O que poder puro significa você ainda vai entender. Nós somos diferentes das oligarquias do passado, já que sabemos o que estamos fazendo. Todos os outros, mesmo os que se pareciam conosco, eram covardes e hipócritas. Os nazistas alemães e os comunistas russos chegaram perto pelos seus métodos, mas eles nunca tiveram a coragem de reconhecer seus próprios motivos. Eles fizeram de conta, ou talvez tenham acreditado, que tomaram o poder sem querer e por um tempo limitado, e que logo adiante havia um paraíso em que os seres humanos seriam livres e iguais. Não somos assim. Sabemos que ninguém toma o poder com a intenção de entregá-lo. Poder não é um meio; é um fim. Ninguém promove uma ditadura com o objetivo de assegurar a revolução; se faz a revolução para assegurar a ditadura. O objeto da perseguição é perseguir. O objeto de torturar é a tortura. O objeto do poder é o poder”.

O filósofo político Sheldon Wolin usa o termo “totalitarismo invertido” no livro “Democracia Ltda.” para descrever nosso sistema político. É um termo que não faria sentido para Huxley. No totalitarismo invertido, as sofisticadas tecnologias de controle corporativo, intimidação e manipulação de massas, que superam em muito as empregadas por estados totalitários prévios, são eficazmente mascaradas pelo brilho, barulho e abundância da sociedade de consumo. Participação política e liberdades civis são gradualmente solapadas. O estado corporativo, escondido sob a fumaça da indústria de relações públicas, da indústria do entretenimento e do materialismo da sociedade de consumo, nos devora de dentro para fora. Não deve nada a nós ou à Nação. Faz a festa em nossa carcaça.

O estado corporativo não encontra a sua expressão em um líder demagogo ou carismático. É definido pelo anonimato e pela ausência de rosto de uma corporação. As corporações, que contratam porta-vozes atraentes como Barack Obama, controlam o uso da ciência, da tecnologia, da educação e dos meios de comunicação de massa. Elas controlam as mensagens do cinema e da televisão. E, como no Brave New World, elas usam as ferramentas da comunicação para aumentar a tirania. Nosso sistema de comunicação de massas, como Wolin escreveu, “bloqueia, elimina o que quer que proponha qualificação, ambiguidade ou diálogo, qualquer coisa que esfraqueça ou complique a força holística de sua criação, a sua completa capacidade de influenciar”.

O resultado é um sistema monocromático de informação. Cortejadores das celebridades, mascarados de jornalistas, experts e especialistas, identificam nossos problemas e pacientemente explicam seus parâmetros. Todos os que argumentam fora dos parâmetros são desprezados como chatos irrelevantes, extremistas ou membros da extrema esquerda. Críticos sociais prescientes, como Ralph Nader e Noam Chomsky, são banidos. Opiniões aceitáveis cabem, mas apenas de A a B. A cultura, sob a tutela dos cortesãos corporativos, se torna, como Huxley notou, um mundo de conformismo festivo, de otimismo sem fim e fatal.

Nós nos ocupamos comprando produtos que prometem mudar nossas vidas, tornar-nos mais bonitos, confiantes e bem sucedidos — enquanto perdemos direitos, dinheiro e influência. Todas as mensagens que recebemos pelos meios de comunicação , seja no noticiário noturno ou nos programas como “Oprah”, nos prometem um amanhã mais feliz e brilhante. E isso, como Wolin apontou, é “a mesma ideologia que convida os executivos de corporações a exagerar lucros e esconder prejuízos, sempre com um rosto feliz”. Estamos hipnotizados, Wolin escreve, “pelo contínuo avanço tecnológico” que encoraja “fantasias elaboradas de poder individual, juventude eterna, beleza através de cirurgia, ações medidas em nanosegundos: uma cultura dos sonhos, de cada vez maior controle e possibilidade, cujos integrantes estão sujeitos à fantasia porque a grande maioria tem imaginação, mas pouco conhecimento científico”.

Nossa base manufatureira foi desmantelada. Especuladores e golpistas atacaram o Tesouro dos Estados Unidos e roubaram bilhões de pequenos acionistas que tinham poupado para a aposentadoria ou o estudo. As liberdades civis, inclusive o habeas corpus e a proteção contra a escuta telefônica sem mandado, foram enfraquecidas. Serviços básicos, inclusive de educação pública e saúde, foram entregues a corporações para explorar em busca do lucro. As poucas vozes dissidentes, que se recusam a se engajar no papo feliz das corporações, são desprezadas como freaks.

[…]

A fachada está desabando. Quanto mais gente se der conta de que fomos usados e roubados, mais rapidamente nos moveremos do Brave New World de Huxley para o 1984 de Orwell. O público, a certa altura, terá de enfrentar algumas verdades doloridas. Os empregos com bons salários não vão voltar. Os maiores déficits da história humana significam que estamos presos num sistema escravocrata de dívida que será usado pelo estado corporativo para erradicar os últimos vestígios de proteção social dos cidadãos, inclusive a Previdência Social.

O estado passou de uma democracia capitalista para o neo-feudalismo. E quando essas verdades se tornarem aparentes, a raiva vai substituir o conformismo feliz imposto pelas corporações. O vazio de nossos bolsões pós-industriais, onde 40 milhões de norte-americanos vivem em estado de pobreza e dezenas de milhões na categoria chamada “perto da pobreza”, junto com a falta de crédito para salvar as famílias do despejo, das hipotecas e da falência por causa dos gastos médicos, significam que o totalitarismo invertido não vai mais funcionar.

Nós crescentemente vivemos na Oceania de Orwell, não mais no Estado Mundial de Huxley. Osama bin Laden faz o papel de Emmanuel Goldstein em 1984. Goldstein, na novela, é a face pública do terror. Suas maquinações diabólicas e seus atos de violência clandestina dominam o noticiário noturno. A imagem de Goldstein aparece diariamente nas telas de TV da Oceania como parte do ritual diário da nação, os “Dois Minutos de Ódio”. E, sem a intervenção do estado, Goldstein, assim como bin Laden, vai te matar. Todos os excessos são justificáveis na luta titânica contra o diabo personificado.

A tortura psicológica do cabo Bradley Manning — que está preso há sete meses sem condenação por qualquer crime — espelha o dissidente Winston Smith de 1984. Manning é um “detido de segurança máxima” na cadeia da base dos Fuzileiros Navais de Quantico, na Virginia. Eles passa 23 das 24 horas do dia sozinho. Não pode se exercitar. Não pode usar travesseiro ou roupa de cama. Médicos do Exército enchem Manning de antidepressivos. As formas cruas de tortura da Gestapo foram substituídas pelas técnicas refinadas de Orwell, desenvolvidas por psicólogos do governo, para tornar dissidentes como Manning em vegetais. Quebramos almas e corpos. É mais eficaz. Agora todos podemos ir ao temido quarto 101 de Orwell para nos tornarmos obedientes e mansos.

Essas “medidas administrativas especiais” são regularmente impostas em nossos dissidentes, inclusive em Syed Fahad Hasmi, que ficou preso sob condições similares durante três anos antes do julgamento. As técnicas feriram psicologicamente milhares de detidos em nossas cadeias secretas em todo o mundo. Elas são o exemplo da forma de controle em nossas prisões de segurança máxima, onde o estado corporativo promove a guerra contra nossa sub-classe política – os afro-americanos. É o presságio da mudança de Huxley para Orwell.

“Nunca mais você será capaz de ter um sentimento humano”, o torturador de Winston Smith diz a ele em 1984.”Tudo estará morto dentro de você. Nunca mais você será capaz de amar, de ter amigos, do prazer de viver, do riso, da curiosidade, da coragem ou integridade. Você será raso. Vamos te apertar até esvaziá-lo e vamos encher você de nós”.

O laço está apertando. A era do divertimento está sendo substituída pela era da repressão. Dezenas de milhões de cidadãos tiveram seus dados de e-mail e de telefone entregues ao governo. Somos a cidadania mais monitorada e espionada da história humana. Muitos de nós temos nossa rotina diária registrada por câmeras de segurança. Nossos hábitos ficam gravados na internet. Nossas fichas são geradas eletronicamente.  Nossos corpos são revistados em aeroportos e filmados por scanners. Anúncios públicos, selos de inspeção e posters no transporte público constantemente pedem que relatemos atividade suspeita. O inimigo está em toda parte.

Aqueles que não cumprem com os ditames da guerra contra o terror, uma guerra que, como Orwell notou, não tem fim, são silenciados brutalmente. Medidas draconianas de segurança foram usadas contra protestos no G-20 em Pittsburgh e Toronto de forma desproporcional às manifestações de rua. Mas elas mandaram uma mensagem clara — NÃO TENTE PROTESTAR. A investigação do FBI contra ativistas palestinos e que se opõem à guerra, que em setembro resultou em buscas em casas de Minneapolis e Chicago, é uma demonstração do que espera aqueles que desafiam o Newspeak oficial. Os agentes — ou a Polícia do Pensamento — apreenderam telefones, computadores, documentos e outros bens pessoais. Intimações para aparecer no tribunal já foram enviadas a 26 pessoas. As intimações citam leis federais que proíbem “dar apoio material ou recursos para organizações terroristas estrangeiras”. O Terror, mesmo para aqueles que não tem nada a ver com terror, se torna o instrumento usado pelo Big Brother para nos proteger de nós mesmos.

“Você está começando a entender o mundo que estamos criando?”, Orwell escreveu. “É exatamente o oposto daquelas Utopias estúpidas que os velhos reformistas imaginaram. Um mundo de medo, traição e tormento, um mundo em que se atropela e se é atropelado, um mundo que, ao se sofisticar, vai se tornar cada vez mais cruel”.

Fonte: Viomundo

24 Comentários

  1. fantástico este texto! Coseguiu, por meio das duas distopias literárias mais importantes do século XX, articular uma crítica muito bem fundamentada ao mundo atual e suas contradições, especialmente as que vêm do centro do poder mundial atual.

    abraços a todos

  2. jesus… nuca ouvi tanta abobrinha junta.

    “Nós nos ocupamos comprando produtos que prometem mudar nossas vidas, tornar-nos mais bonitos, confiantes e bem sucedidos”

    Se tem dinheiro, gasta com o que quiser, se não quiser gastar com nada, guarde- o.

    deve se alguem que perdeu o emprego ou dinheiro em ações e fica ai chorando, botando culpa nos outros por ser burro. Fazendo caça as bruxas.
    Discordo completamente desse texto.

  3. E o povo se fartando com revistas de fofoca, informação inútil e notícias sem importância. Vá em qualquer portal de noticias agora e você vai ver quanta bobagem noticiam ao lado de coisa séria, isso tem um motivo, que é fazer as pessoas perderem o senso crítico e passarem a ver tudo passivamente. As notícias que dao conta de um aumento nos custos da saúde ou dos alimentos são vistas com a mesma placidez que as notícias sobre o novo namorado da Luma de Oliveira, tudo é feito para perdermos a noção do que é importante para nós…

    Muitos acham que os homens mais ricos e poderosos do mundo são que os que aparecem na revista Forbes… Aquilo é apenas um circo montado para desviar a atenção de quem realmente tem o dinheiro e o poder nas mãos. Eike Batista e Bill Gates são trombadinhas perto dessa gente.

    A uns dois anos dei uma olhada no site da familia Rotschield e fiquei surpreso com as empresas gigantescas que eles controlam (a Vale é uma delas). São empresas que juntas valem trilhões e trilhões, e isso não aparece na Forbes por que?

  4. O texto é realmente muito bom.
    É um alerta ao povo norte-americano e ao resto do mundo. Essa maquiagem que as grandes corporações usam uma hora terá que cair.
    No caso dos norte-americanos o governo investe bilhões em uma guerra dita antiterrorista, mas em seu território morrem pessoas por falta de atendimento médico provido pelo estado, os jornais e programas em geral em pela guerra falam de modelos, sorvetes, perfumes, carros e etc. Mas mal se lembram das mães americanas que choram pelos filhos mortos ou das esposas que recebem seus maridos inválidos em cadeiras de rodas (e não são poucos). Agora imagina em um país aonde a taxa de desemprego só aumenta o que esses soldados iram fazer pra sobreviver, se caso necessite de tratamento medico futuro terá que pagar do bolso, se caso queria colocar um filho em uma boa universidade terá que pagar do próprio bolso. Mas como um deficiente físico até mental vai conseguir um bom emprego em uma nação em ruínas?!
    O texto é realmente perturbador para as mentes norte-americanas imagina falam de guerra contra o terror e seu povo passa FOME é torturado, desabrigados, morrem por falta de tratamento médico e o estado não faz nada, nada, nada!!
    Só tenho uma coisa que não concordo 100% com o texto não vejo as grandes corporações como o maior mal dessa história toda e sim o governo as empresas vão até onde o estado deixa ir, como um câncer sem tratamento mata o hospedeiro e junto também se destrói, as corporações não se importam com mais nada além de seus lucros, cabe ao governo controlar esse câncer. Por isso a culpa maior é do governo compostos de idiotas, incompetentes e os comprados, também claro da população que se deixa enganar.
    sds

  5. Eu vejo q as visões destes srs. dá medo e está mt proxima de virar a + violenta das realidades, em nome da segurança , de alguns poderosos das eleites, em detrimento ao respeito a pessoa e sua intimidade, a maioria está cada x + vigiada.E como na velha roma,o circo está aberto e com um pouco de pão.Uma brutal dicotomia, ou se aceita o estado como é ou se morre combatendo o mesmo, essa é a escolha.sds.

  6. Esses Rotschield, pelo que consta na Wikipedia, compraram quase toda a economia do Reino Unido à época da guerra com Napoleão. Que golpe, que golpe…
    PS – Devem ter negócios, hoje, na casa do trilhão de libras…

  7. Parabéns Thomas pelo seu comentário, o povo vive de pão e circo, enquando isso, os “senhores do mundo” dominam a séculos a economia, as riquezas e os governos, muito pouca gente sabe disso, acham que o Obama é o homem mais poderoso da terra, acham que o Bill Gates é o mais rico,estão todos enganados, os verdadeiros poderosos querem passar desapercebidos é assim que eles querem. Bil Gates perto dessa gente é “trocado”, o grosso da riqueza mundial está concentrada num grupo restritíssimo de pessoas, sendo que os Rothschilds, talvez sejam os mais importantes. Viva a internet,lí uma matéria interessantíssima no site http://www.imortaisguerreiros.com/destaques.htm#289109159
    que fala como os Rothschilds chegaram a esse nível,a página é enorme, mas vale apena ver, a matéria está na parte que fala sobre a batalha de Waterloo.

  8. E o mais trágico de tudo é que a realidade conseguiu superar a ficção. Pelo menos nas obras literárias conseguíamos ver inocentes, culpados, bons e maus.
    NO mundo atual não existem inocentes. Todos somos ao mesmo tempo vítimas e algozes.
    Belo texto que faz jus ao livros citados.

  9. robert disse:
    28/12/2010 às 15:58:

    “Se tem dinheiro, gasta com o que quiser, se não quiser gastar com nada, guarde-o”.

    O que o texto discute é justamente isso, Sr. Robert, a INDIFERENÇA.
    ————
    “Caça as bruxas – achar um culpado” você diz.
    O texto diz o contrário. NÓS SOMOS O CULPADO – CULPADOS PELA INDIFERENÇA.
    ——————-
    Em pleno Alemanha NAZISTA – OS ALEMÃES DIZIAM “O JUDEU SE NÃO GOSTA SAIA DA ALEMANHÃ – SE FICAR NADA POSSO FAZER, A CULPA É SUA QUE NASCEU UM ALEMÃO JUDEU – EU LHE FAÇO ALGUM MAL”.
    ————-
    O QUE ESSE ALEMÃO NÃO QUERIA SABER (a tal indiferença) É O QUE SEU BEM ESTAR FOI CRIADO NA ALEMANHÃ NAZISTA
    PELO ESTADO QUE ATRÁS DOS MUROS TORTURAVA, MATAVA POR PESSOAS TAMBÉM INDIFERENTES.

    Grande texto, Grande texto.
    Que por sinal só reproduz idéias de dois autores, de prestigio universal.
    Abs

  10. robert disse:
    28/12/2010 às 15:58:
    “Se tem dinheiro, gasta com o que quiser, se não quiser gastar com nada, guarde-o”.
    O que o texto discute é justamente isso, Sr. Robert, a INDIFERENÇA.
    ————
    “Caça as bruxas – achar um culpado” você diz.
    O texto diz o contrário. NÓS SOMOS O CULPADO – CULPADOS PELA INDIFERENÇA.
    ——————-
    Em pleno Alemanha NAZISTA – OS ALEMÃES DIZIAM “O JUDEU SE NÃO GOSTA SAIA DA ALEMANHÃ – SE FICAR NADA POSSO FAZER, A CULPA É SUA QUE NASCEU UM ALEMÃO JUDEU – EU LHE FAÇO ALGUM MAL????”.
    ————-
    O QUE ESSE ALEMÃO NÃO QUERIA SABER (a tal indiferença) É QUE SEU BEM ESTAR FOI CRIADO NA ALEMANHÃ NAZISTA PELO ESTADO, QUE ATRÁS DOS MUROS TORTURAVA, MATAVA ATRAVÉS DE PESSOAS TAMBÉM INDIFERENTES.
    Grande texto, Grande texto.
    Que por sinal só reproduz idéias de dois autores, de prestigio universal.
    Abs

  11. Nilo, não adianta muito ficar aloprado com os comentários daqui. É sempre assim, um pior do que o outro… “E o Brasil deveria comprar umas 50.000 aeronaves dessas pra defender a amazônia”, “E o Brasil deveria fabricar 800.000 carros de combate pra defender o pré-sal”, “E o Brasil deveria comprar 1.000.000 de abobrinhas pra fazer uma sopona bem esperta pros nossos soldados”… Vai vendo, ISSO SE você conseguir ENTENDER o que eles chamam de “lengoa portúgeisa”

  12. NILO
    .
    .
    .
    .
    Deixa de ser ignorante em fica replicando essas coisas aqui.
    Se formos voltar no tempo, somos culpados por sermos descendentes dos portugueses que mataram os índios e escravizaram os negros. Por sermos cristãos, somos culpados pelas mortes ao muçulmanos pela igreja Católica Romana nas CRUZADAS!!!
    Por sermos Ocidentais, somos culpados também pelos EUA terem jogado duas bombas atômicas no Japão.

    Já não chega a Bíblia nos acusando de ter feito algo que não fizemos…. já nascemos “pecadores”, não é?

    O autor é um escroto e o texto é escroto e repugnante.

  13. Como se está falando dos Estados Unidos seria pertinente colocar este texto, não é mera coincidência com um país da América do Sul. Já havia colocado as minhas obsevações em outros post. Isso nem conhecia os autores do texto.

    Veremos o quão importante

    é trazer para a mente humana
    a revolução radical.

    Essa crise é uma crise na consciência.

    Uma crise que não pode mais
    aceitar as velhas normas,

    os velhos padrões, as antigas tradições.

    E, considerando o que o mundo é hoje,
    com toda a miséria, conflito, brutalidade destrutiva,
    agressão, e assim por diante?

    O Homem ainda é o mesmo de antes.

    Ainda é bruto, violento, agressivo, acumulador,
    competitivo.
    ………………….
    Nota do Editor:
    Salve Rafael,
    Evite fazer longas colagens nos comentários, este tipo de texto (extremamente grande) atrapalha ao invés de colaborar com a disussão, esperamos sua colaboração.
    Lucasu.

  14. agora uma pessoa é culpada por ter dinheiro??

    não entendo isso.

    Eu vejo, que o capitalismo EXIGE controle. Sem controle do ESTADO, ele é muito perigoso realmente.

    Mas não vejo nexo em “indústria do entretenimento e do materialismo da sociedade de consumo, nos devora de dentro para fora.”

    Se o cara trabalhou e conseguiu dinheiro, ele pode gastar no que bem quiser, se ele quiser comprar um DVD da joelma, ele não vai ser um ” Cortejadores das celebridades, mascarados de jornalistas, experts e especialistas,”

    Na minha opinião, o Capitalismo é o melhor jeito de se viver. É cruel, é. É impiedoso, é também. Mas ele favorece quem corre atrás e é recompensado por isso.

    Se fosse num “socialismo” vc poderia trabalhar num lugar e o cara do teu lado ser um vagabundo, ele ia ter a mesma recompensa que vc.
    O capitalismo não perdoa vagabundos e maus negócios. Esse é o jogo.

  15. Se vc é invisível aos meus sentidos, e bem + facíl vc operar sem sem percebido por mim ou outros = , esse e verdadeiramente o > dos grandes golpes; agir sem ser notados.Fantástico.Sds.

  16. Valeu pela dica! Lucasu, fiquei mais de 6 horas, das oito da noite até duas e meia escrevendo, mais esta beleza.

    Obrigado, que da próximo não fico tanto tempo escrevendo.
    Valeu!

  17. Para os que criticam o nível de outros leitores:
    é verdade tem um monte de gente escrevendo comentários neste blog, e tem de todos os níveis,
    mas é bom que assim seja, ficou demonstrado que até um ‘apedeuta’ tem algo com que colaborar no pensamento brasileiro
    eu aprendi a me afastar dos “intelectuais”, pelo menos dos que aparecem na TV.
    Não passam de mercenários, o melhor, actores que repetem um script que até nem entendem.
    Acho o este blog algo muito interessante, é um espaço imparcial, onde justamente qualquer brasileiro ou até extrangeiro pode expressar livremente sua opinião
    —–
    Mas acho existe algo em comum entre os leitores do blog,
    sim, existe, alguns com erros ortográficos, outros viúvas do FHC, outros viuvas do marxismo ou do anarquismo, outros ainda com saudades do regime militar
    Mas temos, camaradas, algo em comum,
    medo que a democracia brasileira não consiga manter a soberania do país, não consiga defender o país nos próximos anos.
    Tenho claro que como vamos, vamos mal, estou convencido que a Dilma acha que com esses 36 Rafales e algo mais podemos aguentar até 2020.
    O PT investe 100 vezes o que os tucanos, submarinos, refinarias, siderúrgicas, hidrelétricas, ferrovias, rodovias, barcos, etc, mas assim e tudo não é suficiente.
    —–
    O 90% do pessoal que escreve comentários aqui, está preocupado com a vulnerabilidade do país, e talvez, sem perceber, já é parte duma nova tendência, que não é esquerda nem direita, mas sim nacionalista.

  18. Parabéns ao SgtPeppers pela matéria, uma verdadeira jóia.
    Só posso adicionar que os povos não são tolos, ou seja, não é que o povo é fácil de enganar.
    Eu lembro, a esquerda sempre falou dos mídia como se fossem terríveis ferramentas de lavagem cerebral.
    Naquela época até que eram em parte. Mas em grande parte a mídia publicava o que vendia.
    A Globo passava as novelas que tinham ranking, ou seja o que o povo queria ver.
    Não é como dizem Huxley ou Orwell, não se pode enganar os povos.
    Então o que car#!!* está ocorrendo?
    Bom, vamos colaborar com o blog com algo novo: não tem ingenuidade no povo americano mas sim cumplicidade.
    Os negros que votaram no Obama sabiam que o cara ia aprofundar a “guerra contra o terror” porque o cara falou na campanha, que sua guerra ia ser Afganistão.
    Então, por que votaram no Obama, é simples, para não ser chamados de tolos pelo resto do mundo.
    —-
    Os negros americanos e alguns brancos do PDemócrata podem agora falar de que tem um negro na presidência, podem então voltar a sentir orgulho de ser americanos, é claro, por uns dias, até o negro mostar que não passa dum actor que repete e cumpre o mesmo script do Bush.
    Ou seja eles trocaram votar dentro do sistema bipartidista em troca de ter um negro na presidência, sabiam que o Obama mentia que não passava de actor, mas assim e tudo avaliaram que era uma boa.
    “avaliaram”, ou seja, não é ingenuidade, é custo-benefício.
    Não pensaram que assim eram cúmplies das masacres levadas adiante no oriente médio?
    sim pensaram, e aceitaram ser cúmplices.
    —-
    Não tem ingenuidade, não tem engano, eles são cúmplices. Eles sabiam que com seu voto iam continuar ataques a civis.
    Acontece o mesmo no Brasil, a mídia já não consegue impor um candidato.
    O Lula em 2006 consiguiu 61% dos votos com toda a mídia contra.
    Agora em 2010 a marioria votamos na Dilma, por ingenuidade? por engano?
    não, porque era melhor que os tucanos, os tucanos são proamericanos, e isso é o último que o Brasil precisa hoje.
    Mas é óbvio que o Lula aumentou as reservas, mas também aumentou a dívida.
    É óbvio que ele não para a mercadoria chinesa, e seguramente a Dilma também não.
    O PT não está disposto a concorrer com os chineses. Mas era preferível a Durona e não os entreguistas.
    Então hoje no século XXI podemos responder a Huxley e Orwell: não, não é tão simples assim, não é fácil enganar o povo, nem os povos são tão tolos.
    ——
    Parabéns ao editor e a equipe do blog, acho o melhor espaço de opinião hoje no Brasil.

  19. Bruno Rocha disse:
    29/12/2010 às 01:09
    NILO
    .
    “Deixa de ser ignorante”.
    Felismente tenho consciencia da minha IGNORANCIA.
    Sempre que adquiro SABER, me vem EM SEGUIDA a consciencia de IGNORAR ALGUMA COISA.

    Caro, robert disse:
    29/12/2010 às 08:14
    Antes de tudo grato pelo conta ponto, mesmo discordando.
    Se me permite.
    Co o você já deve saber não existe Estado sem controle, pode mudar o formato, o grau, etc..
    Estado sem controle é o ANARQUISMO.
    ——————-
    “O capitalismo não perdoa vagabundos e maus negócios.”
    Estou falando de democracia liberal=capitalismo.
    Perdoa sim companheiro e perdoa vagabundo rico e de jatinho, a crise bancaria americana, é prova disso, população americana esta pagando caro pela divida irresponsavel de poucos.
    Quantas vezes as grandes montadoras de automóveis do EUA já faliram nestes últimos trinta anos????Todas as vezes foram salvas pelos cofres públicos.
    ————————-
    Até a Europa foi contaminada, Merkel tocou de leve no assunto dizendo: “até quando os políticos alemães irão sustentar com dinheiro público as decisões equivocadas de bancos particulares alemães”.
    Concordo com você “Se fosse num “socialismo” vc poderia trabalhar num lugar e o cara do teu lado ser um vagabundo”.
    Um abraço

  20. olha… o papo tá bom. mas vamos falar em outro tópico futuramente pq esse já ta desaparecendo eaoihaeoiae

    “Estou falando de democracia liberal=capitalismo.”

    mas democracia liberal não é igual capitalismo. Exemplo: China, Ditatorial capitalista. Agente é acostumado a pensar em
    capitalismo = Democracia e
    Comunismo = Ditatorial,

    mas não é assim. Em outro tópico eu falo pra vc, do que é PIOR do que uma Democracia capitalista. E FIQUE com medo. Pq isso se chama Capitalismo Ditatorial, que até alguns defensores de ditaduras tem medo.

    Abraços! e valeu pelos comentários saudáveis!

  21. A onda se volta contra a pátria “mãe da liberdade”…Os EUA experimentam hoje, no processo de resolução de suas crises econômicas, um caminho semelhante ao vivenciado no Macartismo, um recrudescimento da perseguição interna contra adversários políticos, no esteio de uma disputa pela hegemonia econômica mundial..No entanto o processo hoje é diferente: são dois adversários. A China, rival econômica, e o Terceiro Mundo, o rival ideológico que não aceita mais a cangalha em função do islamismo radical e dos movimentos de esquerda na América Latina.

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