Senado Federal, Audiência Pública CCT: “Militares apontam falta de recursos como entrave ao desenvolvimento tecnológico”
MILITARES APONTAM FALTA DE RECURSOS COMO ENTRAVE AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
Militares apontam falta de recursos como entrave ao desenvolvimento tecnológico
Marilia Coêlho
A falta de recursos para o desenvolvimento de tecnologias nas Forças Armadas é o que mais dificulta o progresso do setor. Esta foi a conclusão de participantes de debate realizado nesta terça-feira (08/10/2013) sobre a pesquisa e os investimentos nos centros de tecnologia das Forças Armadas, em audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). A reunião contou com a presença de representantes da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e do Ministério da Defesa.
De acordo com o brigadeiro Wander Golfetto, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da Força Aérea, o Brasil investe apenas 0,004% do Produto Interno Bruto na área espacial. Golfetto mostrou que projetos da Aeronáutica para os anos de 2012 a 2016 precisariam de mais de R$ 195 milhões, mas só receberam do Orçamento cerca de R$ 34 milhões.
O senador Walter Pinheiro (PT-BA) disse que o orçamento para as Forças Armadas deve ser prioridade, tanto na área de ciência e tecnologia, quanto em outras de necessidade da população. Para ele, além dos recursos, é necessária também uma sinergia entre as três Forças militares para que a tecnologia desenvolvida sirva não apenas para o setor militar, mas para outros campos da ciência que podem ajudar a sociedade.
– Sem sinergia e recursos é difícil fazer avanços nas áreas de ciência e tecnologia, em benefício também de serviços como a saúde, por exemplo — afirmou Pinheiro.
O senador observou que, nos últimos anos, houve um aumento de recursos para a área de ciência e tecnologia das Forças Armadas, embora os recursos ainda sejam menores do que no passado. Walter Pinheiro acredita que é possível, por meio da expertise acumulada, as Forças Armadas contribuírem para o avanço de tecnologia, especialmente na área de monitoramento.
O presidente da CCT, senador Zezé Perrella (PDT-MG), disse que o governo investe pouco em ciência e tecnologia. Ele afirmou que o recente escândalo sobre a espionagem americana no Brasil deve servir de alerta para que o governo perceba a importância do investimento na área.
Projetos Importantes
O almirante de esquadra Wilson Barbosa Guerra disse que a Marinha tem quase R$ 200 bilhões envolvidos em seu plano estratégico. Entre eles estão o programa nuclear, que desenvolve o ciclo de combustível para as usinas de Angra 2 e Angra 3, e o laboratório de geração de energia para a propulsão de submarinos.
– O programa prevê quatro submarinos, que têm um projeto francês, e já estão sendo construídos. O laboratório nos dará a capacidade de projetar e construir com a nossa tecnologia um submarino de propulsão nuclear brasileiro — disse Guerra.
O chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro, general Sinclair Mayer, citou vários projetos estratégicos da área, entre eles, um sistema de controle de fronteiras, o desenvolvimento de tecnologia para veículos blindados e outro de defesa da cibernética.
Por sua vez, o brigadeiro Wander Golfetto disse que a Aeronáutica tem 55 projetos grandes na área de ciência e tecnologia. Entre eles a produção de veículos suborbitais, na qual o Brasil é referência. Golfetto também citou, entre os projetos, a ampliação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que custará cerca de R$ 295 milhões, para oferecer mais vagas.
De acordo com o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa, vice-almirante Wagner Zamith, o Ministério da Defesa tem a função de apoiar e incentivar os projetos ligados à ciência e à tecnologia das Forças Armadas. Zamith afirmou que a alta competitividade do setor
de ciência e tecnologia é um desafio, mas também é uma oportunidade.
O militares tem + é q botar o dedo nessa ferida e mostrar os culpados pelos entraves dos projetos e reequipa/ das n FAs…Sds.
A maior contribuição que o Exército poderia dar pra nossa nação é ser executor da construção de grandes obras de infra estrutura deste país ou, no mínimo, ser o fiscal das suas construções, querem as construtoras privadas gostarem ou não e até mesmo as ditas agências de controle. Eu não acredito no TCU, pois colocar raposa cuidar de galinheiro nunca resultou em frutos. Lógico a atividade principal do Exército não é esta, mas de sua interferência e participação e seus engenheiros capacitados certamente resultaria em enormes quantidade de recursos que reverteriam para nossa Defesa. Tudo questão de gestão. Um país do tamanho do Brasil, por exemplo, é inadmissível não possuir ferrovias com fluxo de mão dupla ligando as todas capitais dos Estados e as principais cidades de cada Estado da Federação, só isto resultaria em economia de combustível e infindável valor de desperdício de recursos na manutenção da estrutura rodoviária do país, que todos os anos consome valores absurdos do Governo Federal e de todos Governos Estaduais, é só fazerem as contas, em cinco anos o valor gasto supera tudo que foi gasto em Defesa, no mesmo período, neste país. Além de outras medidas de economia. Pode-se economizar sem precisar parar os avanços necessários para país. Cingapura fez parecido, questão de gestão.
Muito bem colocado Alberto, o fato do país não investir em Ferrovias encarece absurdamente tudo por questões de frete, consumo de combustível, pedágios, manutenção e também vidas desperdiçadas nas estradas …isso sem contar o desperdício de nossa safra que tem uma parcela significativa perdida sendo transportada em meios inadequados.
A impressão que tenho é que os governos receberam muito das indústrias de caminhões e pneus para terem simplesmente MATADO nossas ferrovias como fizeram.
Abraço,
1° Ciencia e tecnologia não da voto, então esqueçam, o governo não vai investir um decimo do que investe em publicidade nisto.
2 ° o viralatismo cultural do povo brasileiro, desencoraja o setor, para o brasileiro médio, se e produzido aqui não presta, prefere consumir o que vem de marcas estrangeiras, mesmo que seja similar.
O pior do que você disse CAPA PRETA, é eu ter de concordar contigo.
aproveitando o tema sobre investimento e tecnologia …
sugestão pro blog .. http://www.tecnodefesa.com.br/materia.php?materia=1400
Mais do mesmo?… É? Mais do mesmo?…
PRÓXIMA PÁGINA!… ¬¬