Rússia se torna um “importante player” no mercado de armamentos da América Latina

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Os países latino-americanos ocupam um lugar especialmente importante nos contatos técnico-militares da Rússia.

O conceito tradicional de “exportação de armamentos” tem adquirido atualmente um sentido novo.

Além de fornecimentos avulsos de armas e de material de guerra de fabricação russa, Moscou propõe elevar a colaboração para um nível mais alto.

O diretor do serviço de colaboração técnico-militar, Alexander Fomin, que tinha visitado há pouco o Brasil e o Peru, declarou que é preciso entender que a situação não é mesma que há 40 anos: hoje os nossos parceiros querem receber não apenas amostras, mas também tecnologias.

“Para começar, pode se tratar da criação de capacidades instaladas de manutenção e modernização, a seguir, de empresas de montagem, depois, da produção de alguns componentes e, finalmente, da produção de armamentos de elevado conteúdo tecnológico”, – disse.

É sabido que vários países da América Latina estão promovendo a modernização dos seus exércitos nacionais. Na opinião de especialistas, quando da escolha de prioridades estratégicas, os dirigentes de alguns países, por exemplo, o Brasil e o Peru, têm adotado uma posição em grande parte independente em relação aos EUA e à OTAN.

Portanto, a proposta russa sobre a transferência da colaboração para um nível mais alto é perfeitamente atual, apesar da concorrência forte no mercado mundial de armamentos.

Todavia, dispomos de certas vantagens na América Latina, visto que nesta região, além de interesses comerciais importam, em primeiro lugar, as relações de confiança entre os parceiros. Na opinião do nosso perito militar Said Aminov, redator-chefe do periódico Boletim da Defesa Antiaérea, é precisamente este o caráter das relações entre a Rússia e a Venezuela.

O perito ressalta que estes contatos também se estabelecem com o Peru e com o Brasil. Ele diz:

“O trabalho nesta esfera realiza-se sob os auspícios da agência Rosoboronservice, que possui quadros qualificados.

Posso afirmar que, às vezes, as características dos armamentos têm menos importância do que o lobby por parte do Estado, que se torna a garantia da execução segura dos compromissos assumidos. O fato de que o próprio ministro da Defesa visita a América Latina, torna evidente a importância da opção estratégica no desenvolvimento da colaboração técnico-militar.

A visita da nossa delegação de nível tão alto reflete precisamente a importância do rumo escolhido.”

Cumpre assinalar também a variedade de amostras de material técnico de guerra, de armamentos e de sistemas inteiros, que a Rússia oferece para a exportação. A lista de exportação inclui as aeronaves dos mais diversos tipos, desde os helicópteros até aos caças dos últimos modelos, armas ligeiras modernas, modelos novos de tanques e sistemas altamente eficientes de defesa antiaérea, sem análogos no mundo. O perito russo Said Aminov prossegue.

“Creio que isso assegura um trabalho eficiente. Pode-se mencionar, em particular, os sistemas de defesa antiaérea – o complexo de mísseis e de canhões antiaéreos Pantsir-S1. O seu componente de combate e o radar, isto é, o sistema de detecção de alvos e de apontamento de mísseis, já foi testado muitas vezes tanto pelo exército russo, como pelos clientes, o que lhe proporciona uma boa perspectiva.”

Durante a visita da delegação russa ao Brasil foram também acordadas as condições de colaboração no quadro da criação do caça de quinta geração.

Discutiu-se a possibilidade de afetação de especialistas brasileiros neste processo. O ministro da Defesa Serguei Shoigu informou também que estão sendo examinadas duas variantes de interação.

Primeiro, criação de uma aeronave conjunta; segunda, a incorporação neste processo de projetistas e engenheiros brasileiros que “têm uma grande experiência neste setor”.

Portanto, – como disse o nosso ministro da Defesa, – a Rússia está pronta a desempenhar “o papel de grande jogador” no mercado de armamentos da América Latina.

Por isso, é perfeitamente lógica a recepção cordial que a ministra da Defesa da Venezuela ofereceu aos pilotos russos dos aviões estratégicos Tu-160.

As aeronaves pousaram no aeroporto de Maiketia depois de um voo sem escala de treze horas. A ministra Carmen Meléndez, que os recebeu no aeroporto, disse que “o futuro da Venezuela está ligado estreitamente à Federação Russa, que é um parceiro estratégico”.

 

Fonte: Voz da Rússia

29 Comentários

  1. Eu acredito que possamos fazer bons negócios com a Rússia no setor bélico,basta ao Brasil ter a coragem de ser soberano e Senhor de seu destino !

    • Pois é Casar Pereira.
      Quem sabe esta coragem chegou agora com a confirmação da espionagem Americana, e da descoberta de que eles não nos consideram confiáveis?
      Com certeza eles estão arrancando os cabelos, diante da possibilidades de perderem os bilhões do programa FX-2.

  2. Cesar Pereira
    30 de outubro de 2013 at 16:15

    Eu acredito que possamos fazer bons negócios com a Rússia no setor bélico,basta ao Brasil ter a coragem de ser soberano e Senhor de seu destino !=== Falou e disse, coragem p afrontar o n irmão caím do norte, a vlha máxima: Qdo a presa está bem armada, o predador dorme c fome e até bem ferido, essa é a melhor parte de tudo…p ontem dona/congresso, p ontem.sds.

  3. Como eu gostaria que o Brasil fosse um país de verdade…
    Comprar o su-35 seria um belo de um tapa na cara dos americanos. Alguns dizem que o Brasil perderia credibilidade se cancelasse o fx2 e escolhesse o avião russo. E daí??? Dos concorrentes o único caça em que o Brasil teria autonomia em relação aos americanos é o rafale, um avião extremamente caro se comparado ao desempenho do su-35.
    Que venham os russos!!!

    • Hellraiser

      Isso é conversa fiada dos que defendem a compra de algum dos caças que participam da concorrência.
      Como a Rússia esta jogando pesado, e com uma oferta que parece ser muito boa, estas pessoas estão sem ação e só acharam este argumento para tentar melar a possibilidade de negocio entre o Brasil e a Rússia.
      O Brasil é um pais soberano e pode sim alegar que por motivos estratégicos, econômicos, por quebra de confiança ou por qualquer outro motivo, não esta mais interessado em nenhuma das atuais ofertas do FX-2.
      Qualquer cliente pode desistir da compra de um produto em detrimento de outro que julgar mais adequado às suas necessidades ou de melhor qualidade.
      A meu ver, a parceria com a Rússia neste momento, de acordo com a proposta que chegou até nosso conhecimento parece ser a mais adequada às necessidades e condições Brasileiras.
      Sds.

    • senhor Hellraiser…um ofertante espionou todo o povo daqui além das empresas e ate mesmo a presidente deste pais…afirma abertamente que este pais não é confiável…os outros dois ofertantes foram os maiores atuantes/sabotadores/lobistas para impedir o pais aqui de liderar a omc…..preciso me aprofundar mais?!….preciso dizer mais?!…é o suficiente pra vc..?!

  4. Diversificar fornecedores estimula a concorrência,que os EUA melhore sua oferta nos oferecendo o F-15 de leasing e a venda do F-22. rsrsrsrsrsrsrsr
    Isso é mais uma piada do que um sonho kkkkkk

    • NovoBrazuk

      Se é para sonhar, vamos lá…
      Se participarmos do desenvolvimento do caça de 5ª geração com os Russos, e se o projeto der resultado satisfatório, se dai sair um avião excepcional, pode ser que assim os EUA nos ofereçam o F-22.
      Eles só fariam esta oferta, se estivermos na iminência de adquirir um caça tão bom ou melhor que o deles.
      Os EUA só nos oferecem equipamentos comparáveis àquilo que conseguirmos comprar de outros países.

      • Colega, com todo respeito.

        Os americanos ‘nuca venderão’ o F-22 a nenhum aliado. Quiçá ao Brasil. Lá quem manda é o legislativo… eles não aprovam este tipo de coisa e este é o momento em que eu sou obrigado a tirar o chapéu para eles, porque entendem que a soberania do país não é vendável à ninguém.

      • Caro amigo William

        Concordo plenamente com você.
        Hoje o F-22 é o caça a ser copiado e ou batido. Tarefa muito difícil mas com certeza essa é uma das metas de países como a Rússia e a China.
        Como eu disse, se algum pais desenvolver um caça superior ao F-22 e o disponibilizar para exportação, os EUA não teriam mais motivos para impedir a exportação do mesmo, já que a tecnologia não seria mais monopólio deles, e poderia estar disponível para exportação em outro pais. Sendo assim, é claro que os EUA iriam querer lucrar com este produto, mas com certeza restringindo o numero de países que poderiam adquiri-lo.
        Acho que isto ficou bem claro no meu comentário acima.
        E como também deixei bem claro, aquilo foi somente um exercício de imaginação. Um sonho. Mesmo porque dificilmente nosso governo estaria disposto a bancar os custos de aquisição e manutenção de uma maquina como o F-22.
        No mais concordo com você pois em matéria de soberania os Americanos são um grande exemplo. Defendem a deles a unha e dente. Só não respeitam a dos outros, como foi demonstrado nos últimos episódios de espionagem. Mas isso faz parte do jogo, É briga de cachorro grande e se o Brasil quer participar tem que ter garras e dentes afiados para no mínimo poder se defender e ou contra atacar quando for preciso.
        Infelizmente com a mentalidade de nosso governo isso deve demorar muito.
        Quem sabe uma parceria com os Russos poderia nos permitir possuir armas e tecnologias que até agora nos foi negada pelo fato sermos um pais “não amigável”.
        Sds

      • Esse governo investe bilhões nos programas de defesa, em montante como nenhum governo na nossa história, mesmo em guerra, tenha feito. Não se esqueçam dos submarinos, a previsão é de que o primeiro dos quatro submarinos convencionais esteja pronto em 2016 e seja entregue à Marinha em meados de 2017. As conversas já demonstram que o atraso no FX2 decorre justamente da mudança de atitude do país, que parou de comprar sucatas e pretende montar uma defesa digna do nome. A história recente mostra que nossas “alianças” estão sendo reavaliadas.

      • William eu sei perfeitamente, isso foi uma piada, o F-22 foi negado até para Israel e Japão.Esse caça deve ter tecnologia alienígena( mais uma piada) tamanho o nível de secretismo envolto no caça.

  5. PESSOAL eu móro em Canoas cidade 13km de Porto Alegre aonde citua-se o quinto comar se eu não estiver ficando louco e a FAB não estiver fazendo algum exercicio com um pais da Europa teremos surpresas pois o caça que decolou solitario sem fazer nenhum voo pela cidade o que é estranho pois os nossos sempre fazem voos de demonstrações este não era nosso e nem de nenhum pais da america central e muito menos da america do sul infelizmente ele só apareceu duas vezes na segunda e na terça não vou aqui dizer o que me pareceu o caça pois gostaria que alguem melhor informado que esteja a par me tire a duvida,COM TODO O RESPEITO QUE TENHO AOS PARTICIPANTES DO BLOG não quero passar informações eradas posso ter me emganado no que vi por esta razam divulgo o que penso ter visto PESSO QUE SE TIVER ALGUEM COM INFORMAÇÕES CONCRETAS ME TIRE ESTA DUVIDA de que tipo ou nascionalidade era o caça ESPERO NÃO ESTAR VENDO DE MAIS.

      • NovoBrazuk tinha duas e juntas muito parecido com o rafale cheguei a pensar que foce tal mas para não falar bobagem no blog preferi perguntar aos amigos mais informados pois ha algum tempo atraz estavam falando que tirarião dois ou tres f5 da base e mandarião para brasilia e agora aparece este aparelho poraqui.

  6. A Rússia pode atender a todas as necessidades bélicas do Brasil.
    Seus equipamentos, tanques, aviões, submarinos, navios, misseis, etc, se equiparam aos melhores do mundo. Não é a toa que são a segunda potencia militar do planeta.
    Eles estão ávidos por parceiros e negócios que possam aumentar sua projeção no mundo. Porque então vamos perder esta oportunidade?
    Até agora estivemos atrelados ao Tio Sam, e o que ganhamos com isso? Nada.
    Ganhamos sim a certeza de que eles não confiam em nós e por isso espionaram nossos ministérios, governo e empresas a fim de levar vantagem estratégica e econômica sobre nós. Mas também ganhamos a confirmação de que comprar equipamentos militares de alta tecnologia deles é um negocio de alto risco. Ao primeiro “pum” fedorento do nosso governo, correremos o risco de sofrer embargos de peças e de todo tipo de apoio ao funcionamento destes equipamentos.
    Afinal, em matéria de embargos e de espionagem eles são feras.
    Transferência de tecnologia, nem pensar. Afinal “não somos confiáveis”.
    É hora de mudar de rumo. Até agora faltou coragem ao governo Brasileiro para fazer isso. Mas quem sabe os últimos abusos cometidos pela potencia decadente do norte possa ser o empurrãozinho que estava faltando.
    As ultimas propostas Russas parecem ser excelentes, enquanto que os negociadores Americanos até agora não apresentaram nada de novo, ou melhor, “nada em possamos confiar”.
    …ah sim, apresentaram a tal de transferência “necessária” de tecnologia.
    …e ainda tem gente por aí que achou esta oferta uma maravilha. Afinal, vindo do Tio Sam qualquer migalha esta bom demais rsrsrsrs….

    • Os Russos também vivem embargando nossos fornecedores de carne. Não é possível admitir que os brasileiros ficam piorando o produto para que seja reprovado pelo sistema de qualidade russo. Mas provável que o sistema de controle russo fique criando novas condições para o recebimento das carnes de acordo com seus interesses. Isso cria muito stress no relacionamento entre as duas nações.

      • Não confunda as coisas Walfredo os caras tem regras rigidas sanitarias e se quiserem venderem para eles ou se enquadram ou vão oferecerem em outra quitanda.

      • Walfredo

        Acontece que mesmo com estes embargos, eles são um grande comprador de nossa carne.
        O brasil é que sempre esteve receoso de comprar equipamentos deles, e só começou a fazer aquisições mais significativas a poucos anos atrás, com a compra dos helicópteros Mi-35.
        Acredito que estes embargos sejam também uma forma de pressionar o Brasil a negociar os equipamentos militares deles, que sempre estiveram à nossa disposição mas que sempre foram rejeitados por nossas autoridades.
        Eles realmente tem regras de proteção sanitárias diferentes das nossas.
        Cabe a nossos técnicos tentar evitar os motivos para estes embargos.
        Sds.

  7. O que vai mandar é

    preço ,
    transferência de tecnologia e
    assistência pós venda …

    senão meu chapa é mais cunversa fiada … esperança eu tenho em Deus … o resto é toma lá dá cá .

  8. # Para começar, pode se tratar da criação de capacidades instaladas de manutenção e modernização #

    Vamos ver se o Brasil vai comer mais essa mosca e deixar essa oportunidade passar outra vez pois ate hoje aqui os pensamentos são individualizados ou de grupos.
    Pensar em desenvolvimento,autosuficiencia e obtenção e criação de tecnologias é pensar unicamente em unidade nacional e futuro.

  9. Todos os negocios que vem sendo tratados entre o Brasil e a Russia esta focado em capacidade de manutenção,modernização e assimilação de tecnicas especiais e tecnologias.
    Infelizmente hoje delegamos isso ao meio privado ao inves de uma participação maior do estado pois nossas forças armadas não necessitam somente de material e sim de assimilação de tecnicas,sensiveis e tecnologias pois são elas as unicas que criam no contesto coletivo.

    • Precisamos de indústrias militares dentro da estrutura das forças armadas, inclusive com algumas unidades secretas, como é feito em qualquer país descente.

      Os segredos militares não podem ser de absoluto domínio e conhecimento privado. A lógica do empresário muitas vezes difere da lógica do interesse público. A maximização do lucro raras vezes coincide com o interesse nacional.

      • Lindo pensamento mas a ideologia e os politicos aos quais voce faz apologia não querem isso.
        Querem sim se possivel fazerem uma forças armadas propria como ja fizeram na policia com a Força nacional.
        O que coincide com o interesse nacional no ambito politico e privado meu camarada ? Nada.
        Agradando ou não os milicos sim compartilhavam avanços com a iniciativa privada e muitas coisas serviram para darem lucros a privados aplicando em seus produtos o adiquirido em pesquisas e desenvolvimentos em centros militares.
        Agradando ou não agradando neste pais quem se preocupa com soberania,unidade nacional e desenvolvimento nacional sempre foram as forças armadas e ate isso a tua a´pologia ideologica vem desde o primeiro gov.Lula eliminando ou destituindo todos aqueles que possam contestarem ou oporem-se e inclusive introduzindo na caserna atravez de seus milicos capaxos o virus da corrupção e a bandalha publica.

  10. stadeu
    30 de outubro de 2013 at 22:32

    O que vai mandar é

    preço ,
    transferência de tecnologia e
    assistência pós venda …

    senão meu chapa é mais cunversa fiada … esperança eu tenho em Deus … o resto é toma lá dá cá .==== Então, os Russos ganharam, tem preços menores (<) q dos resto do mundo e c T&T p nós, só a china vende um pouco + barato…Sds.

  11. Francoorp: Melhor assim, um monopólio de quem quer que seja só trás amarguras pra defesa… fornecedor único nem pensar!! === Vc está certo amigo. Um exemplo de monopólio , foi da venda dos T-26 p a Venezuela..um sonoro Ñ dos iankss, e o material p serem usinado p o lança/ do VLS nas terras do n irmão caim do norte e foi retido até os últimos segundos…Nunca se coloca os ovos em só cesto, essa máxima vale p s defesa…Sds.

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