A farsa do Riocentro

RiocentroO Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro concluiu que o frustrado atentado à bomba no Riocentro, em 30 de abril de 1981foi planejado, executado e acobertado por 15 pessoas, todas ligadas à ditadura. Nove morreram e seis foram denunciadas.

No estacionamento do centro de convenções carioca, um artefato explodiu no carro do capitão do Exército (hoje coronel reformado) Wilson Machado. O sargento Guilherme do Rosário, que estava com ele, morreu na hora. Para o MPF-RJ, o atentado fora planejado por um grupo de militares para incriminar movimentos políticos que defendiam o fim da ditadura. Como os crimes foram cometidos após a aprovação da Lei de Anistia, o MP considera que os autores não podem ser protegidos pelo texto.

Após dois anos de investigação, os procuradores concluíram que o atentado foi o revés de uma farsa. A ideia dos militares envolvidos era provocar uma série de explosões no Riocentro — onde 20 mil jovens estavam reunidos em um show de música—, e, depois, culpar uma organização de esquerda como autora dos atentados.

Por tentativa dolosa de homicídio duplamente qualificada (motivo torpe e uso de explosivos), associação criminosa armada e transporte de explosivo, foram denunciados o coronel reformado Wilson Machado (conhecido como doutor Marcos), o ex-delegado Cláudio Antônio Guerra e os generais reformados Nilton de Albuquerque Cerqueira e Newton Cruz. O terceiro general envolvido é Edson Sá Rocha, o doutor Silvio, denunciado por associação criminosa armada.

Em depoimento decisivo, o major reformado Divany Carvalho Barros (vulgo doutor Áureo) revelou que foi ao Riocentro logo após a explosão para recolher provas que pudessem incriminar os militares. Por isso, é acusado de fraude processual.

Para Wilson Machado, Cláudio Guerra, Nilton Cerqueira e Newton Cruz, o MPF pede pena superior a 36 anos de prisão. Para Divany Barros, ao menos 1 ano de detenção. Para Edson Sá Rocha, 2 anos e 6 meses de cadeia.

Fonte: Correio Braziliense via NOTIMP

21 Comentários

  1. E foio assim que estes idiotas perderam a guerra cultural, e hoje a gente vé trocarem o nome de uma escola estadual que tinha o nome de um presidente, pelo de um terrorista, o verme do Maringuela que no seu “manual do guerrilheiro urbano” ensinava entre outras coisas a atacar hospitais e escolas.
    Parabéns pseudo milicos inuteis, que belo tiro no pé, deveriam ser fuzilados pro traição contra a pátria, hoje vemos esta quadrilha vermelha nos levar para o buraco como sociedade, graças a sua incompetência.

      • Aprende a raciocinar seu néscio! Mariguela era terrorista. Médici era um presidente ilegítimo. Nenhum dos dois merecia dar noma à escola.

      • E foi em cima da carcaça do “cumpanheiro” terrorista baiano que outros vermes chegaram ao poder e hoje comem as carnes podres da república brasileira… e ainda arrotam jactâncias do tipo: “como nunca antes nesse país…”… realmente, como nunca neste país se viu tanta podridão…

      • Sinceramente?

        Vc nem opinião tem, vc se limita a criticar o que os outros escrevem mas não tem coragem p/ escrever o que pensa. Se o Vader não comenta, vc logo trata de chama-lo p/ a discussão mas se vc não comenta, NINGUÉM sente falta kkkkkkkkk

    • E o que motivou o ataque DAZIZQUERDAS feias e bobas?

      Quem deu o ponta pé inicial pra esse tipo de conduta?

      Quem botou tanques nas ruas?

      • Como de costume você não estuda a história não é Rafrutinha…..

        O golpe militar, que vinha sendo gestado desde 1956, encontrou a justificativa perfeita em 1964 posto que João Goulart queria transformar o Brasil em uma República sindical à imagem e semelhança do que Perón fez na Argentina. Logicamente que a deposição de Jango deveria ser feita pelos trâmites constitucionais, sejam eles no congresso, sejam eles no STF, mas é fato que caso o referido presidente tivesse tido sucesso em seu intento estaríamos refém de uma ideologia tão nefanda quanto o peronismo que vilipendia a Argentina.

        No ais, que bom que você reconhece que as esquerdas são feias e bobas. E burras também….

  2. Me poupe…. Os macacos de farda quiseram jogar duas bombas num show e agora querem jogar a culpa nos outros?

    A bomba explodiu no colo de quem ia implanta-las…. Isso mostra que existe alguma justiça no mundo (não sei se é divina)

    Sem contar numa carta bomba mandada pra sede da oab (salvo engano era OAB São Paulo) e acabou matando uma secretaria…

    .
    Depois, esses hipócritas chamam os outros de terroristas…

    Esta povo falso moralista viu…. “Faça o que eu digo mas não o que eu faço” ao melhor estilo Felipe cps…..

    Eu eim…

    Deus ta vendo

    • Caro desprovido de intelectualidade, para o seu bom saber, os “Black não sei o que” são alimentados e cuidados por menininhas, patricinhas mesmo, ligadas a deputados de partidecos esquerdopatas da linha do pstu, psol e demais legendas de aluguel da PETRALHADA que acham que um dia serão reconhecidas pelo seu trabalho voluntarioso e ganharão cargos nos cabides de emprego das estatais e poderão usar, qndo velhas, longas saias à moda indiana… esse povinho emasculado recebem verbas e comem nas mãos do famigerado GILBERTO CARVALHO, o esquerdopata mais intimo da poste… quer mais ou tá de bom tamanho para sua pouca compreensão dos fatos… se ilustre mais antes de achar que pode convencer quem não come no cocho da esquerda carcomida que ainda acha que pode convencer a plebe a se matar por eles… ACORDA BRASIL !!!…

  3. EMPRESÁRIOS TAMBÉM SUBORNARAM GENERAIS PARA DAR GOLPE DE 64

    Conforme a história avança, a lama em torno do golpe de estado de 1964 aumenta mais e mais. Com o filme o Ano que Durou 21 anos, aprendemos que os EUA participaram ativamente da organização da derrubada de João Goulart. Recentemente foi revelado que Jango era altamente popular à época, desmentindo as teorias de que ele seria um governante fraco e sem respaldo social.

    E agora a Comissão da Verdade de São Paulo descobre que empresários da Fiesp subornaram Amaury Kruel, então comandante do II Exército e supostamente amigo de Jango, para que este apoiasse o golpe.

    A história do golpe é cada vez mais podre. E há muitas outras verdades duras a serem reveladas.

    Em depoimento à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, Erimá Pinheiro Moreira afirmou que o então presidente da entidade empresarial ofereceu US$ 1,2 milhão ao general Amaury Kruel

    POR GUSTAVO URIBE

    SÃO PAULO – O presidente da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, Gilberto Natalini, informou que em depoimento nesta terça-feira, na capital paulista, o coronel reformado Erimá Pinheiro Moreira, de 89 anos, relatou que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) subornou em 1964 o então comandante do II Exército a apoiar o golpe militar no país.

    Segundo o ex-major farmacêutico, que servia na época no Hospital Geral Militar de São Paulo, o então presidente da entidade empresarial, Raphael de Souza Noschese, ofereceu US$ 1,2 milhão ao general Amaury Kruel para que deixasse de apoiar o então presidente João Goulart, do qual havia sido ministro da Guerra de 1962 a 1963.

    No depoimento, o coronel reformado relatou que cedeu as instalações de um laboratório de análises clínicas, em sua propriedade, para a reunião entre Amaury Kruel e Raphael Noschese, ocorrida no dia 31 de março de 1964, dia do golpe militar. Segundo o coronel, três homens acompanharam o encontro, os quais portavam maletas que estavam cheias de dinheiro.

    Após o encontro, segundo Erimá Moreira, as maletas foram colocadas no veículo do general Amaury Kruel e, horas depois do encontro, ele anunciou apoio ao golpe militar. Segundo a Comissão Municipal da Verdade, o coronel reformado questionou na época se o general havia recebido o dinheiro. Ele foi cassado, na época, e vigiado pelo II Exército.

    No depoimento, Erimá Moreira disse ainda que recebeu a informação, posteriormente, que o comandante, que morreu em 1996, usou o dinheiro para comprar duas fazendas na Bahia. Procurada pelo GLOBO, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo afirmou, por meio de nota, que “é importante lembrar que a atuação da entidade tem se pautado pela defesa da democracia, do Estado de Direito e pelo desenvolvimento do Brasil”.

    Segundo a entidade empresarial, “eventos do passado que contrariem esses princípios podem e devem ser apurados”.

    http://www.ocafezinho.com/2014/02/18/empresarios-tambem-subornaram-generais-para-dar-golpe-de-64/#more-17521

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