Angela Merkel sempre foi discreta relativamente ao seu passado na RDA e dessa juventude pouco é conhecido. Dois jornalistas alemães juntaram-se agora para desvendar “a primeira vida” da chanceler. As descobertas deram origem a um livro que revela uma ativista política bem antes da queda do muro de Berlim.
“Podemos confirmar que foi muito mais próxima ao regime do que reconheceu. Durante a sua permanência na Academia das Ciências na RDA, promovia a sua carreira enquanto funcionária mostrando expressa afinidade. Além disso, a partir de 1981 ocupou nas Juventudes Comunistas (FDJ) o posto de secretária da agitação e propaganda, algo que sempre negou, esteve sentada na direção do Sindicato de Serviços”, escreve Günther Lachman, citado pelo El Mundo.
Até aqui, a chanceler sempre afirmou a sua “distância” ao regime e, o próprio El Mundo lembra quando questionou esta proximidade e a chanceler respondeu que mantinha “uma prudente distância”. Admitia ainda que “não tinha adoptado o papel de uma ativida pelas liberdades” e sublinhava que é “uma científica que não entrea demasiado na política”. Ora, não é isto que dizem os dois escritores.
“Não disse grandes mentiras sobre o seu passado comunista, mas maquilhou as nuances e guardou silêncios sinistros”, afirma Lachman, que avança ainda que “a principal conlusão é que Merkel não era uma recém chegada à política em 1989, como faziam crer, e já era uma política ativa muito antes, marcada por testemunhos à sua volta como comunista reformista. Acreditava no socialismo democrático na RDA independente”.
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