Modernização da bomba nuclear tática B-61 dos EUA é um processo de rotina, não ameaça a Rússia

Protótipo de uma B61-12 em um F-15E  – Eglin Air Force Base / Flórida

Os EUA estão se preparando para atualizar seu arsenal nuclear tático na Europa. Em 2020, o país começará a substituir as antigas bombas termonucleares B-61 por bombas de nova geração B61-12.

Segundo o porta-voz do presidente russo, Dmítri Peskov, os militares ainda avaliarão a necessidade de responder às ações norte-americanas.

Características da nova B61-12

De acordo com o analista militar da agência de notícias TASS, Víktor Litóvkin, a principal novidade da B61-12 será a capacidade de controlar a explosão. Os pilotos poderão acionar a bomba remotamente sobre o território do inimigo ou no subsolo.

“A B61-12 é uma bomba nuclear tática de queda livre com uma potência de até 340 quilotons”, explica Litóvkin.

Diversos caças de quinta geração norte-americanos, inclusive os F-22 Raptor, os F-35 Lightning II, os A-10 Thunderbolt e os F-16 poderão ser equipados com a nova bomba termonuclear.

“No momento, as ogivas nucleares dos modelos anteriores estão nas bases das Forças Aéreas dos Estados Unidos na Alemanha, Holanda, Itália, Bélgica e Turquia”, diz Litóvkin.

Abaixo uma bomba nuclear tática B-61

Bomba nuclear tática B61-12 – Uma diferença importante entre a B-61 e a nova versão B61-12, é as aletas de cauda.

Ameaça à Rússia

Segundo o pesquisador-chefe do Instituto da Economia e Relações Internacionais da Academia das Ciências da Rússia, Vladímir Dvôrkin, a modernização das armas nucleares tácticas dos Estados Unidos é um processo de rotina que não represente novas ameaças à segurança da Rússia.

“Todos os tipos de armamentos têm períodos de garantia. Neste caso, trata-se da substituição programada de armamentos antigos”, disse Dvôrkin.

Segundo ele, nas mãos das nações civilizadas, bombas atômicas são armas de dissuasão, e não de ataque.

“Os americanos estão modernizando a B61 para esquecer da necessidade de atualizar os arsenais nucleares táticos na Europa por décadas”, disse.

Os especialistas militares afirmam que a Rússia não vai responder à modernização.

“A Rússia também está modernizando suas forças nucleares e sistemas de defesa antiaérea”, diz o analista militar do jornal Izvêstia, Dmítri Safonov.

Segundo ele, nenhum acordo internacional entre Moscou e Washington regula as capacidades quantitativas e qualitativas de armas nucleares táticas.

Atualmente, existe apenas o Tratado de Redução de Armas Estratégicas 3 (START-3, na sigla em inglês).

Segundo esse, a Rússia e os EUA concordam em limitar o número de portadores de ogivas nucleares a até 700 e o número de ogivas estratégicas a até 1.550.

“Novas bombas termonucleares russas e norte-americanas são altamente precisas e podem executar tarefas militares específicas. A determinação das características táticas e técnicas de armas nucleares poderá se tornar a base do próximo tratado de redução de armas estratégicas ofensivas”, completa Safonov.

NIKOLAI LITÔVKIN

Edição/Imagem: Plano Brasil

Fonte: Gazeta Russa

5 Comentários

  1. é engraçado como sempre sempre é um “processo de rotina, não ameaça” quando é o ocidente/otan que faz….mas quando é o outro lado ai é ameaça a humanidade…é ameaça a democracia, a liberdade e ao escambau…como diz um proverbio..Quando um homem quer matar um tigre…Chama a isso desporto…Quando é o tigre que quer matá-lo…Chama a isso ferocidade…

    • Se voce prestar atenção vera que quem disse isso foi o pesquisador-chefe do Instituto da Economia e Relações Internacionais da Academia das Ciências da Rússia, Vladímir Dvôrkin, ou será que ele também é um vendido agente da CIA infiltrado em Moscou?

  2. Então não foram os **Pacifistas** americanos que propunham o desarmamento Nuclear do mundo , e os Otários Entreguistas do PSDB , correram a assinar o Tratado de Desnuclearização da América Latina, e agora , devemos de imediato Denunciar o Tratado !!

  3. Essa belezinha do papai pesa menos de 320 kg, pode penetrar profundamente na terra e é muito eficaz contra abrigos subterrâneos como centros de controle e casa-matas, aumentando assim sua eficácia contra esses alvos subterrâneos porque transmite mais eficientemente a energia explosiva fazendo com que o rendimento máximo de 50 kilotons no subsolo seja o equivalente na superfície a uma explosão na faixa de 750 kt à 1.25 megaton. O aumento da potencialidade da B61-12 e sua precisão na penetração em terra permite uma melhor exatidão, por assim dizer, em relação aos alvos a serem selecionados. A força da explosão sendo menor porem mais eficientemente transmtida em relação ao antigo vetor, reduz o risco do fallout radioativo, aumentando significantemente a opção do numero de alvos potenciais a serem escolhidos por parte dos planejadores militares.

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