RIO – A Petrobras perdeu o posto de marca mais valiosa da América Latina, segundo pesquisa da consultoria Millward Brown Optimor divulgada nesta terça-feira. A petrolífera teve queda de 45% em seu valor de marca, que passou de US$ 10,56 bilhões em 2012 para US$ 5,76 bilhões.
Assim, ela foi ultrapassada por duas fabricantes de cervejas: a mexicana Corona, cujo valor de marca cresceu 29%, alcançando US$ 6,62 bilhões, e a Skol, que teve alta de 39%, passando para US$ 6,52 bilhões.
Entre as 10 mais valiosas da América Latina, estão ainda outras três empresas brasileiras: o banco Bradesco (US$ 5,44 bilhões, queda de 19%), a telefônica Claro (US$ 4,45, alta de 3%) e o banco Itaú (US$ 4 bilhões, queda de 39%).
A Petrobras, que em 2011 chegou a assumir a 61ª posição no ranking global, caiu no ano passado para a 75ª colocação, e este ano ficou fora da lista das 100 marcas mais valiosas do mundo.
Para calcular o valor da marca em 17 categorias, a consultoria usa dados públicos dos balanços das empresas e das bolsa de valores, ponderados com os resultados de uma pesquisa entre consumidores em 31 países. Segundo ela, um dos fatores que influenciou o resultado da Petrobras foi o governo ter tentado conter a inflação com a manutenção dos preços dos combustíveis, o que afetou o desempenho da empresa.
— A Petrobras sofreu perdas significativas no ranking por causa dos dados financeiros, que foram profundamente afetados pela ação do governo. Já a percepção do público em relação à marca não caiu tanto. Não é como se o público tivesse passado a rejeitá-la — explicou a diretora executiva da Millward Brown no Brasil, Valkíria Garré.
Apple mantém liderança global
Pelo terceiro ano consecutivo, a marca mais valiosa do mundo é a maçã mordida da empresa fundada por Steve Jobs, afirma o estudo da Millward Brown Optimor. A marca da Apple, empresa de tecnologia responsável pelo iPhone e iPad, está no topo do ranking, avaliada em US$ 185,07 bilhões.
A briga entre as gigantes da tecnologia é acirrada no pódio. A Google (avaliada em US$ 113,67 bilhões) retomou a segunda colocação, que havia sido assumida no ano passado pela IBM (US$ 112,53 bilhões). Já a Microsoft (US$ 69,8 bilhões), do bilionário Bill Gates, caiu duas posições, superada pela Coca-Cola (US$ 78,41 bilhões) e pela telefônica AT&T (US$ 75,50 bilhões).