Espanha: Chávez quer cooperar sobre suposta relação entre ETA e Farc

(atualiza com informações sobre pedido oficial de informações à Venezuela, no último parágrafo) Yerevan, 2 mar (EFE).- O chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos, afirmou hoje que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, demonstrou “vontade de cooperar” para esclarecer as acusações de que o Governo de Caracas ajudou a e ETA e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) a estabelecerem uma aliança.

Moratinos informou que manteve uma conversa telefônica com Chávez no final da noite desta segunda-feira, e que o líder venezuelano afirmou ter “rejeição” ao conteúdo das acusações, feitas por um juiz da Espanha, além de ter manifestado desejo de afastar “totalmente” as dúvidas sobre sua suposta cooperação com a ETA.
O ministro espanhol falou sobre o assunto em entrevista coletiva em Yerevan, capital da Armênia, país que visita na condição representante da União Europeia, que atualmente é presidida pela Espanha.

Segundo Moratinos, o Governo espanhol reagirá assim que a Venezuela der as explicações que o chefe do Executivo, José Luis Rodríguez Zapatero, reivindicou ontem após as acusações.

O chefe da diplomacia espanhola também falou ontem com seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, que adotou postura semelhante à de Chávez.

Além de expressar sua rejeição às acusações e disposição a esclarecer o assunto, Maduro disse que acredita que o caso não vai afetar as boas relações entre os dois Governos.

O auto do juiz Eloy Velasco assinala que há indícios de cooperação da Venezuela com uma suposta aliança estabelecida entre a ETA e as Farc, que tinham intenção de atentar, na Espanha, contra altos cargos da Colômbia, incluindo o presidente Álvaro Uribe.

Velasco enviou a Moratinos um documento que foi repassado à Venezuela, requisitando formalmente as explicações das autoridades do país sobre a suposta colaboração.

Sugestão: Gérsio Mutti

Fonte: BOL/UOL

2 Comentários

Comentários não permitidos.