Brasil, aliado de Teerã

Para Patriota, estratégia visa a reduzir tensões
Carolina Brígido.

BRASÍLIA. O ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota disse ontem que o Brasil manterá uma relação amistosa com o Irã, país que vem reprimindo manifestações antigoverno. Segundo ele, a relação faz parte da estratégia de “diminuir as tensões” do Irã com o resto do mundo. Em contrapartida, o ministro disse ter preocupação com países onde há pena de morte – e citou, como exemplo, a pena de apedrejamento, em vigor no Irã.
– O Brasil é um país sem inimigos que busca o diálogo com todos os quadrantes do globo. Consideramos que é interessante manter um diálogo com o governo iraniano, até mesmo para diminuir as tensões, porque o isolamento, às vezes, só exacerba o que já é uma situação preocupante e que pode levar a um conflito – avaliou Patriota.
A declaração foi feita na edição de ontem do programa de rádio “Bom Dia, Ministro”. Patriota não considera que houve uma aproximação gratuita do Brasil em relação ao Irã durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
– O que eu acho que houve não foi propriamente uma aproximação com o governo do presidente Ahmadinejad, e sim um esforço de contribuir para a criação de confiança entre países como EUA e Irã, e contribuir para que houvesse uma solução diplomática para esta questão, que é uma das mais espinhosas da agenda internacional. Aliás, continua sendo esse o propósito da diplomacia brasileira – afirmou.
Pouco depois, ele disse que o país não apoia sanções aos países da região em crise por conta de manifestações populares.
– As sanções levariam a que resultados? Às vezes, as sanções só servem para exacerbar a situação interna.

Fonte: O globo via CCOMSEX

50 Comentários

  1. A única coisa que me impressiona é a Satanização dessa relação Brasil e Irã, que é constantemente alimentada na mídia. Ta certo, Ahmadinejad é um ditador, ta certo que o estado la nao é laico ou seja, é um líder religioso sabichao que determina o que pode e o que nao se pode fazer, e também concordo que eles tem realmente o desejo de possuir o dominio da produção de armas nucleares(em meio a uma região onde muitos países apoiados pelos EUa abertamente possuem como o paquistão, israel, egito dentre outros). Mas eu acho engraçado que ditaduras como a do Egito, Iemen, Bahrem, paquistão e em tantos outros países não sao vistas ou muito menos citadas negativamente na imprensa.
    A nossa mídia está defendendo quais interesses? Está sendo imparcial? AFINAL QUEM SÂO OS CHEFÕES DA NOSSA TÃO PODEROSA MÍDIA?
    Eu tenho um palpite: em grande parte são Americanos, Europeus, muitos judeus e se nao forem, são ao menos descendentes destes que citei.

  2. Como deixou claro o Ministro Patriota, a aproximação com o Irã não foi algo da cabeça do Lula, mas uma política de estado, que prossegue no atual governo, apenas com um discurso mais suave.

  3. Falou é disse Gustavo, estão colocando o Irã como demônio, qdo na verdade o capeta são os invasores de paíse e tomadores de terras alheias, vide os ianks e os nefastos judeuSS.Sem falar nos arsenais at|ômicos de um e o escondido do outro…o negocio é pessoal e intransferível, ie, é com o BRASIL.Temos de nos reequipar militar/ falando, vem balas de calibre grosso dos nunca confiáveis ianks p o n lado Brasuca.

  4. O Brasil deve manter boas relações com todos os países, respeitando suas próprias prioridades e estabelecendo com eles caminhos de diálogo…Gostem ou não o Brasil tem hoje um papel proeminente na política mundial…E isso sem ter arsenal nuclear e nem FFAAs entre as maiores ou mais modernas..

  5. O ministro Patriota não disse nada demais. Esse é o discurso oficial. Mas resta evidente que a aliança incondicional da forma que o ex-presidente queria ficou para trás. De toda sorte a aproximação excessiva do Brasil com um regime fascista e teocrático como o iraniano apenas compromete nossas pretensões, inclusive a cadeira permanente no CS da ONU.

  6. O ministro Patriota não disse nada demais. Esse é o discurso oficial. Mas resta evidente que a aliança incondicional da forma que o ex-presidente queria ficou para trás. De toda sorte a aproximação excessiva do Brasil com um regime fascista e teocrático como o iraniano apenas compromete nossas pretensões, inclusive a cadeira permanente no CS da ONU. E por favor pessoal, sem essa de colocar a culpa dos nossos fiascos internacionais no “malvado PIG”

  7. Gustavo g, mandou bem!!! Depois vou fazer uma pesquisa da composição acionaria da Globo e da Agência Estadão e outras e te falo. Me parece que a lei brasileira permite 30% de participação acionária estrangeira. Mas já fiquei sabendo que por baixo dos panos é muito mais que 30%.

  8. Eu q já tive na terra do meu pai ( Líbano ), sei o rancor q eles tem contra os USA , principalmente por suas intervenções quase sempre negativas na região. Agora o Brasil precisa fazer o dever de casa antes de tudo, reconheço q à política externa do último governo não foi das melhores em termos de colhermos os frutos depois… espero q viremos esta página .SDS

  9. Vejamos a incoerência e a política de dois pesos duas medidas contra o Irã:
    1. O Irã é uma ditadura – Paquistão, Arabia Saudita, China, Egito e dezenas de outros países são ditaduras e são apoiadas pelos americanos/judeus/europeus;
    2. O Irã não é um país laico – nenhum dos acima citados é. Israel muito menos, Reino Unido idem. Quem é o chefe da Igreja Anglicana? A Rainha da Inglaterra. Cadê a separação entre Estado e Religião?
    3. O Irã está corretíssimo em procurar dotar-se de armas atômicas. Se seu maior inimigo tem, e não sofre nenhuma consequencia em razão disso, se os USA vivem dizendo que todas as opções estão sobre a mesa, inclusive, a militar (ameaça clara), Israel diz a mesma coisa. O presidente Busch criou a doutrina americana do Ataque Preventivo. Inventaram que o Iraque tinhas “Armas” para atacarem e saquearem o país. O que os iranianos devem fazer? Ficar esperando ser atacado? Guardada as devidas proporções, o que está ocorrendo com o Irã é semelhante a uma “ação de choque”, explico: quando a tropa de choque vai dispersar um turba/multidão, nunca deve encurralá-la, deve pressionar com força máxima, porém, deixando uma rota de fuga/dispersão pra turba/multidão, pois, caso contrário, a turba/multidão não terá pra onde ir e virá pra cima da tropa. É isso que estão fazendo com o Irã.
    Vou parar pra não me alongar demais.
    Abraços a todos.

  10. 12/08/2010 às 21:09
    Fascismo islâmico

    Cientistas políticos mundo afora têm classificado o regime iraniano de “fascismo islâmico”. Por vários motivos. O anti-semitismo, por exemplo, não tem uma componente principalmente religiosa ou geopolítica, como em outros países islâmicos, em particular os árabes. No Irã, a variável principal é escancaradamente racial. Líderes religiosos já expressaram simpatia pelo nazismo. Ahmadinejad não se contenta, vá lá, em pedir o “estado palestino”. Ele está se lixando para isso. Ele já nega o Holocausto de cara!

    O Irã, seguindo uma interpretação muito particular da “lei islâmica”, é uma tirania com forte apelo às massas, que esmaga a divergência e mata os opositores, sempre incitando o “povo” a fazer com as próprias mãos, se preciso, as vontades do regime. À diferença das ditaduras árabes, o regime persa realiza a mímica da consulta popular, que serve para manter as camadas mais pobres — justamente aquelas seduzidas pelo discurso de Ahmadinejad e dos radicais religiosos — mobilizadas contra “o inimigo”, o “Grande Satã”: os Estados Unidos. A exemplo dos regimes fascistas, o Irã tem ambições imperialistas, conduzidas por uma elite militar.

    Também são próprios do fascismo esses espetáculos em que se expõem os bodes expiatórios para excitar o fel das massas — bodes expiatórios que vão a público confessar as suas culpas, admitindo, para a glória do regime, que merecem mesmo ser punidas.

    Foi o que se viu com a exposição, na TV, de uma mulher que seria Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada, primeiro, ao apedrejamento por adultério — teria mantido “relações ilícitas” com dois homens depois de viúva — e, agora, ao enforcamento, já que a acusação mudou: além do adultério, teria participado de uma conspiração para matar o marido.

    O rosto da suposta Sakineh estava borrado. A voz que se ouvia era uma versão em farsi, a língua oficial do Irã, do dialeto que fala a mulher. Não se tem a certeza de que fosse mesmo ela a confessar o crime. Sabem o que é pior? É provável que sim. Imaginem as pressões a que não está submetida a sua família. O seu advogado teve de deixar o país. A possível Sakineh, diga-se, o censura em público porque ele a teria exposto ao público, o que teria envergonhado a sua família. O propósito é claro: reafirmar os princípios do regime.

    Esse e o governo que conta com o apoio incondicional do Brasil. É para defendê-lo que Lula resolveu afrontar o consenso das nações que têm alguma relevância no mundo. É pelo líder deste país que Lula confessa ter “amizade e carinho”.

    Por Reinaldo Azevedo

    http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/fascismo-islamico/

  11. Brasil X Israel X Irã – População x melhores universidades do mundo

    – BRASIL:
    quinto país mais populoso (193 milhões de habitantes)
    USP – número 207 na lista das melhores instituições
    Unicamp – 295
    UFRJ – 383
    UNIESP – após o 500 (não indicado)
    IRÃ:
    17º lugar em população (75,08 milhões)
    Univ. de Teerã – posição 368 no “ranking”
    Univ. Sharif – após o 600 (não especificado)
    ISRAEL (Aquele que deve ser “varrido do mapa” nas palavras do celerado Adolfinejad):
    96º lugar em população (7,6 milhões)
    Univ. Hebraica de Tel Aviv – posição 102 no “ranking” mundial
    Univ. Tel Aviv – 114
    Instituto Technion – 132
    Univ. Ben Gurion – 323.

    Fica a pergunta; Com quem devemos nos aproximar?

  12. Outro aspecto interessante em uma comparação entre Irã e Israel versa sobre seus respectivos ministros da defesa:

    Israel: Ehud Barak, Herói condecorado.

    Irã: Ahmad Vahidi, criminoso procurado

  13. Não é questão de aliamento, mas de manobras geopolíticas que se mantém desde antes das eleições de Ahmadinejah no país.
    .
    Gostaria de saber, seguindo a linha de raciocínio de O Globo, se o Brasil é aliado dos EUA e Arábia Saudita por não condenar abertamente as penas de morte nos dois países, ou por não ter cortado relações diplomáticas.
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    As características do país, com grande população, sua capacidade econômica, com expressiva produção de petróleo, bem como sua posição geopolítica e sua possível capacidade de influenciar os países da região, colocam o país como elemento chave para qualquer tentativa de controlar ou pacificar a região.
    .
    Desde o governo Bush, que classificava o Irã no eixo do mal, já se trabalhava com a idéia de que seria importante a colaboração do Irã na pacificação da região, sobretudo o Iraque.
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    Antes da eleição do líder iraniano, as relações entre Brasil e Irã já cresciam, tendo a Petrobras recebido autorização para explorar o petróleo da região em 2003.

    No ano seguinte, os dois países assinaram um memorando de entendimento que previa intensificação das comunicações e trocas comerciais entre os mesmos.
    .
    No âmbito energético, o Brasil tem procurado apoiar a pesquisa nuclear do Irã, cujo programa possui várias similitudes com o brasileiro, já que ambos objetivam, a princípio, fins pacíficos.
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    O Brasil também faz restrições (como foi em 2004) às inspeções da Agencia Internacional de Energia Atômica (AIEA) nas instalações do Rio de Janeiro e defende que o Irã tem o direito de possuir um programa nuclear pacifico.
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    Além disso, em 2010, o Brasil já foi o oitavo exportador para o Irã, e inclui automóveis, alimentos, minérios e medicamentos. O fluxo de comércio entre os dois países manteve-se em média de 2 bilhões de dólares.
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    É importante ressaltar que Ahmadinejad veio acompanhado, na visita de 2009, de 200 empresários iranianos, interessados no incremento de negócios com o Brasil.
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    Basicamente, as potencias oficialmente nuclearizadas querem diminuir o arsenal dos que já possuem, e evitar que novos venham a ter.
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    Por isso, o governo brasileiro vem argumentando que considera as propostas das grandes potências discriminatórias e que visam barrar o desenvolvimento nuclear dos outros países.

    Defende que o Oriente Médio, como a América do Sul, seja considerada área livre de armamentos nucleares, o que não interessa os EUA, pois tem Israel como seu aliado.
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    Dessa forma, a exposição das contradições dos argumentos – sobretudo das potencias nuclearizadas, como EUA – ajudem a construir um consenso em bases menos impositivas e mais equilibradas.
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    Nesse sentido, o Brasil, que vem buscando e afirmando um maior protagonismo internacional nos últimos anos, procura manter alguns canais de diálogo com o Irã, bem como outros países do Oriente Médio.
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    Dentro desta estratégia, o presidente Lula visitou o Oriente Médio entre os dias 14 e 17 de março de 2010, realizando as inéditas visitas aos Estados de Israel, Jordânia e à Cisjordânia, esta controlada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP).
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    A atuação do Brasil no Oriente Médio, apontado como possível novo mediador de conflitos na região, pode causar estranheza nos céticos sobre o poder no Brasil no sistema internacional.

    Mas o fato é que o Brasil abandonou a postura tímida dos anos 1990 para ocupar uma posição de destaque.
    .
    Talvez o Oriente Médio esteja precisando menos solução militar e um pouco mais de negociação e diálogo, que são as grandes habilidades da diplomacia brasileira.

  14. Nunca houve aliança incondicional do Brasil com Irã.
    Há uma confusão grande e uma critica acida quando o Brasil busca seu próprio caminho.
    A aproximação com o Irã levou o Brasil a se aproximar da Siria – Turquia tambem duas nacões com forte influencia naquela região – sendo que a Turquia é uma potencia media militar participante do OTAN, o Brasil fez um esforço em demonstra que era possivel o caminho do dialogo, mas ao EUA e Israel interressa um Irã marginalizado.
    Não vejo este mesmo tipo de critica ao EUA quando apoia sua leais ditaduras, nem tão pouco a democratissima França que esta a vender Rafale (se é que com os últimos acontecimentos tal fato ocorrera)e apoiar a ditadura do KADAFI.
    Abs

  15. A justiça não interessa aos americanos e judeus. Eles estão se sentindo ameaçados pelos governos islâmicos.Na verdade estão em guerra.
    A Nova Ordem Política no OM não tem mais volta, pois o povo não aceita mais ditadores corruptos e reis no poder.
    Não aceitarão também teocracias (Ditadura dos religiosos).
    A crença religiosa não pode ser imposta por governos, pois essa atitude dominadora vem desde a Idade Antiga.
    Estamos no Sec XXI, em que a mairia da população possui o discernimento (lógica e razão).

  16. excelente materia Fernando Donatelo e Nilo, pois muitos dos brasileiros são influenciados pelo que é veiculado nos jornais, revistas ou telejornais, se ao menos antes de julgarmos viessemos a analisar que os americanos estão sempre certos mesmo quando apoiam um ditador, só que ninguem conta que ele está apoiando aquele ditador por motivos que ele (EUA) está sendo beneficiado, como foi o caso do proprio bin laden, quando os EUA apoiavam-o com armamentos e treinamento, mais o tiro saiu pela culatra, agora eles querem ensinar padre a rezar misa, o mesmo pode-se dizer dos israelenses, não é muito estranho que eles tenham poder para dizer o que os palestinos devem ou não fazer e eles podem invadir o territorio palestino espancando e atirando, mais quando alguem morre foi uma bala perdido, o que não falta é desculpa e ninguem faz nada, mais se os palestinos mandarem um morteiro para o lado deles (israel)ai a coisa muda de figura, pois é uma declaração de guerra e ai vamos lá matar os palestinos invasores de nossas terras.
    e o pior é que tudo isso acontece e os americanos sabem de tudo, só que não fazem nada, pelo contrario ainda ajudam investindo, mandando armas e ajudando na tecnologia de israel.
    assim fica dificil!! e o pior é que o mundo engole toda as historias que os americanos contam, pois eles são os melhores, são eles os mocinhos, agora eu pergunto:e quando chegar a nossa hora, eles iram continuar a ser os mocinhos, pois o pais subjulgado será o nosso, se não começarmos a agir logo, logo e colocarmos esse pais onde ele já deveria ter chegado a muito tempo, sinceramente eu posso dezer sem sombras de duvidas que nós só estamos vendo a nossa propria historia, sem direito a nada, pois seremos um povo sem terra, pois seremos um povo escravisado por outros, pois onde eles chegaram e não ficaram o pé é por que não tinha nada para eles ali, mais aqui tem muito esporio de guerra para financiar as guerras dele (EUA) ESPERO QUE TODOS TENHAM ENTENDIDO. OK???
    ATÉ A PROXIMA

  17. Em contrapartida, o ministro disse ter preocupação com países onde há pena de morte.

    Será que dirão isso a Obama quando ele vier aqui?

  18. Fernando Donatelo:

    Parabéns por repetir o discurso oficial. Pena que o mesmo não resista à uma análise dos fatos reais, especialmente no tocante às reais intenções do regime fascista iraniano e seu programa nuclear. Espero que você não dê razão ao nosso ex-presidente, que confessou sentir enorme amizade e carinho pelo regime medieval do Irã, quando esse afirmou que as multidões indignadas que protestavam contra a fraude escancarada na eleição agiam como torcedores cujo time perdeu o jogo.

  19. Nilo:
    De um lado está o resto do mundo. Do outros países como Sudão, Síria, Venezuela, Bolívia…todos eles regimes abjetos e governados por ditadores cruéis ou rizíveis. Quem está com a razão meu caro?

  20. Ao amigo Hms Tireless, os Árabes são semitas , filhos de Abraão/Ibraim ,pais dos judeuSS, logo, irmãos…e entre os mesmo exitem grandes comunidades judaicas..E algumas sociedades árabes são semi-teocraticas assim como a Judaíca.O caso e q notamos q os motivos de embargos ao Irã poderão ser usados contra nós, Brasucas…+ aliados , isso nunca fomos.

  21. hms tireless disse:
    19/02/2011 às 12:34

    12/08/2010 às 21:09
    Fascismo islâmico.
    —-
    —-
    hms, seu fascínio pela doutrina americana não deixa dúvidas sobre a sua ideologia. Mas nada que apareça num lixo de revista que vem da editora abril vai ajudar a mostrar EUA e Israel bonzinhos e Irã, Egito e quaisquer outros maus. Não pelo menos neste blog onde todos parecem bem politizados.

    Estou com:
    Gustavo g disse:
    19/02/2011 às 09:49
    e
    JClaudio disse:
    19/02/2011 às 11:13
    —-
    Os únicos crimes contra a humanidade que tenho visto nos últimos tempos são os cometidos contra os Iraquianos e os cometidos contra os Palestinos. Em nenhum desses casos o Irã está envolvido.
    -Roubar na China leva o criminoso a perder a mão.
    -Trair no Irã leva à morte por apedrejamento.
    -Manifestação em SP leva a confronto com a polícia com direito a tiros de borracha, bombs de efeito moral, cacetetes e prisão.
    -Os mais variados crimes cometidos por soldados no Iraque não foram considerados crimes.
    Ou seja:
    Cada um vive sob o regime do mais forte, cnsiderando as regras de convivência em sociedade ou o poder militar do mais forte. E isso é regra geral.

  22. Aliados do Ira. E quase inimaginavel. Nao tem nada ver com Israel e o escambau no Oriente Medio. Tem a ver com o bom senso. Falou muito bem hms-tireless.
    Nao devemos ser amigos de um regime brutal, retrogrado,medieval, e um idiota como Ahmadinejad. O Brasil corre um grande risco ao abracar regimes cafagestes como esse. Estou surpreso pela quantidade de pessoas que se mostram anti-americanos e ligam uma amizade com um fascista destes como uma maneira nossa de pisar no calo americano. What the hell…

  23. Fernando Donatelo meus parabéns amigo,vc é um dos que não tem esse extremismo,de jogar o Irã no tal eixo do mal,acrescento ao que o amigo disse e volto a repetir,o Irã de hoje é resultado da ação dos E.U.A e Israel,não é questão de ser radical ou vermelhuxo como gostam de classificar as pessoas que não concordam com certas políticas dos E.U.A,basta pegar um bom livro de História e ler,enão ficar nesse discurso da mídia que repete o discurso dos E.U.A,basta lembrar que os E.U.A,tento uma aproximação com o Irã na época do Presidente Reagan e quem comandava o Irã era o Komenini,a Revolução Iraniana foi produto da sangrenta Ditadura do Cha Parlev,como já disse antes,a sua polícia secreta era tão sangrenta que os chilenos iam treinar lá métodos de tortura,seu povo era humilhado,por ser um fantoche,viviam com dificuldades,se os egípicios fizeram a revolução por causa do Munbarak,eleva ao Cubo o que era o Regime do Cha Parlev.Agora pergunta tb a um pai de família brasileiro que tem seu ganho com exportações para o Irã,que compra bilhões de Dolares do Brasil,será que esse pai de familia,escolheria recriminar o Irã por não ser Democráticos,acho que essas pessoas que recriminam o Governo nunca pegaram a Constituição e leram sobre os Princípios que regem nossa relação outras Nações,mas vou citar um:

    1-Auto-Determinação dos Povos.
    Vejo aqui alguns Rambos,da suposta democracia,que moral tem os E.U.A,pra falar em Democrácia,se apoiou ou apoia Ditaduras.

    Fernando Donatelo meus parabéns pelo Texto,sua análise passa sim por qualquer análise….rsr.

  24. Quanto ao Brasil,quem fez uma palhaçada com a gente foi a Barbi loira ,que disse com palavras da boca dela que a visita do Lula ao Irã seria a última chance de um acordo,pois bem a Barbi,a super mulher,a senhora do destino do mundo,achou que o Brasil não fosse consegir e com isso a Barbi teria uma carta Branca para fazer o que quiser,mas se deu mal,e logo que viu pela CNN o acordo sendo fechado,saiu ligando para todo mundo,sabotando um acordo que foi proprosto pelo Obama,vamos pensar com a cabeça né,basta procurar informações e não manipulações por parte da midia mundial e que é replicada aqui no brasil.
    Agora pergunto a vcs,se o Iran não tivesse uma gota de Petróleo haveria essa campanha toda.

    Os E.U.A,ainda vão se arrepender de não terem aproveitado a oportunidade que o Lula abriu.

  25. Vejam algumas opiniões de americanos sobre o acordo com o Irã:

    Hillary is a shame to the United States..I sure didn’t vote for that lady…..or Obama……or Bush….they are all puppets and the USA has become a socialist dictatorship……they simply do what they want and defend it with the most unreasonable of defenses. The Clintons have a legacy as being nothing but LIARS….USA is headed for a revolution within…..cause of people like Clinton who threaten the world…To the rest of the world my apologies….on behalf of the good people here

    Right on! I agree! I am sick of my country constantly beating the war drums….all the while taking more of our freedoms here in the USA……its really depressing……The government no longer cares what the people say or
    want….scary…..USA stance is BS

    Iran is a signatory of the NPT, Hillary is a War Criminal.

    Sweeden should take back the Nobel from the american president. Obama should recognize he did nothing to deserve it. They should give a Nobel to Lula, because the Brazilian president did for peace (in Haiti) and still do (in Middle East).

    The question that screams to be asked and these 2 ignore, is why the countries who have nuclear weapons are entitled to ask a country who has no nuclear weapons to abandon their nuclear program.

    Clinton just slapped in the face Brazil and Turkey, which attempted some compromise.

    The EU is just a joke, completely subdued to whatever the US administration orders them.

    Admiro esses americanos,por terem essa opinião,são pessoas corajosas,que não se deixam manipular,assim como Jane Fonda teve a coragem de expressar sua indignação com as atrocidades americanos no Vietinã,sentando numa bateria anti-aerea vietinamita,esses mesmo tem a coragem de largarem um suposto patriotismo barato,para buscarem o melhor para o seu país,tb admiro o movimento de alguns soldados israelenses que são contra os abusos de seus colegas do exército israelense.

  26. O Caso Irã-Contras (em inglês: Iran–Contra affair, em persa: ماجرای مک‌فارلین, em espanhol: caso Irán-Contras), foi um escândalo de corrupção nos Estados Unidos da América revelado pela mídia em novembro de 1986, durante o segundo mandato do presidente Ronald Reagan, no qual figuras chave da CIA facilitaram o tráfico de armas para o Irã, que estava sujeito a um embargo internacional de armamento, para assegurar a libertação de reféns e para financiar os Contras nicaragüenses.

    A operação começou como uma tentativa de melhorar as relações entre Estados Unidos e Irã, através da mediação de Israel, que iria enviar armas para um grupo politicamente influente de iranianos; os Estados Unidos iriam então fornecer mais armas para Israel e receber o pagamento feito pelos iranianos aos israelenses. Os destinatários iranianos prometeram fazer o possível para conseguir a libertação de seis estadunidenses que eram mantidos reféns pelo grupo islâmico xiita libanês Hezbollah, que era inadvertidamente ligado ao Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica.

    Se o Irã amanhã fizer um acordo com os E.U.A,o Irã passa da noite para o dia,uma referência para o mundo pela sua democracia…..rsrs.

  27. olha pessoal eu tb concordo que o brasil no que diz respeito a relaçoes internacionais, como no caso do irã, tem sido um fiasco , concordo com as injustiças que ocorrem naquela regiao, mas acho que o brasil nao ganhara nada apoiando um “ira” da vida, acho que o brasil realmente é bem principiante no que se diz respeito ao oriente medio “relaçoes internacionais”, ali é um problema tao grande que nao vale a pena se meter.

  28. Over:

    Que tal tentar argumentar com lógica ao invés de tentar desqualificar a mim e a fonte que postei?

    Barca:
    Como sempre você ataca com mais do mesmo ou seja, chapa branquismo totalmente desprovido de senso crítico. Tá querendo justificar o seu salário é?..rs!

    Nelore:

    Obrigado pela solidariedade!

  29. HMS TIRELESS cara não me dirigi a vc,não justifico salário,apenas dei argumentos,em nenhum momento me dirigi a vc,OK.
    Não tem nada de desqualificar vc,por favor pare de querer tumultuar,por favor chega,eu apenas elogiei o colega Fernando Donatelo e coloquei que concordo plenamente com ele e acrescentei alguns dados,ponto!!!.
    Por favor não se dirija a mim por favor,aquela discusão do Mirage e do Programa Nuclear Israelense foi cansativa,ao ponto do Moderador interver e confirmar parte dos fatos que relatei,não quero dar de sábio aqui,estou aqui apenas para debater,mas se vc se sente atingido amigo não posso fazer nada,todos aqui sabem que tenho um respeito enorme por todos nunca fico desqualificando as pessoas.A única pessoa que eu brinco as vezes aqui é o Jakson com sua francofóbia mas destaco é sempre brincadeira.

    Me fiz entender,ponto final!

  30. HMS Tireless, não se trata de propaganda oficial, até porque não sou pago para isso ou faço parte de alguma associação aliada à base governista, mas se trata de não

    analisar o contexto geopolítico com dois pesos e duas medidas, usando de maniqueísmos como “vilões fascistas” e “mocinhos democratas”, mas o jogo de poder por diferentes esferas de influência, numa região considerada energéticamente estratégica.
    .
    Se vc se der ao trabalho de ao menos avaliar a história iraniana, verá que o atual regime político estabelecido (Estado Teocrático com base centralizadora), não caiu do céu ou da prancheta de algum ditador previamente planejado.
    .
    Após as eleições democráticas e reconhecidas pela Onu de Mossadegh durante o período parlamentarista iraniano, em que o ex-senador se tornou presidente eleito com forte aliança no próprio parlamento,

    buscou assumir metas de nacionalização dos recursos energeticos do país, estando incluída a fiscalização da imensa propriedade encravada no território iraniano da Anglo-Persan Oil (atual BP).
    .
    Temerosa da perda de posicionamento hegemônico na extração e quase monopólio da distribuição, arquitetaram junto à CIA com consentimento do governo americano, um golpe de Estado (que incluiu alguns agentes iranianos)

    que acabou com a morte de Mossadegh, a implantação da Monarquia aliada do Xá Phalev e a dissolução do sistema representativo popular.
    .
    O problema, é que o Playboy que achava que iria ocidentalizar a tradição secular persa, perdeu sustentação social do alto clero xiita, dos estudantes e parte da desigual classe média urbana nacional, num país em que a soberania já havia sido disputada pelo controle soviético.
    .
    A Revolução tomou forma e as ruas, derrubou o líder títere e o governo fantoche ilegítimo.
    Pouco depois, em 1980, com financiamento e apoio logístico americano, além de pesado armamaento soviético e francês, o Iraque invade território iraniano dando

    início a Guerra Irã-Iraque, sangrenta e destrutiva até 1988.
    .
    O regime dos Aiatolás, então se enclausura com as sanções unilaterais recebidas e inicia um Programa de desenvolvimento nacional em frentes estratégicas, como tecnologia, industrias de bens-de-produção, medicina nuclear, complexo de farmoquímicos entre outros, que fazem o país chegar em 2010 com uma das maiores taxas médias de inovação e P&D no mundo.
    .
    Por outro lado, a fixação da religião ao estado (como ocorre com outros países árabes-muçulmanos da esfera americana de influência), acaba tornando processos sócio-políticos menos tolerantes, a mobilização popular considerada arriscada, e instituições representativas controversas.
    .
    Por outro lado, as políticas públicas aboliram o analfabetismo, deram mais autonomia a mulher, que hoje ocupa 65% das vagas das universidades, que são mais de 400, com 3,5 milhões de estudantes universitários

    (proporcionalmente, o dobro do Brasil), para um total de 72 milhões de habitantes, contra 60 universidades e 100 mil estudantes, na época do Xá.
    .
    Na época do Xá, apenas estudavam 50% da população em idade escolar, e hoje a universalização do ensino chega a 99%.

    Tais conquistas que, foram fruto da grande articulação de investimentos produtivos pela economia, ao longo dos anos.
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    Ainda os avanços teconológicos, com o lançamento de satélites, com plataformas e mísseis totalmente iranianos (este ano serão lançados mais 4 satélites), a construção de submarinos, navios, aviões não tripulados com autnomia para mil quilômetros e mísseis de alcance intercontinental.
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    Também, 9 entre os 20 medicamentos contra a AIDS são fabricados pelo Irã, que também tem excelência nas células troncos, com a fabricação de remédios para o câncer, a clonagem de animais e outros avanços.
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    Abraços

  31. Pessoal achei essa reportagem sobre a Savak (Polícia secreta do Regime do Xá Reza Pahlevi ),bem interessante e seria bom para se ler,dá uma pequena noção de uma das origens da Revolução Iraniana:

    Sua polícia secreta, a Savak, com 65 mil policiais, funcionava nos moldes do Mossad israelense. Embora tenha sido oficialmente criada como um grupo de contra-espionagem, suas principais táticas eram a tortura e a intimidação, fazendo com que os opositores do regime se sentissem prisioneiros em seu próprio país – com a conivência dos Estados Unidos e de Israel.

    A Savak havia penetrado em todas as camadas da sociedade. Até o ditador chileno Pinochet mandou seus torturadores para treinamento em Teerã. E o mundo descobriria também que o Islã, considerado uma velharia religiosa, ultrapassada até no Oriente Médio, poderia ressurgir como força política, abalando não só os regimes alinhados com a “modernidade” capitalista, mas também o “socialismo real”. A União Soviética, preocupada com a “revolução islâmica”, invadiu o vizinho Afeganistão, criando o teatro do que seria o “Vietnã soviético”.

  32. A recíproca é verdadeira meu caro Barca! Se você se sentiu atingido pelo fato de eu apontar sua falta de senso crítico no que tange aos erros cometidos pelo governo, nada posso fazer!

  33. Esse texto é ótimo para ajudar a entender um pouco sobre o Irã.

    Em 1979, uma revolução popular no Irã derrubou a ditadura do Xá Mohhammed Reza Pahlevi, mudando o mapa político do Oriente Médio e, com ele, todo o equilíbrio político internacional. A primeira conseqüência do movimento foi o “segundo choque do petróleo”, com o aprofundamento da desordem econômica internacional e uma recessão global que duraria até bem entrada a década de 80.

    Batizada, retroativamente, de “Revolução Islâmica”, por causa do papel hegemônico exercido pelo clero xiita, a revolução de 1979 é considerada o marco da ascensão mundial do ativismo muçulmano, incluindo (e de modo abusivo) o chamado “terrorismo islâmico”, que estenderia sua ação para bem além das fronteiras onde a religião do profeta Maomé é majoritária.

    Se a marca do islamismo militante esteve presente desde o início do movimento revolucionário, não se pode dizer que essa era sua direção única. A revolução iraniana concentrou todas as contradições do desenvolvimento histórico do país, em especial na sua fase moderna e contemporânea, como semicolônia dos imperialismos russo e britânico, no século XIX e na primeira metade do século XX, e do imperialismo americano, depois da Segunda Guerra Mundial.
    DIVULGAÇÃO
    O Xá Reza Pahlevi, derrubado no ano seguinte
    A questão democrática e a agrária, não resolvidas pelo desenvolvimento capitalista dependente do país, se somavam ao pano de fundo do desenvolvimento desigual da sua economia, que gerou uma moderna indústria petroleira e um proletariado que, embora minoritário, ganhou forte poder econômico e político. A classe operária estava concentrada nos centros de produção de petróleo para exportação, na área de serviços de todo tipo e na indústria dirigida ao mercado interno, na periferia da capital, Teerã.

    Em 1978-1979, ocorreu no Irã uma agitação vertiginosa na qual a classe operária teve presença marcante. O movimento conseguiu desmantelar o Estado imperial e criar uma situação revolucionária.

    Em 1979, o mundo conheceria o que poucos tinham denunciado antes: que o glamouroso regime do Xá, cheio de belas fardas e decorações, se apoiava numa repressão selvagem, na qual se distinguia, pela brutalidade de suas torturas, a polícia política, a Savak. Antes disso, a grande mídia apresentava o regime dos Pahlevi como um oásis de modernidade, em meio a um arquipélago de regimes árabes belicosos (conduzidos pelo nacionalismo laico árabe), ou retrógrados (conduzidos por monarquias feudais).

    A volta de Khomeini, em fevereiro de 1979, para proclamar a República Islâmica do Irã
    Quando especialistas da CIA escreveram um relatório, em setembro de 1978, sobre a saúde política do regime monarquista pró-ocidental no Irã, eles concluíram que, apesar do governo autocrático, o Xá presidia uma dinastia estável, que duraria mais uma década, pelo menos. Meros quatro meses depois, Reza Pahlevi foi forçado a fugir de uma revolução popular que o derrotou.

    TORTURA Sua polícia secreta, a Savak, com 65 mil policiais, funcionava nos moldes do Mossad israelense. Embora tenha sido oficialmente criada como um grupo de contra-espionagem, suas principais táticas eram a tortura e a intimidação, fazendo com que os opositores do regime se sentissem prisioneiros em seu próprio país – com a conivência dos Estados Unidos e de Israel.

    A Savak havia penetrado em todas as camadas da sociedade. Até o ditador chileno Pinochet mandou seus torturadores para treinamento em Teerã. E o mundo descobriria também que o Islã, considerado uma velharia religiosa, ultrapassada até no Oriente Médio, poderia ressurgir como força política, abalando não só os regimes alinhados com a “modernidade” capitalista, mas também o “socialismo real”. A União Soviética, preocupada com a “revolução islâmica”, invadiu o vizinho Afeganistão, criando o teatro do que seria o “Vietnã soviético”.
    © REUTERS/LATINSTOCK
    População armada: também as mulheres foram preparadas para lutar nas ruas das cidades do país
    A revolução no Irã debutou como um vasto movimento democrático dirigido pelo clero tradicional, alijado do regime político pela “modernização” empreendida pela dinastia Pahlevi, no poder desde 1925. Esse foi o caráter do movimento em seu início, quando tinha seu centro na cidade de Qom, onde a hierarquia religiosa xiita liderou a mobilização de massas contra o regime ditatorial do Xá.

    Durante dois anos, o caráter e o ritmo do movimento – sua direção, enfim – foram garantidos e controlados pela hierarquia islâmica, financiada pela burguesia comercial e financeira do Baazar, o pequeno comércio local. O enfrentamento entre esse setor e o regime monárquico dominava o centro da cena política. O aprofundamento da disputa teve, porém, uma conseqüência imprevista: a crescente afirmação do proletariado no interior do movimento democrático e antiimperialista.

    Uma transformação do processo revolucionário aconteceu quando o proletariado começou a combater o regime do Xá, com seus próprios métodos – greves e ocupação de fábricas, por exemplo. A ampliação do combate democrático conduziu a classe operária à independência da direção burguesa e religiosa.

    O núcleo geográfico do movimento, então, deslocou-se para os centros petroleiros de Abadán e para a capital do país. Foi a partir da greve geral petroleira de outubro de 1978 que começou a contagem regressiva do governo do Xá. E foi também a partir dessa data que se desenvolveram os comitês operários nos centros petrolíferos e no cinturão industrial em torno de Teerã, além de 105 comitês de bairro na própria capital.
    © UNIVERSIDADE DA COLUMBIA/DIVULGAÇÃO
    Ahmadinejad, atual presidente do país, foi “guarda revolucionário” (esq.); Bakhtiar, premiê na monarquia, viu ruir a idéia de transição tranqüila (dir.)
    PEITO ABERTO No fim de 1978, as telas das TVs do mundo inteiro mostraram um espetáculo surpreendente e inesperado. As ruas das principais cidades do Irã se enchiam de manifestantes que, lançando vivas ao imã Khomeini, reclamavam o fim da monarquia. A ação repressiva do exército e da polícia, fiéis ao regime, não conseguia deter a determinação dos manifestantes. Estes eram massacra dos às dúzias e às centenas, para se tornarem mais numerosos no dia seguinte. O povo iraniano, literalmente, oferecia seu peito às balas e até aos blindados do poderoso exército imperial. Poucas vezes se tinha visto semelhante determinação num movimento popular.

    O caráter “islâmico” das manifestações surpreendia menos, porém, do que o fato de que, pela primeira vez, uma revolução era transmitida ao vivo pela TV. Paradoxalmente, se o mundo podia acompanhar a evolução e vicissitudes do processo em tempo real, essa revolução não parecia inspirada em idéias contemporâneas, mas nos ensinamentos de um personagem religioso do século VII: o profeta Maomé.

    A volta do exilado aiatolá Khomeini, líder xiita do clero, criou as bases para uma saída do impasse em que o país estava mergulhado. Ele vinha de 15 anos no Iraque e, depois, na França. Os Estados Unidos, por sua vez, que até ao fim de 1978 sustentaram sem reservas o regime dos Pahlevi (seu principal cliente internacional de material bélico durante as décadas precedentes) começaram a agir, em busca de uma saída sem o Xá, uma transição que preservasse o exército imperial. A diplomacia americana atuou para que o Xá e sua família abandonassem o país. Velho e doente, Reza Pahlevi morreria nos EUA poucos anos depois.

    ASSALTO AO PODER Khomeini retornou da França em 1o de fevereiro de 1979, foi recepcionado por 5 milhões de pessoas e não tardou muito a proclamar a República Islâmica do Irã. Uma greve geral paralisava o país havia dois meses. E bastaram 11 dias da presença dele em Teerã para que a insurreição iraniana, com uma alternativa política “visível”, ganhasse os contornos de um verdadeiro assalto popular ao poder.
    O processo teve alguns lances interessantes. Antes da proclamação da República, o primeiro-ministro Chapour Bakhtiar declarou que não admitiria um poder paralelo ao seu. Khomeini ainda estava exilado quando colaboradores do aiatolá comunicaram ao premiê que seria organizado o Conselho da Revolução Islâmica, para dirigir provisoriamente o Irã depois da “queda do governo de Bakhtiar”. Acrescentaram que armas estavam sendo distribuídas à população.

    A tentativa de conciliação com o antigo regime ficou evidente quando o novo primeiro-ministro, Mehdi Bazargan, revelou a existência de um acordo que chegou a prever a nomeação do mesmo Bakhtiar, membro da Frente Nacional de Oposição, como primeiro-ministro. O roteiro da transição seria: a partida do Xá, a instauração de um Conselho da Coroa, convocação de eleições gerais e livres, instalação de uma Assembléia Constituinte e, por fim, a transferência do poder.

    Bakhtiar aderiu a esse projeto, assim como os chefes do exército e da polícia. Mas o movimento expresso na greve geral possuía já um alto grau de independência, pois estava apoiado num forte movimento popular. Sua expressão maior foi a insurreição popular armada de 10, 11 e 12 de fevereiro de 1979, que quebrou o exército imperial e liquidou os planos de transformação pacífica da monarquia. “Eu não tinha ainda declarado a guerra santa”, contou Khomeini, tempos depois.

    O dia 10 de fevereiro de 1979 foi um sábado sangrento na capital do Irã. Multidões investiram contra quartéis, delegacias de polícia e outros postos de resistência da monarquia. A cidade cobriu-se de grossas espirais de fumaça, por causa dos incêndios em prédios públicos e dos confrontos com a polícia. Os seguidores do aiatolá Khomeini insuflavam o povo por meio de alto-falantes. No fim da tarde, combatia-se por toda a cidade. Pelo menos 200 mortos e 800 feridos foram recolhidos das ruas. A fúria do levante trazia ao mundo, no terceiro quarto do século XX, cenas que antes só apareciam em livros de história.
    Dois dias mais tarde, renderam-se os últimos oficiais leais ao governo. Pouco depois, o Estado-Maior das Forças Armadas comunicou que as tropas seriam chamadas de volta aos quartéis, “para evitar mais derramamento de sangue e anarquia”. Os soldados começaram a confraternizar com a multidão, gritando: “Nós estamos com o povo”.

    A repressão contra a esquerda e o movimento organizado dos trabalhadores começou imediatamente depois de vitoriosa a revolução antimonárquica, dando um papel decisivo às milícias islâmicas, depois transformadas em Guardas Revolucionários (dos quais fazia parte o atual presidente iraniano, Ahmadinejad), que conquistaram enorme poder político no novo Estado, limitan do o próprio poder dos mullahs.

    No entanto, ainda em 1979, quando a direção islâmica queria dar por terminada a revolução, para a população ela recém-começava. A autoorganização operária se manteve pelo menos até 1981 nos principais centros industriais e fez pairar o fantasma de uma segunda revolução social. Não só no Irã, mas em toda a região, principalmente na Arábia Saudita.

    Os comitês “khomeinistas” começaram então a concorrer e, depois, a se chocar militarmente com os comitês independentes surgidos da insurreição popular. O primeiro ministro Bazargan resumiu a situação nestes termos, aos correspondentes estrangeiros: “Vocês não concebem a que fantástica pressão popular estamos sendo submetidos, todos, sem exceção”.

    Diante do temor e da fraqueza da burguesia iraniana, da dissolução do exército imperial e da carência de independência política da classe operária, o clero xiita pôde jogar um papel de arbitragem que se estendeu por todo o período histórico, chegando até os dias atuais. Essa arbitragem o colocou na cabeça do Estado islâmico, vigente até hoje, no qual as instituições representativas, eleitas em escrutínio, estão subordinadas a instâncias não-eleitas próprias à instituição religiosa, configurando um regime de natureza bonapartista e teocrática.

    Osvaldo Coggiola é professor do programa de pós-graduação em história econômica da USP e autor do livro A revolução iraniana

  34. Fernando Donatelo:
    Fiquei comovido com essa defesa tão apaixonada do regime iraniano, tão injustiçado e perseguido pelo ocidente mau e pelos sionistas ladrões de terras. Que dizer da sua tentativa de maximizar os “conquistas tecnológicas” do regime, a imensa maioria delas inflada pela propaganda oficial que por sinal é totalmente inspirada nos métodos celebrizados por Goebbels, e de minimizar os abusos cometidos pelo clero contra aqueles que se insurgem contra isso. Qual será o próximo passo? tentar provar que o programa nuclear iraniano tem “fins pacíficos”? ou que Adolfinejad nunca negou o holocausto ou afirmou que Israel deveria ser “riscado do mapa”?

  35. Há verdade é uma só,a Revolução Iraniana é cria dos E.U.A,assim como o Osama Bin Laden,que foi o típico caso da criatura que se voltou contra o seu criador.
    Querem um exemplo,peguem a porcaria do Rambo 3,e veja a apologia que se faz aos Talebãs no filme em contrates com os soviéticos,por ironia do destino décadas depois esses homens se virariam contra os E.U.A.
    Esse conceito de célula terrorista,a forma como se mantém economicamente,sem que seus recursos consigam ser bloqueados,foi ensinado pela CIA,todas essas operações clandestinas de obtenção de recursos,métodos para burlar as regras dos maiores mercados financeiro foi ensinado pela CIA.
    Ninguém nunca se questionou porque os recursos do Bin Laden nunca foram rastreados,outra coisa o GEORGE BUSH pai era sócio da família do Osama,que se beneficiou do Regime Saudita.

  36. Agora vamos fazer um exércicio mental,pergunto aos colegas aqui:

    Vamos supor que o Brasil na América do Sul fosse cercado por um vizinho que fosse um satélite de uma grande potência estrangeira,que tivesse seu regime e seu modo de vida constantemente ameaçado,que ja teve um ministro derrubado por querer nacionalizar o petroleo,por ter entrado numa guerra contra o seu vizinho que foi incenticado por essa potencia estrangeira,para tomar uma provincia rica em petroleo(Khuzistão,essa provincia foi o motivo da guerra),pergunto aos colegas,esse regime é tão perverso assim ou é fruto do meio a qual impõe a esse povo!

    Quanta Hipocrisia dos E.U.A,chega a dar nojo,apoiam o Iraque para eles tomarem a provincia do Khuzistão,e depois vendem armas para os Iranianos.

  37. HMS TIRELESS se vc acha que não tenho senso eu digo o mesmo de vc,por isso colocamos um ponto final,acho seus textos pobres,parecem trechos tirados da quela revista extremista,muito pobre.Ficamos empatados então!!!

  38. Fernando Donatelo parabéns pelas suas colocações,sensatas e equilibradas,muitas vezes o que parece ser o certo é o errado,pois muitos não procuram se informar e fazem o juízo do que é mais fácil de saber,seja por preguiça mental,falta de capacidade de ver a realidade ou por profunda ignorancia historica e recheada de preconceitos,quero deixar claro que não é indireta para ninguém!!!!

    “Muitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas quando quis colocá-las sobre o papel.”

    René Descartes

    Quero deixar claro que não é indireta para ninguém,parabéns Fernando Donatelo,pelo texto .

  39. Barca:
    Após o cansativo ctr-c+ctr-v de um texto acadêmico que em hipótese alguma pode ser encarado como verdade absoluta, seu último post querendo justificar os abusos do regime fascista iraniano, em especial o apoio à grupos terroristas, as ameaças de aniquilação à um país soberano e a repressão aos movimentos populares, apelando para o velho clichê de que a culpa é de americanos e Israelenses, é realmente confrontador do bom senso. E o que dizer então da afirmação de que Israel seria um satélite dos EUA? Qual o próximo passo? querer deslegitimar a existência de Israel?

  40. Caro Barca:
    Ao menos eu consigo escrever meus próprios textos, e não padeço de uma insegurança tal ao ponto de necessitar fazer longas transcrições de textos alheios. E é como você mesmo diz, não é indireta pra ninguém….rs!

  41. Caro hms_tireless a diferença existente entre Sudão, Síria, Venezuela, Bolívia é que não estão alinhados com EUA
    E
    Arabia Saudita, Jordania, Colombia e Israel estão alinhados (ou voce vai dizer que os mesmos direitos que servem para um israelense de origem judia é a mesma pra um israelense de origem arabe, por acaso ja viu falar em ocupação de territorio palestino por um israelense de origem arabe??
    Israel não passa de um estado expansionista, racista, militarista.
    Abs

  42. Revista extremista? Esqueci do velho expediente de tentar desqualificar os meios de comunicação que ousam falar mal do governo afinal, quanto abuso do PIG querer criticar um governo que de tão divino nunca erra?

  43. HMS TIRELESS para finalizar,eu tenho por princípio,que quando vou postar uma informação,procurar e colocar ela da forma mais exata possível,para que as outras pessoas possam ler e tirar suas idéias,por isso tenho o hábito de colocar textos sobre os assuntos dos quais eu conheço,para embasar melhor as minhas opiniões,vc deveria fazer o mesmo,se lembra da abobrinha que vc falou sobre a frança naquele post antigo,sobre o programa nuclear israelense,tanto que o próprio moderador confirmou de maneira até mais precisa por ele ter maior conhecimento que eu sobre o assunto,que eu estava certo,cara para de ficar policiando o que os outros falam,querer arrumar discusão,vc é uma pessoa meio infantil,se a opinao de alguém não bate com a sua vc sai logo atacando as pessoas vc me lembra muito uma pessoa que conheçei em certo blog,mas depois vi que não era vc pois ela tinha algum embasamento n que falava,eu apenas,não concordo com certas coisas que alguns paises fazem,mas aplaudo as coisas boas que esses mesmos paises fazem,não tenho idolatria por x,ou y,apenas acho que a negociação é mais eficiente do que a exclusão ou violencia,agora vc está sendo mal educado,pedi a vc para me ignorar,espero que vc tenha esse princípio e que vc mantenha a sua palavra,pois vc disse que me ignoraria.
    Fui claro cara,espero isso não se repita.

  44. Nilo vou colocar para vc uma informação do qual repito a tempos,os falções Israelenses estão destruindo Israel,já há dissidencias dentro do próprio governo,existe dentro do exército de Israel um grupo de soldados que criticam abertamente o tratamento dado aos palestinos ao ponto de um soldado dizer que se ele e sua família recebesse o mesmo tratamento,odiaria os soldados israelenses,eu penso o seguinte Nilo,esses falções israelenses,estão cada vez mais isolando israel,vc já pensou no dia em que os E.U.A,não puderem mais garantir a segurança do Estado Judeu,e cercados por nações que os odeiam,só vai restar jogar bomba atômica,e promover o maior genocidio nuclear da História,peço desculpas por colocar esse texto,não é apenas o copy e Paste,coloco para que o amigo leia de uma fonte da imprensa,acho que isso embasa melhor o meu ponto de vista,espero que o amigo não se sinta icomodado.

    Ministro da Defesa israelense quer retomar negociação com palestinos

    Acredito que a paz só emergirá de um diálogo entre dois sócios, entre nós e os palestinos”, disse o ministro israelense em uma coletiva de imprensa após se reunir com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

    Nilo vc já pensou amigo,veja a configuração que está emergindo no Oriente Médio,até agora não temos noção do que vai sair do Egito,no Bahrein a maioria xiita está se revoltando contra a monarquia sunita,eu acho que israel precisa urgentemente começar a negociar com os seus vizinhos,isso ao meu ver é essencial para a segurança de israel,logo a farra com o dinheiro chinês,pois a china é quem financiou essas loucuraS BELÍCAS dos E.U.A,pois eles compram Títulos do Tesouro americano,a economia americana sempre tem que ter um banqueiro para financiar,anteriormente foi o Japão,agora é a China,ai te pergunto até quando,os americanos vão ter bilhões para manter essa parafernalha belica,essas aventuras.

  45. Ministro da Defesa israelense quer retomar negociação com palestinos

    NOVA YORK (AFP) – O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, pediu nesta quinta-feira em Nova York que sejam retomadas as negociações entre israelenses e palestinos, “apesar de todas as turbulências ao redor”.

    “Acredito que a paz só emergirá de um diálogo entre dois sócios, entre nós e os palestinos”, disse o ministro israelense em uma coletiva de imprensa após se reunir com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

    “Estamos em negociações há 20 anos e acredito que recentemente chegamos a acordos em uma série de medidas de confiança, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia, para avançar, como a construção de instituições e uma espécie de Estado embrionário dirigido por (presidente da Autoridade Palestina) Abu Mazen (Mahmud Abbas) e pelo primeiro-ministro (Salam) Fayyad”, disse Barak.

    “Também estamos preparados para iniciar negociações imediatas sobre a maneira de estabelecer mudanças na segurança com o futuro Estado palestino”, acrescentou.

    As negociações diretas entre Israel e os palestinos duraram três semanas e foram paralisadas em 28 de setembro, dia em que terminou o prazo de congelamento da colonização israelense.

    Copyright © AFP. Nenhuma das informações contidas neste servidor pode ser reproduzida, seja a que título for, sem o acordo prévio da Agence France-Presse.

  46. HMS Tireless, reveja as minhas postagens e verifique se considerei o regime político iraniano uma maravilha democrática, pelo contrário, afirmei a tendência

    autoritária quanto a questões culturais de viés religioso, além de problemas que o país passa quanto a intolerância oficializada de opções sexuais, entre outras.
    .
    A questão, e que eu mostrei claramente, é que o país, diferentemente de outros Estados muçulmanos teocráticos de centralização política, está dando um banho de avanços

    sócio-econômicos comprovados por diversas agências iternacionais não só de notícias, como também de avaliação do desenvolvimento como PNUD e UNCTAD, tanto

    que pleitearam a entrada na nova Agência da Mulher na ONU, e puderam validar a composição do crescimento médio da inovação nacional, não só por artigos e publicações, mas principalemente na capacidade produtiva.
    .
    Tanto é assim, que na cobertura da feira de tecnologia civil em 2010, o desenvolvimento de robôs mostrou ser um dos projetos perseguidos pelo governo iraniano nos últimos anos.
    .
    Surena-2 é o primeiro robô iraniano capaz de andar e criado com tecnologia do país. Surema-1, apresentado em 2008, apesar de humanoide, movia-se sobre rodas. Segundo a TV estatal, os engenheiros ainda trabalham na capacidade de visão para a próxima geração de robôs.
    .
    Vinte engenheiros e estudantes da Universidade de Teerã participaram do projeto. No total, foram mais de dez mil horas de trabalho da equipe.

    “Tais robôs são desenvolvidos para serem usados em trabalhos sensíveis ou difíceis para uma pessoa”, explicou a agência Gulf News.
    .
    E só para constar, para quem pensa que por se tratar de um país muçulmano são proibidos videogames, uma surpresa:

    ainda que o Irã esteja longe de ser um grande mercado, há dezenas de milhares de pessoas envolvidas na produção de jogos locais.
    .
    Nos anos 80 e 90, enquanto a Turquia e Israel eram os dois únicos países do Oriente Médio com uma indústria de videogames, no Irã empresas criavam jogos caseiros que quase só eram usados pelos fãs locais.

    As restrições internacionais e a forte repressão política mantida pelo governo são um desafio aos programadores, mas nos últimos anos a indústria de games iraniana começou a se destacar.

    “A parte mais fascinante? Alguns jogos são muito bons”, elogiou o site True/Slant.
    .
    Por outro lado, em praticamente todo o setor tecnológico é possível encontrar queixas.

    Limitação de importação de equipamentos, restrição à venda de produtos e falta de investidores são os mais comuns.

    A repressão política é outro impedimento. Twitter e Facebook são bloqueados. O Google também enfrenta restrições no país.
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    Mas limitações internacionais existem desde a chegada dos aiatolás ao poder, em 1979. E o governo investiu em educação não apenas para enfrentá-las como para usar a tecnologia como plataforma de desenvolvimento
    .
    Sob sanções da ONU e com restrições de acesso à tecnologia ocidental, o país desenvolveu a sua própria – não apenas em robótica como em células-tronco, clonagem e satélites, além de seu polêmico programa nuclear.

    O país soube se reinventar, mudou suas bases de crescimento se aproveitando dos fluxos esgotáveis de petrodólares, criou um paradigma nacional de desenvolvimento estratégico.
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    A via prussiana do Irã.

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