Trump busca tranquilizar aliados asiáticos em encontro com premiê japonês

Donald Trump deve usar seu primeiro encontro com um líder estrangeiro como presidente eleito dos Estados Unidos nesta semana para tentar tranquilizar o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e outros aliados asiáticos abalados pela retórica da campanha do republicano, disseram assessores de Trump.

Abe, político e parlamentar veterano, e Trump, que não possui experiência diplomática ou de governo, possuem diferenças em questões políticas como livre comércio.

Mas os dois podem encontrar mais pontos em comum durante encontro em Nova York na quinta-feira, incluindo promessas de restaurar a estatura global de seus países e um desejo de conter o crescimento chinês, além de melhorar laços com a Rússia.

“O primeiro-ministro Abe e o senhor Trump terão boa química”, disse Takashi Kawakami, professor da Universidade Takushoku, em Tóquio. “Ambos tendem a decidir e agir baseado em intuição. E ambos são pragmáticos que colocam os interesses de seus países em primeiro lugar.”

Um assessor de Trump disse que o presidente eleito irá reafirmar seu compromisso com a aliança EUA-Japão e a região, apesar da retórica da campanha que levantou questões sobre o futuro do que é o fundamento da defesa japonesa desde a Segunda Guerra Mundial.

Linda Sieg / David Brunnstrom

Edição: konner@planobrazil.com

Fonte: Reuters

Linha-dura em imigração diz que equipe de Trump prepara planos para muro e cogita registro de muçulmanos

Um arquiteto de esforços anti-imigração que diz estar assessorando o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a nova administração pode implementar rapidamente a construção de um muro na fronteira entre EUA e México sem buscar aprovação imediata do Congresso.

O secretário do Estado de Kansas, Kris Kobach, que ajudou a criar leis imigratórias no Arizona e outros locais, disse em entrevista que assessores políticos de Trump também discutiram esboços de uma proposta para que o republicano considere restaurar um registro para imigrantes de países muçulmanos.

Kobach, que segundo reportagens é um dos principais membros da equipe de transição de Trump, disse ter participado de teleconferências com cerca de uma dúzia de assessores de Trump sobre imigração pelos últimos dois a três meses.

A equipe de transição de Trump não respondeu a pedidos de confirmação sobre a função de Kobach. O presidente eleito não se comprometeu a seguir quaisquer recomendações específicas de grupos assessores.

Trump, que venceu na semana passada a democrata Hillary Clinton na eleição presidencial dos EUA, fez da construção do muro na fronteira com o México uma das questões principais de sua campanha e prometeu fortalecer medidas imigratórias contra os 11 milhões de imigrantes ilegais no país.

Ele também disse apoiar “checagens extremas” em muçulmanos que entram nos Estados Unidos como uma medida de segurança nacional.

Mica Rosenberg / Julia Edwards Ainsley

Foto: Kris Kobach – Secretário do Estado Kansas / EUA  – REUTERS/Dave Kaup/File

Edição: konner@planobrazil.com

Fonte: Reuters

Trump volta a mudar equipe de transição e cogita nomes leais para gabinete

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a alterar sua equipe de transição na terça-feira, descartando um especialista em segurança nacional e lobistas de seu círculo íntimo e assinalando que irá nomear dois apoiadores leais de Wall Street para cargos econômicos vitais.

Trump, republicano sem histórico político que surpreendeu vencendo a eleição presidencial na semana passada, também resolveu um problema burocrático que travou temporariamente sua transição depois de colocar o vice-presidente eleito, Mike Pence, encarregado do processo.

“Processo muito organizado acontecendo enquanto decido o gabinete e muitas outras posições”, escreveu Trump no Twitter depois de sua comitiva escapar dos repórteres reunidos em seu edifício de apartamentos para que ele pudesse levar a família para jantar no 21 Club, um restaurante de Manhattan.

“Sou o único que sabe quem são os finalistas!”, disse Trump.

No topo de sua lista para os principais cargos de economia estão o veterano de Wall Street e diretor de finanças de sua campanha Steve Mnuchin como secretário do Tesouro e o apoiador de longa data e investidor bilionário Wilbur Ross para a secretaria de Comércio, de acordo com o aliado de Trump e investidor ativista Carl Icahn.

Mas um republicano moderado bem conhecido foi afastado do planejamento da transição. Mike Rogers, ex-deputado de Michigan que havia sido mencionado como possível escolhido para diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, na sigla em inglês), deixou a equipe de transição.

Rogers chegou a trabalhar com o governador de Nova Jersey, Chris Christie, que na sexta-feira foi substituído abruptamente por Pence como chefe da equipe de transição.

Essa mudança freou as conversas sobre a transição com a Casa Branca. Pence precisava assinar um memorando de entendimento que foi recebido pelo governo atual na noite de terça-feira.

A equipe de Trump ainda tem uma papelada para preencher antes que reuniões de atualização com as agências possam acontecer, disse uma porta-voz da Casa Branca. O time irá precisar providenciar um código de conduta e certificar que seus membros não têm conflitos de interesse.

Novas mudanças são prováveis. Pence e Rick Dearborn, diretor-executivo da equipe de transição, estão “retirando todo e qualquer lobista”, afirmou um assessor da transição.

“Isso é para garantir que o compromisso do presidente eleito Trump de banir lobistas seja cumprido em todos os níveis da transição”, disse.

O presidente eleito tem até sua posse em 20 de janeiro, menos de 70 dias, para escolher os membros de seu gabinete e outros ocupantes de postos de alto escalão. Em algum momento ele terá que preencher cerca de 4 mil vagas.

Wall Street está observando atentamente quem Trump escolhe para o Tesouro porque os republicanos têm maioria nas duas Casas do Congresso, o que dá a Trump uma oportunidade melhor de realizar reformas tributárias e financeiras.

Emily Stephenson / Steve Holland

Edição: konner@planobrazil.com

Fonte: Reuters

1 Comentário

  1. Certamente Trump vai incentivar a voltar do militarismo japones, vai aquecer as fabricas americanas e pressionar ainda mais a China,

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