Fabricante de armas processa Berlim por licença de exportação, diz jornal

Segundo jornal “Süddeutsche Zeitung”, Heckler & Koch entra com ação judicial contra governo alemão. Este não teria autorizado o envio à Arábia Saudita de peças necessárias para produzir o fuzil G36.

O fabricante alemão de armas Heckler & Koch está processando o governo alemão por este não ter dado a aprovação para exportar à Arábia Saudita peças necessárias para produzir o fuzil G36, informou o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, nesta quinta-feira (29/10).

Citando fontes do governo, o diário afirmou que o fabricante de armas entrou com uma ação no Tribunal Administrativa de Frankfurt contra o Departamento Federal de Controle Econômico e de Exportações (Bafa, sigla em alemão).

A queixa vem depois de o governo federal ter suspendido, em meados do ano passado, a autorização da exportação de cinco componentes básicos necessários para construir uma arma, segundo oSüddeutsche Zeitung. Ainda citando fontes do governo, a matéria afirma que Heckler & Koch estão buscando um ressarcimento de dezenas de milhões de euros.

De acordo com a legislação alemã, uma empresa pode processar autoridades federais quando um requerimento “não foi resolvido ou, sem motivo explícito, a decisão não foi tomada dentro de um tempo objetivamente razoável”.

O ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, tem recebido críticas, pois as exportações de armas de pequeno porte para países não membros da União Europeia (UE) e não membros da Otan triplicaram durante seu mandato.

Em 2008, o governo da chanceler federal alemã, Angela Merkel, aprovou o controverso, mas lucrativo negócio de licenciamento para Heckler & Koch, que permitiu o fabricante construir uma planta de produção do fuzil G36 nos arredores da capital saudita Riad.

Em fevereiro, a Alemanha voltou a autorizar algumas exportações de armas para Arábia Saudita, Kuwait e Egito – países que têm sido criticados por serem violadores dos direitos humanos. Na semana passada, Berlim foi forçada a defender sua decisão de permitir a exportação de tanques e artilharia ao Catar, país que enviou tropas para combater no Iêmen.

PV/rtr/dw

Fonte: DW

5 Comentários

  1. Gente se quer gerar emprego tem que vender, quem dera se o Brasil tivesse um comprador como esse pra podermos exportar esses tipos de produtos,
    Temos que exportar o nosso IA2, com isso aumentar o numero de postos de trabalho. Tem um monte de pais se rearmando comprando suprimento munições, Egito, Catar, Barém, Kuwait, Iraque, Arabia Saudita e mutos outros.

    • Exportar o IA2 como? Ele não é comercialmente competitivo, só pra tu ter ideia, o M4 que equipa o Exército Americano custou mais ou menos 700 dólares por unidade, metade do valor do IA2. Sem contar, que ele não tem nada de mais, está bem longe de ser o suprassumo da tecnologia em fuzis de assalto. Ou seja, por 1500 doletas, você compra um Tavor ou uma dúzia de AK’s.

      • O IA2 5,56 é um fuzil meramente medíocre, com uma tecnologia que se ajusta ao que de melhor havia no mundo… nos anos 90!

        E por um preço, como dito, o dobro do resto dos fuzis modernos em comercialização no mundo. O IA2 5,56 sairá para o EB e as PMs pelo mesmo preço de um FN-SCAR, hoje um dos três melhores fuzis do mundo.

        Deve ser porque a gente é rico e pode pagar mais caro só “pruque a tecnurugia (IMBEL???) é nossa”…

        O IA2 7,62 é um FAL melhorado. Com todos os defeitos e, tirando o calibre, nenhuma de suas qualidades. Deveria ser abandonado.

        Uma desgraça…

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