EUA convidarão Irã para negociações sobre guerra civil na Síria

Washington deseja que Teerã participe das conversações multilaterais sobre a crise síria, que serão realizadas ainda nesta semana. Perante Congresso, secretário de Defesa não descarta ação militar terrestre contra o EI.

Secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, sinalizou mudanças na política americana em relação ao conflito em território sírio

O Departamento de Estado dos EUA anunciou, nesta terça-feira (27/10), que o Irã será convidado a participar das negociações sobre como resolver a guerra civil da Síria. As conversações multilaterais, que contarão com Estados Unidos, Rússia, Turquia, Arábia Saudita, entre outros países, serão retomadas no fim desta semana, em Viena.

Notório aliado incondicional do presidente sírio, Bashar al-Assad, a participação de Teerã pode enfurecer outro membro chave das conversações – arqui-inimigo Arábia Saudita.

“Com um convite para a participação do Irã, acredito que os líderes iranianos podem acreditar que se trata de um convite multilateral genuíno”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, sem mencionar qual poder transmitirá oficialmente o convite.

À imprensa, Kirby disse que o objetivo das conversações em Viena é estabelecer planos para um regime de unidade interino em Damasco, que abriria o caminho para uma eventual saída de Assad.

O secretário de Estado, John Kerry, parte de Washington para Viena na quarta-feira, para conversações com “cerca de uma dúzia de países” sobre a crise na Síria. As negociações fundamentais terão lugar na sexta-feira, mas os diplomatas devem participar de algumas reuniões preparatórias ou bilaterais na capital austríaca na véspera.

Ashton Carter não descarta ação militar terrestre

Também nesta terça-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, testemunhou perante o Congresso americano sobre a estratégia militar do país contra a organização extremista do “Estado Islâmico” (EI) no Iraque e na Síria. Sinalizando uma mudança na política, Carter afirmou que o governo de Obama não coibirá “ação direta no solo” por meio de forças especiais, caso esta medida proporcione uma melhor chance de eliminar alvos jihadistas.

“Esperamos intensificar nossa campanha aérea, incluindo mais caças americanos e da coalizão, para atingir alvos do EI, com uma quota maior e mais pesada de ataques”, afirmou Carter. “Estamos dispostos a continuar a fornecer mais capacidades para ajudar nossos parceiros iraquianos a obter sucessos”, completou.

Os EUA possuem atualmente 3.500 tropas terrestres estacionadas no Iraque, que apesar de sua missão declarada de “treinar e aconselhar” militares iraquianos estiveram recentemente envolvidos em intensos combates no norte do país. Na semana passada, um soldado americano morreu quando uma unidade americana e forças curdas peshmerga invadiram uma prisão gerenciada pelo EI e libertaram 70 prisioneiros.

PV/afp/dpa/lusa

Fonte: DW

33 Comentários

  1. Pelo histórico estadunidense de combate ao “ISIS”, dá para imaginar a utilização destas tropas em solo…
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    Ter 27 outubro de 2015

    22 soldados iraquianos mortos em ataques aéreos norte-americanos em Ramadi

    “A coalizão anti-ISIL liderada pelos Estados Unidos direcionou seua ataques às posições das forças iraquianas, em vez de terroristas ISIL nas regiões ocidentais do Iraque.

    Os aviões de guerra da coalizão bateu as forças iraquianas depois que avançavam perto da cidade de Ramadi depois ponte al-Jama e ponte al-Davajen”, disse uma fonte de segurança.

    Ele observou que pelo menos 22 forças iraquianas, incluindo forças voluntárias, conhecido como Al-Hashad Al-Chabi, foram mortos nos ataques aéreos liderados pelos EUA em Ramadi.

    Desde o início de sua operação o EUA tem atingido repetidamente posições das forças populares em diferentes partes do Iraque…”

  2. Hipocrisia pura. Os EUA são os principais financiadores desse caos na Síria. Se eles quiserem acabar com essa guerra que não é civil, apenas com terroristas financiados, basta os EUA parar de fornecer armamentos secretamente para esse terroristas.
    Inteligência Iraquiana já pegou avião da Inglaterra jogando armas secretamente para Estado Islâmico.

  3. Eles não se conformam por a Rússia ter tomado as rédeas da situação.
    Agora talvez o Irã seja mais chantageado do que nunca.

  4. Os americano, querem trazer para si a agenda para combater os terroristas da ISIS.
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    O mundo viram e até hoje aplaude o trabalho dos russos, eles são muito mais eficiente do que os americanos, os russos estão dando um show de capacidade no combate ao terrorismo no oriente Médio e a agenda dos russos são mais prática, muitos terroristas do ISIS estão correndo em direção da Europa, fugindo das bombas e dos Sarracenos xiitas. 😀
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    Nesse show, por mais que os americanos façam, eles serão só uns meros figurantes na frente do Urso.
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    Exército sírio retoma controle de 50 vilas, e moradores voltam a suas casas
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    Ontem, o exército avançou bastante na província de Idlib. Libertamos cerca de 50 vilas e tomamos controle de uma área de mais ou menos 120 quilômetros quadrados”, disse uma fonte da milícia armada Desert Hawks.
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    (*) fonte: br.sputniknews.com

    • John McCain: EUA falharam e Afeganistão agora pede ajuda à Rússia
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      “Como no Iraque, na Síria, na Ucrânia e também em muitos outros lugares em todo o mundo, a liderança falha do presidente Obama mais uma vez está deixando um vácuo a ser preenchido pelos nossos adversários”, disse McCain, segundo a CNSNews.
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      (*) fonte: br.sputniknews.com
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      Eu não sei quem é o mais abestado dos abestados entre eles .. o Obama ou o McCain …..más que eles são dois abestados .. eles são … hahahahahah..

  5. Já que o assunto é EUA, vejamos este texto que saiu hoje na Folha:

    EUA, potência reemergente

    Parece estar chegando ao fim um debate que durou décadas por parte dos analistas internacionais -o do suposto declínio relativo dos EUA como potência global.

    No final dos anos 1980, Paul Kennedy vislumbrava em seu livro “Ascensão e Queda das Grandes Potências” os EUA severamente questionados em seu papel como líderes da economia global por um Japão pujante.

    Vinham das megacorporações japonesas referências como o método de produção “just in time” ou a “Teoria Z”, que rechearam os manuais de MBAs em todo o mundo.

    Contemporaneamente, o principal desafio geoeconômico é apresentado pela China. Se esta crescer a taxas superiores a 6% ao ano nos próximos dez anos, a expectativa é que ultrapasse os EUA em termos de PIB nominal medido em dólares em 2025.

    O decréscimo proporcional da fatia do produto global representada pelos EUA também parecia reforçar a ideia do declínio. Se ao final da Segunda Guerra Mundial os EUA detinham metade do PIB mundial, hoje, mesmo com um produto de US$ 18 bilhões, equivalem a menos de 25% da economia do globo.

    A vulnerabilidade no 11 de Setembro e o malogro na Guerra ao Terror, seja no teatro de operações do Afeganistão, seja no do Iraque, também sinalizariam, da ótica geopolítica, a derrocada dos EUA.

    Atordoados sobre como responder a ameaças não estatais (Al Qaeda, Estado Islâmico etc.) ou incoerentes em sua defesa da liberalização comercial via plataformas multilaterais como a OMC (Organização Mundial do Comércio), os EUA ofereciam de fato muitas matérias-primas aos “declinistas”.

    Essa tendência, no entanto, inverteu-se. Os EUA parecem ter recobrado seu enorme peso específico nos tabuleiros geopolíticos. Tal inflexão, é verdade, acompanha-se de inúmeras vozes dentro dos EUA que advogam um novo “isolacionismo” e a retração do papel dos EUA como potência “indispensável” em qualquer grande tema da agenda internacional.

    A volta dos EUA ao centro do palco é bem clara. Na Ásia, lançam inúmeros gestos de simpatia aos indianos. As empresas norte-americanas são as maiores participantes do programa “Make in India”, capitaneado pelo primeiro-ministro Narendra Modi.

    Na Europa, são a força a empurrar Bruxelas a um papel mais assertivo da União Europeia na porção oriental do Velho Continente. E, com os europeus, mantêm severas sanções contra a Rússia de Putin em decorrência da anexação da Crimeia no ano passado.

    Washington prepara novas iniciativas para a África e a América Latina, consciente de que perdeu muito espaço para a influência chinesa nos últimos 15 anos.

    O que mais impressiona nessa nova ascensão dos EUA, no entanto, é seu caráter como “mercado reemergente”. As Bolsas norte-americanas já recuperaram (e ultrapassaram) os níveis pré-crise dos créditos subprime de 2008.

    A produtividade do trabalhador nos EUA, a eficiência na alocação de capital, o uso intensivo de tecnologia e a perspectiva de acesso ampliado aos mercados internacionais têm levado a uma dramática redução de distâncias dos custos de produção nos EUA em comparação com outros países.

    Um recente relatório do Instituto de Finanças e Direito de Xangai (SIFL, na sigla em inglês) estima que hoje a diferença nos custos de produzir nos EUA ou na China não chega a 5%. E, nessa linha, cada vez mais centros de estudos chineses questionam, com certo alarme, se os EUA não estariam a caminho de tornar-se mais uma vez a “fábrica do mundo”.

    E, claro, os EUA vêm liderando a configuração dessa nova geometria de acordos plurilaterais de comércio e investimento de que são exemplos a Parceria Transpacífica e o tratado EUA-Europa, ainda em negociação.

    A liderança energética norte-americana (graças à extração do petróleo e gás de xisto) e sua imensa capacidade em revolucionar setores econômicos em virtude de tecnologias como a impressão em 3D turbinam a volta dos EUA ao epicentro das relações internacionais.

    Essa renovada posição de destaque dos EUA no cenário global dos próximos 30 anos está a reclamar uma completa revisão da estratégia daqueles países que apostaram na tese declinista. E, infelizmente, entre esses inaptos estrategistas está o Brasil.

    • “inapto estrategista”… o editor foi bonzinho ao meu ver… eu diria mais um “cagão estrategista”… ou um “mau intencionado estrategista”… sobra epítetos negativos para a “geopolítica” capitaneada pelo governo esquerdalha nacional atual… BUFÕES…

    • Já que se pode fazer propaganda do EUA, vou fazer do Brasil.

      Os recordes da Petrobras, a “incompetente”…
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      Produção do pré-sal triplica em 30 meses

      – a produção de petróleo no pré-sal tripilicou em 30 meses. Isso dá um crescimento médio de 3,73% a cada mês, dificilmente registrado em qualquer atividade econômica.

      – O índice de eficiência da exploração naquela área atingiu um índice de 92,4 %, ou seja: em realção a metas definidas como 100 em custos e prazos, chegou-se a 92,4.

      – Um destes indicadores: o tempo de perfuração dos poços – no total, entre água, rocha e camada de sal, alcançam 7 mil metros – diminui de 57$. Ou seja, se um poço gastava 100 dias para ser perfurado e completado, hoje leva 43. E um dia, na perfuração de um poço em águas ultraprofundas, custa bem mais de meio milhão de dólares, entre aluguel da sonda (entre 400 e 500 mil dólares, em geral), pessoal e a caríssima logística de levar equipamentos e suprimentos por mar e ar a torres situadas a 200 ou 300 km da costa.

      – Isso, portanto, permitiu uma economia de US$ 1,77 bilhões (R$ 7,5 bi) na perfuração dos poços do pré-sal e com a eficiência em sua operação, baixaram o custo de extração para US$ 9 dólares por barril, contra uma média de US$ 15 de outras grandes companhias petroleiras.

      • Em outro contexto seria uma boa notícia. Contudo, como toda a cadeia produtiva do pré-sal foi construída em cima de corrupção, com o fim de financiar um projeto de perpetuação no poder, a notícia perde completamente o brilho estafeta, especialmente pelo fato do consumidor até agora não ter sido beneficiado com a redução nos custos do combustível.

  6. kkkkkk
    Estão no escuro, não sabem mais o que acontece por lá.

    Então, é natural que chamem para a mesa aqueles que sabem o que está acontecendo por lá.

    Mas perai que tem mais, kkkkkkkkkkkkkk.

  7. Uuuuuu queee? Mas assim fica dificil eu manter minha aversão a esse Farsis.
    É uma decepção atrás da outra, uma atrás da outra. Assim só o Petralhim colorado poderá nos defender.

  8. O futuro ja come;ou macacada , a NORTHROP foi escolhida para produzir o B3 , uma decisao acertada , os caras aprenderam rapido , confiar a produ;ao do ca;a que ira subtituir o f16, A10 e F18 a Lockheed ,foi a pior merda qque o imperio fez , naao desejo boa sorte a NORTHROP , eles nao precisao , sao fuderosos !

  9. Obama aceitará que Assad fique, porque, enquanto não aceitar, a Força Aérea Russa continuará a pulverizar terroristas pagos pelos

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