Rússia apoia China no mar da China Oriental

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Os exercícios militares russo-chineses Interação Marítima 2014 terminaram em Xangai. Os dirigentes dos dois países estão escolhendo uma região para realização de futuras manobras. Os resultados destes exercícios serão analisados. Mas já hoje está claro que a Rússia e a China irão efetuar doravante operações marítimas de grande porte que fiquem à margem de ações antipiratas e antiterroristas ordinárias.

Imagine: foi descoberto um alvo aéreo não identificado que se aproximava de navios de guerra de ambos os países. Para identificá-lo, levantaram voo um avião russo Su-30MK2 e um chinês J-10. Como se apurou, o “infrator” era um drone do “adversário”, capaz de alvejar a esquadra. Mas o sistema antiaéreo russo AK-630, com a capacidade de 6 mil disparos em um minuto, esburacou-o, fazendo dele uma “peneira” e impedindo assim a sua intervenção. De repente, se deteta um sinal de outro perigo, desta vez, de um submersível “alheio”. Este alvo, também detetado a tempo, ficou aniquilado por meio de cargas de profundidade.

Todos os cenários foram treinados com êxito. Tais exercícios se realizam pelo terceiro ano consecutivo. E os cenários se tornam cada vez mais complicados. Antes, era preciso treinar a interação de dois navios, hoje, para o efeito foi criado um grupo de navios misto. Para participar de manobras no mar de China Oriental a foi envido um destacamento de embarcações da Frota do Oceano Pacífico, incluindo o cruzador lança-mísseis Varyag, um destroyer, um navio de luta antissubmarina, um navio de desembarque e navios de apoio e escolta. Ao todo, da parte russa, das manobras participaram seis navios de superfície e embarcações de apoio, dois helicópteros e uma unidade de fuzileiros navais. A China destacou seis vasos de guerra.

A sua atuação conjunta implicou o cumprimento de missões técnicas complicadas. De notar que os navios chineses se encontravam sob o comando russo e vice-versa.

Até a barreira linguística não impediu que os marinheiros cumprissem com sucesso todas as missões incumbidas, constata o comandante do destacamento de navios russos, da Frota do Oceano Pacífico, Serguei Lipilin:

“A fase de preparativos na costa decorreu muito bem. Na fase marítima, os navios russos e chineses vieram demonstrar uma boa interação e os hábitos práticos. Foram executados os tiros sobre alvos marítimos e aéreos”.

As manobras foram inauguradas pelos presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping no decurso de uma visita oficial à China do líder russo. Claro que ambos os líderes tinham supervisionado a estratégia da interação russo-chinesa no mar. Mas essa foi a primeira vez em que os chefes dos dois países inauguraram as manobras conjuntas.

O fato de um ato de abertura solene ter sido incluído na agenda das negociações significa a existência de uma nova realidade geopolítica surgida após a crise na Ucrânia.

É notório que no espaço aquático do mar de China Oriental se realizam exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul, o que deixa apreensiva a China. Por isso, as manobras russo-chinesas têm sido encaradas como uma resposta adequada às manobras conduzidas por países próximos da OTAN.

No entanto, tanto a Rússia, como a China não confirmam uma intenção de criar uma aliança militar na ausência de premissas e condicionantes reais para isso. Foi salientado o carácter defensivo dos exercícios em que os militares podem treinar ações conjuntas, atendendo aos desafios diversos.

Fonte: Voz da Rússia

10 Comentários

  1. “No entanto, tanto a Rússia, como a China não confirmam uma intenção de criar uma aliança militar na ausência de premissas e condicionantes reais para isso”

    Posso estar enganado, mas um ‘contratinho de gaveta’ pode ter certeza que já existe….

    • Se eu não me engano, já existe um acordo de defesa mútua, mas nada tão profundo quanto uma aliança militar. E sinceramente, não vejo isso acontecendo tão cedo. Uma aliança entre a China e a Rússia seria visto como um ato de hostilidade pela Índia, e até que esses dois países tenham resolvido suas diferenças, não creio que uma aproximação tão grande quanto essa venha a acontecer.

      • Claro, não dá para descartar qualquer consequência… como disse, nada impede que algo aconteça pelos bastidores….

  2. Ei não tenho duvidas de que será aterrorizante ter como inimiga uma aliança militar com esta, o que me traz a memória o Japão, que tem problemas graves de divisas com a China, e se eu fosse o primeiro ministro dos japas, tentava negociar a paz, pois dentro de pouco tempo essa aliança poderá representar uma força imbatível naquela região.

    • Por LUCENA
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      Sr.ARC
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      Já houve durante esse exercício militar uma reunião de emergência entre os chineses com os japoneses sobre alguns mau entendidos,veja só uma pequena minuta da ata dessa reunião.
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      Caças nipônicos e chineses evitam confrontação
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      Os caças das Forças Aéreas da China e do Japão evitaram uma confrontação aberta na zona do mar da China Oriental. Os aviões chineses se aproximaram de um grupo de caças japoneses à distância de 50 metros, depois à de apenas 30 metros para expulsá-los da zona de identificação da DAA que o Japão teima em reconhecer.
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      (*) fonte: [ portuguese.ruvr.ru/news/2014_05_26/Ca-as-niponicos-e-chin-ses-evitam-confronta-o-6854/ ]
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      (…)“Acho que, nesse caso concreto, os japoneses teriam sido movidos por curiosidade. Eles se aproximaram da zona de exercícios, tendo violado os corredores aéreos demarcados. Os chineses tinham fundamentos para tomar medidas coercivas. Não gostaria de traçar paralelos, mas posso citar um exemplo. Quando o Japão efetua manobras com os EUA, costuma adotar medidas de segurança análogas. Não me recordo de algumas “notas de protesto” contra a aviação russa que mostrasse “um vivo interesse” em relação às manobras conjuntas. Os japoneses parecem ter “ultrapassado as marcas” e os chineses, com um pleno fundamento, expulsaram-nos da zona das manobras”.(…)
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      Houvi dizer que os japoneses, foram barrados no “baile” … 🙂 … vai ser curiosos assim lá na China .. rsrsr
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  3. Quando foi falado que eles sao aliado militares e nao é de agora isso é muito antes do fato brics
    Alguns acharam que nao , mas são aliados alem de militarente sao ideologicos também
    E em materia de comparação a china é mais aliada d russia do que a otan é dos estados unidos
    Pois se o bicho pegar de verdade a china luta até a vitoria do lado da russia

    Ja a otan se o bicho pega faz igual a italia fez com a alemanha corre

    A otan concha de retalhos , primeiro agravamento da um chute no trazeiro americano

    • “Pois se o bicho pegar de verdade a china luta até a vitoria do lado da russia”

      Os chineses são espertos não entrar em uma guerra nuclear para defender as bravatas e chantagens de Putin.

      Podem ser aliados políticos, mas não existe aliança militar nenhuma.
      cooperação militar e pactos de defesa são coisas muito diferentes.

      leia a matéria:
      “No entanto, tanto a Rússia, como a China não confirmam uma intenção de criar uma aliança militar na ausência de premissas e condicionantes reais para isso.”

      Preciso explicar mais?

  4. Em 2009 foi firmado um acordo c esse sentido, + bem genérico, podendo receber um adendo de defesa mútua, o q seria um grd problema p os iankss e Japão. Os Russos retomaram a Crimeia, à China vai retomar Taiwuan , e esse apoio e fundamental p a superpotencia Chinesa, q será a > potencia econômica do planeta apartir de 2023AD,e militar apartir de 2035…AD. Se p o bem ou p o mal, quem viver verá.Sds

  5. perai…ta errado isso ai..segundo nossos ispicialistas trollougienses RR & Cia isso ai não procede não..matéria mentirosa do voz da russia….. 🙂

    é tudo mentira né pessoal!…. 😉

  6. Amigos,

    Exercícios militares podem querer dizer muito… ou simplesmente nada…

    Por exemplo… O Brasil, não tem muito tempo, exercitou-se com a marinha chinesa, e meses depois o fez com a marinha francesa e, mais recentemente, fez um PASSEX com uma fragata da marinha turca ( ou seja, exercitou-se com dois países da OTAN e um outro que não pertence a essa organização )… De fato, é comum que marinhas pelo mundo se exercitem para manterem suas proficiências em operações conjuntas.

    Em suma, não há nada de mais em duas marinhas amigas se exercitando, mesmo que os componentes envolvidos sejam realmente em numero relevante nesse caso… Mas seja como for, esse exercício longe de constituir uma “resposta a altura” as manobras em conjunto dos EUA com seus aliados ( essas sim costumam ser titânicas… ).

    Por fim, os russos cooperarem com os chineses em um assunto ou outro não significa necessariamente que terão a recíproca em outros campos… A neutralidade chinesa no caso ucraniano é prova disso… E mais além…

    http://noticias.sapo.tl/portugues/lusa/artigo/17596793.html

    A questão ucraniana é muito mais complexa do ponto de vista diplomático para os chineses, pois, ao mesmo tempo em que não podem das as costas para seu potencial fornecedor de armas e tecnologia, também não poderão simplesmente dar de ombros para com seus principais consumidores e investidores… Podem até tomar uma atitude mais favorável para com os russos, mas buscarão de todas as formas contornar o problema que certamente terão com os americanos…

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