EUA criam armas dispendiosas para alcançar alvos caros

EUA criam armas dispendiosas para alcançar alvos caros

Sugestão: Lucena

Nikita Sorokin

Por mais triste que pareça, a corrida armamentista ainda não ficou no passado. Os EUA continuam desenvolvendo um conceito de “ataque-relâmpago global”, o que obriga a Rússia a retribuir com as medidas adequadas, inclusive, aperfeiçoar suas próprias concepções estratégicas eficientes.

O programa de “ataque-relâmpago global” (Prompt Global Strike, PGS) constitui um conjunto de medidas, visando à modernização de armamentos estratégicos convencionais existentes e a criação de outros tantos não nucleares. No primeiro caso, se trata, sobretudo, de mísseis balísticos intercontinentai s de todos os tipos, munidos de cargas convencionais. Algumas projeções iniciadas pressupõem a criação de mísseis de cruzeiro hipersônicos e drones estratosféricos, também hipersônicos.

Ora, a combinação de sistemas modernos de teleguiamento com as velocidades hipersônicas deverá garantir a realização da meta principal – a possibilidade de um golpe que seja assestado em qualquer ponto da Terra durante uma hora após uma respectiva ordem.

Assim, na mira poderão ficar vários alvos – um abrigo de cabecilhas terroristas, campo de rebeldes, quartel-general de um adversário militar e até rampas de lançamentos de seus mísseis.

Claro que um golpe rápido e global não será desferido aos aliados da OTAN, à Arábia Saudita e nem sequer aos talibãs afegãos. Será destinado para a Rússia, sustenta Viktor Litovkin, do periódico Nezavissimoe Voennoe Obozrenie (Revista Militar Independente):

“Tal sistema custa os olhos da cara. Para os tipos de armamentos caros se selecionam alvos caros, ou até mais caros do que as armas empregadas para o efeito. Eis porque os EUA, projetando tais sistemas de ataque rápido global, pretendem utilizá-los para estabelecer o seu domínio. Este é o primeiro ponto. O segundo ponto é que, deste modo, será possível diminuir a possibilidade de um golpe de resposta mediante o emprego de mísseis estratégicos russos ou chineses.

Convém dizer que, nos últimos dias, a apreensão quanto ao perigo do PGS foi expressa, reiteradas vezes, por altos governantes russos – o presidente Putin, o vice-primeiro-ministro Dmitri Rogozin e o vice-ministro das Relações Exteriores, Serguei Riabkov. Todos são unânimes na opinião que a progressão do PGS leva ao desequilíbrio da balança estratégica, podendo, sem exagero, acarretar conseqüências nefastas.

É óbvio ser quase inexeqüível a tarefa de vencer os EUA por meios convencionais. Tal será impossível para qualquer país ou uma coalizão de países, realçou Mikhail Khodarenok, membro do Conselho Social junto da Comissão Industrial-Militar do Governo da FR.

“A potência das Forças Armadas norte-americanas é muito grande. O Exército dos EUA, que supera em muito os Exércitos de outros países, não poderá ser contido por meios convencionais. Por isso, a Rússia deverá garantir a soberania e a segurança nacional mediante as armas nucleares”.

O comandante-em-chefe das Tropas de Mísseis Estratégicos, Serguei Karakaev, disse há dias que no primeiro semestre de 2014 ao governo será apresentado um projeto de complexo de mísseis ferroviário. Tais comboios que desempenham um papel de centros de comando móveis e rampas de lançamento para mísseis balísticos, surgiram ainda na época soviética e foram retirados do serviço em 2005 ao abrigo do Tratado sobre a Redução de Armamentos Estratégicos Ofensivos (START-2), assinado pelos presidentes Boris Yeltsin e George Bush em 1993.

Esse acordo, que foi firmado, segundo enfatizou Mikhail Khodarenk, por razões políticas conjunturais, veio causar um enorme dano à capacidade defensiva do país e ao ramos de mísseis estratégicos, em particular. O novo convênio, START-3, celebrado em 2010 pelo Presidente Dmitri Medvedev e Barack Obama não proíbe a criação de novos complexos de mísseis.

É evidente que os complexos de mísseis ferroviários serão reproduzidos com base em tecnologias mais avançadas, pois se trata de um ramo militar muito importante para a Rússia, prossegue Mikhail Khodarenok:

“Se as rampas de lançamento fixas, baseadas em terra, são conhecidas por um adversário hipotético, os complexos ferroviários móveis serão um dos meios eficientes de contenção do adversário potencial. Dificilmente detectáveis e produzidos em quantidades suficientes, poderão desferir um golpe de resposta potente”.

Claro que os “comboios blindados nucleares” não constituem um argumento único que a Rússia avança, reagindo à instalação da DAM e ao PGS. A julgar por tudo, Moscou já iniciou a realização de medidas de resposta perante novos desafios que está enfrentando. Como se apurou, para além dos complexos de mísseis Iskander, transferidos para a fronteira ocidental da Rússia, as armas idênticas foram estacionadas nas zonas meridionais do país. Como se pode ver, a Federação da Rússia não deixa de ser um alvo caro demais para seus adversários hipotéticos.

14 Comentários

  1. “Os EUA continuam desenvolvendo um conceito de “ataque-relâmpago global”, o que obriga a Rússia a retribuir com as medidas adequadas, inclusive, aperfeiçoar suas próprias concepções estratégicas eficientes.””

    Eu discordo.
    Me lembro que na década de noventa enquanto os EUA financiavam o desmanche seguro dos submarinos e armas nucleares russas, que estavam enferrujando e causavam sérios riscos de acidentes, os russos utilizavam o pouco dinheiro que tinham para desenvolver e construir novas armas nucleares.

    A Rússia nunca parou de desenvolver novas formas de atacar os Estados Unidos. Se ainda existe corrida armamentista a Rússia tem grande responsabilidade sobre esse fato.

    Não é nenhum pouco justo afirmar que a corrida armamentista é apenas uma reação russa às atividades americanas.

  2. “Claro que um golpe rápido e global não será desferido aos aliados da OTAN, à Arábia Saudita e nem sequer aos talibãs afegãos. Será destinado para a Rússia, sustenta Viktor Litovkin”

    Aonde está claro?

  3. por LUCENA
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    “(…)“A potência das Forças Armadas norte-americanas é muito grande. O Exército dos EUA, que supera em muito os Exércitos de outros países, não poderá ser contido por meios convencionais. Por isso, a Rússia deverá garantir a soberania e a segurança nacional mediante as armas nucleares”. (…)”
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    Mikhail Khodarenok
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    Se os EUA acham que desenvolvendo super-armas convencionais com a premissa que o outro não possa usar todos os meios para se defender dos ataque americano,que ficou mais frequentes no mundo todo,eles podem esta errado em aplicar essa estratégia.
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    Como Mikhail Khodarenok colocou muito bem,com essa agressividade natural americana,muitos países irão buscar na bomba atômica,uma forma mais prática e barata,fazer com que o império da maldade ( EUA),pense duas vezes antes de atacar com super-armas convencional este país,basta vê o tipo de tratamento que eles dão a Coreia do Norte ,nem se compara com o tratamento que deram a Líbia,por exemplo. 😉
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    Os EUA só atacam aqueles países onde há muita facilidade e pouca resistência ou em países onde o governo deste,tenha a mentalidade de vira-lata,como os americanófilos tem,estes adoram e se sente realizado quando o tio Sam passa a mão nos traseiros deles,sujos e calejados de tanto cair aqui do cavalo. 🙂 🙂

    • Nao acredite nisso bolivariano ,se ouver necessidade o imperrio ataca ,reagir com armas nucleares va endossar a retalhaçao nuclear ! O medo que os vikings da tribo de ross possuem dos EUA chega ser infantil , o alvo eh a china ,!

    • “Como Mikhail Khodarenok colocou muito bem,com essa agressividade natural americana,muitos países irão buscar na bomba atômica,uma forma mais prática e barata,fazer com que o império da maldade ( EUA),pense duas vezes antes de atacar ”

      Esses russos são mentirosos, nunca pararam com a corrida armamentista agora reclamam pq sabem que não podem competir com os EUA.

      “o império da maldade ( EUA)”
      Que assassinou muito menos gente do que a URSS e a China.

    • Acho que ao puxar o saco da Rússia sem informação e conhecimento prova que os vassalos e vira-latas são vocês.
      Acontece que a rússia está protestando pq sabe que está muito longe de poder compertir com os EUA, até hoje os russos não foram capazes e desenvoler muitas tecnologias que os americanos já tinham na década de noventa.

  4. Senhores,
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    O que tranquiliza nisso tudo, é saber que como os EUA não têm um – HISTÓRICO DE AGRESSÃO – a outras nações, nem tem um histórico de desenvolvimento – E USO – de novas armas de – DESTRUIÇÃO EM MASSA – e muito menos de USA-LAS…
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    Logo, fica claro e evidente que, as outras nações, AS QUE OS TEMEM, é que são mentirosas e que elas é que querem fazer o que na realidade acusam os EUA, porque nos sabemos através da historia…, quem desenvolve e usa armas de destruição em massa são elas mesmas e nunca os EUA, jamais eles (EUA) fizeram tal coisa…, ESTES QUE Ô TEME…, ESTES SIM…, SÃO OS PERIGOSOS…, que fazem uso — em larga escala da GUERRA contra outras nações.
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    O comentarista que escreve este comunica aos leitores que: — Neste momento se desfaz, ou se desliga o modo = IRÔNICO = neste comentário feito acima, obrigado.
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    Saudações,
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    konner

    • Caro konner

      Acho que seria mais nobre se você tivesse dirigido seu comentário diretamente a mim.

      Você sabe, tão bem quanto eu, que a Rússia nunca interronpeu o desenvolvimento de armas e míssies nucleares para atacar
      os EUA.
      Os russos nunca interronperm a corrida armentista, nem mesmo no auge da crise econômica dos anos 90 enquanto recebiam ajuda financeira da Europa e dos Estados Undios. Agora que percebem que não tem chances de competir com a OTAN (algo que todo mundo já sabia) começam a acusar os americanos de estar iniciando uma nova guerra fria.

      Como já comentei antes, os Estados Unidos abandonaram vários projetos que ameaçavam os russos como o Seawolf, B -2, F-22, o Zumwalt, comanche e Cruzader. Fizeram isso pq não viam mais a Rússia como ameaça ou inimigo e não pretendiam mais entrar em guerra com ela. Nas últimas duas décadas os americanos não desenvolveram nenhum novo tipo de ICBM para ser lançado contra a Rússia que por sua vez desenvolveu e construiu vários modelos de armas nucleares para serem usadas contra os EUA e a OTAN.

      Está na hora, de você fãs dos russos, enxergarem que a superpotência soviética acabou e que não pode mais competir com a OTAN. A Rússia não é santa e frequentemente faz chantagens e ameaças para atingir seus objetivos.

      Se os russos bonzinhos e inocentes querem continuar a corrida armamentista, azar é deles, vão perder de novo. Nada impede os americanos de desenvolverem novas armas avançadas, principalmente se não forem nucleares.

      E você gostando ou não, os russos são mentirosos sim!

      saudações,

    • Caro Konner

      Ná minha opinião, a Rússia deveria seguir os exemplos da Alemanha e do Japão. Aproveitar seus recursos e capacidades para desenvolver tecnologias civis, assim em poucas décadas teriam empresas multinacionais como a Toyota, GM, Samsung, Nokia, General eletric, Boeing, IBM, HP e muitas outras que geram divisas, empregos, distribuição de renda, além de muito mais dinheiro do que as exportações de armas para o terceiro mundo.

      Já pensou que maravilha de país seria a Rússia se ela possuísse a tecnologia e a indústria japonesa somada às suas grandes riquezas naturais?
      Com certeza, poderia conquistar muito mais espaço nos mercados internacionais, seria uma grande potência econômica e poderia superar
      os EUA em vários setores da economia mundial.

      Mas ao invés disso eles preferem perder tempo e dinheiro desenvolvendo armas e impondo sua vontade pelo poder nuclear, mesmo sabendo que não tem chances de sobreviver em caso de guerra com a OTAN.
      É uma pena.

      Saudações.

      • Deagol,,,
        .
        Quando eu quiser falar com você…, eu me dirijo a você.
        .
        Quanto ao resto…, é o que é…
        .
        Saudações,
        .
        konner

      • Caro konner

        “Quando eu quiser falar com você…, eu me dirijo a você.”

        É que minha terra a gente fala de homem para homem.

        “Quanto ao resto…, é o que é…”

        Não, não é!

        Simplesmente o que você diz não é verdade. Ou por preferência pessoal ou por desconhecimento.
        Não gostaria de discutir com um dos editores do blog, mas dizer ou insinuar que a rússia não é responsável pela atual corrida armamentista é um grande erro ou mentira.

        De qualquer forma você está errado, sua preferência política pouco importa, aliás nem sei o que você está defendendo, pois a rússia é um dos países mais capitalistas e corruptos do mundo.

        Com todo o respeito, mas você não é dono da verdade e desta vez está totalmente enganado.

        lamento!

      • Não espere consideração de uma mente ESQUERDOPATA, amigo… são todos assim… infantis e sociopatas… desconhecem o que vem a ser “nobreza”… mas são bons soldados qndo adestrados ideologicamente… é devido ao fato de não serem capazes de pensar por si próprios… a consideração deles aos seus adestradores é canina…

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