Advogados de Bradley Manning apresentarão suas alegações de defesa

bradleyWashington, 12 ago (Prensa Latina) A defesa do soldado Bradley Manning, que enfrenta até 90 anos de cárcere por entregar milhares de documentos secretos ao site Wikileaks, apresentará hoje suas alegações em uma audiência em Fort Meade, estado de Maryland.

O advogado de Manning, David Coombs, reiterou na sexta-feira que a condenação do soldado estadunidense deve ser reduzida porque foi acusado de múltiplas acusações por um mesmo ato violatório de leis federais e disse que seu cliente fará uma declaração amanhã.

O Contra-Almirante Kevin Donegan destacou na mesma audiência que os textos entregues por Manning colocaram em risco às tropas estadunidenses e aos civis afegãos que cooperam com estas.

Donegan foi um das últimas testemunhas da promotoria no caso contra o jovem militar de 25 anos, e nesta segunda-feira a defesa terá a oportunidade de apresentar seus argumentos com a intervenção de algumas pessoas que se opõem à condenação solicitada contra Manning.

A corte marcial poderá anunciar em 16 de agosto sua decisão final sobre a sentença contra o réu, segundo o site bradleymanning.org, que trata de mobilizar aos que apoiam o jovem militar.
O ex-analista de sistemas é acusado de entregar mais de 700 mil documentos secretos ao site Wikileaks, e em 30 de julho passado foi declarado culpado de 20 acusações, a maioria relacionada com espionagem e roubo de material governamental secreto.

O soldado de 25 anos de idade argumenta que vazou os materiais secretos para expor os abusos das forças dos Estados Unidos no Afeganistão e Iraque e ao mesmo tempo promover a discussão dos temas militares e diplomatas entre seus colegas nas forças armadas.

Fonte: Prensa Latina

10 Comentários

  1. Sr. Edilson, viu esta notícia na capa do Estado de hoje?:

    EUA DIZEM QUE ESPIONAGEM AJUDOU A PROTEGER BRASILEIROS
    EM VISITA TENSA, KERRY ALEGA QUE REDE DE ESPIONAGEM DOS EUA PROTEGE O BRASIL

    Autor(es): Rafael Moraes Moura Ricardo Bella Coletta Tânia Monteiro
    O Estado de S. Paulo – 14/08/2013

    Mesmo cobrado pela presidente Dilma Rousseff e pelo chanceler Antonio Patriota, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, defendeu em Brasília o que chamou de “coleta de informações” promovida pela Casa Branca. Kerry, que ontem encerrou visita à América do Sul, afirmou que a medida ajudou a proteger cidadãos, incluindo brasileiros. Ele garantiu que o Brasil receberá as respostas que quiser sobre a interceptação de dados. “Estamos convencidos de que a nossa coleta de informação ajudou a proteger nossa nação de uma série de ameaças e também protegeu brasileiros”, disse, ao responder a jornalistas sobre o programa americano de espionagem. Em audiência no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff cobrou esclarecimentos sobre o episódio e lembrou a necessidade de a Casa Branca dar garantias de que os dados dos brasileiros serão protegidos de violações.

    Secretário de Estado ouve cobranças incisivas da presidente Dilma Rousseff e do chanceler Antonio Patriota, mas defende sistema de monitoramento do governo americano denunciado por Edward Snowden e diz que ele ajudou a salvar cidadãos, incluindo os brasileiros

    De passagem por Brasília, o secretário de Estado dos EUA foi cobrado ontem pela presidente Dilma Rousseff e pelo chanceler brasileiro, Antonio Patriota, mas defendeu o sistema de monitoramento mantido por agências do governo americano e disse que a medida ajudou a proteger cidadãos, incluindo os brasileiros.

    Kerry completou ontem sua viagem pela América do Sul – após escala na Colômbia – e garantiu que o Brasil receberá as respostas que quiser sobre a interceptação de dados. “Estamos convencidos de que nossa coleta de informação ajudou a proteger os EUA de uma série de ameaças e também protegeu brasileiros”, disse Kerry, ao responder sobre o programa americano de espionagem.

    “Posso lhes prometer que o presidente (Barack) Obama está determinado a fazer com que os EUA respeitem os padrões mais elevados de responsabilidade, transparência e compromisso para o desenvolvimento das nossas capacidades de nos protegermos e protegermos outros povos do mundo.”

    Em audiência com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, Kerry foi novamente cobrado sobre a necessidade de esclarecer o episódio. Segundo o Estado apurou, Dilma pediu ao americano que a Casa Branca dê garantias de que os dados dos brasileiros serão protegidos. Os dois também trataram da visita oficial que a presidente fará em outubro aos EUA.

    Glenn Greenwald, jornalista do Guardian responsável pela publicação das informações sobre o sistema de espionagem dos EUA, disse ao Senado brasileiro ter provas de que os americanos usam a rede para obter vantagens comerciais e tecnológicas.

    A afirmação derruba o argumento do governo de Barack Obama de que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) usa a vigilância só para proteger seus cidadãos do terrorismo. Na defensiva, Kerry afirmou que os “elos crescentes entre o Brasil e os EUA são uma das parcerias essenciais do século 21” e fez um apelo à população brasileira. “Peço que as pessoas fiquem focadas na importância das nossas relações bilaterais.”

    Em tom incisivo, o chanceler Antonio Patriota citou o caso da interceptação de dados em seu discurso inicial, antes mesmo da abertura para perguntas dos jornalistas. “Hoje, enfrentamos um novo tipo de desafio em nossa relação bilateral. O desafio relacionado às notícias de interceptação de comunicações eletrônicas e telefônicas de brasileiros. Caso as implicações desse desafio não sejam resolvidas de modo satisfatório, corre-se o risco de se projetar uma sombra de desconfiança sobre nosso trabalho”, afirmou Patriota.

    De acordo com o ministro, esclarecimentos estão sendo solicitados, mas eles não são um “fim em si mesmo”. “Ouvir esclarecimentos não significa aceitar o status quo”, disse Patriota. “Precisamos descontinuar práticas atentatórias da soberania e das relações de confiança e violadora das liberdades individuais que nossos países tanto prezam.”

    Alvo. Em seguida, Kerry afirmou que os EUA não estão “surpresos” ou “aborrecidos” com as perguntas feitas pelas autoridades brasileiras. “O Brasil merece respostas e as receberá”, disse. “Nos últimos anos, infelizmente, alguns grupos pelo mundo afora visaram não só aos interesse americanos, mas aos interesses do mundo livre em geral. Houve muitos atentados a bomba, muitos inocentes foram sacrificados e mortos. O que os EUA buscam fazer é evitar que essas coisas aconteçam.”

    • PeTralhada tá borrando os cueiros de medo dos americanos terem plotado a sujeirada deles da última década, kkkkkk…

      Por isso que tô cada vez mais convencido de que vem Super Hornet por aí. Tipo assim: “comprem os caças e a gente não deixa vazar a roubalheira”. 🙂

      Quanto a esse tal Greenwald que se arrogou o papel de porta-voz daquele marginalzinho do Snowden, ele que se livre logo do que tem, revelando tudo de uma vez. Ah, os EUA tiveram vantagens comerciais? Põe na roda então ué!

      Ou então que abra o olho, sacomé: o Rio de Janeiro é uma cidade perigosa, kkkk…

      Quanto a esse outro marginalzinho do tópico, hoje ele pagou pau e admitiu que é um traidor bunda-mole de sua pátria e um espião, que fez tudo isso porque sofria bullying no Iraque, por ser gay (vai ver algum bofe deu o fora nele, rsrsrs). Até foto vestido de mulher o cabra tinha, rsrsrs…

      Com a confissão ele escapou de sentar na tostadeira… 🙂

      • Galileu também confessou erro para escapar da tostadeira.

        O tempo e a história revelaram o seu real valor.

        Este mesmo tempo (muito menor devido a velocidade da informação) se encarregará de jogar na latrina o julgo nefasto (equivalente) que faz a mentira imperar em detrimento da verdade.

  2. “Glenn Greenwald, jornalista do Guardian responsável pela publicação das informações sobre o sistema de espionagem dos EUA, disse ao Senado brasileiro ter provas de que os americanos usam a rede para obter vantagens comerciais e tecnológicas.”
    ———————

    William,
    acrescente-se poder político/militar e estas são as principais motivações para a espionagem em massa estadunidense.

    O resto, o papo de “defesa do mundo livre” (eita !que esta é velha! ), de combate ao terrorismo… é conversa para boi dormir….

  3. O cartaz com Bush, Obama e Manning, diz tudo! Expressão perfeita do ditado: “Uma imagem vale por mil palavras”

  4. O mundo tem que estar atendo para o fato de que no transcorrer dos tempos uma nação pode ver corrompido seus ideais e o de seus cidadãos fundadores.
    Parece coisa de cinema mas o futuro ainda reservará para o Bradley Manning um lugar na história, como grande cidadão do mundo. Inclusive nos States, pela oportunidade que dá aos seus cidadãos de reavaliarem os caminhos para o qual as corporações estão levando o país.

    • Os EUA estão passando de Estado para um pais dominado plenamente por corporações que ao financiar campanhas tem seus interesses garantidos pelos senadores e deputados eleitos e por que não o presidente. Um exemplo básico disso foi recentemente a tentativa de se aprovar algumas restrições para a compra de armas e munições, é mais fácil comprar um fuzil e algumas caixas de munição que cerveja em alguns estados, pode-se dizer que é mais fácil que tirar carteira por causa do psicotécnico.
      Infelizmente os EUA está apodrecendo por dentro e isso eles não podem evitar.

  5. o soldado e cidadão, Bradley Manning, para os povos livres e para a humanidade,ele é um herói,mostrou para o mundo a verdadeira cara satânica do tio Sam.
    .
    Pelo o seu heroísmo, Bradley Manning deveria ser canonizado pelo papa Francisco,pois o que eles fez,só um homem santo faz.

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