Texto: Cmdt Maranhão & E.M.Pinto
Anders Fogh Rasmussen da NATO diz estar satisfeito com a contribuição da Suécia nas operações na Líbia – apesar das declarações de Carl Bildt, que afirmou que o Gripen não é capaz de realizar operações contra alvos no chão.
Como se lançasse um míssil o político conservador da Suécia Carl Bildt declarou na terça feira passada, 29 de Março, durante a cúpula da NATO em Londres, que os Gripens não iriam atacar alvos no solo durante as operações na Líbia e limitaria suas operações na vigilância do espaço aéreo de exclusão imposto pela ONU que agora esta sendo transferido para a NATO. Segundo ele, “o Gripen, não é bom nesse tipo de operação”. “Nós temos limitações no nosso sistema em si”, completou.
As informações foram publicadas no diário Sueco Expressen (clique para conferir).
O míssil que Bildt lançou repercutiu no mundo todo e pode acertar em cheio as pretensões da SAAB aqui no Brasil, uma vez que segunda a imprensa brasileira, a FAB teria demonstrado preferência ao caça SAAB Gripen NG, uma versão melhorada do modelo apontado por Bildt, escolhendo-o como “o número 1” em detrimento ao F-18 Super Hornet – Americano e ao Rafale – Francês, no infindo programa FX-2 que visa o re-aparelhamento com aviões de caça para a Força Aérea Brasileira.
Bildt ainda tentou amenizar sua declaração completando, “Nós não somos necessariamente bons em tudo”, disse ele. De nada adiantou, o estrago já estava feito. O Brasil precisa de aviões polivalentes e capazes de operar em qualquer teatro, tanto no ar como ataques ao solo e sem dúvida suas declarações põe dúvidas nas capacidades do Gripen no FX-2.
A Índia que esta promovendo um programa semelhante ao do Brasil ainda não se pronunciou, mas pelo que se sabe o Gripen não fez sucesso por lá perderam para o typhoon e para o Rafale. De todos esses o Gripen NG é o único monomotor e deve ser por causa disso suas limitações para o ataque ao solo, lhe falta potência para mergulhar, atacar e subir com rapidez necessária para sair do fogo antiaéreo em terreno hostil.
Os Gripen chegam a Líbia depois que a Força Aérea de Kadafi já foi dizimada pela forças aérea da França e Estados Unidos que só tiveram uma baixa, um F 15E, que por sinal teve problemas técnicos segundo os americanos. Chegam para vigiar a zona de exclusão aérea imposta pelo Conselho de Segurança da ONU e praticamente vão a passeio.
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