Airbus e Air France irão a tribunal por queda do voo 447

http://2.bp.blogspot.com/_NqRTfwlemII/SjPNAqxGYLI/AAAAAAAACzc/ecrEfSqXnCg/s400/voo+447.jpgANDRÉ LACHINI

A Airbus e a Air France deverão comparecer a um tribunal da França no próximo mês, para enfrentar possíveis acusações de homicídio culposo. O motivo é o acidente do voo 447, que caiu no Oceano Atlântico quando viajava do Rio de Janeiro a Paris, matando 228 pessoas em 31 de maio de 2009.

“A juíza nos disse que ela convocou a Air France e a Airbus para comparecerem em 17 de março, quando elas possivelmente poderão ser acusadas”, disse hoje Jean-Baptiste Audousset, que integra uma associação de parentes das vítimas do acidente. “Essa é uma grande decisão, porque sinaliza com um cenário de prováveis acusações e mostra que a juíza tem elementos técnicos suficientes para começar os procedimentos legais”, disse o advogado Olivier Morice.

A culpa pelo acidente foi em parte colocada em defeitos nos sensores de velocidade, com a Air France acusada de não dar uma resposta suficientemente rápida a relatos de que os equipamentos poderiam ter defeitos. O anúncio de hoje é feito pouco antes da retomada das buscas pelos destroços da fuselagem do avião, no Oceano Atlântico, que ocorrerão em 20 de março com o uso de um mini submarino alemão.

Fernanrd Garnault, advogado da Air France, disse que “não existe nada novo no dossiê que explique porque a juíza instrutora está prevendo acusações, quando não existe nenhum relatório novo de especialistas e uma nova busca começará em 20 de março”. Nenhuma acusação ainda foi feita no caso, que foi suspenso até que as caixas-pretas do avião sejam encontradas. A terceira busca pelas caixas-pretas do avião, em maio do ano passado, não obteve sucesso.

O voo do Rio a Paris caiu no Oceano Atlântico, a meio caminho entre o Nordeste do Brasil e o Senegal na noite de 31 de maio de 2009, no pior acidente da história da Air France. Todas as 228 pessoas a bordo morreram. Muitos dos mortos eram franceses, brasileiros e alemães. Em dezembro, a Air France recebeu a ordem de pagar US$ 727 mil a parentes de uma família brasileira morta no desastre.

A Air France, por meio de seguradoras, pagou compensações a parentes dos passageiros e da tripulação, mas continua a se defender nos tribunais no Brasil. As informações são da Dow Jones.

Fonte: O Estado de São Paulo  via Notimp

4 Comentários

  1. Bacana!!! As famílias que sofreram as perdas estão recebendo pelo menos a compensação pela perda dos entes queridos. E o interessante que a justiça neste caso está funcionando. As empresas Airbus e Air France, além de serem processadas no Brasil, estão sendo processadas na França. Com resultados que se não satisfatórios, pelo menos um resultado de condenação está havendo.
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    AQUI É ONDE DE VERDADE QUERO CHEGAR. Que os VASSALOS do império faça essa defesa.
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    Porque os americanos Joe Lepore e Jan Paul Paladino que pilotavam o Legacy da EMBRAER de forma totalmente IRRESPONSAVEL não ficaram presos e ainda não houve nenhum tipo de indenização pelas 154 vidas ceifadas ao derrubarem o jato da TAM??????? Caramba!!! Com tudo que fizeram, conseguiram um absolvição em primeira instância e covardemente contra as famílias enlutadas, foram recebidos como “heróis” em seu pais EUA. Como não se indignar com as pessoas que ainda defendem um “império” como este? PORQUE AS LEIS SO VALEM PARA OUTROS E PARA OS EUA NÃO TEM VALOR??? Todo tipo de atrocidade pelo mundo afora. Depois vem alguns CANALHAS que defendem que os americanos tem direito de cobrar “direitos humanos” no Brasil. Vou parar por aqui porque a indignação é grande, mas deixo o link com a gravação dos dois criminosos após ceifar 157 vidas.
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    Link 1: http://www.190milhoesdevitimas.com.br/infografico/index.html
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    Link 2: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/05/brasileiro-que-viajava-no-legacy-conta-como-foi-acidente-com-boeing.html

  2. O culpado maior é o governo francês, por permitir que suas aeronaves não possuam Sistema de Salvamento, tais como módulos lançados por para-quedas. Fazem isso apenas para os aviões militares,principalmente os caças.
    Esse Sistema de Segurança encarece a construção dos aviões comerciais, mas salva vidas.

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