Manifestantes entram em choque com a polícia na Líbia

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Nota do Editor: Falta o senhor Kadhafi, mas a imagem diz tudo.

E.M.Pinto

Centenas exigem libertação de ativista em protesto contra o regime de Kadafi na cidade de Bengasi, leste do país.

Centenas de manifestantes entraram em choque com a polícia e partidários do governo da Líbia durante a madrugada desta quarta-feira na cidade de Bengasi, no leste do país, a cerca de mil quilômetros da capital do país, Trípoli. O jornal líbio “Quryna” afirmou que os confrontos deixaram ao menos 14 feridos, incluindo dez policiais.

A tensão foi desencadeada pela prisão de Fathi Terbil, um advogado e notório crítico do presidente Muamar Kadafi que representa as famílias de vítimas do suposto massacre realizado por forças de segurança no presídio de Abu Slim, em Trípoli, em 1996.

Mais de mil prisioneiros foram mortos na ação de forças de segurança, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas. O presídio abriga opositores do governo e militantes islâmicos.

Na terça-feira, uma multidão que contava com parentes dos presos marchou até a sede do governo local para exigir a libertação de Terbil. Mesmo após a libertação do ativista, os manifestantes seguiram para a praça Shajara, a principal da cidade.http://1.bp.blogspot.com/_giSLOyIiWv8/TUmGGKdBhkI/AAAAAAAAAJo/S_BIoD91vFY/s320/tunisie-revolution-monde-arabe.1295531101.png

Uma testemunha, que não quis se identificar, disse à BBC que ”algumas pessoas na multidão começaram a gritar slogans antigoverno e os demais passaram a acompanhar”. Neste momento, começaram os enfrentamentos entre os manifestantes, a polícia e partidários do regime.

Os manifestantes atiraram pedras na polícia, que usou gás lacrimogênio, balas de borracha e canhões d’água para dispersar os manifestantes. A praça, então, foi tomada por ativistas governistas que ocuparam o local até quarta-feira de manhã. A emissora de TV estatal não noticiou os protestos contra o governo, mas divulgou imagens de centenas de manifestantes a favor do regime em Bengasi e em cidades como Sirte, Seba e Trípoli. Eles carregavam grandes fotos de Kadafi e bandeiras da Líbia e gritavam palavras de ordem a favor do líder.

A cidade portuária de Benghazi é a segunda maior da Líbia e é atípica em relação ao restante do paós por ter um histórico de antagonismo com o regime de Kadafi. Muitos moradores locais não apoiaram o presidente quando ele chegou ao poder por meio de um golpe militar, em 1969.

Não há relatos independentes sobre o número de participantes nos protestos em Benghazi, mas testemunhas contam que uma manifestação chegou a reunir 2 mil pessoas.

Mundo árabe

Tanto a concentração de Bengasi como as manifestações a favor de Kadafi acontecem às vésperas de uma jornada de protestos contra o regime convocada para a quinta-feira por cerca de nove mil internautas líbios nas redes sociais.

Manifestações pró-democracia vêm se espalhando por diversos países árabes e muçulmanos. Eles tiveram início na Tunísia em dezembro passado e provocaram a deposição do então presidente do país, Zine al-Abidine Ben Ali, no final de janeiro. Na semana passada, uma série de manifestações provocou a renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak.

Nos últimos dias, também ocorreram protestos no Bahrein, que já deixaram três pessoas mortas, e manifestações no Irã, Argélia, Iêmen e Jordânia.

Fonte: Último Segundo

6 Comentários

  1. Q caiam td esse peões ditadores…viva a democracia, o chato e p os ianks/judeuSS , um perdeu a influência e outro está na iminência de entrar numa guerra, com os Palestinos, lutando p expulsar os invasores de suas terras “os judeusSS” , desta x mt bem armados,pq bem treinados eles são,e outros países árabes dando apoio,possível/ o temível Hesbollah. Quem viver verá.

  2. Falta,também,cair o ditador que manda na bomba de gasolina dos EUA:a Arábia Saudita.Talvez aí,também,se ele cair,o exército de lá dê um golpe de Estado como no Egito e continue a vassalagem com a Europa e com os ianques.

  3. Não vejo os ianques perdendo influência até o momento no Egito, como alguns aqui supõem. O exercito egipcio foi modernizado com equipamentos de origem americana e hoje estão melhores equipados e treinados. Certamente são superiores ao estado que estavam quando lutaram contra os israelenses na última vez. Recebem muito $$$ anualmente dos EUA. Por essa razão respeitam o acordo de paz com Israel. Após a saída de Mubarack, os presos políticos não foram soltos, a constituição foi suspensa e o Congresso fechado. Concordo que o aludido Congresso, em razão de fraudes, não deveria ter muita representatividade. Mas passos em direção a democracia não foram dados. Vejo como mera substituição de uma ditadura por outra. A Irmandade Mulçumana não possui um líder representativo. El Baradei, que já reclama dos militares e diz que os jovens que iniciaram a rebelião, não saberiam governar, não possui admiração de seu povo. Baseado nestes fatos e na existência de uma tradição ditatorial no Oriente Médio, não vejo possibilidadses de uma mudança democrática na região.

  4. Legal bacana e tal. Mas que democracia? quem vai assumir o poder depois da queda destes ditadores? A irmandade mulçumana? Al qaeda? Radiais Xiitas? Será que o ocidente esta pronto para aceitar estado democráticos terroristas?

  5. A ÓTICA DA DEMOCRACIA AMERICANA PARA O EGITO.
    .
    (trecho do título original:”EUA envia lobista do petróleo para negociar transição no Egito”
    .
    .
    “(…)O presidente Obama enviou ao Egito o conhecido lobista da indústria
    petrolífera, ex- vice-presidente da American International Group
    (AIG), Frank Wisner Jr., para negociar a transição da ditadura a
    democracia. O presidente Obama deve ter levado em consideração, além
    do fator de proximidade do negociador escolhido com a indústria
    energética e intima relação com o mercado financeiro considerando-se o
    papel da AIG como principal seguradora dos antigos “títulos tóxicos”
    da crise imobiliária, a tradição da família Wisner em negociar a
    “transição para a democracia” em países produtores de petróleo.(….)”
    .
    ————-(fonte:pravda/internacional).
    .
    Tem gente e coisas que não muda nunca!

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