Rússia se opõe a sanções “traumáticas” contra Irã

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O Governo da Rússia disse nesta quinta-feira que se opõe terminantemente à adoção de sanções “traumáticas” contra a economia do Irã. “Falar de sanções agora, ainda mais de uma votação no Conselho de Segurança da ONU, é prematuro. A Rússia considera inaceitável tal postura”, declarou uma fonte diplomática à agência Interfax.

A fonte ressaltou que, caso as sanções sejam aprovadas por Estados Unidos e União Europeia (UE), deveriam se concentrar exclusivamente no programa nuclear iraniano, sem se estender ao resto da indústria e da economia do Irã.

Além disso, destacou que “ainda não há consenso” sobre a aprovação de sanções contra Teerã na ONU dentro do chamado ‘grupo dos seis’, formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, Rússia, Reino Unido e França) mais a Alemanha.

A Chancelaria russa demonstrou nesta semana estar “decepcionada” com a decisão do Irã de começar a enriquecer urânio em seu território em vez de fazê-lo no exterior, como foi proposto pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

A Rússia está convencida de que esse plano “teria representado um passo significativo para a recuperação da confiança no fim exclusivamente pacífico do programa nuclear iraniano”.

Segundo a iniciativa da AIEA, a Rússia enriqueceria o urânio iraniano e o enviaria à França, onde seria transformado em barras.

A estimativa é de que o Irã armazena 1.500 quilos de urânio enriquecido na usina de Natanz, na região central do país, dos quais teria que entregar 1.200 quilos.

Suegstão: Konner

Fonte:Terra

3 Comentários

  1. Reproduzo comentário que postei aqui no Plano Brasil em outro post.

    11/02/2010 às 18:39 | #3
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    Se os chineses e russos dessem apoio em termos de equipamento bélico e inteligencia, para a resistência afegã, com certeza dificultariam muito a vida dos EUA no Afeganistão, iam sair com rabo entre as pernas…

    Más parece que não há interesse em faze-lo, pois tanto a China como a Rússia, tem seus problemas com movimentos islâmicos radicais e a invasão do Afeganistão com o conflito se estendendo agora para o Paquistão tem função de desestruturar a ambos. Lembrando que o Afeganistão era ( antes da invasão norte-americana)área de influencia do Paquistão.

    O Iran também entra na mesma equação, um bloco com aliança militar, entre Afeganistão, Paquistão e Iran ( que compartilham laços étnicos e culturais) com o tempo,caso fossem deixados em paz para se desenvolverem, poderia se tornar um grave incomodo para outros poderes globais e regionais. Assim, chineses e russos não protestam,nem interferem contra as ações da OTAN no Afeganistãoe e Paquistão.

    Só que, neste xadrez, se não interessa a China e Rússia o surgimento naquela região, de um bloco islâmico forte e organizado, tampouco é do interesse deles que se desagreguem completamente,escancarando assim a porta para a OTAN.

    O Iran é o fiel da balança, se cair nas mãos americanas, China e Rússia serão diretamente atingidas, por isto apóiam economicamente( a china é grande compradora de petróleo iraniano) e tecnologicamente ao Iran. Porém não é do interesse de russos e chineses um Iran com a bomba atômica, e o Iran sabe disto, creio que embora desenvolvendo capacidade tecnológica de produzir a bomba, não a produzirá, enquanto tiver o apoio de chineses e russos, pois tem consciência que este apoio vale mais do que possuir uma bomba atômica, que se utilizada, causaria um contra ataque atômico aniquilador para o Iran.

    Se China e Russia retirarem seu apoio e o Iran, acossado pelos seus inimigos, se lançar na produção da bomba, aí as coisas ficam realmente perigosas…

  2. Ainda que seus membros estejam pouco organizados e principalmente coesos, acho interessante levar em conta a
    “Organização para Cooperação de Xangai”.

    “Organização de Xangai reforça laços políticos e económicos (a noticia é de Junho de 2006)

    por

    Abel Coelho de Morais

    A Organização de Cooperação de Xangai (OCX), também conhecida por Organização de Xangai, vai reforçar e desenvolver as relações políticas e económicas entre os seus membros. “Entrámos num novo período”, sintetizou o Presidente chinês, Hu Jintao, garantindo que a organização aspira a desempenhar “um papel mais importante” no plano internacional.

    Os presidentes dos seis Estados membros – China, Rússia, Cazaquistão, Quirguizistão, Usbequistão e Tajiquistão – assinaram ontem em Xangai uma série de acordos nas áreas da luta antiterrorista, das trocas comerciais, das relações financeiras e no domínio da educação.

    A questão do nuclear iraniano esteve ontem em destaque em Xangai, não só pelos encontros bilaterais que o Presidente Mahmoud Ahmadinejad manteve com os seus homólogos, como pela intervenção proferida por este em que apelou ao reforço do carácter político da OCX, de forma a enfrentar “as potências dominantes” a nível internacional. O líder iraniano, país que – em conjunto com a Mongólia, Índia e Paquistão – possui o estatuto de observador, sustentou ainda que a OCX deve tornar-se a principal organização político-económica asiática.

    As palavras de Ahmadinejad e resultados do encontro de Xangai, que se prolonga por mais cinco dias, devem reforçar as preocupações americanas sobre a evolução da organização, que diplomatas e analistas consideram estar em vias de se transformar num “num clube anti-ocidental”, dominado pelo eixo sino-russo, isto numa região rica em petróleo e gás natural. Os recursos naturais são, aliás, um dos centros da cooperação da organização, começando a assistir-se ao incremento da colaboração no domínio da defesa. “

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