Rússia pede ajuda dos EUA contra ofensiva militar da Ucrânia

Ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov

Jason Bush e Megan Davies

O ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov disse ao secretário de estado norte-americano John Kerry que os Estados Unidos devem usar de sua influência para impedir o governo ucraniano de continuar operações militares no sudeste da Ucrânia, informou neste sábado (3) o Ministério das Relações Exteriores russo.

Lavrov também disse que é importante que o papel da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), enquanto mediadora do conflito, seja ampliado para assegurar que Kiev cumpra o acordo de Genebra e diminua as tensões na Ucrânia.

“As chances disso acontecerem ainda existem”, afirmou o ministério das Relações Exteriores em comunicado, à medida que todas as regiões ucranianas estejam representadas em um diálogo nacional pela reforma constitucional, e “terroristas” do Setor Direita –grupo nacionalista ucraniano que atua na Ucrânia ocidental– forem combatidos.

Lavrov, em conversa pelo telefone com o ministro do Exterior alemão Frank-Walter Steinmeier, também disse estar preocupado com notícias de que o exército ucraniano estaria se preparando para atacar a cidade ucraniana de Slaviansk, no sudeste, de acordo com um comunicado do ministério.

A cidade de Slaviansk tem se transformado em reduto de separatistas pró-russos fortemente armados.

REUTERS

Fonte: UOL

23 Comentários

    • Ué… ué.. ué… não são os russos os fodásticos ???… tão pedindo penico agora, logo aos EUA ???…

      • Claro Blue Eyes !

        Sempre acabam pedindo penico pros EUA. Já é tradição.

        Se lembra da década de 90 e anos 2000 quando os EUA tiveram que financiar a reciclagem de milhares de toneladas de material radioativo russo que ameaçavam uma catástrofe nuclear. Salvaram o povo russo!

        E nos anos 60 forneceram tecnologia para aumentar a segurança das ogivas russas para evitar acidentes.

        E na segunda guerra? Tiveram até que fornecer aeronaves e tecnologia para os russos se defenderem dos nazistas.

        Sem contar tudo que os russos já roubaram deles.

        O Tio SAM pode ser mau, mas poderia ser ainda pior.

  1. Isso demonstra que os russos desejam o fim dessa crise, e colocam tbm sobre os EUA a responsabilidade da crise que eles causaram. Mas ao que tudo indica, EUA deve lavar as mãos, Kiev deve avançar, e Rússia deve retaliar derrubando o pseudo governo da Ucrânia.

    • Isso demosntra que os russos não querem repetir os mesmos erros da década de noventa. Querem o fim da crise? Ou estão com medo de um conflito urbano assimétrico?
      Não diziam que estavam preparados para uma invasão se necessário?
      E agora cadê os machões?

      Talvez Putin tenha dado um passo maior que as pernas.

      • Na verdade, parece que a Rússia esta dando corda para os nazi da Ucrânia se enforcar, estão tentando negociar, para o povo russo ter certeza que não houve outra opção se não a retaliação militar, e em caso de guerra, não haverá guerra assimétrica, penso que a Rússia só ira ocupar os estados do leste que já estão do lado russo…. Ao menos que queiram avançar até Kiev, mas isso é improvável, afinal alguém tem que pagar as dividas da Ucrânia…

      • “e em caso de guerra, não haverá guerra assimétrica, penso que a Rússia só ira ocupar os estados do leste que já estão do lado russo….”

        Mas obviamente terão que atacar as bases e as posições das forças do oeste como em todas guerras. Caso contrário as forças inimigas não serão destruídas nunca, mantendo sempre a capacidade de realizar ataques guerrilheiros e atentados.

      • Nesse caso deveram usar mísseis e bombardeio, não há necessidade de um ataque por terra, e o leste já está do lado russo…

      • “Nesse caso deveram usar mísseis e bombardeio, não há necessidade de um ataque por terra, e o leste já está do lado russo…”

        E quando foi que mísseis bombardeios conseguiram resolver uma guerra assimétrica, de insurgência e guerrilha?

        O que os russos podem fazer é que o fizeram sempre, exterminar a população civil. Quem não fugir morre, culpado ou inocente.

        Se os ucranianos quiserem resistir, os russos vão ter que ir de casa em casa. Aí todo mundo sabe o que acontece…

      • Meu caro, não há risco de um conflito como este e outros que vc citou na Rússia. A situação é que a Rússia não deseja a quebra de suas relações com a Europa, e tem ganhado vitórias contra os EUA, como a saída da Alemanha desse arco de sanções, o que demonstra que Putin está ganhando batalhas, se aproximando da vitória sem ter que dar um tiro sequer, pois pelo que me parece, a Rússia planeja a saída da maioria dos países desse arco de sanções, pois o próprio EUA não poderá arcar com as sanções sozinho, e uma vez que não sejam mais retaliados economicamente, abre-se o leque de opções: armar eficazmente e infiltrar forças na parte pró-russa, realizar uma incursão cirúrgica derrubando o governo de Kiev, destruir por meio de bombardeios as forças inimigas, enfim, vitória. Sds

  2. Lavrov quer que os EUA “convençam” o governo ucraniano a abdicar de sua soberania e não reprimir os criminosos que atual estão semeando o terror no leste do país? Que piada de mau gosto!

  3. Os gringos vao ajudar os oligarcas russos da mesma forma que ajudou Sadan Hussein e o Coronel Kadafi. Corda no pescoco do primeiro e faca no anus do segundo, e o desmembramento do pais. Repito Putin e impotente para enfrentar os EUA. O governo yanque foram os responsaveis pelo golpe que colocou os atuais dirigentes da Ucrania no poder. Nao se esquecam que de acordo com a secretaria de estado Nuland, os EUA gastaram 5 bilhoes de dolares para organizar o movimento que depos o oligarga pro-russo que estava no poder na Ucrania. O objetivo ianque e a inclusao da Ucrania na OTAN, depor Putin e dividir Russia em varios paises pequenos impotentes militarmente.Putin e Lavrov sabem disso, mas sao impotentes para reagir, porque na verdade nunca foram comunistas, mas ao contrario, gente que de ha muito abracou a ideologia do capitalismo. Buscam acomodamento com o Ocidente, e esperam que Europa Ocidental, Alemanha em particular, freiam um pouco a agressividade neoconservativa contra Russia. Nao tera chance. Alemanha e pais dominado militarmente pelos EUA. nao estao em condicoes de oporem-se aos seus patroes, os gringos.Repito, a nao ser que os generais e almirantes, brigadeiros russos, forcam Putin, invadir Ucrania, e desafiar os EUA a guerra, podemos dizer que Putin acabou e o fim da Federacao Russa esta na agenda. Obama vai entar na historia como o presidente da republica ianque que eliminou russa como pais independente.Isto ja estava previsto. Creio que Trotsky ja na decada de 1930, escreveu artigog os dizendo que os o regime burocrata que Stalin estabeleceu na Uniao Sovietica. era transitorio. Ou o proletariado russo tomasse o poder destruindo o regime estalinista ou o imperialismo iria predominar, a Uniao Sovietica seria desmembrada e Russia seria reduzida a um pais colonizado, aos padroes dos paises colonizados no hemisferio Sul.. O proletariado russo nao depos o regime estalinista, abandonou a luta de classe, o capitalismo foi reintroduzido. Mas o desmembramento da Russia ainda nao ocorreu, talvez por covardia de alguns presidentes ianques, que nao ousou aproveitar da paralisia que dominou Russia por quase 20 anos para desmembra-la, de acordo com o plano dos neoconservadores. Mas hoje a situacao esta propicia para gringos e o caixao para Putin esta aberto e o fim da Russia esta proximo, parafraseando KidMoranguueira.

    • Nossa, parece que vc lê notícias da decada de 90 e comenta nesta pagina meu caro. A Rússia não deseja conflito, mas não por inferioridade, pois são a 8° economia do globo,riquíssimos no setor energético, tecnológico, etc, a segunda maior potência militar do mundo com o mais eficaz guarda chuva antiaéreo do planeta, ou seja, quase inexpugnável em seu território. Vale citar que a supremacia americana está a caminho do fim, provada pelos economistas e analistas, que já deram data para a chegada da China a primeira posição, o que vai neutralizar muitas vontades dos EUA, uma vez que a China (aliada da Rússia) terá maior voz nos assuntos globais, e isso meu caro, é o que os EUA temem, pois sabem que a Rússia tem todo a logística (econômica, política, e tecnológica ) para se consolidarem junto a China, fornecendo aos chineses (como vêm fazendo a tempos) garfo e faca para o dragão almoçar a águia.

      • E verdade que o plano neoconservador de desmembrar a Russia foi formulado em 1990.Um dos que vem pregando “delenda russia”, Bjerzinsky, foi mentor de Obama, quando este era estudante universitario, hoje e o guru que influencia a politica externa norte americana. Quase todos os membros importantes do departamento de estado sobre assuntos estrangeireos, foram estudantes de Bjerzinsky.O plano de encirclar, destruir, dividsir Russia nao e assunto que foi arquivado em 1990.Esta na ordem do dia, precisamente por causa do colapso economico norte americano que muitos economistas estao dizendo vai ocorrer ainda neste ainda neste ano 2014. muito analistas estao dizendo que Russia e China estao a vespera de introduzir o petrol-yuan, rublo/gold etc noticias que os EUA ve como um desafio a supremacia do dollar. Nesta situacao guerra para destruir Russia e um imperativo para os norte americanos. Os russos sabem disso, mas parece que o medo tomou conta de Putin e seus oligarcas, que estao percebendo que seus sonhos de encontrar um cantinho nesse mundo capitalista controlado pelos EUA esta sendo destruido.Alemanha nao vai socorrer-los, pela simples razao que Alemanha nao e um pais indepenndente. Forte economicamente, mas tal qual o Japao, sao colonias dos EUA.Repito, se os militares russos nao forcar Putin agir militarmente, Putin acabou e o fim da Russia como pais unificado esta proximo.

  4. por LUCENA
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    Os EUA querem transformar a Ucrânia naquilo que queriam fazer na Síria,onde a Russia não deixou aliás, a Rússia até evitou que a Síria fosse bombardeada pelos mísseis americano más,a marinha Russa barrou eficiente o ataque.
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    Quem não se lembram como era a Líbia e quem sabe como estão vivendo os líbios hoje depois de terem sidos salvos pela OTAN e os EUA … 😉
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    Só o Fato dos EUA deixar de financiar os mercenário que este instalou na Ucrânia para fomentar o caus e alimenta as escaramuças e assim, evitar um banho de sangue como ocorre na Síria também,já é uma grande ajuda.

    • por LUCENA
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      35 países onde os EUA apoiaram fascistas, chefões da droga e Terroristas
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      (*) Tradução: José Filardo

      Aqui está um guia prático de A a Z do crime internacional apoiado pelos EUA.
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      Os EUA estão apoiando o partido de extrema direitaSvoboda da Ucrânia e violentos neonazistas cujo levante armado abriu o caminho para um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente.
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      Eventos na Ucrânia estão nos dando outra visão através do espelho das guerras de propaganda dos Estados Unidos contra o fascismo, as drogas e o terrorismo.
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      A realidade feia por trás do espelho é que o governo dos EUA tem uma longa e ininterrupta história de trabalho com fascistas, ditadores, senhores da droga e países patrocinadores do terrorismo em todas as regiões do mundo em sua busca ilusória, mas implacável pelo poder mundial incontestado.
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      Por trás do muro de impunidade e proteção do Departamento de Estado e da CIA, os clientes e fantoches dos EUA envolvidos nos piores crimes que o homem conhece, desde assassinato e tortura a golpes e genocídio. O rastro de sangue desta carnificina e caos leva diretamente de volta para os degraus do Capitólio dos EUA e da Casa Branca. Como o historiador Gabriel Kolko observou em 1988, “A noção de um fantoche honesto é uma contradição que Washington não conseguiu resolver em nenhum lugar do mundo desde 1945.” O que se segue é um breve guia de A a Z da história daquele fracasso.
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      1. Afeganistão
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      Na década de 1980, os EUA trabalharam com o Paquistão e a Arábia Saudita para derrubar o governo socialista do Afeganistão. Eles financiaram, treinaram e forças armadas lideradas por líderes tribais conservadores cujo poder era ameaçado pelo progresso do seu país na educação, os direitos das mulheres e reforma agrária. Depois que Mikhail Gorbachev retirou as forças soviéticas em 1989, esses senhores da guerra apoiados pelos EUA dividiram o país e impulsionaram a produção de ópio a um nível sem precedentes, de 2.000 para 3.400 toneladas por ano . O governo do Taliban cortou a produção de ópio em 95% em dois anos, entre 1999 e 2001, mas a invasão dos EUA em 2001 restaurou os senhores da guerra e traficantes ao poder. O Afeganistão ocupa agora o 175º. lugar entre 177 países do mundo em corrupção, 175º. entre 186 no desenvolvimento humano, e, desde 2004, produziu um número sem precedentes de 5.300 toneladas de ópio por ano. O irmão do presidente Karzai, Ahmed Wali Karzai, era muito conhecido como um traficante de drogas apoiado pela CIA . Depois de uma grande ofensiva dos EUA na província de Kandahar em 2011, o coronel Abdul Razziq foi nomeado chefe de polícia da província, impulsionando a operação de contrabando de heroína que já lhe rendeu 60 milhões de dólares por ano em um dos mais pobres países do mundo.
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      2. Albânia
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      Entre 1949 e 1953, os EUA e o Reino Unido se propuseram derrubar o governo da Albânia, o menor e mais vulnerável país comunista na Europa Oriental. Exilados foram recrutados e treinados para voltar à Albânia, agitar a dissidência e planejar um levante armado. Muitos dos exilados envolvidos no plano eram ex-colaboradores da ocupação italiana e alemã durante a Segunda Guerra Mundial. Eles incluíram o ex-ministro do Interior, Xhafer Deva que supervisionou as deportações de “judeus, comunistas, resistentes e pessoas suspeitas” (conforme descrito em um documento nazista) para Auschwitz. Documentos desclassificados dos EUA desde então revelaram que Deva foi um dos 743 criminosos de guerra fascistas recrutados pelos EUA após a guerra.
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      3. Argentina
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      Documentos americanos desclassificados em 2003 detalham conversas entre o secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger e ministro das Relações Exteriores argentino Almirante Guzzetti em outubro de 1976, logo após a junta militar ter tomado o poder na Argentina. Kissinger aprovou explicitamente a “guerra suja” da junta em que veio a matar até 30 mil, a maioria deles jovens, e roubou 400 crianças das famílias de seus pais assassinados. Kissinger disse Guzzetti: “Olha, a nossa atitude básica é que nós gostaríamos que vocês tivessem sucesso… quanto mais rápido vocês conseguirem, melhor.” O embaixador dos EUA em Buenos Aires informou que Guzzetti “voltou em um estado de júbilo, convencido de que não há nenhum problema real com o governo dos EUA sobre essa questão.” (” Daniel Gandolfo, ” ” Presente! “)
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      4. Brasil
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      Em 1964, o general Castelo Branco liderou um golpe de Estado, que provocou 20 anos de ditadura militar brutal . Adido militar dos EUA, Vernon Walters, mais tarde vice-diretor da CIA e embaixador da ONU, conhecia bem Castelo Branco desde a Segunda Guerra Mundial, na Itália.
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      Como um agente clandestino da CIA, os registros de Walters sobre o Brasil nunca foram desclassificados, mas a CIA forneceu todo o suporte necessário para garantir o sucesso do golpe, incluindo o financiamento de grupos de estudantes e trabalhadores da oposição em protestos de rua, como ocorre hoje na Ucrânia e Venezuela.
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      A força anfíbia da Marinha dos EUA que estava de prontidão para desembarcar em São Paulo não foi necessária. Como outras vítimas de golpes apoiados pelos EUA na América Latina, o presidente eleito João Goulart era um rico fazendeiro, não um comunista, mas seus esforços para permanecer neutro na Guerra Fria eram tão inaceitável para Washington quanto à recusa do presidente Yanukovich de entregar a Ucrânia ao ocidente 50 anos depois.
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      5. Camboja
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      Quando o presidente Nixon ordenou o bombardeamento secreto ilegal do Camboja em 1969, os pilotos americanos receberam ordens de falsificar seus registros para esconder seus crimes. Eles mataram pelo menos meio milhão de cambojanos, despejando mais bombas do que na Alemanha e Japão juntos na Segunda Guerra Mundial. À medida que o Khmer Rouge ganhava força em 1973, a CIA informou que sua “propaganda tem sido mais eficaz entre os refugiados submetidos a ataques de B-52″. Depois que o Khmer Vermelho matou pelo menos dois milhões de seu próprio povo e foi finalmente expulsos pelo exército vietnamita em 1979, o Grupo de Emergência do Camboja nos EUA, com sede na Embaixada dos EUA em Bangcoc, partiu para alimentá-los e supri-los como a “resistência” ao novo governo cambojano apoiado pelos Vietnamitas. Sob pressão dos EUA, o Programa Alimentar Mundial forneceu US $ 12 milhões para alimentar 20.000 a 40.000 soldados do Khmer Vermelho. Por pelo menos mais uma década, a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA forneceu ao Khmer Vermelho informações de satélite, enquanto as forças especiais norte-americanas e britânicas os treinaram para colocar milhões de minas terrestres no oeste do Camboja, que ainda matam ou mutilam centenas de pessoas todos os anos.
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      6. Chile
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      Quando Salvador Allende tornou-se presidente em 1970, o presidente Nixon prometeu “fazer a economia gritar” no Chile. Os EUA, o maior parceiro comercial do Chile, cortaram o comércio para causar escassez e caos econômico. O Departamento de Estado e a CIA haviam realizado operações de propaganda sofisticadas no Chile durante uma década, financiando políticos conservadores, partidos, sindicatos, grupos de estudantes e todas as formas de mídia, ao mesmo tempo em que expandia os laços com os militares. Depois que o general Pinochet tomou o poder, a CIA manteve autoridades chilenas em sua folha de pagamento e trabalhou em estreita colaboração com a agência de inteligência DINA do Chile, enquanto o governo militar matava milhares de pessoas e prendia e torturava dezenas de milhares mais. Enquanto isso, os “Chicago Boys”, com mais de 100 estudantes chilenos enviados por um programa do Departamento de Estado para estudar com Milton Friedman na Universidade de Chicago, lançaram um programa radical de privatização, desregulamentação e políticas neoliberais que mantiveram a economia gritando para a maioria dos chilenos ao longo dos 16 anos de ditadura militar de Pinochet.
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      7. China
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      Até o final de 1945, 100.000 soldados norte-americanos lutavam ao lado das forças do Kuomintang Chinês (e japonês) em áreas dominadas pelos comunistas no norte da China. Chiang Kai-Shek e o Kuomintang podem ter sido os mais corruptos de todos os aliados dos Estados Unidos. Um fluxo constante de consultores norte-americanos na China advertiu que a ajuda dos EUA estava sendo roubada por Chiang e seus comparsas, alguns deles até mesmo vendidos aos japoneses, mas o compromisso dos EUA com Chiang continuou durante a guerra, sua derrota pelos comunistas e seu governo de Taiwan. A atitude temerária do Secretário de Estado Dulles em nome de Chiang levou duas vezes os EUA à beira da guerra nuclear com a China em seu nome em 1955 e 1958 sobre Matsu e Qemoy, duas pequenas ilhas ao largo da costa da China.
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      8. Colômbia
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      Quando as forças especiais dos Estados Unidos e da Drug Enforcement Administration auxiliaram as forças colombianas a rastrear e matar o traficante Pablo Escobar, eles trabalharam com um grupo de vigilantes chamado Los Pepes . Em 1997, Diego Murillo Bejarano e outros líderes dos Los Pepes co-fundaram a AUC (Forças de Autodefesa Unidas da Colômbia) que foi responsável por 75% das mortes violentas de civis na Colômbia ao longo dos 10 anos seguintes.
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      9. Cuba
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      Os Estados Unidos apoiaram a ditadura de Batista, quando essa criou as condições repressivas que levaram à Revolução Cubana, matando até 20 mil de seu próprio povo . O ex-embaixador dos EUA, Earl Smith testemunhou ao Congresso que “os EUA eram tão esmagadoramente influentes em Cuba que o embaixador americano era o segundo homem mais importante, às vezes até mais importante que o presidente cubano.” Depois da revolução, a CIA lançou uma longa campanha de terrorismo contra Cuba treinando exilados cubanos na Flórida, América Central e na República Dominicana para cometer assassinatos e sabotagem em Cuba. Operações apoiadas pela CIA contra Cuba incluíram a tentativa de invasão na Baía dos Porcos, em que 100 exilados cubanos e quatro norte-americanos foram mortos; várias tentativas de assassinato de Fidel Castro e assassinatos bem sucedidos de outros oficiais; vários bombardeios em 1960 (três americanos mortos e dois capturados) e atentados terroristas com bombas contra turistas tão recentemente quanto 1997; o bombardeio aparente de um navio francês no porto de Havana (pelo menos 75 mortos); um ataque biológico de gripe suína que matou meio milhão de porcos; e o atentado terrorista contra um avião cubano (78 mortos) planejado por Luis Posada Carriles e Orlando Bosch, que permanecem livres na América, apesar da pretensão americana de travar uma guerra contra o terrorismo. A Bosch foi concedido um perdão presidencial pelo primeiro presidente Bush.
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      10. El Salvador
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      A guerra civil que assolou El Salvador na década de 1980 foi uma revolta popular contra um governo que governava com a maior brutalidade. Pelo menos 70 mil pessoas morreram e milhares desapareceram. A Comissão da Verdade das Nações Unidas, criada após a guerra descobriu que 95% dos mortos foram assassinados por forças do governo e esquadrões da morte, e apenas 5% por guerrilheiros da FLMN. As forças governamentais responsáveis ​​por esta matança unilateral eram quase totalmente estabelecidas, treinadas, armadas e supervisionadas pela CIA, forças especiais dos EUA e pela Escola das Américas nos EUA. A Comissão da Verdade das Nações Unidas constatou que as unidades culpadas pelas piores atrocidades, como o Batalhão Atlacatl que conduziu o infame massacre de El Mozote foram precisamente aquelas supervisionadas mais de perto por conselheiros americanos. O papel dos americanos na campanha de terrorismo de Estado é agora aclamado por altos oficiais militares dos EUA como um modelo de “contra insurgência” na Colômbia e em outros lugares, à medida que a guerra dos EUA contra o terror espalha a sua violência e caos por todo o mundo.
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      11. França
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      Na França, Itália, Grécia, Indochina, Indonésia, Coréia e Filipinas no final da II Guerra Mundial, forças aliadas em avanço descobriram que as forças da resistência comunista tinham ganhado o controle efetivo de grandes áreas ou países inteiros, à medida que as forças alemãs e japonesas se retiravam ou se rendiam. Em Marselha, a o sindicado comunista CGT controlava as docas que eram críticas para o comércio com os EUA e o plano Marshall. O OSS havia trabalhado com a máfia siciliano-americana e gangsteres da Córsega durante a guerra. Assim, após o OSS ter sido incorporada pela nova CIA após a guerra, ele usou seus contatos para restaurar os bandidos da Córsega no poder em Marselha, para quebrar as greves portuárias e controle das docas pelo CGT. Ele protegeu os corsos enquanto estes montavam laboratórios de heroína e começaram a enviar heroína para Nova York, onde a máfia siciliano-americana também florescia sob a proteção da CIA. Ironicamente, rupturas de abastecimento devidas à guerra e à revolução chinesa havia reduzido o número de viciados em heroína nos EUA para 20.000 em 1945, e vício em heroína poderia ter sido praticamente eliminado, mas infame French Connection da CIA, ao invés, trazia uma nova onda de vício em heroína, crime organizado e violência relacionada com a droga para Nova York e outras cidades americanas.
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      12. Gana
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      Parece não haver qualquer líder nacional inspirando a África nos dias de hoje. Mas isso pode ser culpa do América. Na década de 1950 e 1960, houve uma estrela em ascensão em Gana: Kwame Nkrumah. Ele era o primeiro-ministro sob o domínio britânico de 1952 a 1960, quando Gana tornou-se independente e ele se tornou presidente. Ele era um socialista, pan-Africano e anti-imperialista, e, em 1965, escreveu um livro chamado Neocolonialismo: a última etapa do imperialismo. Nkrumah foi derrubado por um golpe da CIA em 1966. A CIA negou envolvimento na época, mas a imprensa britânica, mais tarde, informou que 40 agentes da CIA operavam a partir da Embaixada dos EUA “distribuindo benesses entre os adversários secretos do presidente Nkrumah”, e que seu trabalho “foi totalmente recompensado.” O ex-agente da CIA John Stockwell revelou mais sobre o papel decisivo da CIA no golpe em seu livro Em busca de inimigos .
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      13. Grécia
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      Quando as forças britânicas desembarcaram na Grécia em outubro de 1944, elas encontraram o país sob o controle efetivo da ELAS-EAM, o grupo guerrilheiro de esquerda formado pelo Partido Comunista grego em 1941 após a invasão italiana e alemã. O ELAS-EAM acolheu as forças britânicas, mas os britânicos recusaram qualquer acordo com eles e instalaram um governo que incluía monarquistas e colaboradores nazistas. Quando o ELAS-EAM realizou uma grande manifestação em Atenas, a polícia abriu fogo e matou 28 pessoas . Os britânicos recrutaram membros dos Batalhões de Segurança treinados pelos nazistas para caçar e prender membros do ELAS, que mais uma vez pegaram em armas como um movimento de resistência. Em 1947, com uma guerra civil violenta, os britânicos falidos pediram aos EUA que assumissem o seu papel na Grécia ocupada. O papel dos EUA no apoio a um governo fascista incompetente na Grécia foi consagrada na “Doutrina Truman”, visto por muitos historiadores como o início da Guerra Fria. Lutadores do ELAS-EAM depuseram suas armas em 1949, após a Iugoslávia ter retirado seu apoio, e 100.000 foram executados, exilados ou presos . O primeiro-ministro liberal Georgios Papandreou foi derrubado por um golpe apoiado pela CIA em 1967, levando a mais de sete anos de regime militar. Seu filho Andreas foi eleito como o primeiro presidente “socialista” da Grécia em 1981, mas muitos membros do ELAS-EAM presos na década de 1940 nunca foram libertados e morreram na prisão.
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      14. Guatemala
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      Depois de sua primeira operação para derrubar um governo estrangeiro no Irã, em 1953, a CIA lançou uma operação mais elaborada para remover o governo liberal eleito de Jacobo Arbenz na Guatemala em 1954. A CIA recrutou e treinou um pequeno exército de mercenários sob o exilado guatemalteco Castillo Armas para invadir a Guatemala, com 30 aviões norte-americanos sem identificação fornecendo apoio aéreo. O embaixador dos EUA, Peurifoy, preparou uma lista dos guatemaltecos a serem executados, e Armas foi instalado como presidente.O reinado de terror que se seguiu levou a 40 anos de guerra civil , em que pelo menos 200 mil foram mortos, a maioria deles indígenas. O clímax da guerra foi a campanha de genocídio em Ixil pelo presidente Rios Montt, pela qual ele foi condenado à prisão perpétua em 2013, até que a Suprema Corte da Guatemala os salvasse com base em um tecnicismo . Um novo julgamento está marcado para 2015. Documentos da CIA desclassificados revelam que a administração Reagan estava bem ciente da natureza indiscriminada e genocida das operações militares guatemaltecas quando aprovou nova ajuda militar em 1981, incluindo veículos militares, peças de reposição para helicópteros e conselheiros militares norte-americanos. Os documentos da CIA detalham o massacre e a destruição de aldeias inteiras, e concluem: “A crença bem documentada pelo exército de que toda a população indígena Ixil é pró-EGP (Exército Guerrilheiro dos Pobres) criou uma situação em que se espera que o exército dê luta sem quartel a combatentes e não combatentes da mesma forma”.
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      15. Haiti
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      Quase 200 anos após a rebelião de escravos que criou a nação do Haiti e derrotou os exércitos de Napoleão, o povo sofredor do Haiti finalmente elegeu um governo verdadeiramente democrático liderado pelo padre Jean-Bertrand Aristide em 1991. Mas o presidente Aristide foi deposto em um golpe militar apoiado pelos EUA, após oito meses no cargo, e a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA) recrutou uma força paramilitar chamada FRAPH para atacar e destruir o movimento Lavalas de Aristide no Haiti. A CIA colocou o líder da FRAPH Emmanuel “Toto” Constant em sua folha de pagamento e enviado armas da Flórida. Quando o presidente Clinton enviou uma força de ocupação dos EUA para restabelecer Aristide no poder em 1994, os membros da FRAPH detidos pelas forças dos EUA foram libertados por ordens de Washington, e a CIA manteve a FRAPH como uma gangue criminosa para minar Aristide e o Lavalas . Depois que Aristide foi eleito presidente pela segunda vez em 2000, uma força de 200 soldados de forças especiais dos EUA treinou 600 ex-membros FRAPH e outros na República Dominicana, para se preparar para um segundo golpe. Em 2004, eles lançaram uma campanha de violência para desestabilizar o Haiti, que forneceu o pretexto para as forças dos EUA desembarcar no Haiti e remover Aristide do cargo.
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      16. Honduras
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      O golpe de Estado de 2009 em Honduras levou a uma severa repressão e assassinatos por esquadrões da morte de opositores políticos, sindicalistas e jornalistas . Na época do golpe, as autoridades americanas negaram qualquer participação no golpe e usaram semântica para evitar o corte da ajuda militar dos EUA conforme exigido pela lei dos EUA. Mas dois telegramas do Wikileaks revelaram que a Embaixada dos EUA foi o principal intermediário na gestão do rescaldo do golpe e na formação de um governo que está agora reprimindo e assassinando seu povo.
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      17. Indonésia
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      Em 1965, o general Suharto tomou o poder efetivo do Presidente Sukarno, sob o pretexto de combater um golpe fracassado e desencadeou uma orgia de assassinatos em massa que matou pelo menos meio milhão de pessoas. Diplomatas dos EUA admitiram mais tarde ter fornecido listas de 5.000 membros do Partido Comunista para serem mortos. O oficial político Robert Martens disse “Foi realmente uma grande ajuda para o exército. Eles provavelmente mataram um monte de gente, e eu provavelmente tenho muito sangue em minhas mãos, mas isso não é de todo ruim. Há um momento em que você tem que bater duro em um momento decisivo. “
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      18. Irã
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      O Irã pode ser o caso mais instrutivo de um golpe da CIA que causou problemas intermináveis ​​de longo prazo para os Estados Unidos. Em 1953, a CIA e o MI6 do Reino Unido derrubaram o governo popular e eleito de Mohammed Mossadegh . O Irã tinha nacionalizado sua indústria de petróleo por um voto unânime do parlamento, acabando com o monopólio da BP que só pagava ao Irã um royalty de 16% sobre o seu petróleo. Por dois anos, o Irã resistiu um bloqueio naval britânico e sanções econômicas internacionais. Depois que o presidente Eisenhower assumiu o cargo em 1953, a CIA concordou com um pedido britânico para intervir. Após o golpe inicial ter falhado e o xá e sua família fugirem para a Itália, a CIA pagou milhões de dólares para subornar oficiais militares e pagou gangsteres para desencadear a violência nas ruas de Teerã. Mossadegh foi finalmente removido e o Shah retornou para governar como um fantoche ocidental brutal até a Revolução Iraniana em 1979.
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      19. Israel
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      Assim como os EUA usam seu poder econômico e militar, seu sistema de propaganda sofisticado e sua posição como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU para violar o direito internacional com a impunidade, eles também usam as mesmas ferramentas para proteger seu aliado Israel da responsabilidade por crimes internacionais. Desde 1966, os EUA usaram seu veto no Conselho de Segurança 83 vezes , mais do que os outros quatro membros permanentes combinados, e 42 desses vetos foram em resoluções relacionadas com Israel e / ou a Palestina. Só na semana passada, a Anistia Internacional publicou um relatório que “as forças israelenses têm demonstrado desprezo pela vida humana, matando dezenas de civis palestinos, incluindo crianças, na Cisjordânia ocupada ao longo dos últimos três anos, com quase total impunidade.” Richard Falk, relator especial da ONU sobre os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados condenou o ataque de 2008 sobre Gaza como um “enorme violação da lei internacional”, acrescentando que países como os EUA “que forneceram armas e apoio ao cerco são cúmplices dos crimes.” A Lei Leahy exige que os EUA cortem a ajuda militar às forças que violam os direitos humanos, mas nunca foi aplicada contra Israel. Israel continua a construir assentamentos em território ocupado, em violação à 4ª Convenção de Genebra , tornando-o mais difícil cumprir as Resoluções do Conselho de Segurança que os obrigam a se retirar dos territórios ocupados. Mas Israel permanece além do Estado de direito, protegido contra a prestação de contas por seu padrinho poderoso, os Estados Unidos.
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      20. Iraque
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      Em 1958, depois que a monarquia apoiada pelos britânicos foi derrubada pelo general Abdul Qasim, a CIA contratou um iraquiano de 22 anos de idade chamado Saddam Hussein para assassinar o novo presidente. Hussein e sua gangue falharam no trabalho e ele fugiu para o Líbano, ferido na perna por um dos seus companheiros. A CIA alugou-lhe um apartamento em Beirute e, em seguida, o transferiu para o Cairo, onde era pago como um agente da inteligência egípcia e era um visitante frequente da Embaixada dos EUA. Qasim foi morto em um golpe de Estado baathista apoiado pela CIA em 1963, e da mesma forma que na Guatemala e na Indonésia, a CIA deu ao novo governo uma lista de pelo menos 4.000 comunistas a serem assassinados. Mas, uma vez no poder, o governo revolucionário Baath não era um fantoche ocidental, e nacionalizou a indústria de petróleo do Iraque, adotou uma política externa nacionalista árabe e construiu os melhores sistemas de educação e saúde do mundo árabe. Em 1979, Saddam Hussein tornou-se presidente, conduziu expurgos de opositores políticos e lançou uma guerra desastrosa contra o Irã. O DIA dos EUA forneceu informações de satélite para direcionar as armas químicas que o Ocidente o ajudou a produzir, e Donald Rumsfeld e outros funcionários dos EUA o acolheram como um aliado contra o Irã. Só depois de o Iraque invadiu o Kuwait e Hussein tornou-se mais útil como um inimigo, a propaganda dos EUA o marcou como “Um novo Hitler.” Depois que os EUA invadiram o Iraque sob falsos pretextos em 2003, a CIA recrutou 27 brigadas de “Polícia Especial”, fundindo a mais brutal das forças de segurança de Saddam Hussein com a milícia Badr treinada pelos iranianos para formar esquadrões da morte que assassinaram dezenas de milhares de homens e meninos árabes sunitas em Bagdá e em outras partes de um reinado de terror que continua até hoje .
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      21. Coréia
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      Quando as forças americanas chegaram à Coréia em 1945 , elas foram recebidas por funcionários da República Popular da Coreia (KPR), formada por grupos de resistência que tinham desarmado e rendido forças japonesas, e começado a estabelecer a lei e a ordem em toda a Coréia. O General Hodge tinha sido expulso do seu cargo e colocado a metade sul da Coréia sob ocupação militar dos EUA. Por outro lado, as forças russas do Norte reconheceram o KPR, levando à divisão de longo prazo da Coreia. Os EUA mandaram Syngman Rhee, um exilado conservador coreano, e o instalaram como presidente da Coreia do Sul em 1948. Rhee tornou-se um ditador em uma cruzada anticomunista, prendendo e torturando suspeitos comunistas, brutalmente sufocando rebeliões , matando 100.000 pessoas e prometendo tomar a Coréia do Norte. Ele foi pelo menos parcialmente responsável pela eclosão da Guerra da Coréia e pela decisão aliada de invadir a Coréia do Norte uma vez que a Coreia do Sul havia sido recapturada. Ele foi finalmente forçado a renunciar por protestos estudantis em massa em 1960.
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      22. Laos
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      A CIA começou fornecendo apoio aéreo às forças francesas no Laos em 1950, e continuou envolvida lá por 25 anos. A CIA projetou pelo menos três golpes de Estado entre 1958 e 1960, para manter o crescente Pathet Lao de esquerda fora do governo. Ela trabalhou com os traficantes direitistas do Laos como o General Phoumi Nosavan, transportando ópio entre a Birmânia, Laos e Vietnã, e protegendo seu monopólio sobre o comércio de ópio no Laos. Em 1962, a CIA recrutou um exército mercenário clandestino de 30.000 veteranos das guerras de guerrilha anteriores da Tailândia, Coréia, Vietnã e Filipinas para combater o Pathet Lao. Como um grande número de soldados americanos no Vietnã ficou viciado em heroína, a Air America da CIA transportava ópio do território Hmong na planície de Jars para os laboratórios de heroína do general Vang Pao em Long Tieng e Vientiane para embarque para o Vietnã. Quando a CIA não conseguiu derrotar o Pathet Lao, os EUA bombardearam o Laos quase tão pesadamente quanto o Camboja, com dois milhões de toneladas de bombas.
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      23. Líbia
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      A Guerra da OTAN contra a Líbia sintetizou a abordagem da guerra do presidente Obama “disfarçada, tranquila, livre da mídia” . A campanha de bombardeios da OTAN foi fraudulentamente justificada ao Conselho de Segurança da ONU como um esforço para proteger civis, bem como o papel instrumental de forças especiais estrangeiras ocidentais e outras no terreno foram bem disfarçado, mesmo quando Forças especiais do Catar (Incluindo ex-mercenários paquistaneses do ISI ) lideraram o ataque final sobre o Quartel General Bab Al-Aziziya em Trípoli. A OTAN realizou 7.700 ataques aéreos , 30.000 -100.000 pessoas foram mortas , cidades legalistas foram bombardeadas até escombros e limpeza étnica, e o país está em caos enquanto milícias islâmicas treinadas e armadas pelo ocidente se apoderam de território e de instalações de petróleo e disputam o poder. A milícia Misrata, treinada e armada por forças especiais ocidentais é uma das mais violentas e poderosas. Enquanto escrevo isto, manifestantes invadiram o prédio do Congresso em Trípoli pela quarta ou quinta vez nos últimos meses, e dois representantes eleitos foram baleados e feridos enquanto fugiam.
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      24. México
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      O número de mortos em guerras de drogas no México recentemente ultrapassou 100.000. O mais violento dos cartéis de drogas é Los Zetas . Autoridades norte-americanas chamam os Zetas de “o mais tecnologicamente avançado, sofisticado e perigoso cartel de drogas operando no México.
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      ( **) – ” O cartel dos Zetas foi formado por forças de segurança mexicanas treinadas por forças especiais dos EUA na Escola das Américas, em Fort Benning, Georgia, e em Fort Bragg, Carolina do Norte.
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      25. Mianmar
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      Após a Revolução Chinesa, os generais do Kuomintang se mudaram para o norte da Birmânia e tornaram-se poderosos barões da droga, com proteção militar tailandesa, financiamento de Taiwan e de transporte aéreo e de apoio logístico da CIA. Produção de ópio da Birmânia passou de 18 toneladas em 1958 para 600 toneladas em 1970. A CIA manteve essas forças como um baluarte contra a China comunista, mas eles transformaram o “Triângulo dourado” no maior produtor de ópio do mundo. A maior parte do ópio era enviado por tropeiros para a Tailândia, onde outros aliados da CIA o enviavam para laboratórios de heroína em Hong Kong e Malásia. O comércio mudou por volta de 1970 quando o parceiro da CIA General Vang Pao montou novos laboratórios no Laos para fornecer heroína aos soldados no Vietnã.
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      26. Nicarágua
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      Anastasio Somosa governou a Nicarágua como seu feudo pessoal por 43 anos, com o apoio incondicional dos EUA, enquanto sua guarda nacional cometia todos os crimes imagináveis, ​​de massacres e tortura até extorsão e estupro com total impunidade. Depois que ele finalmente foi derrubado pela Revolução Sandinista em 1979, a CIA recrutou, treinou e apoiou mercenários “contras” para invadir a Nicarágua e conduzir terrorismo para desestabilizar o país. Em 1986, o Tribunal Internacional de Justiça considerou os Estados Unidos culpado de agressão contra a Nicarágua pela implantação dos contras e instalação de minas nos portos nicaraguenses. O tribunal ordenou que os EUA cessassem sua agressão e pagassem reparações de guerra à Nicarágua, mas elas nunca foram pagas. A resposta dos EUA foi declarar que não mais reconhecem a jurisdição vinculante da CIJ, efetivamente colocando-se acima do Estado de direito internacional.
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      27. Paquistão; 28. Arábia Saudita; 29. Turquia
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      Depois de ler o meu último artigo AlterNet sobre guerra fracassada contra o terror, ex-especialista da CIA e do Departamento de Estado em terrorismo, Larry Johnson me disse: “O principal problema no que diz respeito à avaliação da ameaça terrorista é definir com precisão o patrocínio do Estado. Os maiores culpados hoje, em contraste com 20 anos atrás são o Paquistão, Arábia Saudita e Turquia. O Irã, apesar dos delírios da direita/neocons, não é ativo na promoção e / ou facilitação do terrorismo”. Nos últimos 12 anos, Ajuda militar dos EUA ao Paquistão totalizou US $ 18,6 bilhões. Os EUA acabam de negociar o maior negócio de armas da história com a Arábia Saudita. E a Turquia é membro de longa data da OTAN. Todos os três principais patrocinadores do terrorismo no mundo de hoje são aliados dos EUA.
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      30. Panamá
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      Os oficiais de repressão às drogas dos EUA queriam prender Manuel Noriega em 1971, quando ele era o chefe da inteligência militar no Panamá. Eles tinham provas suficientes para condená-lo por tráfico de drogas, mas ele também era um antigo agente e informante da CIA, assim como outros agentes traficantes da CIA de Marselha a Macau, ele era intocável. Ele foi temporariamente libertado durante a administração Carter, mas, de outro lado continuou a receber pelo menos US $ 100.000 por ano do Tesouro dos EUA. À medida que ele passou a ser o governante de facto do Panamá, tornou-se ainda mais valioso para a CIA, informando sobre reuniões com Fidel Castro e Daniel Ortega da Nicarágua e apoiando as guerras secretas dos EUA na América Central. Noriega provavelmente saiu do tráfico de drogas por volta de 1985, bem antes de os EUA o indiciarem por isso em 1988. O indiciamento foi um pretexto para a invasão do Panamá EUA em 1989, cujo principal objetivo era dar os EUA maior controle sobre o Panamá, à custa de pelo menos 2.000 vidas .
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      31. As Filipinas
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      Desde que os EUA lançaram sua chamada guerra contra o terror em 2001, uma força-tarefa de 500 soldados JSOC dos EUA realizaram operações secretas no sul das Filipinas. Agora, sob o “pivô para a Ásia” de Obama, a ajuda militar dos EUA às Filipinas está aumentando de US $ 12 milhões em 2011 para US $ 50 milhões este ano. Mas os ativistas de direitos humanos filipinos relatam que o aumento da ajuda militar coincide com o aumento das operações de esquadrões da morte contra civis . Os últimos três anos têm testemunhado pelo menos 158 pessoas assassinadas por esquadrões da morte .
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      32. Síria
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      Quando o presidente Obama aprovou o envio de armas e milicianos da Líbia para a base do “Exército Sírio Livre” na Turquia, em aviões da OTAN sem identificação no final de 2011, ele estava calculando que os EUA e seus aliados poderiam replicar a “bem sucedida” derrubada do governo líbio. Todos os envolvidos entenderam que a Síria seria um conflito longo e sangrento, mas apostaram que o resultado final seria o mesmo, apesar de 55% dos sírios terem dito a pesquisadores que ainda apoiavam Assad. Alguns meses mais tarde, os líderes ocidentais minaram o plano de paz de Kofi Annan com o seu “Plano B”, “Amigos da Síria”. Esse não era um plano de paz alternativo, mas um compromisso com a escalada, oferecendo apoio garantido, dinheiro e armas aos jihadistas na Síria para garantir que eles ignorassem o plano de paz Annan e continuassem lutando. Esse movimento selou o destino de milhões de sírios. Ao longo dos últimos dois anos, o Qatar gastou US $ 3 bilhões e transportou aviões carregados de armas ; a Arábia Saudita enviou armas da Croácia e forças especiais monarquistas árabes e ocidentais treinaram milhares de jihadistas fundamentalistas cada vez mais radicalizados, agora aliados à Al-Qaeda. As negociações de Genebra II foram um esforço pouco entusiasmado para reviver o plano de paz Annan de 2012, mas a insistência ocidental em que uma “transição política” significa a renúncia imediata de Assad revela que os líderes ocidentais ainda valorizam mais a mudança do regime que a paz. Parafraseando Phyllis Bennis , os EUA e seus aliados ainda estão dispostos a lutar até o último sírio.
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      33. Uruguai
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      Os funcionários estrangeiros com quem os EUA trabalharam incluem muitos que se beneficiaram com a sua cooperação em crimes americanos ao redor do mundo. Mas no Uruguai em 1970, quando o chefe de polícia Alejandro Otero opôs-se a que os americanos treinassem seus oficiais na arte da tortura, ele foi rebaixado. O funcionário dos EUA, a quem ele se queixou era Dan Mitrione , que trabalhava para o Escritório dos EUA de Segurança Pública, uma divisão da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional. As sessões de treinamento de Mitrione incluiriam torturar moradores de rua até a morte com choques elétricos para ensinar seus alunos até onde eles poderiam ir.
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      34. Iugoslávia
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      O bombardeio aéreo da OTAN na Jugoslávia em 1999 foi um crime flagrante de agressão, em violação do Artigo 2.4 do Estatuto da ONU . “Quando o secretário do Exterior britânico, Robin Cook disse à secretária de Estado Albright que o Reino Unido estava tendo “dificuldades com seus advogados” sobre o ataque planejado, ela lhe disse que o Reino Unido deveria ”conseguir novos advogados”, de acordo com seu vice James Rubin. A força terrestre testa de ferro da OTAN em sua agressão contra a Jugoslávia era o Exército de Libertação do Kosovo (KLA), liderado por Hashim Thaci. Um relatório de 2010 do Conselho da Europa e um livro de Carla Del Ponte , a ex-procuradora do Tribunal Penal Internacional para a Jugoslávia, apoiam alegações de longa data que, no momento da invasão da OTAN, Thaci comandava uma organização criminosa chamada grupo Drenica que enviou mais de 400 sérvios capturados para a Albânia para serem mortos, de modo que seus órgãos pudessem ser extraídos e vendidos para transplante. Hashim Thaci é agora o primeiro-ministro do protetorado da OTAN de Kosovo.
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      35. Zaire
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      Patrice Lumumba, o presidente do Mouvement National Congolais pan-africanista participou na luta do Congo pela independência e se tornou o primeiro primeiro-ministro eleito do Congo em 1960. Ele foi deposto em um golpe apoiado pela CIA liderado por Joseph-Desejo Mobutu , seu Chefe do Estado Maior. Mobutu entregou Lumumba aos separatistas apoiados pelos belgas e mercenários belgas que tinham estado lutando na província de Katanga, e ele foi baleado por um pelotão de fuzilamento liderado por um mercenário belga. Mobutu aboliu as eleições, nomeou-se presidente em 1965 e governou como um ditador por 30 anos. Ele matou adversários políticos em enforcamentos públicos, mandou torturar outros até a morte, e eventualmente desviou pelo menos cinco bilhões de dólares, enquanto o Zaire, como ele o renomeou se mantinha como um dos países mais pobres do mundo. Mas o apoio dos EUA a Mobutu continuou. Mesmo quando o presidente Carter se distanciou publicamente, o Zaire continuou a receber 50% de toda a ajuda militar dos EUA à África Subsaariana. Quando o Congresso votou cortar a ajuda militar, Carter e os interesses das empresas norte-americanas trabalharam para restaurá-lo. Só na década de 1990, o apoio dos EUA começar a vacilar até que Mobutu fosse deposto por Laurent Kabila, em 1997 e morresse logo em seguida.
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      O Major Joe Blair, foi diretor de instrução na Escola das Américas dos EUA (SOA) de 1986 a 1989. Ele descreveu o treinamento que ele supervisionou na SOA como o seguinte:

      “A doutrina ensinada era que, se você deseja obter informações você usa abuso físico, cárcere privado, ameaças a membros da família, e morte. Se você não pode obter as informações que deseja, se você não consegue que a pessoa se cale ou pare o que está fazendo, você a assassina – e você a assassina com um de seus esquadrões da morte.”.
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      A resposta padrão de autoridades norte-americanas à exposição dos crimes sistemáticos que descrevi é que essas coisas podem ter ocorrido em determinados momentos no passado, mas que de forma alguma refletem a politica americana de longo prazo ou atual. A Escola das Américas foi transferida da Zona do Canal do Panamá para Fort Benning, Georgia, e substituída pelo Instituto de Cooperação de Segurança do Hemisfério Ocidental (WHINSEC) em 2001.
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      Joe Blair também tem algo a dizer sobre isso. Testemunhando em um julgamento de manifestantes da SOA Watch em 2002 , ele disse, “Não existem mudanças substantivas, além do nome. Eles ensinam os cursos idênticos aos que eu ensinava, e mudaram os nomes dos cursos e usam os mesmos manuais.”.
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      Uma enorme quantidade de sofrimento humano poderia ser atenuada e os problemas globais resolvido se os Estados Unidos assumissem um verdadeiro compromisso com os direitos humanos e o Estado de direito, em oposição ao que eles aplicam cínica e oportunista aos seus inimigos, mas nunca a si ou aos seus aliados.

      Nicolas J.S. Davies é o autor de Sangue em nossas mãos: a invasão e destruição americana do Iraque. Ele escreveu o capítulo sobre “Obama em Guerra” para o livro, Classificando o 44º Presidente: uma ficha de relatório sobre o primeiro mandato de Barack Obama como um líder progressista.
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      (*) fonte : [ antinovaordemmundial.com/Topico-35-países-onde-os-eua-apoiaram-fascistas-chefões-da-droga-e-terroristas ]

      • O MASSACRE

        Ficou famosa uma simples missão de proteção de um comboio que levava pessoal do Departamento de Estado, para uma reunião com funcionários da Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos, no Iraque, no dia 16 de setembro de 2007.
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        A incompetência dos homens da Blackwater Personal Security Detail transformou uma simples missão de escolta, em um tiroteio descontrolado, e não justificado, contra uma multidão desarmada de civis iraquianos, que deixou um saldo de 17 mortos e dezenas de feridos, na Praça Nisour, em Bagdá.
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        Entre outras falhas de segurança e de autocontrole e disciplina, um dos assassinos da empresa continuou atirando nos civis mesmo depois do fogo ter sido suspenso, e só deixou de disparar quando um “colega” se aproximou e, apontando a arma para sua cabeça, ameaçou abatê-lo, se continuasse a fazê-lo.
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        O massacre indignou o governo e a população iraquiana, e o episódio foi determinante para a posterior saída das tropas norte-americanas, e da própria Blackwater, do país.

  5. Acho que os ucranianos já controlam 23 cidades. E o número está aumentando com Donbass, que produz 1/3 do PIB da Ucrânia. Putin, fica calmamente, pernas cruzadas, a contemplar as águas do Volga.

    Como já disse uma vez… é só catar os melhores pedaços…

  6. A Russia , O Tzar Putin, deveria ir ao CS da ONU e pedir ajuda p os Ucrânianos de lingua Russa q estão sendo massacrados…quer melhor plateia?! Estaria melhor justificado p intervir do q os inglesess ao defender os Kelpers nas Malvinas…sagas esse Urso.Sds.

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