Capacidades da arma
A Carga do MSS 1.2 é classificada como high-explosive anti-tank (HEAT), contendo uma cabeça de guerra de carga oca. Sua capacidade de penetração em aço balístico homogêneo, conhecido como RHAe (Rolled Homogenous Armor equivalency), varia segundo as mais variadas fontes, sendo estimadas entre 500 e 800mm. Embora supere a do MILAN ADT-ER, permanece abaixo de mísseis como o Javelin, Spike ER e TOW, que utilizam cargas ocas duplas (tandem), permitindo a capacidade de enfrentar a blindagem reativa.
Outra informação importante da conta que o míssil pode possuir alcance aumenta de 3,5 k, superior aos obtidos nos ensaios originais.

O MSS 1.2 é classificada como high-explosive anti-tank (HEAT) Imagem-Leonardo FMO
MSS1.2 Imagem Leonardo FMEm 2021, um estudo realizado para a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais analisou o MSS 1.2 em comparação com outras opções de armamento para um futuro Esquadrão Anticarro nas Brigadas de Cavalaria Mecanizadas. Nesse contexto, o sistema brasileiro foi considerado inadequado para essa função específica, mas ainda útil nas Seções Anticarro dos Regimentos de Cavalaria Mecanizados e unidades equivalentes.

Equipado com um sistema de propulsão de combustível sólido de dois estágios, o MSS 1.2 tem alcance efetivo de até 3,2 km. (Fonte da imagem: SIATT)
Outros parâmetros foram avaliados incluindo a experiência do fabricante, calibre superior a 105 mm, capacidade de visão noturna, equipe reduzida de apenas dois operadores, capacidade de adaptação a viaturas, alinhamento com a doutrina do Exército, aceitação política e custo.
A capacidade de penetração na blindagem de aço, embora esteja na faixa de 400 a 600 mm, foi considerada uma variável neutra.
No entanto, limitações como o alcance limitado, falta de variedade de munições (TANDEM, Termobparica, fragmentação etc), e principalmente o sistema de guiamento que não pertence à 4ª ou 5ª geração.
Outro ponto também cé o fato da arma aind anão ter sido provada em campo de batalha o que se mostrou um fator desfavorável ao seu uso em determinadas funções operacionais.
Porém sabe-se que a SIATT está empenhada em otimizar este míssil o que é uma improtantíssima notícia e que segue o curso natural de sistematicamente todos os sistemas modernos hoje disponíveis, nenhum deles surgiu da prancheta sem passar por consecutivas adequações e melhoramentos e este é o caminho.
Evoluções necessárias e perspectivas
Para transformar um míssil anticarro de 2ª/3ª Geração em uma arma de 5ª geração, várias áreas-chave precisariam ser desenvolvidas e aprimoradas para atender aos requisitos e desafios modernos do campo de batalha. A
- Integração de tecnologias furtivas para reduzir a assinatura do míssil, tornando-o menos detectável pelos inimigos e sistemas de defesa.
- Implementação de sistemas avançados de busca e rastreamento, como sensores eletro-ópticos/infravermelhos (EO/IR), Integração do posto de tiro com tecnologia de sensoriamento remoto, para localizar e rastrear alvos com maior precisão e eficácia, mesmo em condições adversas.
- Integração de capacidades de IA e sistemas autônomos de decisão para permitir que o míssil faça escolhas mais sofisticadas e adaptáveis durante o voo, como ajustar sua trajetória para contornar obstáculos ou selecionar o melhor ponto de impacto no alvo.
- Incorporação de capacidades de rede e conectividade para permitir a comunicação entre o míssil e outras plataformas ou sistemas de comando e controle, possibilitando uma maior colaboração e coordenação tática com o posto de lançamento.
- Desenvolvimento de sistemas de propulsão mais avançados e aerodinâmica aprimorada para permitir maior manobrabilidade e agilidade durante o voo, aumentando a capacidade do míssil de evadir contramedidas e atingir alvos móveis e bem-defendidos.
- Implementação de cargas úteis mais avançadas, como ogivas explosivas de fragmentação direcionada, ogivas de energia cinética ou até mesmo sistemas de guerra eletrônica embarcados, para maximizar o impacto no alvo e aumentar a letalidade do míssil.
- Integração às contramedidas eletrônicas ou sistemas de proteção para aumentar a capacidade de sobrevivência do míssil contra ameaças de sistemas de defesa ativa.
Análise
Analisando o desenvolvimento e as características do MSS 1.2 AC, fica evidente que este míssil representa um marco significativo no esforço do Exército Brasileiro para fortalecer suas capacidades no segmento dos mísseis anticarro. Com uma trajetória que remonta aos anos 1980, o projeto enfrentou uma série de desafios ao longo das décadas, desde dificuldades financeiras até questões técnicas e operacionais.
A resposta estratégica do Brasil diante da importância crescente das armas anticarro é fundamental, especialmente considerando a lacuna identificada nas capacidades de defesa do país nesse aspecto. A busca por um sistema nacional representou um desafio ambicioso, mas necessário, dada a natureza dos conflitos modernos e a constante evolução das tecnologias militares.
Embora o MSS 1.2 tenha enfrentado críticas e desafios ao longo de seu desenvolvimento, seu potencial como uma arma eficaz no arsenal brasileiro é inegável. Suas características, embora possam não rivalizar com algumas das armas mais avançadas internacionalmente, ainda representam um avanço significativo em relação às opções anteriores disponíveis para as Forças Armadas do Brasil.
No entanto, é importante reconhecer que o sucesso do MSS 1.2 dependerá não apenas de suas capacidades técnicas, mas também de sua integração efetiva nas estratégias operacionais e táticas do Exército Brasileiro. Além disso, questões como a produção em série, homologação e distribuição eficiente do míssil serão essenciais para garantir sua eficácia no campo de batalha.
Portanto, enquanto o MSS 1.2 AC representa um passo significativo no fortalecimento das capacidades de defesa do Brasil, seu verdadeiro impacto só será totalmente compreendido quando for plenamente integrado e utilizado em operações reais. A continuidade do desenvolvimento e aprimoramento desse sistema são essenciais para garantir que o Brasil possa enfrentar os desafios futuros no campo de batalha com eficácia e segurança.
Por último e não menos importante, sabe-se que os estudos recentes reultaram em novos trabalhos e que algumas novidades podem surgir em relação à uma nova variante do Míssil, aqual se espera que resulte numa arma mais atualizada e capacitada.
Referências
- Centro Tecnológico do Exército (CTEx). Projetos em andamento. Disponível em: https://www.ctex.eb.mil.br/projetos-em-andamento
- Opto Eletrônica. MSS. Disponível em: https://opto.com.br/espaco-e-defesa/mss/.
- Exército Brasileiro. Armamento com tecnologia 100% nacional é deslocado para Roraima. Disponível em: https://www.eb.mil.br/web/noticias/w/armamento-com-tecnologia-100-nacional-e-deslocado-para-roraima.
- Instituto Militar de Engenharia (IME). Missil MSS1.2. Disponível em: https://rmct.ime.eb.br/arquivos/RMCT_2_quad_1999/missil_mss1.2.pdf.
- Exército Brasileiro. Noticiário do Exército. Disponível em: https://www2.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/U3X7kX8FkEXD/content/id/16507729.
Faltou dar credito aos artistas xD.
Se precisar da imagem com fundo transparente acho que eu ainda tenho.
https://kawakamiproductions.artstation.com/projects/VdnBAP
Certamnete Pedro, peço-lhe desculpas e estou inserindo na imagem