AMCA pode catapultar uma joint venture indiana chefiada pelo setor privado

E.M.Pinto colaborou Ravi 

Na procura por restabelecer o equilíbrio de poder aéreo na ásia, a Índia busca uma alternativa para encurtar o prazo para o desenvolvimento de uma nova aeronave de de alto desempenho de nova geração para sua força aérea.
O departamento de defesa indiano estima que necessitará de nada menos que 450 novas aeronaves de combate ainda na próxima década. P
ara desenvolver uma cadeia de suprimentos e que atenda a esta necessidade é consenso de que o setor aeronáutico terá que ter a participação do setor privado.

Nesse contexto o projeto da Aeronave de Combate Multipropósito Avançada (AMCA) acaba de ter o seu cronograma revelado inicialmente para voar até 2027, o que foi descrito como “muito apertado” pela força aérea que está apoiando totalmente o projeto o qual será um divisor de águas para a industria indiana que precisa desenvolver componentes críticos e obter capacidade de produção em ciclos mais acelerados.

O marechal do ar RKS Bhadauria indicou que os dois primeiros esquadrões de caças terão obrigatoriamente que ser equipados com motores provisórios, uma vez que uma visão realista do ciclo de desenvolvimento de novos motores para AMCA estima um prazo mais realista para no mínimo a segunda metade da década de “30”. Bhadauria  avalia que apenas os cinco esquadrões restantes seriam equipados com o motor nacional.

Os indianos agora consideram os planos de criação de uma joint venture, preferencialmente liderada pelo setor privado, o qual alavancará o projeto e produção dessas aeronaves avançados, com o prazo atual revisado para 2028. Compartilhando detalhes do projeto, o comandante da Força Aérea disse que o plano deve introduzir 140-150 caças AMCA na próxima década, bem como caças LCA adicionais.

A Força Aérea também pretende adicionar tecnologia de sexta geração em seus caças AMCA.

“As armas de energia direcionada estão em nossa lista de desejos. O que queremos é ter alguma tecnologia de sexta geração em nossa aeronave de quinta geração (AMCA) ”, disse  Bhadauria.

A aeronave será projetada para compor o sistema anti-míssil dentre outras funções que exigirão desafios enormes a serem vencidos.

Listando uma série de programas de fabricação de aeronaves em andamento como o  AMCA a LCA e uma variedade de helicópteros além de transportadores e treinadores Bhadauria disse que este é o melhor momento para desenvolver um parque industrial que exigiria colaboração público-privada.

Conforme relatado, a Índia provavelmente produzirá sua próxima geração de caças em uma joint venture liderada pelo setor privado, o que poderia exigir investimentos de mais de Rs 2.500 crore da empresa selecionada, mas iria catapultá-la para um seleto grupo de nações capazes de fabricar sistemas aeronáuticos de ponta.

O principal fabricante de aviões da Índia, a estatal Hindustan Aeronautics Ltd (HAL), está trabalhando atualmente nos custos envolvidos e na estrutura da joint venture planejada.