Somente nos dois primeiros meses de 2017, foram 78 apreensões, ou mais de um fuzil recolhido por dia. Delegacia especializada em tráfico de armas foi inaugurada na quinta-feira (20).
O número de fuzis em poder dos criminosos não para de aumentar: nos últimos dez anos, a polícia apreendeu 2.698 armas do tipo no estado do Rio. Nos dois primeiros meses de 2017, mais de um fuzil foi retirado de circulação por dia: foram 78, contra 52 apreensões no mesmo período de 2016.
Para chegar às mãos dos traficantes de drogas, os fuzis percorrem um caminho já conhecido: as armas entram quase sempre pelas fronteiras. Para tentar diminuir o tráfico de armas, a polícia do Rio criou a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), inaugurada na quinta-feira (20), e quer aumentar o intercâmbio com as forças de segurança de países vizinhos.
Os primeiros acordos de cooperação serão firmados com a polícia do Paraguai e a agência de combate ao tráfico de armas e drogas dos Estados Unidos. O secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, defendeu também a necessidade de penas mais duras para os crimes de porte e tráfico de armas.
“O Brasil precisa de uma política nacional e rever a política criminal, porque nós estamos em um sistema no qual não adianta a polícia apreender uma arma de fogo por hora, prender os mesmos traficantes o tempo todo se o sistema não consegue dar resposta a isso”, disse Sá após a inauguração da Desarme, na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio.
O uso dessas armas de guerra é cada vez mais comum, não só no tráfico, mas em roubos de cargas e outros assaltos, como a caixas eletrônicos – uma quadrilha especializada nesse tipo de crime foi presa na quinta-feira (20).
Para o especialista em segurança Paulo Storani, não basta criar delegacias, mas sim reforçar a vigilância nas fronteiras e aumentar a cooperação entre as polícias estaduais, e também com a Polícia Federal, o que resultaria em uma política nacional de combate às drogas e as armas.
Fonte: G1
Imagens Meramente Ilustrativas
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