Parece que a União Europeia está interessada em pôr em prática a ideia de criação de forças armadas conjuntas, conforme com os padrões da OTAN, com o objetivo de garantir a proteção do continente contra ameaças tanto internas, como externas, já que a Grã-Bretanha, que tem rejeitado decisivamente esta iniciativa, optou por se desvincular do bloco.
A Estratégia Global da UE não cita diretamente que a criação do exército esteja em pauta, porém alguns chegaram a essa conclusão. O documento, que contem atualizações das políticas exteriores e de segurança do bloco cita, entre outras medidas, uma maior cooperação na área de defesa na Europa, o que não acontece no âmbito da OTAN.
“Como europeus, temos que assumir maior responsabilidade pela nossa segurança”, diz o documento formalizado por Federica Mogherini, chefe da diplomacia europeia.
“Enquanto existe a OTAN para defender seus membros, na sua maioria europeus, de um ataque externo, os europeus devem se preparar, se treinar e se organizar de uma forma melhor, para contribuir de forma decisiva para tais esforços coletivos, assim como para agir independentemente quando e onde for necessário”.
Neste contexto, a palavra “independentemente” é o que define a nova visão da UE em assuntos de segurança e políticas de defesa. Não é surpreendente que esta palavra possa ser encontrada várias vezes no texto do documento intitulado “Visão Comum, Ação Conjunta: Europa Mais Forte”.
“Um nível apropriado de ambição e autonomia estratégica é imprescindível para que a Europa possa fortalecer a paz e garantir a segurança dentro e fora de suas fronteiras”, diz o documento. “A União Europeia vai estimular regularmente a cooperação na área da defesa, tentando criar uma indústria de defesa europeia sólida, que é obrigatória para que a Europa tenha autonomia de decisões e ações”.
A estratégia global foi anunciada no início desta semana, criando sugestões de que a UE está determinada a estabelecer seu próprio exército.
“A nova Estratégia Global abre caminho para uma cooperação abrangente na área da defesa”, que pode envolver “a criação de um autêntico exército Europeu”, escreveu o jornal dinamarquês Politiken.
O Brexit é um dos fatores-chave nestes cálculos. O Reino Unido, que tinha o exército mais forte do bloco, está prestes a deixar a aliança europeia. Sendo assim, depois do Brexit as possibilidades do bloco serão limitadas significativamente. Ao mesmo tempo, os líderes britânicos rejeitaram a ideia de criação de forças armadas da União Europeia em paralelo à estrutura existente da OTAN.
“Por um lado, é um problema sério, porque o Reino Unido tem o maior potencial militar de toda a Europa”, disse o vice-presidente executivo do Centro Analítico de Políticas Europeias (CEPA, na sigla em inglês), entrevistado pela edição polonesa Wirtualna Polska. Sem a Grã-Bretanha, as novas políticas da UE “podem ser significativamente limitadas e de fato podem conter poucas coisas que possam ser oferecidas”, adicionou o analista. “Por outro lado, o obstáculo que impedia uma cooperação mais estreita foi eliminado”.
Na semana passada, Elmar Brok, presidente do Comitê para Relações Exteriores do Parlamento Europeu, defendeu a criação de um exército da UE. Esta semana, Jaroslaw Kaczynski, líder do partido polonês no poder, pediu uma maior soberania dos membros da UE, mencionando também que o presidente do Conselho Europeu deve ainda exercer o comando do exército da Europa.
Imagem: Plano Brasil
Fonte: Sputnik News
Se a UE aguentar o tranco da saida Inglesa é possivel que algo muito proximo disso ocorra, mas não é para amanhã.
A UE ainda não esta costurada, apenas alinhavada como demonstra a saida da inglaterra e talvez de mais algum outro membro.
Um fato que deve ser levado em conta é que os Alemães (principalmente eles) e muitos outros Europeus sabem onde vai parar (as portas do inferno) esse discurso nacionalista que é pregado hoje como a panaceia milagrosa.
O fato da Europa ter mergulhado por 5 anos (sem contar os anos de pré guerra que a Alemanha viveu) num inferno e suas conseguencias é um motivo forte de que esse discurso não encontre eco suficiente no resto da UE.
Sds
………………..uma União Européia mais unida e independente longe da influencia dos EU seria o discurso dos seus atuais países líderes Alemanha e França? esses dois países frente a um efeito dominó teriam a capacidade de sedimentar uma nova doutrina de coesão aos seus associados? outrossim,lembremos que agora a França é o único país com armas nucleares do bloco…. quais as novas perspectivas da OTAN no atual panorama? esperar pra ver ………….
Dilson a Americanos apenas interessa que todo o mundo dependa exclusivamente deles.
Quanta gente enganada…
uma coisa é comercio, feito por EMPRESAS… outra é comercio feito entre GOVERNOS..
a Inglaterra saindo da UE vai privilegiar EMPRESAS E PESSOAS, em detrimento de GOVERNOS, ou seja, EXCELENTE, OTIMO!
quanto aos que adoram o grande LEVIATA – Estado, bom, para esses, sinto muito… o leviata perdeu uma das patas!
viva o BREXIT!