Rússia e China planejam venda de aviões Sujói Superjet 100 na Ásia

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Criação de nova companhia de leasing russo-chinesa permitirá a venda de 100 aeronaves para os países do sudeste asiático no prazo de três anos. Acordo firmado é de US$ 3 bilhões

Moscou e São Paulo, 8 de Maio de 2015 – A Corporação Unida para a Construção de Aviões (OAK, na sigla em russo) anuncia nesta sexta-feira a conclusão de acordo para criação da uma companhia de leasing russa-chinesa que apoiará para as vendas do modelo de avião Sujói Superjet 100 (SSJ100) na China e em todos os países do sudeste asiático.

O contrato foi firmado pela “Os Aviões Civis de Sujói” (que é parte integrante da OAK), pela Fundação Rússia-China de Investimentos, pelo Comitê Gestor da Nova Região Xi´an (China) e pela chinesa New Century International Leasing. A parceria conta ainda com o apoio da Comissão Intergovernamental Rússia-China.

A nova empresa terá sua sede localizada no parque tecnológico russo-chinês na cidade de Xi’an (província de Shaanxi), considerada a capital da indústria de aviação da China. A administração local apoiará a construção da companhia, oferecendo espaço e infraestrutura necessária para receber e manter as aeronaves do modelo SSJ100.

Em um prazo de três anos, a companhia russa-chinesa de leasing comprará 100 aviões SSJ100 da fabricante “Os Aviões Civis de Sujói” pelo valor total de US$ 3 bilhões. O negócio mais do que duplica a quantidade de aviões que atualmente são entregues aos clientes.

“A conclusão do acordo é uma das soluções para promover o SSJ100 nos mercados internacionais. Firmamos importantes negócios no curto prazo e estamos gratos pela parceria com nossos sócios chineses”, afirma Yuri Slúsar, presidente da OAK.

“A criação da companhia russo-chinesa de leasing possui significado histórico, tanto pela grandeza como pela nova perspectiva que é gerada para a indústria de construção de aviões civis da Rússia. Trabalhamos com nossos sócios da China para oferecer uma oferta de leasing competitiva, permitindo que o SSK100 ocupe uma parte considerável nos mercados de aviação que apresentam rápido crescimento na Ásia”, completa.

A promoção do SSJ100 nas nações asiáticas terá como base: a eficiência econômica da aeronave que, por sua vez, é superior aos concorrentes; a criação de centro de serviços técnicos com armazém para reposição de peças e capacitação de profissionais na cidade de Xi´an; e a oportunidade dos clientes poderem solicitar adaptações específicas no interior do avião, incluindo a pintura, conforme a preferência.

Atualmente a OAK possui capacidade para produzir até 60 aviões SSJ100 por ano. A principal vantagem do modelo é a redução de gastos por passageiro transportado em comparação aos concorrentes. Além disso, a aeronave – que pode conter no máximo 100 poltronas – permite otimizar gastos operacionais das companhias aéreas por conta do consumo eficiente de combustível e menor peso para decolagem. O alto nível de conforto nas cabines da nova geração e a taxa de leasing altamente competitivas, apoiadas pela garantia estatal de valor residual, são também destaque.

Sobre a Corporação Unida para a Construção de Aviões

A Corporação Unida para a Construção de Aviões (OAK, na sigla em russo) foi fundada em 2006 com o objetivo de consolidar os ativos das maiores empresas da indústria de aviação russa. Mais de 85% das ações da holding são controladas pela Federação da Rússia. A companhia possui escritórios de construção e desenvolvimento de projetos, além de plantas para fabricação de aeronaves (na qual se encontra a empresa “Os Aviões Civis de Sujói”). É composta também pela: corporação Irkut; OAK – Aeronaves de Transporte; Planta Construtora de Aviões Sókol de Nizhni Nóvgorod; Túpolev; Companhia de Financiamento Iliushin; Aviastar-SP; Companhia Russa de Aviação MiG de Vorónezh; Escritórios de Design Miásischev, Bériev e Aerocomposite; e pelo Instituto de Prova de Grómov. Juntas, as empresas exercem o trabalho completo para construção de aeronaves, desde a criação e execução dos projetos até os serviços de manutenção e pós-venda. Em 2014, a OAK entregou aos clientes 159 aviões, registrando um avanço de 43% em comparação com 2013. A receita saltou 34% em igual período, atingindo 295 bilhões de rublos. A empresa emprega mais de 98 mil pessoas e é presidida pelo executivo Yuri Slúsar.

14 Comentários

  1. Tudo isso para tentar salvar do fracasso inevitável o programa do Sukhoi Superjet? Quanta falta de criatividade! Ademais, quem vai deixar de comprar os seguros, modernos, eficientes e comprovadamente lucrativos jatos da EMBRAER para comprar o aparelho russo, que tem problemas insuperáveis de desempenho e que para piorar não pode ser equipado com motores e aviônicos ocidentais?

    Jihadistas russófilos esperneando em 5, 4, 3, 2, 1…..

    • Gosto muito da tecnologia e avanços russos, mas não há como negar que isso é um fracasso retumbante assim como foi o “monstro do mar Cáspio”.

    • Anti-semita americanopata esperneando em -5,-4,-3,-2,-1…. nossa nem deu tempo de citá-lo e vc já se fez presente! Tempo negativo pra vc! Se PuPu tivesse a sua rapidez, a esta hora ‘não existiria mais o povo Persa* ‘

      Ademais, PRINT para este seu comentário que será relembrado daqui a três anos!! 😉

      * (s.q.n)…rsrsrs!

      • Não falei! Foi só eu pisar no calo que a mais patética e caricata jihadista russófila se doeu e saiu do armário.

        Já deu seu piti histérico? Agora vá pegar seu sanduba de mortadela e o suco de caixinha! E pare de mentir com essa história de que você comprou com seu dinheiro

    • Já ia me esquecendo.

      “””que para piorar não pode ser equipado com motores e aviônicos ocidentais?”””

      Sério!! Ainda bem que não pode ser equipado com motores e aviônicos ocidentais:

      “””””Sobre o Acidente com Airbus A400M na Espanha – Informações preliminares dão conta de que os pilotos teriam reportado aos controladores de voo, através do rádio, algum tipo de falha na aeronave, logo após a decolagem.”””””

      Ou seria motores e aviônicos Acidentais!! 😀 😀 😀

      • “””Ainda bem que não pode ser equipado com motores e aviônicos ocidentais:”””

        Você se engana novamente.
        Empresas aéreas indianas e chinesas preferem componentes ocidentais, assim como o mundo todo.

  2. pário duro para os russos, vem aí o COMAC ARJ21 chinês, o mitsubishi mrj, os bombardier cs100 e 300 e os EMBRAER E2, sem felar nos EMBRAER E1 que já dão um banho…

  3. Os Russos e Chineses vão tomar muita Vodca e comer cachorro frito, para derrubar a Embraer nesse mercado. Com certeza nem na Asia eles conseguirão muita coisa.

  4. Considerando que a maior parte das vendas futuras de aeronaves se dará na Asia. Achei estranha a decisão da Embraer de se submeter aos |EUA.

    Ganhou o que? Vai ganhar o que?

    • A EMBRAER não se submeteu aos EUA quando se recusou a receber o fanfarrão Rogozin mas apenas respeitou seus acionistas e investidores. Se recebesse não apenas estaria sujeita a um embargos de componentes como os próprios motores e aviônicos como também iria perder seu principal mercado, que são as regionais feeders dos EUA.

      Quanto ao mercado asiático, por suas características os jatos da EMBRAER se mostram, especialmente no mercado chinês, pequenos. Ali os menores aviões a serem rentáveis são os A-320 e os Boeings 737.

      • Vi a notícia sim, e as razões que levaram a empresa a tomar essa decisão podem ser as seguinte: Primeiro, o fato do maior mercado para os produtos da empresa ser justamente os EUA. Depois, vem o fato de que é interessante para a empresa, dentro da sua estratégia, ampliar sua presença dentro do mercado dos EUA, inclusive com um olho no mercado de defesa.

        Outro fator que pode ter influenciado a decisão da companhia é o fato dos EUA possuírem impostos mais baixos e condições de logística melhor. Embora a mão de obra lá seja mais cara, esses dois fatores anteriormente citados, junto com os cada vez mais baixos custos da energia, podem estar fazendo a diferença.

        No mais, não vejo como nacionalismo de araque e estatismo fajuto podem ajudar o país….

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