Obama diz que solução no Iraque será de “longo prazo”

Barack Obama (Foto AP)

Para Obama, iraquianos precisam de união para enfrentar EI

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse neste sábado que levará “algum tempo” para que os americanos possam ajudar os iraquianos a estabilizar seu país, contendo a ação de insurgentes sunitas que hoje controlam algumas regiões do Iraque.

Segundo Obama, esse seria um “projeto de longo prazo”, no qual seria necessário renovar e reabastecer as Forças Armadas iraquianas, além de conquistar o apoio das populações sunitas do país.

“Não acho que vamos resolver esse problema em semanas. Acho que isso vai levar algum tempo”, disse Obama, reiterando, porém, que as tropas americanas não voltarão para o Iraque.

“Para montar uma ofensiva e serem capazes de agir eficazmente com o apoio das populações de áreas sunitas, as forças de segurança do Iraque terão de se renovar e se reabastecer, além de ter uma estratégia clara. Tudo isso vai depender de (que haja) um governo em que o povo iraquiano e as forças armadas iraquianas possam confiar.”

Na última sexta-feira, os Estados Unidos iniciaram ataques aéreos contra militantes do autodenominado Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque, cujo avanço tem forçado milhares de pessoas pertencentes a minorias étnicas a deixarem suas casas.

Foi a primeira vez que forças americanas estiveram envolvidas diretamente em uma operação militar no Iraque desde que deixaram o país, no fim de 2011.

Segundo Obama, os bombardeios teriam destruído armas e equipamentos e teriam impedido ataques do EI contra membros do grupo de minoria religiosa Yazidi, que estariam refugiados em uma montanha no Noroeste do país.

Corredor seguro

Os Yazidis fugiram para o Monte Sinjar há uma semana, quando o EI invadiu uma cidade em que o grupo estaria abrigado há cerca de dois meses.

Para socorrê-los, os EUA têm lançado garrafas d’água e mantimentos sobre a montanha e, neste sábado, o Reino Unido anunciou que enviou um avião de carga para ajudar na operação.

“Estamos confiantes de que podemos evitar (que os insurgentes) subam a montanha para matar as pessoas que estão lá”, disse Obama.

“Mas o próximo passo, que vai ser complicado logisticamente, é como vamos garantir a passagem segura dessas pessoas para fora da montanha.”

Políticos iraquianos não foram capazes de formar um governo de coalizão desde as eleições parlamentares de abril, vencidas pelo primeiro-ministro xiita Nouri Maliki.

Sunitas, curdos e alguns xiitas pedem a renúncia de Maliki e o acusam de promover políticas sectárias e autoritárias.

Obama defendeu neste sábado que, para que haja uma estabilização no Iraque, é necessário que os iraquianos se unam e formem um governo inclusivo.

O presidente americano também disse que os avanços feitos pelo EI e seus aliados desde junho foram “mais rápidos que o esperado”, mas negou que pretenda fechar a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá ou o consulado em Erbil, capital da região semi-autônoma do Curdistão.

Fonte: BBC Brasil

5 Comentários

  1. Em doze anos, só fizeram merd@ por la, agora vão vir com este papinho de ‘longo prazo”?!
    Obamis e um paspalho, um fanfarrão, o mundo vai assistir Iraque e Siria se esfacelarem, e se dividirem em, subterritórios, os cristãos e outras minorias serão dizimados, e nós vamos ficar assistindo, os criticam os americanos por la, esquecem-se que são os unicos no planeta que mandam tropas para fazerem alguma coisa, boa ou ruim, mas são os unicos, quando China,Russia ou o resto do mundo se dispor a por a bunda la, ai podem criticar.
    Aquelas pessoas se odeiam, e vão se odiar para toda eternidade, eles já se matam há cinco mil anos, a única coisa que poe orde na zona chamada oriente médio, chma-se autoritarismo.

    • Diferente de vc, meu caro pastor alemão, que vê merito nessas ingerências yankes pelo mundo, vejo nisso uma grande fonte de problemas. Eles estimulam a discórdia entre países por conta da manutenção de sua condição. O que acontece hoje com eles é fruto de sua mais completa ignorância e atenção as normas internacionais. E o volta para eles já está começando. Espero que os bons yankes, os que inspiraram a fundação dessa nação, retomem o controle de seu país, que inspirou muitos outros povos, hoje estão perdidos entre um passado inspirador e um presente de hipócritas, assassinos e medíocres.

    • Ruim com eles por lá, pior sem… vcs se esquecem que já havia uma guerra declarada contra o ocidente, desde a década de 70 (na verdade muito antes disso, cito essa data apenas como referencia) com a queda do Xá no Irã… os americanos apenas se anteciparam no tabuleiro do OM… e não há caca alguma… apenas contingenciamentos necessários… os efeitos colaterais é que não são bem vindos… o grande problema atual chama-se obamis e tudo o que ele representa na América… a volta do esquerdismo vassalo dos internacionalistas… então, é muito difícil analisar a questão do OM sob a batuta de socialistas que querem ganhar, SEMPRE, dos dois lados e implementar sua agenda esquerdalha de dominação… saudações…

  2. Qualquer solução no Iraque é de longo prazo…

    Quando os americanos invadiram o país a onze anos, propiciaram as condições para que se eliminasse praticamente toda a sua elite política, que até então ( mesmo que aos trancos e barrancos; por quaisquer meios que fossem ) mantinha a unidade do território iraquiano. O resultado foi a bagunça generalizada que se instalou desde então… E a razão disso é óbvia: o povo, ou ao menos parte dele, não reconhece a autoridade recém instalada, por claras divergências politicas e ideológicas… Ainda serão muitos anos até que o novo poder político verdadeiramente se assente no Iraque; o que provavelmente se dará somente quando as novas gerações, já criadas sob o novo regime, se tornarem alto suficientes.

    Seja como for, os americanos ainda estão em posição de pelo menos amenizar essa situação. Mais do que nunca, devem tomar partido da proteção da nova autoridade iraquiana, não lhes restringindo apoio sob quaisquer circunstâncias. Será um caminho longo e penoso, mas terá que ser trilhado, sob pena de se testemunhar uma fragmentação territorial que pode colocar em risco toda a estabilidade do Oriente Médio…

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