Enfraquecidas, forças britânicas não fariam falta em ação

ROYAL NAVY TASK GROUP FLEXES ITS MUSCLES IN THE MEDITERRANEANANÁLISE

RICARDO BONALUME NETODE SÃO PAULO

A não participação britânica em um eventual ataque à Síria tem importância muito mais política do que militar.

Desde a Segunda Guerra, foram raros os momentos em que tropas dos EUA e do Reino Unido não marcharam lado a lado, no chamado “relacionamento especial”.

Mas o enfraquecido estado das Forças Armadas britânicas após anos de conflitos no Iraque e no Afeganistão deixa claro que não fariam falta. Bastariam os EUA para intervir na Síria; todo o resto da Otan tem função principalmente simbólica e política.

Por uma década, britânicos e americanos têm se concentrado na guerra contra “insurgentes”. A ênfase é em tropas em terra, e com o mínimo possível de equipamento pesado.

Tanques, canhões e caças-bombardeiros são úteis em guerras convencionais contras Forças Armadas de outros países. Contra insurgentes, podem ter efeito nocivo ao matar indiscriminadamente a população civil.

Mesmo assim, os EUA ainda têm o maior e melhor arsenal convencional do planeta. Já o Reino Unido foi encolhendo suas Forças Armadas.

Em um caso como o da Síria, forças navais seriam particularmente importantes. As forças de Assad seriam alvo de mísseis lançados de navios e submarinos, além de ataques aéreos de porta-aviões.

Os EUA têm uma inigualada aviação naval. Já o Reino Unido aposentou seus aviões de asa fixa navais, caças-bombardeiros que operaram no Oriente Médio e nos Balcãs a partir de porta-aviões.

A pequena contribuição britânica para um ataque viria de mísseis em submarinos nucleares ou de caças enviados a bases na região, notadamente em Chipre.

Obama já disse que não haverá “botas no solo”, isto é, tropas de terra, o melhor modo de resolver a questão, derrubando o governo sírio, como foi feito com Saddam Hussein. Mas, depois do Iraque e do Afeganistão, não há mais estômago para uma intervenção em terra que pode virar um novo “atoleiro”.

O caso da Líbia pareceria indicar que, com ajuda ocidental, os rebeldes dariam conta do resto. Mas as Forças Armadas sírias são bem maiores, mais bem armadas e competentes do que as líbias.

No início da década de 1990, os EUA enviaram tropas para missão humanitária na Somália. Houve conflito, e os americanos se retiraram.

Lançar ataques punitivos de mísseis e aviões sem “botas no solo” virou norma, como aconteceu de Kosovo até o 11 de Setembro. Depois do cansaço das guerras atuais, refletido na decisão britânica, pode ser que um novo ciclo esteja começando.

Fonte: FSP via CCOMSEX

16 Comentários

    • Confessa logo que você é apaixonado pelo cara meu caro engenheiro rebimbocadaparafusetista……sai do armário…..rs!

      Já recebeu sua bolsa-lan house do Tio Rui Falcão?

      • 1. Eu recebo bolsa lan house do PT e voce e o Verder recebem BAG BANANA pra fazer patrulha pró americana…

        2. Ta com ciúme do Vaderuxo né?

        3. De onde foi que vocês tiraram esse negocio de “rebimboca da parafuseta”? Foi de alguma letra de forró?

        No mais, abraços fraternos!

      • Só se passar na bunda… se borrou todinho o petralha… rsrsrsrsrs… deve ter pensado que era o enviado da morte… pra ele o Vader e o ceifador são a mesma coisa… rsrsrsrsrsrs… o molusco nunca foi chegado a ler ficção científica… aliás, nunca foi chegado a ler NADA… rsrsrsrsrs… por isso que assinava tudo sem ler…

    • Esta fixaçao pelo que diz o Dart vader esta me parecendo algo homosexual enrustido , afinal aonde parece ser odio deve ser atraçao kkkk,brincadeirinha a parte, esta conversa mole de uma GB enfraquecida e´´pura balela, se houver,atençao,se houver necessidade ,apenas os tomahanks lançados de subs britanicos deixariam as tropas sirias de quatro para os terroristas encaixarem seus menbros, e se preferirem, 30 eurofigther ja causariam estragados e faria as tropas sirias manter-se de cabeça baixa, mas oque importa eque, pra que se envolver em um conflito aonde os mentres das guerras vai fazer chover bombas sobre os assadistas ! INFELISMENTE !

  1. E não faz falta mesmo… Os americanos “somente” teriam que mover talvez mais uns dois Ticonderogas para cobrir a lacuna…

    Sobre o comentário final do autor, faz sentido… Um novo ciclo pode estar sendo iniciado.

    De fato, guerra é custo, sempre. Seja em vidas ou em dinheiro, guerras cobram seu preço.

    A tecnologia também evolui. A precisão atual dos armamentos somente é conseguida com investimento pesado em tecnologia, e que na maior parte das vezes termina por gerar itens irremediavelmente mais caros…

    Não tem mágica… Qualquer país que queira estar preparado para lidar com as ameaças atuais e futuras, vai ter que gastar cada vez mais para manter suas forças atualizadas; armas cada vez mais caras terão que fazer parte desses arsenais. Assim sendo, não será qualquer país que terá as condições de bancar essa evolução…

    Trocando em miúdos, isso significa que poderá haver uma redução de meios físicos para projeção de poder convencional em praticamente todos os países ( com raras exceções )… Forças que antes eram volumosas, tenderão a reduzir-se. Esse, aliás, é um fenômeno que já acontece… Embora cada meio ( navio, aeronave ou mesmo soldado ) possa ter sua capacidade ampliada, o fato é que a redução em números tenderá a diminuir a capacidade de intervir em tudo quanto é lugar ao mesmo tempo; afinal de contas, haverão menos meios… Daí entra o conceito de custo/benefício e de quantidade versus qualidade…

    Enfim, esse é um paradigma que se apresenta e deve ser estudado.

    Pra resumo, provavelmente será cada vez mais difícil fazer guerra convencional, pois o uso da avançada tecnologia fará com que elas sejam cada vez mais custosas…

  2. Os ingleses flertam muito com a gastação de dinheiro, acho que eles pensam que imprimem dolar também. Meu vizinho tem uma Ferrari… eu, já ando de Cruze e está bom demais….

  3. Ainda nao e certo que Britain nao vai participar da guerra, se houver. O partido trabalhista percebendo a oposicao a essa guerra pela maioria absoluta da populacao, nao quer perder a oportunidade de aparecer como partido defensor do direito do parlamento em questionar as acoes do governo. Mas se as investigacoes do pessoal da ONU provar que o governo sirio foi responsaveel pelo crime, os trabalhistas vao votar para participacao da Little Britain na guerra. Agora com as revelacoes do jornalistas Dale gavlack da Associated Press, dizendo que foi a Arabia Saudista quem forneceu essas armas, nao sei como vai ficar a coisa.

  4. Será que isso vai dar certo? E quando a população da Arábia Saudita e da Jordânia ( ou “the good arabs”) passarem a buscar por maior representatividade? Se isso acontecer os EUA irão apoiar qual dos lados? E Israel como fica nessa parada? Aguarde pelas cenas dos próximos capítulos…

  5. Nunca se deve subestimar o poderio da Grã Bretânia…a sua majestade pode até perder todos os anéis más,as suas guarra(dedos) ficam ainda…. e bem afiadas…Heheheheh

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