O DOMÍNIO MUNDIAL

FOT_FT2_37041“Em 1904, o geógrafo Halford Mackinder disse que o país que controlasse a Ásia Central dominaria “a ilha mundial” – o território combinado de Europa e norte da Ásia – e, com o tempo, governaria o mundo.
Sem citar Mackinder, o presidente Barack Obama e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, tentam criar uma zona de livre comércio entre União Europeia e EUA, uma potência com metade do PIB mundial.
Mas a melhor razão para o acordo é que o poder se desloca para o Oriente e é preciso reconsolidar o Ocidente. Pensando nisso, a China fortaleceu seus laços com o exterior.
Estrategistas sempre souberam que países com mais habitantes, riqueza e espaço econômico podem produzir mais e negociar numa região mais ampla.
A China, no entanto, precisa ser trazida para o lado do Ocidente. O equilíbrio de poder leva a conflitos, mas um poder superior atrai outros para seu núcleo. E a China é dependente desse núcleo. Diferentemente da Rússia, Pequim precisa importar a maior parte do seu petróleo.
Ficou claro que Washington precisa do Ocidente forte para chamar a atenção da China. A vantagem da parceria com a UE é que ela tem uma forte base política e de segurança. Será uma aliança poderosa.
No fim, o comércio – não a guerra – atrairá outros para o núcleo ocidental.”
Preâmbulo, por Gérsio Mutti
Caros Editores e Comentaristas do blog Plano Brasil, no texto a seguir,  “O domínio mundial. Aliança entre EUA e UE servirá para aproximar a China do Ocidente, há a menção de uma aliança econômica em andamento entre EUA e UNIÃO EUROPÉIA, lei-se, ALEMANHA, com a CHINA.
Pergunta que não quer calar:
Como ficará, se ficar, as relações entre o Brasil e os BRICS, o Brasil e o MERCOSUL, e o Brasil e a UNASUL BOLIVARIANA?
O domínio mundial
Aliança entre EUA e UE servirá para aproximar a China do Ocidente
RICHARD N. , ROSECRANCE, THE NEW YORK TIMES, É PROFESSOR DA HARVARD , KENNEDY SCHOOL. THE NEW YORK TIMES – O Estado de S.Paulo
Em 1904, o geógrafo Halford Mackinder disse que o país que controlasse a Ásia Central dominaria “a ilha mundial” – o território combinado de Europa e norte da Ásia – e, com o tempo, governaria o mundo. Na ocasião, a Rússia enfrentava uma guerra e uma revolução, e não pôde controlar a área central. Que dirá governar o mundo. Mas os termos de Mackinder apontavam para o papel crucial do tamanho territorial e econômico na competição entre nações.

Sem citar Mackinder, o presidente Barack Obama e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, tentam criar uma zona de livre comércio entre União Europeia e EUA, uma potência com metade do PIB mundial. A união aumentaria comércio, emprego, exportações, investimento e consumo. Se o acordo for concluído em 2013, serão criados um milhão de empregos, em 10 anos, e haverá um aumento de 0,5% no PIB de ambos os lados do Atlântico.

Mas a melhor razão para o acordo é que o poder se desloca para o Oriente e é preciso reconsolidar o Ocidente. Pensando nisso, a China fortaleceu seus laços com o exterior. Ao mesmo tempo em que se desfazia de dólares e comprava euros, Pequim transformava seus títulos do governo americano em ações de corporações dos EUA. A China entrou nos mercados monetários de Londres e investiu na África. Mas nada disso criou uma unidade política alternativa. Países como Sudão, Zimbábue, Mianmar e Coreia do Norte nunca serão pilares de uma nova ordem econômica internacional. Não há um contrapeso político ou econômico para o Ocidente.

A busca de Obama e Merkel por um tamanho maior não é um objetivo novo. Estrategistas sempre souberam que países com mais habitantes, riqueza e espaço econômico podem produzir mais e negociar numa região mais ampla. Os estrategistas do pós-guerra chegaram a conclusões similares. George Kennan e Paul Nitze reconheceram que “uma combinação de recursos físicos de Rússia e China, com a habilidade técnica da Alemanha e do Leste Europeu, significaria uma realidade militar poderosa. Assim, nasceu a Otan, sustentada pelo Mercado Comum Europeu, futura UE. A Rússia quis se unir ao Ocidente, mas quando Vladimir Putin assumiu, o sonho se desfez. Os preços do petróleo subiram e Moscou concluiu que não precisava ser uma democracia.

A China, no entanto, precisa ser trazida para o lado do Ocidente. O equilíbrio de poder leva a conflitos, mas um poder superior atrai outros para seu núcleo. E a China é dependente desse núcleo. Diferentemente da Rússia, Pequim precisa importar a maior parte do seu petróleo. O dinheiro para comprá-lo vem de exportações, principalmente para o Ocidente.

A unidade econômica UE-EUA exigirá que os chineses também façam parte dela. Os céticos dirão que ela é uma melhoria de uma relação já sólida, que o Ocidente pode atrair a China sem esse acordo. Os EUA, porém, tentaram e fracassaram. Ficou claro que Washington precisa do Ocidente forte para chamar a atenção da China. A vantagem da parceria com a UE é que ela tem uma forte base política e de segurança. Será uma aliança poderosa. No fim, o comércio – não a guerra – atrairá outros para o núcleo ocidental.

TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

Fonte: Estadão 

6 Comentários

  1. Esse discurso tem a intenção de ser otimista, de misturar água e óleo , de anular a competição do mundo egoísta e capitalistamente selvagem dos democratas e também socialistas.????? Poupe-me .
    Hitler fez acordo com Stalin ; Stalin fez acordo com Churchil, Hitler com Benitto e o Imperador ; americanos ?? com ingleses e russos , senhores por favor , menos, menos muuuuito menos. Falam , falam e não fazem ou fazem pouco ou fazem mal feito.
    Não acredite nos teus olhos , nos teus ouvidos , não acredite em nada que envolva poder, dinheiro e glória .Qualquer tratado é assinado e depois assassinado, o mundo não tem honra.
    Ao final cada um vai estar vendendo fumaça um ao outro e todos procurarão controlar o máximo em menos tempo possível – não é a toa que o mundo jaz no malígno.

    Ahh sim esse negócio de ideologia é a maior mentira de todas- é uma forma bem inteligente de provocar guerras, provocar mortes e ganhar dinheiro e lógico dominar mentes. Quer uma ideologia humano terrestre, seja patriota e lute pela soberania do teu país .
    Quanto ao Mercosul faliu , não honraram o Paraguai.
    Quanto ao Brics nunca sofreu pressão suficiente para se dizer estável.
    Quanto a Unasul , ainda não foi testada.
    Estamos no meio do jogo.Antes era fria, o agora é o morno e a caminho do quente.

    Abs.

    • Gostei do seu discurso, meu caro… bem convincente e realista… conclusão: estamos na merda e mau acompanhados… mas não nos preocupemos, pois temos bolsa desfragmenta família, minha casa minha divida, bolsa eletro-china e por ai vai… tamos igual pinto no lixo… ganhamos espelhinhos e badulaques e isso basta…

  2. Conversa de nostálgicos da guerra fria, que sonham com um utópico e contraprodutivo isolamento da Rússia…
    ————–

    “Para começar, EUA, Rússia e Europa, dependem crucialmente um do outro em vasta lista de questões.

    A Trans-Siberiana movimenta nada menos que 120 milhões de toneladas de carga por ano – e aumentando; é pelo menos 13% do comércio de contêineres entre Europa e Ásia. A Rússia está investindo numa expansão de US$17 bilhões e acrescentando 55 milhões de toneladas de capacidade de carga extra.

    E acrescente-se a triplicação da capacidade dos terminais costeiros do Pacífico russo, até 2020; a expansão do porto de São Petersburgo; o fornecimento, pela empresa Siemens, de 675 locomotivas elétricas de carga, como parte de um negócio de $3,2 bilhões.

    O nome do jogo aqui é a Rússia cada vez mais exportando sua produção agrícola por todos os meios possíveis. Pelo menos, 250 mil barris de petróleo/dia – e aumentando – deslocam-se da Rússia para a Ásia.

    A ampliação da Trans-Siberiana operará maravilhas no comércio Europa-Ásia. Pela estrada Trans-Siberiana, produtos asiáticos chegam à Europa em 10 dias: por mar, da Coréia do Sul ou Japão, são pelo menos 28 dias até a Alemanha. Não surpreende que Japão e Coreia do Sul sejam grandes fãs da Trans-Siberiana. E de um ponto de vista europeu, nada bate a Trans-Siberiana, caminho mais barato e mais rápido para a Ásia.”

    (Pepe Escobar)

  3. domínio mundial so se for dos cabeças fraca ,entreguistas ,frustrados vira latas ,complexados ,sem alto estima ,alias a alto estima desses vira latas é mais baixo que cu de cobra
    no mundo inteiro esses covardes existem eles sempre vao acreditar que não podem fazer nada não podem mudar nada o viralatismo deles transpira pelos poros

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