Comparando “B e C” de BRICs

Será fundamental observar como Brasil e China articularão sua projeção de poder, influência e prestígio à tarefa da continuada prosperidade econômica.

A ideia de BRICs emergiu nos últimos 10 anos como conceito relativo ao futuro da economia. Projeções que, turbinadas por sua demografia e expansão do PIB, mudariam o eixo dos mercados mundiais. Essas grandes nações (Brasil, Rússia Índia e China) alcançaram status de “usinas de crescimento”, pois nas últimas duas décadas conseguiram se adaptar exitosamente aos contornos cambiantes da economia global.

Mais especificamente, num mundo em que a geração de empregos é a chave do sucesso econômico e social, esses países foram capazes de trilhar caminhos alternativos de modo a que suas economias estivessem sempre ocupadas na produção de conteúdo local. O crescimento liderado por exportações da China; a expectativa dos benefícios de uma economia em transição para o mercado na Rússia; o empreendedorismo tecnológico e popular na Índia, e a “Substituição de Importações 2.0” do Brasil mantiveram a economia aquecida e as tensões sociais mais arrefecidas.

Será fundamental observar como Brasil e China articularão sua projeção de poder, influência e prestígio à tarefa da continuada prosperidade econômica

O futuro dos BRICs como motores do crescimento global residirá, no entanto, não tanto em como esses países se “adaptam” à economia, mas em como eles a “moldam”. Tal “transmutação econômica” implica que estes países evoluam da condição de eficientes “camaleões” (sobretudo mediante políticas industriais e de comércio orientados para a noção de conteúdo local) em direção a converterem-se em “vetores” de conhecimento e inovação.

Nesta trajetória, o conceito de BRICs não poderá se resumir apenas a considerações de natureza econômica. As quatro gigantes nações perderão espaço na corrida pela competitividade no século 21 se se fiarem tão-somente ao peso relativo de sua demografia e à noção de que a conjuntura internacional do último quarto de século – que permitiu a ascensão dos BRICs – continuará a mesma nas décadas por vir.

Valendo-nos apenas do exemplo de China e Brasil, será fundamental observar como esses países articularão sua projeção de poder, influência e prestígio à tarefa da continuada prosperidade econômica. É um equívoco supor que a China assumirá grandes responsabilidades globais – que seriam naturais a uma função de liderança. O projeto de poder chinês estará dimensionado sobretudo à sua vizinhança geopolítica asiática. A China não se expandirá, mantendo-se “desinteressada” dos grandes temas político-militares globais. Reterá, no entanto, em seu discurso suas pretensões quanto à (re)união com Taiwan. Ou seja, uma “Absorção Concêntrica” do entorno à força centrípeta de Pequim. A China só projetará poder na medida em que não se crie uma tensão com seu projeto de prosperidade. Mudança de DNA para a China significa deixar de ser uma “Nação-Comerciante” para tornar-se uma megaprodutora de bens de alto valor agregado.

O Brasil não busca irradiar poder, mas prestígio. Entende que para tanto o status de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU é escala obrigatória. Em temas mais amplos da cena global, continuará com sua equilibrada política baseada em “princípios” (e não em realpolitik) e no multilateralismo. Liderará a cooperação regional via a União Sul-Americana de Nações, a UNASUL. Mudança de DNA no Brasil significa fazer com que os ganhos de produtividade e curvas de aprendizado da Substituição de Importações 2.0 criem as bases para um país denso em tecnologias e inovação.

Fonte: Diário da Rússia

18 Comentários

  1. O Brasil vai consolidar a sua projeção de poder quando tiver uma melhor FFAA junto com um parque tecnológico e industrial e a Biriba Atômica.

    Só que para isso há a necessidade de acabar com essa cleptocracia Brasileira, assim sobra dinheiro.

  2. Para o Brasil se tornar uma potência precisa investir 10% de seu PIB em educação, investir em infra estrutura, modernização das Forças armadas, diminuição dos impostos, ajuste fiscal, combate a corrupção que devoram 86 Bilhões de reais por ano. Conscientização da classe política e população que o mundo esta em crise, e que as mudanças são necessárias para a sobrevivência do Brasil como país soberano. cidade Em 2007 a parada do Orgulho Gay reuniu em São Paulo 3,5 milhões de pessoas, em 2011 na cidade de São Paulo, o protesto contra a corrupção reuniu 200 pessoas.

  3. A EDUCAÇÃO É A REDENÇÃO DO BRASIL

    “Mudança de DNA no Brasil significa fazer com que os ganhos de produtividade e curvas de aprendizado da Substituição de Importações 2.0 criem as bases para um país denso em tecnologias e inovação.”

    Em outras palavras,o Brasil deve colocar todo o seu capital político e muito econômico na EDUCAÇÃO e TECNOLOGIA.

    É através de uma ótima Educação,que as instituições democráticas se fortalecem e o povo brasileiro evolui e assim o trogloditismo do extremismo,nunca terá vez.

    É através da educação que há maior inserção social diminui a discrepância da desigualdade social e melhora a qualidade de vida de um cidadão.

    É através da Educação a vida dos corruptos e mentirosos não conseguem prosperar;local onde as pessoas estão mais conscientes e bem informada estes falsários da verdade não tem credibilidade.

    O povo bem Educado é nação forte,saudável e prospera!

    É só com uma ótima Educação que se faz ótimos profissionais e não se faz Ciência e Tecnologia sem ótimos profissionais.

    Não adianta nem em ter ótimas armas para se defender se não tiver Educação pois,as ótimas armas,as mais modernas não se vende e só quem as tem,são aqueles que tem ótima Educação.

  4. O problema é você acabar com essa cleptocracia Júnior. Basta ver que nos últimos nove anos essa malfadada casta política recebeu o reforço daqueles que se diziam os detentores da moral e da ética. Ademais o Brasil precisa de reformas estruturais que nenhum governante possui vontade política para fazê-lo sendo a primeira delas na educação. E também uma reforma política que acabe com o malfadado sistema de voto proporcional, esse onde você vota em um palhaço(Tiririca) e leva outro inteiramente grátis(Protógenes), institua no país o voto distrital e sepulte idéias nefastas tais como o financiamento público exclusivo e o voto em lista fechada.

  5. OS BRICS FAZENDO A DIFERENÇA

    Ao contrário que muitos pensam,esse grupo tem um papel muito importante em temas que s mais “desenvolvidos” renegeram,os países da periferia,como os da AL,Asia e a África.

    *********************(trechos do original)
    .
    Países do Brics avançam mais no combate à pobreza do que nações desenvolvidas, diz relatório
    .

    “Um novo modelo de ajuda para os mais pobres foi criado pelos governos dos países que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
    Segundo o texto, a colaboração do grupo ocorreu em um ritmo dez vezes superior ao observado no G7 – que reúne os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, o Reino Unido, a França, Itália e o Canadá – de 2005 a 2010. ”

    ********************************

    http://diariodonordeste.globo.com/noticia.asp?codigo=336879&modulo=965

  6. O Brasil deve mudar muito também sua política de sempre estar em cima do muro, tem de tomar pulso de atitudes que em alguns casos não vão agradar a todos, em vários casos atitudes de interesse nacional que em muitos casos são deixados de lado para agradar a gregos e troianos…

    Firmeza Brasil e tomaremos as rédeas em nossas mãos e poderemos controlar essa geringonça !!!

  7. Índia e China tem um problema seríssimo, sua imensa população. Brasil e Rússia NÃO tem esse problema e isso será um DIFERENCIAL no futuro.

  8. A china apesar de todo o seu tamanho e poder, nunca procurou interferir em questões que vão além do mar amerelo, taiwan e suas redondezas…
    mas justamente essa briga pelo mar amarelo e pela aproximação com o paquistão , impedem a total confiança por parte dos indianos que estão em uma corrida armamentista nunca vista antes…

  9. Prestígio e poder são, tão somente, a mesma coisa!!!
    Até a Copa do mundo e Olimpíada, exigio muita ajuda a países Africanos e Asiáticos para nos apoiarem, pois envolve muito dinheiro!!! Conselho de segurança muito mais!!!

  10. concordo com o Junior Almeida tb, nosso país tem muito no que melhorar ainda, mas nao é impossivel, pode estar ao alcance, o país precisa ser mais serio em seus objetivos e “prioridades”.

  11. Em relação aos BRICS o Brasil tem problemas bem menores.

    A Russia tem que achar uma alternativa ao petróleo, também a outras commodites e ao mercado de armas para ter um novo caminho para diversificar sua renda. Há também o problema da baixa natalidade que assola a Russía, pois os novos russos não darão conta de ocupar o espaço dos antigos russos e ainda tem a alta natalidade de outros grupos etinicos e religiosos como os islâmicos que no futuro podem ser 40% de suas forças armadas. O resto da Europa tem o mesmo problema. Além disso tem a corrupção que corrói o país assim como aqui.

    A China tem os maiores desafios, pois tem que baixar a bola dos EUA tanto com a sua aproximação quanto com a insegurança energetica que o conflito com o Irã causaria no país, equilibrar o seu crescimento populacional, pois já há muitos anciões e já não é mais possível manter o rítimo com essa natalidade.
    Há a questão ambiental e de segurança ambiental, fora a sua expansão econômica somado aos protestos operários e a corrupção que por muitas vezes é ocultada mas uma vez ou outra vem a tona.

    A Índia em sua sociedade possui o problema de castas que divide o país todo assim como as inúmeras etinias que vai dos telugus, siks, tibetanos. Há a corrupção endemica e que as FA da Índia só anda para frente pelo motivo de ter a China avida por tudo e o Paquistão que todo o momento provoca a Índia e coloca a China do seu lado. Em relação as questões da natalidade a Índia explodiu demográficamente.

    A Africa do Sul tem como principal problema a criminalidade e o numero de infectados com HIV, tuberculose e outras doenças graves. Há tambem as ondas de refugiados e de imigrantes vindas de moçambique, zimbabue e outros países vizinhos. E o pior desses problemas é a Água que é rara.

    O Brasil não tem que se procupar ainda com a questão de natalidade, pois para manter uma população é necessário 2,11% de nascimentos e o Brasil tem 2,18% e essa taxa é sustentada por brasileiros natos e não é como na França ou Inglaterra por exemplo que a sua pequena taxa de nascimentos é sustentada por imigrantes islâmicos e em menor número por outros imigrantes.
    Aqui a corrupção é endemica desde o ínicio do país. Há ainda uma cultutra que está sendo mudada, pois pouco se investe em educação, mas como o Brasil inventou de ser ator global, tem que mudar isso. Só que até agora boa parte disto está só no discurso.

  12. Camaradas,

    Os BRICs devem esse avanço econômico quase que inteiramente aos mais de 2,5 bilhões de consumidores, cuja maioria passou a “descobrir o mundo” apenas após as aberturas econômicas ocorridas na década e 90, época do surgimento das grandes novas economias. Basta comparar a China da década de 80 com a de hoje ( pós-abertura ) para que esse raciocínio se comprove.

    Agora, um crescimento economico desse tipo, calcado quase que unicamente no consumismo, pode gerar lucros imediatos, mas carregam grande perigo quando se começam a projetar cenários nos quais se estabelece uma grande e voraz concorrência. É claro que a concorrência sempre é um estímulo para a produção e crescimento, mas quando ela atinge níveis nos quais se saturam o mercado de produtos, então sempre há o risco de uma estagnação do consumo, o que leva a um “crash”. E é exatamente com isso que o Brasil deve ter cuidado. Sempre é bom crescer, mas de maneira gradual e estável, evitando a todo o custo o “boom” que no futuro poderia revelar-se extremamente prejudicial.

  13. Cleptocracia (essa é boa) – das ratazanas bípedes brasileiras. kkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!kkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!!!!!!!!!
    O remédio para essa enfermidade seria muita cinta e tamanco no lombo das crionças tupiniquins. Só que agora isso se tornou impraticável com o estatuto da criança e do adolescente, eita inheca esse ECA!!

    Quanto ao ambicioso, caro e excibicionista programa espacial sino pirateiro, vai durar até quando? até as centenas de milhões de formigas famintas, doentes e faveladas se revoltarem?
    O Ocidente não sabe nem a metade das podridões do regime totalitário chinês. E das suas inúmeras mentiras, como as do falso PIB por ex. Até dá pena dos desafios gigantescos que o formigueiro ainda precisa superar. Enquanto isso seu povinho dominado pensa que é desenvolvido. kkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



    Comparar C e I, ou B e R e S aí está de acordo.

  14. Nesse jogo das nações, o Brasil só terá voz no dia em que tiver as forças armadas bem equipadas ao ponto de dar uma surra em qualquer adversário.

  15. Nao e preciso muitas palavras para diferenciar o B e o C do BRICS. Coisa simples. O B e um pais subordinado aos EUA, nao tem independencia, nao tem politica internacional propria. Tem que pedir permissao ao Tio Sam para o que pode ou nao pode fazer, ou dizer nas plataformas do BRICS. O C, e um pais independente, um pais capitalista, que gracas as revolucao pequeno burguesa-camponesa de 1949, eliminou a burguesia nacional, entreguista, covarde, subordinada ao imperialismo internacional, foi capaz, apos a morte dse Mao, de colocar em pratica planos economicos de desenvolvimento capitalista do pais. No processo ate se criou uma nova burguesia, mas uma burguesia que e independente e que sabe defender os interesses economicos do pais. Isso nao ocorreu no Brasil, nem na India nem na Africa do Sul. Dai o desenvolvimento lento e caotico desses paises e da suas incapacidade de procurar uma politica externa independente dos Estados Unidos que caracteriza Brasil, India e Azania.

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