EUA mantêm planos para escudo antimísseis apesar de avisos da Rússia

O governo dos Estados Unidos descartou nesta quarta-feira, 23, modificar seus planos sobre o escudo antimísseis na Europa apesar das advertências da Rússia, que anunciou o desenvolvimento de um radar de alerta adiantado sobre ataques com foguetes no enclave báltico de Kaliningrado. “Não vamos de nenhuma maneira limitar ou mudar nossos planos de desdobramento na Europa”, ressaltou em comunicado o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, Tommy Vietor.

Por sua parte, um porta-voz do Pentágono, o capitão John Kirby, negou que o escudo antimísseis seja uma “ameaça” para a segurança da Rússia, de acordo com o canal de televisão Fox.

O presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou que ordenou ao Ministério da Defesa o desenvolvimento “imediato” de um radar de alerta adiantado contra mísseis no enclave báltico de Kaliningrado. Ele também pediu o reforço de segurança das instalações das forças estratégicas da Rússia que, segundo o Kremlin, poderiam ser ameaçadas pelo novo sistema antimísseis americano na Europa.

O chefe do Kremlin advertiu que, “se todas essas medidas são insuficientes, a Rússia instalará no sul e no oeste do país sistemas de armamento de ataque modernos que garantam a destruição do componente europeu do sistema antimísseis”. Segundo Medvedev, EUA e Otan “não estão dispostos a levar em conta nossa preocupação pela arquitetura da defesa antimísseis europeia”.

Vietor, porém, afirmou que os americanos explicaram às autoridades russas que os sistemas de defesa antimísseis “não são uma ameaça”. Os EUA “foram abertos e transparentes com a Rússia sobre nossos planos de defesa antimísseis na Europa, que são reflexo de uma crescente ameaça para nossos aliados procedente do Irã que nos comprometemos a dissuadir”, frisou o porta-voz governamental.

Além disso, ele indicou que os Estados Unidos seguem acreditando que a “cooperação” com a Rússia sobre defesa antimísseis pode “melhorar a segurança” de ambos países e de seus aliados na Europa.

Interesses nacionais

No último dia 12 de novembro, Medvedev e seu colega americano, Barack Obama, se reuniram no Havaí à margem da cúpula dos 21 sócios membros do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) e voltaram a manifestar suas profundas divergências sobre o escudo antimísseis. Medvedev disse então que ambos países continuam sua busca de possíveis soluções, mas também que as posturas “continuam muito afastadas”.

Além disso, o governo americano anunciou nesta terça-feira que deixará de proporcionar dados à Rússia sobre sua presença militar na Europa e de permitir a inspeção em suas bases, quatro anos depois que Moscou encerrou sua participação no tratado CFE sobre forças convencionais.

Essa medida revela a frustração de Washington perante as fracassadas tentativas de “encontrar uma solução diplomática” à recusa de Moscou a voltar ao pacto, que abandonou em represália ao plano americano sobre o escudo antimísseis na Europa.

Fonte: Estadão

12 Comentários

  1. E os EUA está lá se lascando para isso? O alvo da Rússia será de qualquer jeito países da Europa, os EUA só tem a ganhar com isso, caso acontecer alguma coisa e voar alguns mísseis sobre a Europa, eles venderam armas para os europeus e vão reconstruir o destruído, só lucro, agora se eles instalarem uns brinquedinhos desse na Venezuela e em Cuba, aí a conversa muda de tom!

  2. saudades da guerra fria, que dava muitos lucros para as puuutencias, com seus alinhamentos e intriguinhas entre paises satelites, armas pra todo mundo, sera que ninguem percebeu que russia e eua são na realidade e socios ? lucram vendendo armas muitas armas um para um lado, outro para outro, mas sabem quando vão entrar em conflito direto ? nunca, pois seria prejuijo para os dois, RUSSIA E EUA SÃO FARINHA DO MESMO SACO, so não ve quem não quer !

  3. O TERRORISMO AMERICANO
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    Os americanos estão pagando para vê o que a parceria Russia e China são capazes;para mim os EUA vão pagar bem caro por isso e o que pior,nós que não temos nada vê com isso também.

  4. A Russia já deu a solução,vai desenvolver algo com capacidade de destruir o escudo…em caso de ameaça atacam o sistema antimissil e deve ser de forma convencional pois não acho que os russos iriam querer nuvens radioativas nos céus de Moscow!

  5. Trapped
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    Bruce Springsteen
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    Well it seems like I’m caught up in your trap again
    And it seems like I’ll be wearin’ the same ol’ chains
    Good will conquer evil and the truth will set you free
    Then I know someday I’ll find the key
    Then I know somewhere I’ll find the key
    Well it seem like I’ve been playin’ the game way too long
    And it seems the game I played has made you strong
    Well when the game is over, I won’t walk out a loser
    And I know that I’ll walk out of here again
    And I know that someday I’ll walk out of here again

    But now I’m trapped…Oh yeah!
    Trapped…Oh yeah yeah!
    Trapped…Oh yeah!
    Trapped…Oh yeah!

    Now it seems like I’ve been sleepin’ in your bed too long
    And it seems like you’ve been meanin’ to do me harm
    But I’ll teach my eyes to see beyond these walls in front of me
    And someday I’ll walk out of here again
    Yeah I know someday I’ll walk out of here again

    (Chorus)

    Well it seem like I’ve been playin’ the game way too long
    And it seems the game I played has made you strong

    Because I’m trapped…Oh yeah!
    Trapped…Oh yeah yeah!
    Trapped…Oh yeah yeah!
    Trapped…Oh yeah!

    I’m trapped…Oh yeah yeah!
    Trapped…Oh yeah yeah
    Trapped…Oh yeahhhhhh
    Trapped….oh yeahhhh
    I’m trapped.
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  6. O presidente russo deve logo tomar a decisão dos misseis skander-m no enclave de kalinigrado. Os EUA e Otan não a mpinima para as preocupações do governo russo. O que eles querem mesmo é cercar a Russia com esse escudo,se o presidente Russo fosse o Putin,a decisão dos míssei já teria sido tomada…

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    As relações entre Moscou e Washington estão em um momento delicado.
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    É um caso clássico de como percepções se reforçam e se transformam em profecias que se autocumprem.
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    Seria um grave erro pensar o mundo de agora com os olhos de antigamente.
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    Para onde vai esse tipo de “nova guerra fria”, como algumas publicações internacionais vem se referindo ao atual estado das relações entre Moscou e o Ocidente?
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    Parece que a Rússia tem, no momento, as melhores cartas.
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    Washington precisa mais de Moscou do que vice-versa. Uma breve olhada nos principais problemas internacionais do ponto de vista dos americanos deixa claro que nenhum deles pode ser resolvido sem algum tipo de coordenação com os russos: Irã, Síria e Coréia do Norte.
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    A Rússia detém uma importantíssima carta, que tem usado com notável brutalidade em relação a vizinhos, como a Ucrânia, ou clientes tradicionais, como os países da Europa Central: o fornecimento de energia.
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    Por si só, esse fator explica a clara preocupação de Berlim e Paris em evitar um “perigoso isolamento da Rússia”.
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    Outro fator é que, Moscou pode obstruir uma série de votações importantes do ponto de vista dos países ocidentais no Conselho de Segurança da ONU.
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    Anteriormente era considerada em Washington apenas uma “questão acadêmica” a possibilidade da Rússia, como sucessora da União Soviética, tornar-se um grande fator de perturbação internacional, contudo, este conceito pode estar mudando.
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    Porém é cada vez mais indiscutível o objetivo de cercá-la [a Rússia ], por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos Estados Unidos.
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    Nesse quadro de tensões novas e antigas em ascensão, as ambições de comércio e os radares e olhares militares voltaram-se para a região ártica e sua nova passagem aberta, ainda que de modo precário e por ora incerto.
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    Agora um estranho mundo, que não sabemos qual seja, pode estar sendo vislumbrado através do surgimento, ou ressurgimento, dos incríveis caminhos trilhados pela geopolítica, mas, seguramente já estamos olhando nos olhos dos que certamente verão o desfecho desta situação.
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    Peso a Deus que não, mas, caso suceda um eventual confronto entre as maiores potências militares e nucleares que a humanidade já conheceu, poderemos ter a confirmação do pensamento de Einstein, que certa vez disse não sabermos como será a Terceira Guerra Mundial, mas termos certeza de como seria a Quarta: com paus e pedras.
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    Saudações,
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    konner

  8. Esse negócio de escudos anti-misseis é conversa para boi dormir, quando o Sadam atacou Israel os Patriot não seguraram quase nada, só teve sucesso pela pouca munição de Scud de Sadam e que ele não tinha as tais armas de destruição em massa, ogivas quimica ou nuclear mesmo. Se um artefato atômico passa já basta, principalmente dos russos. O plano mais realista é que haja ataques aéreos de Israel para segurar os empenhos Iranianos, de resto é paliativo. E como a história se repete o Irã não deve ter nada enfim.

  9. E não deve-se descriminar a Russia por protestar pois lembrem-se de quando EUA queriam por bases na Colombia e o reboliço e protestos que deu em nosso continente inteiro com toda a razão.

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