EUA dizem que existe consenso contra presidente da Síria

Ex-Predisente da Líbia – Moammar Gadhafi e o Predisente da Síria – Bashar al-Assad

Os Estados Unidos elogiaram nesta segunda-feira a “consolidação do consenso contra (o presidente Bashar al) Assad e o regime” sírio, após as decisões tomadas nos últimos dias pela Liga Árabe e pela União Europeia (UE).

“A comunidade internacional, os Estados Unidos, a UE, a Liga Árabe e países como Turquia” estão adotando “um tom cada vez mais duro” frente à repressão na Síria, disse Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado.

Questionado sobre uma eventual intervenção militar, o porta-voz disse que os esforços americanos estão centrados no endurecimento das sanções econômicas e políticas contra o governo de Assad. “Vocês estão se adiantando. Não chegamos a essa situação”, apesar de “nunca termos renunciado a nenhuma opção”, disse Toner, dando a entender que uma iniciativa militar não está excluída.

A violência continua na Síria, embora o país tenha feito um acordo com a Liga Árabe no último dia 2 para pôr fim aos confrontos e recuar as forças de ordem. Mas, no sábado, a organização pan-árabe considerou que Damasco não tinha adotado as medidas estipuladas e decidiu suspender sua participação como membro da organização.

A iniciativa da Liga Árabe estipulava, entre outros pontos, o fim da violência, a retirada das forças armadas das ruas do país e a libertação dos detidos durante os protestos. Desde o início dos protestos na Síria, em março, mais de 3,5 mil pessoas morreram no país, segundo os últimos números divulgados pela ONU.

Fonte: Terra http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5470681-EI17594,00-EUA+dizem+que+existe+consenso+contra+presidente+da+Siria.html

Presidente sírio Assad cada vez mais isolado

O rei Abdullah II da Jordânia pediu nesta segunda-feira que o presidente sírio, Bashar al-Assad, “deixe o cargo”, o primeiro líder árabe a adotar essa postura, já que o regime do país se mantém desafiante, apesar de estar cada vez mais isolado internacionalmente.”Acredito que, se estivesse em sua posição, deixaria o cargo (…) e asseguraria que qualquer um que viesse depois de mim tivesse a capacidade de mudar o status quo que estamos vendo”,disse o rei Abdullah.

As declarações foram ao ar na BBC, depois que o Ministro das Relações Exteriores, Walid Muallem, disse que Damasco não iria se mover, apesar da “perigosa” ação da Liga Árabe de suspender o país como membro da organização.

“A decisão da Liga Árabe de suspender a Síria representa um perigoso passo”, Muallem disse em uma coletiva de imprensa em Damasco,classificando a ação como “vergonhosa”.

“Hoje há uma crise na Síria, que paga o preço de suas duras posições. A Síria não irá se mexer e emergirá mais forte… e os atentados contra a Síria fracassarão”, disse Muallem.

Segundo ele, havia evidências de interferência internacional bem antes de a Síria ser suspensa, bem como um aumento nas operações de “grupos armados” no país.

Muallem considerou que a violência impede a retirada de tropas das ruas, como a Liga Árabe tinha solicitado, atacando a França e os Estados Unidos pela decisão prematura.

Ele também acusou Washington de “encorajar atos de violência” ao incentivar opositores a não se render em resposta a uma oferta do regime de que eles entregassem suas armas em troca de anistia. “Nós estamos perplexos e surpresos por esta interferência estrangeira.”

Assad tem sofrido uma pressão global crescente por causa de uma repressão sangrenta de oito meses em resposta a protestos democráticos sem precedentes contra seu regime. As Nações Unidas dizem que mais de 3500 pessoas foram assassinadas desde meados de março.

A Liga Árabe votou a suspensão da Síria no sábado, desencadeando ataques de grupos pró-regime furiosos às embaixadas da França, do Qatar, da Arábia Saudita e da Turquia.

Muallem se desculpou: “É importante que isso não se repita. A proteção das embaixadas é parte de nossas responsabilidades.”

O Qatar e a Arábia Saudita estavam entre os 18 países no bloco com 22 membros árabes que votaram a suspensão da Síria. Líbano, Síria e Iêmen votaram contra a ação, enquanto o Iraque se absteve.

Muallem disse que a Síria não estava preocupada com a probabilidade de intervenção militar estrangeira, devido à oposição da China e da Rússia e o fato de a Europa ainda estar pagando pela guerra aérea da Otan na Líbia.

“A Síria não é a Líbia. O cenário líbio não será repetido; o que está acontecendo na Síria é diferente do que aconteceu na Líbia e o povo sírio não deve se preocupar”, disse ele.

“Eu acredito que a posição da Rússia e da China, pela qual nós agradecemos, não irá mudar”, disse Muallem, agradecendo também a Índia, África do Sul, Brasil e Líbano por suas posições no Conselho de Segurança.

Muallem disse, no entanto, que acreditava que a crise na Síria está praticamente terminada. “Eu acredito que a crise está começando a acabar”, disse ele, enquanto pedia diálogo com a oposição.

“O programa de reforma é claro”, acrescentou, referindo-se a uma série de medidas que o regime anunciou desde que os protestos eclodiram, incluindo promessas de uma nova constituição para um sistema político multipartidário. Governos ocidentais têm criticado repetidamente o regime sírio pelo fracasso em implementar as reformas e por causar mais derramamento de sangue após os anúncios, levando muitas pessoas a dizer que o tempo de Assad acabou.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que o banho de sangue continuou nesta segunda, com forças de segurança matando duas pessoas no principal foco de tensão da cidade de Homs e uma em Daraa, o berço da revolta no sul.

O grupo com sede no Reino Unido disse que os corpos de cinco soldados, incluindo o de um general também foram encontrados na província de Idlib no noroeste, na fronteira com a Turquia.

Em Bruxelas, a União Europeia acentuou a pressão sobre a Síria nesta segunda, emitindo novas sanções para o regime de Assad e incentivando a ONU a agir para proteger os civis depois de oito meses de repressão.

Logo depois das negociações, os ministros da UE concordaram em acrescentar à lista negra mais 18 sírios ligados às repressões mortais e congelar empréstimos oferecidos para Damasco pelo Banco de Investimento Europeu.

“É importante que a UE considere medidas adicionais”, disse o Secretário do Exterior britânico William Hague. “Nós temos tomado medidas muito duras, eu acredito que podemos acrescentar mais essas”.

A Organização de Cooperação Islâmica alertou hoje sobre a possibilidade de uma resposta internacional mais ampla para a crise síria se o regime não cumprir com os pedidos de reforma e fim do derramamento de sangue.

A Liga Árabe disse que seu chefe, Nabil al-Arabi, se reuinirá com grupos de oposição no Cairo nesta segunda. O bloco pan-árabe também está se preparando para enviar 500 observadores à Síria para monitorar a situação.

Ministros árabes das Relações Exteriores se reuniram no Cairo no dia 2 de novembro, quando esboçaram um plano em que a Síria faria suas tropas recuarem dos centros de protesto e libertaria manifestantes presos.

O encontro dava à Síria 15 dias para cumprir o plano. No sábado o bloco árabe concluiu que Damasco falhou em manter a sua parte no acordo.

Pela votação, a suspensão da Síria começa a ter efeito a partir de quarta-feira, quando os ministros do exterior devem se encontrar novamente, em Marrocos, para analisar em que nível Damasco cumpriu o acordo de 2 de novembro, disse uma autoridade.

Fonte: Terra http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5470234-EI294,00-Presidente+sirio+Assad+cada+vez+mais+isolado.html

Dirigente opositor sírio se reunirá com autoridades russas

Um dos dirigentes do Conselho Nacional Sírio (CNS), Burhan Galion, vai desembarcar nesta terça-feira em Moscou para encontro com as autoridades russas, anunciou nesta segunda-feira Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia. “Nós não reduzimos nossos esforços. O CNS é um dos grupos opositores mais críticos ao regime de Bashar al Assad”, afirmou Lavrov.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia destacou que “seu país tenta manifestar toda preocupação com essa situação, já que a luta pelo poder é uma coisa que frequentemente se transforma em um objetivo comum. Mas, de todas as formas, é preciso pensar no país e no povo sírio”.

Um líder do CNS apoiou a decisão da Liga Árabe de suspender a Síria da organização, ao considerar que não deve dar respaldo para suas aspirações. Já Lavrov criticou a decisão e acusou os países ocidentais de incentivar o confronto entre os opositores e as autoridades sírias com intenção de derrubar o regime de Damasco.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia já chegou a afirmar que os países ocidentais querem repetir na Síria o mesmo roteiro usado na Líbia ao promover uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, que, por sua vez, coloca toda a culpa do conflito ao regime sírio. “Os países ocidentais acreditam que a forma como ocorreu a revolução na Líbia serve de modelo para o futuro”, disse Lavrov.

No início de outubro, a Rússia e a China exerceram seu direito de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir aprovação de uma condenação da Síria pela repressão contra os manifestantes. A organização humanitária Human Rights Watch revelou que o regime sírio cometeu crimes contra a humanidade principalmente na província central de Homs, uma das principais fortificações opositoras.

Desde março, a Síria é palco de revoltas populares contra o regime de Assad. A repressão contra os manifestantes já causou a morte de mais de 3,5 mil pessoas, pelos últimos números da ONU.

Fonte: Terra

4 Comentários

  1. F….X….2
    Depois do fim da Copa e das Olimpíadas, 2017 será o começo do fim da FAB?
    15 de novembro de 2011, em Editorial, Opinião, por Fernando “Nunão” De Martini .-
    F-X2: um programa com a faca, o queijo e o pires na mão

    Este é um longo editorial para combinar com uma longa espera por novos caças. Em 2014, assistiremos à Final da Copa Mundo, que será no Brasil (mas não necessariamente com o Brasil). Em 2016, a maratona marcará o fim das Olimpíadas do Rio de Janeiro. E, em 2017, a baixa dos primeiros F-5M da FAB poderá marcar o começo do fim da nossa aviação de caça, se os eternos programas de aquisição de novas aeronaves continuarem sem decisão.

    Reportagem da Aviation Week mostrada ontem no Poder Aéreo (clique aqui para acessar) trouxe a confirmação de uma informação que há muito circulava neste site e em diversos meios, sobre o prazo de desativação dos primeiros caças F-5M da FAB. O tenente brigadeiro do ar Gilberto Antonio Saboya Burnier, comandante do COMGAR (Comando Geral de Operações Aéreas), afirmou que em 2017 os primeiros F-5M deverão ser desativados.

    Nas últimas semanas, nossos leitores puderam ver como andam os trabalhos para manter e eventualmente ampliar a frota de F-5M da FAB, notadamente com os três modelos bipostos adquiridos junto à Jordânia e que, após o término de suas inspeções no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP), deverão seguir para modernização na Embraer (clique aqui para acessar matéria com links para toda a série). É de se esperar que os oito monopostos “ex-jordanianos” sigam o mesmo caminho dos bipostos, uma vez que o contrato de modernização já publicado no DOU inclui estas células.

    Leia mais (Read More): Poder Aéreo – Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil

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