Obama vai à Austrália para acertar presença militar permanente

Base de Robertson Barracks, em Darwin Austrália

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, viaja nesta terça-feira à Austrália, na segunda etapa de sua viagem pela Ásia-Pacífico, para reforçar a colaboração militar entre as duas nações e acertar a presença militar permanente de seu país.

Obama parte nesta terça-feira de Honolulu, no Havaí, onde neste fim de semana participou da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), e chegará à Austrália já na quarta-feira, devido à diferença do fuso horário.

A etapa australiana da viagem, que terminará neste fim de semana na Indonésia, terá um caráter sobretudo militar. A razão oficial da visita é comemorar o 60º aniversário da aliança defensiva entre os dois países.

Mas o anúncio principal da viagem será um acordo para destacar entre 500 e 1 mil militares da Marinha de modo permanente na base de Robertson Barracks, em Darwin, no norte do país. Embora até o momento os EUA tenham preferido não confirmar o acordo, segundo o comandante do Comando Americano do Pacífico, o almirante Robert Willard, “é público” que a Austrália se aproximou dos EUA para intensificar a cooperação entre suas forças armadas.

A base de Barracks Robertson foi construída durante a década de 1990 e é o lar da 1 ª Brigada e do 1 º Regimento de Aviação.

Base do Exército australiano localizado fora de Darwin, Território do Norte, subúrbio de Knuckey Lagoa, é atualmente o lar de cerca de 4.500 soldados australianos e terá de ser ampliada para atender  aos fuzileiros navais dos EUA.

Esta seria a presença militar americana mais próxima geograficamente ao sul da China, cujo enorme investimento militar dos últimos anos é visto pelos EUA com preocupação. Ao mesmo tempo, sua posição geográfica a manteria afastada dos mísseis chineses de última geração, capazes de alcançar as bases militares americanas em Okinawa (Japão) e Guam, no Pacífico ocidental.

Segundo lembrou Willard, a maior parte das tropas americanas na Ásia-Pacífico se encontra em bases no norte asiático. Qualquer resposta em caso de necessidade no sul – como a entrega de ajuda humanitária devido a um desastre natural – requer o deslocamento dessas tropas.

Mapa posicionando Darwin, Austrália.

Depois de sua chegada a Canberra e após uma cerimônia oficial de boas-vindas, o presidente americano deve manter uma reunião bilateral com a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, ao lado da qual concederá uma entrevista coletiva.

Na quinta-feira, Obama, que também se reunirá com o líder da oposição, Tony Abbott, deve comparecer ao Parlamento australiano para proferir um discurso no qual exporá as prioridades de seu país na região da Ásia Pacífico.

Fonte: Terra

9 Comentários

  1. A Austrália e um pais aliado dos EUA e nada mais normal que permitam a presença americana por lá. Se bem que sera ainda um contigente bem pequeno. Pelo Menos por enquanto.

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