Rússia não irá permitir a repetição do cenário líbio na Síria
A Rússia não irá permitir a repetição do cenário líbio na Síria, declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, falando em coletiva de imprensa no final do Dialogo Estratégico Rússia – Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo Pérsico, realizado em Abu Dhabi. “Não apoiamos regimes, mas sim apoiamos o direito internacional”, – sublinhou o ministro russo.
A posição de Moscou é baseada na necessidade de diálogo entre governo e oposição neste país, tal como preconizado no projecto de resolução da Rússia e da China sobre a Síria. Lavrov também mencionou a iniciativa do Conselho dos Estados do Golfo Pérsico sobre a situação no Iêmen. Em sua opinião, é a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o Iêmen, e não sobre a Líbia, que é um modelo para o futuro.
Rússia poderá abandonar o START
Caso a implantação do sistema de defesa anti-mísseis na Europa se tornar irreversível, a Rússia poderá ponderar a questão de abandonar o novo Tratado sobre redução de armamentos estratégicos ofensivos (START), comunicou na terça-feira o presidente da Comissão Conjunta sobre Defesa e Segurança do Conselho da Federação, Viktor Ozerov.
“Claro, é a medida extrema, e espero que não cheguemos a aplicá-la, mas não é por acaso que o Parlamento russo, ratificando o novo Tratado START, tinha acrescentado uma ressalva de que a implantação do sistema de defesa anti-mísseis poderia ser uma das razões para a Rússia se retirar do tratado”, afirmou.
Rússia é forçada a tomar medidas técnico-militares
A Rússia será forçada a tomar medidas técnico-militares se os Estados Unidos e a OTAN não mudarem sua posição em relação ao sistema de defesa antimísseis, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov. Eu vou ser honesto – não queremos que eventos se desenvolvam desta maneira – ressaltou em uma entrevista ao jornal sérvio Vetcherne Novosti.
Lavrov observou com pesar que a assinatura de um acordo entre Washington e Bucareste sobre instalação de uma base de misséis-interceptores na Roménia é apenas um elo na cadeia de acontecimentos dos últimos dois meses, confirmando a disposição dos EUA a implementar rápidamente os seus planos de defesa antimíssil sem levar em conta as preocupações da Rússia.
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