Só um lado da história não vale

Ricardo Carvalho

Winston Smith vivia num mundo sem história. Ou melhor, num país em que a história era reescrita inúmeras vezes de acordo com a conveniência do governo – no caso, de um partido. Empregado do Ministério da Verdade, ele era incumbido por fazer pequenas modificações no passado. Na Oceânia, a história – com “h” maiúsculo – era parte vital de um projeto de poder.

É verdade que ultrapassamos o profético 1984 de George Orwell sem ver uma bomba atômica explodir na cidade inglesa de Colchester ou mesmo a totalidade da população ser doutrinada e controlada 24 horas por dia pelas intrometidas “teletelas” – inevitável dizer que surgem algumas dúvidas sobre a segunda afirmação. Mas o vídeo divulgado pelo Ministério dos Assuntos Exteriores de Israel recentemente, que percorre de forma didática o conflito entre palestinos e judeus, provoca, no mínimo, algumas comparações com o mundo imaginado pelo escritor inglês há mais de 60 anos. O filme, com cerca de cinco minutos, é uma resposta à campanha palestina ao redor do mundo pelo reconhecimento pleno do estado árabe na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (Onu), que se reúne em 22 de setembro. A Autoridade Palestina, reconciliada com o grupo em poder da Faixa de Gaza, o Hamas, insiste na manobra para isolar Israel e os Estados Unidos diante da comunidade internacional. É certo que qualquer avanço será vetado pelos Estados Unidos. Mas também não há dúvidas de que se os palestinos conseguirem cooptar alguns pesos-pesados europeus e um número expressivo de votos, o governo israelense ficará num cenário constrangedor.

Assista ao vídeo

O filme, apresentado pelo vice-ministro Danny Ayalon – o titular da pasta é Avigdor Lieberman, fundador do partido ultranacionalista Yisrael Beitenu – é categórico. O impasse para um acordo de paz é causado, na visão de Ayalon, pelos subsequentes rechaços do povo palestino em negociar os termos de um acordo de paz com o estado judeu. O vice-ministro acusa os árabes de terem virado as costas e dito “não” a todas as propostas de reconciliação. Em algumas dessas datas, explica Ayalon, governantes israelitas chegaram a oferecer propostas que atendiam mais de 90% das demandas palestinas.

O professor do departamento de Geografia da USP, Edílson Adão Cândido da Silva, também autor de Oriente Médio: A Gênese das Fronteiras (Editora Zapt), enxerga claro objetivo político na produção. “Creio que o vídeo foi motivado por duas razões centrais. Primeiro, a declaração unilateral da Autoridade Palestina nos próximos dias, na Assembleia Geral da Onu. Segundo, Israel teme os levantes da Primavera Árabe. O caso do Egito, que forçou a retirada do embaixador israelense do país, é sintomático. A Israel parecia mais cômodo um Oriente Médio dirigido por ditadores.”

De fato, os acontecimentos que desde o início do ano colocaram as nações árabes em plena ebulição política isolaram Israel diplomaticamente. Há uma semana, uma multidão de revoltosos egípcios invadiu a embaixada israelense no Cairo e obrigou a retirada do embaixador por meio de uma operação militar. Temendo manifestações semelhantes na capital jordaniana, Amã, todo o corpo diplomático israelense foi evacuado do país na madrugada desta quinta-feira 15. O Egito e a Jordânia, que em 1967 enfrentaram os israelenses na Guerra dos Seis Dias, são os únicos representantes do mundo árabe que mantém tratados de paz com Jerusalém.

“Trata-se de uma propaganda oficial de estado que faz uma interpretação parcial e equivocada da história. Mas ela não resiste aos fatos”, defende Cândido da Silva. Ele aponta pelo menos duas narrativas feitas por Ayalon que podem ser refutadas, além de uma omissão. Primeiro: O político israelense argumenta que, em 2000, o primeiro-ministro Ehud Barak ofereceu aos árabes a devolução da Cisjordânia (chamada no vídeo de West Bank). Mas a resposta árabe teria sido um seco ‘não’, junto ao aumento de ataques terroristas em solo israelense. Só que, como explica Cândido da Silva, os israelenses ofereceram uma Cisjordânia retaliada em vários pedaços, sem continuidade territorial e mantendo os locais ocupados por assentamentos judeus sob a soberania de Israel. “Além do mais, as autoridades de Jerusalém não aceitavam o retorno dos 3,5 milhões de palestinos que deixaram a região após a criação do estado de Israel e hoje estão principalmente no Líbano e na Jordânia”. O professor da USP complementa: “Realmente Yasser Arafat não concordou com o acordo. Mas nenhum líder nacional aceitaria um tratado daqueles.”

Assista abaixo a um outro vídeo do Ministério dos Assuntos Exteriores sobre a ocupação israelense na Cisjordânia

O vídeo apresentado por Ayalon defende que a devolução da Faixa de Gaza aos palestinos em 2005 é mais um exemplo das sucessivas tentativas israelenses de chegar à paz. Há, porém, outras interpretações. “Devolver Gaza foi uma estratégia de Ariel Sharon para postergar ao máximo o que realmente interessa: a Cisjordânia. A Faixa de Gaza é um banco de areia miserável e sem perspectivas, que só existe com ajuda externa”, diz Cândido da Silva.

Outro ponto deliberadamente omitido é qualquer referência ao primeiro-ministro israelense Itzhak Rabin, assassinado nos anos 90. Rabin foi um dos articuladores dos acordos de 1993, que estabeleceu um prazo de cinco anos para a devolução da Cisjordânia. Em 1995, ele foi morto por um judeu ortodoxo. “A viúva de Rabin atribuiu a morte do marido ao clima de tensão criado por grupos críticos a qualquer concessão aos palestinos, entre eles Benjamin Netanyahu (atual primeiro-ministro). Se os líderes israelenses querem paz, porque não mencionam Rabin no vídeo?”

Se a animação do Ministério dos Assuntos Exteriores também tem como intuito ser um contraponto ao crescente sentimento anti-Israel após o início da Primavera Árabe, não faltam razões para preocupações. Além da tensão nas embaixadas no Cairo e em Amã, recentemente o governo israelense pagou a conta da truculência das forças especiais do país no episódio da Flotilha da Liberdade, em agosto do ano passado. Na ocasião, cidadãos turcos foram mortos ao tentar furar o bloqueio a Gaza. Descontente com as conclusões da Onu sobre o episódio, a Turquia expulsou o representante israelense de Ancara.

Independentemente dos sutis esquecimentos dos fatos históricos narrados pelo vice-ministro israelense, o vídeo talvez seja uma oportunidade para que os palestinos produzam narrativas semelhantes. Afinal, conforme lembra Cândido da Silva, trata-se de um povo que ocupa a região desde o século VII e que atualmente reivindica 50% do território previsto na partilha da Onu de 1947. No conflito israelense-palestino, também se luta por uma versão oficial da história.

Fonte: Carta Capital

44 Comentários

  1. Interessante é observar que palestinos ao longo dos séculos jamais se organizaram como Estado, embora tenham tido tempo suficiente para fazê-lo.
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    Enquanto Egito e Jordânia os administravam, sob pesado jugo, jamais falaram em Estado. Ninguém pense que o pau não baixava solto, pois árabes são reconhecidamente intolerantes em se tratando de direitos civis,ainda mais em épocas que não havia televisão global.
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    O FATO, é que só criaram a idéia de Estado quando foram derrotados militarmente. Jamais aceitaram as propostas de paz de Israel, por que sempre tiveram a expectativa de acabar os judeus. Egito, Iraque, Líbano, Siria, Jordânia, todos já se coligaram para destruir a Israel e não conseguiram, por serem um bando de perdedores.
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    Não tendo competência militar, criaram o mito da necessidade de um Estado para um povo milenarmente atrasado, refiro-me aos “pobres” palestinos.
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    Judeus, que já foram alvo de massacres e inúmeros atentados terroristas, sabem que os palestinos querem destruí-los, JAMAIS CONVIVER LADO-A-LADO. Só ingênuos acreditam no teatrinho que Mohamad Abbas faz falando de paz. Europeus e norte-americanos dão milhões de dólares para que essa encenação aconteça. A programação das tvs palestinos estão cheias de incitamento ao ódio e de programas que falam em “palestina” onde não há lugar para qualquer estado judeu.
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    – Jerusalém Oriental capital dos palestinos? Alguém conhece outro exemplo de uma cidade dividida em duas como capital de dois Estados? Ísso não vai acontecer pelas seguintes razões:
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    Não há como conviver com pessoas que cruzarão a rua para se explodir matando civis à esmo como sabemos que esses caras fazem.
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    Enquanto jordanianos administraram Jerusalém Oriental, proibiam os judeus de terem acesso ao Muro das Lamentações. Jordanianos também destruíram bairros inteiros de judeus em Jerusalém Oriental matando civis à esmo.
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    Enquanto no Brasil há os adeptos da causa palestina, judeus sabem que já pagaram com muito sangue sua estada no Oriente Médio. NÃO ABRIRÃO MÃO DE JERUSALÉM ORIENTAL.
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    Até a guerra de 1967, atiradores palestinos e jordanianos matavam judeus civis à esmo, pois para efeitos práticos não havia fronteira.
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    Abbas já afirmou que o futuro estado palestino (sic…) será livre de judeus, contudo milhões de palestinos estão integrados à sociedade israelense usufruindo de direitos civis e ocupando cargos na sociedade.
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    O que é constrangedor é que as pesquisas mostram que palestinos que vivem e tem cidadania israelense não querem fazer parte da “Palestina”. Israel é uma sociedade próspera e estável, enquanto países islâmicos vivem em caos e desorganização.

  2. As autoridades israelenses não aceitam o retorno dos 3,5 milhões de palestinos que deixaram a região após a criação do estado de Israel e hoje estão principalmente no Líbano e na Jordânia!
    Israel faz propostas descabidas aos palestinos,e ainda diz que tem boa vontade,nenhum acordo que deixe de fora os refugiados que são os verdadeiros donos da terra , pode ser um acordo justo!
    Os ”colonos”sionistas também não podem ficar ocupando terras palestinas,tudo isso impede um acordo de paz justo!

  3. Rogerio Schneider muito boas suas colocações.Há meu ver o fato verdadeiro é que, os Árabes (Em sua maioria…)não querem a existência de Israel, de jeito nenhum. Há “pessoas/grupos” de ambos os lados(Israelenses e palestinos)que cometeram atrocidades neste embate, isso é fato. Outro fato, Israel é indelével. E por que?? Olhe para sua história e saberá o porque… E os palestinos, como ficam nessa história?? Olhe tambem a sua história e descobrirás o porque de viverem assim…

  4. O pior dos temas é a questão do retorno dos refugiados. Qualquer pessoa sabe que impossível o retorno deles para áreas hoje pertencentes ao Estado de Israel, e nenhum governante israelense em seu juízo perfeito pode aceitar esse retorno. Contudo, e por melhores que sejam as propostas de paz que vierem a ser oferecidas por líderes israelenses os palestinos sempre vão dizer não insistindo nessa questão

  5. Rogerio schneider fiz alguma perguntas a voce em um topico anterior, gostaria que voce as responde-las.
    mas ja vi que a sua arma diante de fatos ingaveis é o silencio.

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    Pra mim são tudo farinha do mesmo saco, e os videos mesmo mostram isso, um fala mau do outro e assim segue o enterro… ninguém é vitima nisso ai não, e mente quem fala que existe um lado que quer paz e outro não aceita… os dois lados são culpados de tudo o que acontece na região, pois não souberam resolver seus problemas pacificamente, então que se matem até os últimos cartuchos e os povos de paz herdem a terra… a humanidade seria melhor sem essas facções guerreiras na nossa espécie, seja facção de estado que de milicia armada!!
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    Não estão trazendo nada de bom ou de novo pra espécie, então que se lasquem os dois lados!!

  7. O titular do blog está de parabéns por ter escolhido como assunto os videos do Ayalon.
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    Os videos mostraram a destreza dos israelenses em defenderem seu ponto de vista e causaram furor entre os palestinos.

  8. TOMA QUE O FILHO É TEU-parte 1
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    Como alguns muito bem lembrou aqui sobre os refugiados palestino,devo salentar que o contigente de refugiado na Jordânia aumenta proporcionalmente aos assentamentos judaicos em terras palestinas,pois tal governo facista do Bibi,patrocina o êxodo palestino,os explusando de suas casa,uma família inteira.
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    Israel está transferindo o problema palestino para os seus vizinhos,não é de admirar que este governo do BIBI que é defendido por meia duzis de incautos seja odiado pelos seus vizinhos.
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    Como mentiras e artimanhas,querem supor que os palestinos não tem direito a sua terra por uma questão de competência;isso é de uma infatilidade beirando a uma bobagem;então amanhã poderemos expulsar qualquer um porisso de suas terra ou casa,iclusive os índios.
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    Aquela guerra em que os israelenses travaram para se defender,que é justo,não justifica se apropriar aquilo que é dos outros,aliás uma guerra que passou mais de 40 anos,eles ainda a utilizam para justicar a roubalheira da terras dos outros,invadindo as casas e expulsado os seus legitimos donos,coisa igual a isso só os nazistas quando invadiam outors países na II guerra mundial,expulsando para os campos de concentração.
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    OBS:
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    Eu estou só comparando os fatos atuais com os outros similares do passado;esse papo de antisemitismo não cola comigo.
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    Que para mim é mais uma artimanha do sionísmo internacional.

  9. Rogério, você não tem argumentos, e o que pior fala em atraso dos arábes, vai ler a história direito (se é que te adianta) e veras o desenvolvimento dos arábes, enquanto isso o mundo luta para viver e sempre estamos as voltas com guerras de perseguição feitas por certos povos ou contra certos povos. Portanto, não vem com essa que a Palestina é Judia, vai ver de quem era a terra de cannaã e depois nos diga quem são os invasores, isso se insistir nos teus argumentos facistas de povo escolhido por Deus. Que Deus é o teu? Porque não deve ser o nosso com toda certeza, o seu deus é o bezerro de ouro contra o qual Moisés lutou, mas o seu povo não quis ouvir e sempre não querem e não aprendem.

  10. Só um lado da história não vale

    Qd vi o título pensei logo na COMISSÃO DA VERDADE..

    Fica a sugestão para o Blog colocar matéria a respeito..

  11. Caro Sr. Rogerio Schneider,
    Atrasado ou não. Isto não tira o direito deles a tentar uma vida digna. Sem contar que é um comentário discriminatório.

    O seu texto é cheio de falsidades.

    Nós estamos em condições de ocupar toda a Palestina, disso não tenho qualquer dúvida, escreve Ben Gurion, o fundador de Israel, três meses antes da guerra de 1948
    http://diplomatique.uol.com.br/print.php?tipo=ac&id=2784&PHPSESSID=214ebd9b3d5b164f97b1bc741894a117

    Em seu livro Lord of the Land [3], Idith Zertal e Akiva Eldar demonstram a ligação entre as ações israelenses e as reações palestinas. Contrariamente ao que em geral se pensa, a maior parte dos atentados-suicidas foi na verdade uma retaliação aos assassinatos cometidos pelo Exército israelense, muitas vezes em períodos em que os palestinos pareciam ceder ou ao menos respeitar uma moderação auto-imposta.
    http://diplomatique.uol.com.br/acervo.php?id=2070&tipo=acervo&PHPSESSID=81643887ba78ec8e2c3d6f304c5e5946

  12. Caro Sr. Rogerio Schneider,

    O seu texto é cheio de falsidades.

    Vc deve decidir se é brasileiro ou se é israelense. Espero que entendas que ser israelense não é ser judeu e vice-versa, pois caso seja, isso seria racismo. Se há um estado judeu então há um estado racista. Como em um comentário anterior em outro artigo disse a alguém que se aquela terra é tua por direito por algum motivo (religioso etc) então deverias sair do Brasil, pois não tens direito de estar aqui. …Mas se acreditas que ao vir ao Brasil conquistasse o direito de estar entre nós deverias reconhecer o direito do povo palestino assim como reconhecemos o seu de estar no Brasil.
    O povo palestino que foi expulso (quase 1 milhão) de uma região da qual era autóctone.

  13. Tudo que Rogério disse é verdadeiro e bem fundamentado, nunca existiu um País chamado Palestina, essa região compunha-se tb da atual Jordânia e Israel só ficou com 20% dessas terras. Em 1948 Israel formou seu território, a Jordânia tomou uma parte do território e Egito outra parte de modo que os árabes locais não formaram um estado próprio. A OLP foi formada antes da ocupação dos territórios por Israel portanto sua missão não é a de libertar esses territórios e sim de destruir os Judeus da região.

  14. Israel tem hoje problemas que ainda não tinham, pois lidar contra armas é fácil, mas contra ideias e visões não, as pessoas acordam e veem a cada dia as diversas mentiras de Israel, difícil é achar hoje país onde a opinião pública da mais razão a Israel do que a Palestina, creio que nem nos EUA, e Israel não conta pois não é uma nação, é um ocupação criminosa, a terra é dos palestinos, independente da religião. Lembremos que nunca ouve uma país chamado Israel.

  15. A toda corja sionista que está postando aqui nesta matéria, eu gostaria que sua casa fosse ocupada por pessoas estranhas sobre prerrogativa lúdica. Fosse traçado linhas em seus cômodos impedindo-o de chegar ao banheiro, a cozinha, o quintal e a porta para a rua. Sua mãe e seus irmãos fossem assassinados com armas químicas e armas de grosso calibre, enquanto tentassem se defender com as mãos.

    Ao longo do tempo, o pouco que restou de sua casa fosse conquistado de você numa batalha em que sei pai morreu, restando-lhe somente um metro quadrado murado e cercado dentro da sua própria casa.

    Do fundo do coração.

  16. Nossa; quantos “brasileiros” tão interessados em temas de defesa que tem aparecido no blog, ultimamente?? Ferozmente defendendo os abusos de Israel aos Direitos palestinos. Será que seriam patriotas e se alistariam, ou apoiariam o Brasil caso esse declarasse guerra a Israel? Se por acaso um barco de ajuda humanitária desarmado cheio de brasileiros fosse atacado e 9 assassinados eles iriam ficar contra Israel e pedir retaliação??? A quem os senhores são leais ao Brasil ou Israel?? Apoiariam o Brasil? AH! DUVIDO!!! Não enganam ninguém, mal cheiro de sionista aparece rápido…
    Lembrem-se que o Governo Brasileiro apoia a criação do Estado Palestino e condena a ocupação ilegal israelense. Os senhores estão no país errado; estão perdendo seu tempo..

  17. Lysergic. NÃO desejo o mesmo para o senhor. Pois meus antepassados viveram isso na Espanha em 1474 a 1492, quando foram expulsos para Portugal e daí em diante só foi sofrimento e o pior foram ATOLEMADOS.

    Sr NobruRJ. Acaso o senhor é árabe, ou NATIVO DE PINDORAMA? Pois se for árabe eu entendo suas palavra E CASO O SENHOR SEJA NATIVO compreendo SUA REVINDICAÇÃO.

  18. Numa coisa admiro os sionistas, eles são organizados (aprenderam com os nazista), em qualquer fórum eles aparecem para comentar as façanhas dos judeus e diminuir a importancia do povo palestino…

  19. Tambem descendo de sefaradis fugidos da Espanha que aportaram no Brasil, e foram obrigados depois a serem lavados com a agua suja do catolicismo para sobreviverem, mas isso não me impede de ter uma visão justa da causa palestina…

  20. Em 63 a.C., os judeus foram conquistados pelo romano Pompeu, e nunca mais voltaram a ter nem vestígio de independência. O imperador Adriano, romano, finalmente os subjugou em circa 135 d.C. Adriano destruiu Jerusalém, reconstruiu-a sob outro nome e, por centenas de anos, nenhum judeu foi autorizado a entrar na cidade. Poucos judeus permaneceram na Palestina; a enorme maioria deles foram assassinados ou fugiram para outros países, na Diáspora, ou Grande Dispersão. Desde então, a Palestina deixou de ser terra dos judeus, por qualquer critério racional admissível.

    Isto aconteceu há 1.815 anos. E os judeus ainda aspiram solenemente à propriedade da Palestina! Se se admitir este tipo de fantasia, far-se-á dançar o mapa do mundo!

    Os italianos reclamarão a propriedade da Inglaterra, que os romanos dominaram por tanto tempo.

    A Inglaterra poderá reclamar a propriedade da França, “pátria” dos normandos conquistadores.

    Os normandos franceses poderão reclamar a propriedade da Noruega, “pátria” de seus ancestrais.

    Os árabes, além disto, poderemos reclamar a propriedade da Espanha, que dominamos por 700 anos.

    Muitos mexicanos reclamarão a propriedade da Espanha, “pátria” de seus pais ancestrais. Poderão exigir a propriedade também do Texas, que pertenceu aos mexicanos até há 100 anos.

    E, imaginem, se os índios norte-americanos reclamarem a propriedade da terra da qual foram os únicos, nativos, ancestrais donos, até há apenas 450 anos!

    http://grupobeatrice.blogspot.com/2010/06/aos-cidadaos-norte-americanos.html

  21. O OM pertence a vários povos milenares, entre eles os judeus. Os judeus resolveram lutar pelo seu pedaço de terra santa, pois acham que a Torá faz parte da sua existência. Não estão errados. Por outro lado, o povo palestino foi prejudicado, pois já estava ali há 2 mil anos. Nesse caso, os judeus tem o dever de criar um Estado para os seus primos palestinos. A minha sugestão, é que se aproprie do sul Líbano, norte de Israel, sudoeste da Síria e noroeste da Jordânia. Junta-se essas terras, e cria-se o Estado Palestino do tamanho de Israel. Pronto, resolvido. O Estado Palestino passa a ser aliado do Estado de Israel.

  22. Meu avô por parte de mãe era judeu, mas minha mãe não aderiu ao judaísmo e meu pai não era. Não fui criado no judaísmo. Depois da morte de meu pai, minha mãe namorou 2 judeus, sendo que o último lutou na Guerra na II GM e Guerra de 48. Então, eu conheço muito bem toda essa história. Os dois lados têm os seus motivos. Alguma solução vai ter que ser encontrada. Gostaria de ver 2 países: Israel e Palestina, e do mesmo tamanho. Já disse aqui como poderia ser.

  23. Concordo com o Dandolo.

    Porque os povos que são massacrados por aliados dos Estados Unidos não podem ter seus estados soberanos?

    Será que terão de esperar algum governo hostil para com os americanos e assim apoiarem um levante pela independencia????

  24. Dandolo disse:
    19/09/2011 às 21:09
    Meu avô por parte de mãe era judeu, mas minha mãe não aderiu ao judaísmo e meu pai não era. Não fui criado no judaísmo. Depois da morte de meu pai, minha mãe namorou 2 judeus, sendo que o último lutou na Guerra na II GM e Guerra de 48. Então, eu conheço muito bem toda essa história. Os dois lados têm os seus motivos. Alguma solução vai ter que ser encontrada. Gostaria de ver 2 países: Israel e Palestina, e do mesmo tamanho. Já disse aqui como poderia ser.

    A judeidade sê dá por meio da mãe. Isso significa que o pai pode ser nativo de Pindorama, afro descendente, gaulês, anglo saxônico e tudo mais, sendo a mãe de origem cristã nova, marrana, anusá, portuguesa de origem espanhola, á probabilidade é muito grande de ser judia sefaradiá.

    O status tribal é do pai.

  25. Os EUA são prepotentes e agem com arbitrariedade. Eles mesmos gostam de dizer: ” Vamos lutar pelos nossos interesses “.
    Sendo assim, os brasileiros terão que lutar também pelos seus interesses, fabricando armas nucleares.

  26. Generson de Gois Há Sefaradí disse:
    19/09/2011 às 16:00

    Caro senhor Generson, SOU BRASILEIRO e não tenho sangue árabe. Não é preciso ser árabe para ver as barbaridades cometidas pelos judeus. Essa falácia de que todos são estrangeiros na América só serve como argumento para os de coração apátrida como parece ser o seu caso. A pergunta que eu fiz serve ao senhor também. O senhor é Brasileiro ou Israelense? A Bíblia já diz que não se pode servir a dois senhores..isso não funciona, não existe lealdade.

  27. Estamos as vespera de outra derrota dos sionistas( conforme comentários de Pé-Cão , (os esqueletos caem do armário, falou lucasu !? )lembra jerusalém 63/70 AD…e os exiladosa hão de voltar a Palestina….ou essa tal ONU procura justiça ou não.

  28.  NobruRJ disse:
    20/09/2011 às 09:05
    19/09/2011 às 16:00
    Caro senhor Generson, SOU BRASILEIRO e não tenho sangue árabe. Não é preciso ser árabe para ver as barbaridades cometidas pelos judeus. Generson de Gois Há Sefaradí disse: IDEM AOS DRUSOS, ARABES E ETC. Essa falácia de que todos são estrangeiros na América só serve como argumento para os de coração apátrida como parece ser o seu caso. Generson de Gois Há Sefaradí disse: Á VERDADE DOI, MAIS SOIS INVASORES. A pergunta que eu fiz serve ao senhor também. O senhor é Brasileiro ou Israelense? Generson de Gois Há Sefaradí disse: NATIVO DE PINDORAMA POR TER AVÔ (NATIVO) DO LADO MATERNO, ISRAELIM POR PARTE DE PAI E MÃE, POIS AMBOS O SÃO. A Bíblia já diz que não se pode servir a dois senhores..isso não funciona, não existe lealdade. Generson de Gois Há Sefaradí disse: NÃO ACREDITO NA BIBLIA, MAS Á CONHEÇO EM DIVERÇAS VERSÕES PORTUGUESA E EM OUTRAS LIGUAS. A VERSÃO MAIS ANTIGA QUE POSSUO É DO SECULO XII, SOU LEAU AOS EXTREMOS E NÃO DUVIDE.
    Gostaria de deixar claro que não emiti nem uma opinião sobre a matéria. Conheço sobre o assunto, com algum detalhamento sobre a ocupação da área, hoje conhecida como Estado de Israel, Ex-Palestina, Ex-Filisteia e os senhorios em diversas Épocas, incluindo do império Otomano.

  29. Recentemente, conversando com um norte-americano, desfez-se o mistério. Disse-me ele que a maioria dos norte-americanos só sabem, sobre a Palestina, o que lêem na Bíblia. Dado que havia uma terra dos judeus no tempo de que a Bíblia fala, pensam eles, concluem que nada tenha mudado desde então.
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    Nada poderia ser mais distante da verdade. E, perdoem-me, é absurdo recorrer ao alvorecer da história, para concluir sobre quem ‘mereceria’ ser dono da Palestina de hoje. Contudo, os judeus fazem exatamente isto, e tenho de responder a este “clamor histórico”. Pergunto-me se algum dia houve no mundo fenômeno mais estranho do que um grupo de pessoas pretenderem, seriamente, reclamar direitos sobre uma terra, sob a alegação de que seus ancestrais ali teriam vivido há 2.000 anos!
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    Se lhes parecer que argumento em causa própria, convido-os a ler a história documentada do período e verificar os fatos.
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    Registros fragmentados, que são os que há, indicam que os judeus viviam como nômades e chegaram do sul do Iraque ao sul da Palestina, onde permaneceram por pouco tempo; e então moveram-se para o Egito, onde permaneceram por cerca de 400 anos. À altura do ano 1300 a.C. (pelo calendário ocidental), deixaram o Egito e gradualmente dominaram alguns – mas não todos – os habitantes da Palestina.
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    É significativo que os Filisteus – não os judeus – tenham dado nome ao país. “Palestina” é, simplesmente, a forma grega equivalente a “Philistia”.
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    Só uma vez, durante o império de David e Salomão, os judeus chegaram a controlar quase toda – mas não toda – a terra que hoje corresponde à Palestina. Este império durou apenas 70 anos e terminou em 926 a.C. Apenas 250 anos depois, o Reino de Judá já estava reduzido a uma pequena província em torno de Jerusalém, com território equivalente a 1/4 da Palestina de hoje.
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    Em 63 a.C., os judeus foram conquistados pelo romano Pompeu, e nunca mais voltaram a ter nem vestígio de independência. O imperador Adriano, romano, finalmente os subjugou em circa 135 d.C. Adriano destruiu Jerusalém, reconstruiu-a sob outro nome e, por centenas de anos, nenhum judeu foi autorizado a entrar na cidade. Poucos judeus permaneceram na Palestina; a enorme maioria deles foram assassinados ou fugiram para outros países, na Diáspora, ou Grande Dispersão. Desde então, a Palestina deixou de ser terra dos judeus, por qualquer critério racional admissível.
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    Isto aconteceu há 1.815 anos. E os judeus ainda aspiram solenemente à propriedade da Palestina! Se se admitir este tipo de fantasia, far-se-á dançar o mapa do mundo!
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    Os italianos reclamarão a propriedade da Inglaterra, que os romanos dominaram por tanto tempo. A Inglaterra poderá reclamar a propriedade da França, “pátria” dos normandos conquistadores. Os normandos franceses poderão reclamar a propriedade da Noruega, “pátria” de seus ancestrais. Os árabes, além disto, poderemos reclamar a propriedade da Espanha, que dominamos por 700 anos.
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    Muitos mexicanos reclamarão a propriedade da Espanha, “pátria” de seus pais ancestrais. Poderão exigir a propriedade também do Texas, que pertenceu aos mexicanos até há 100 anos. E imaginem se os índios norte-americanos reclamarem a propriedade da terra da qual foram os únicos, nativos, ancestrais donos, até há apenas 450 anos!
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    Leia o texto completo em (http://grupobeatrice.blogspot.com/2010/06/aos-cidadaos-norte-americanos.html)

  30. Generson de Gois Há Sefaradí disse:
    20/09/2011 às 23:15

    Obrigado por sua resposta. Como a maioria que tem aparecido aqui no blog quando o assunto é Israel, o senhor só é leal ao Sião Internacional. Para mim não é surpresa.

  31. COBERTURA ESPECIAL – Especial DitaBranda
    21 de Setembro, 2011 – 09:50 ( Brasília )
    Os militares dão aula de democracia, especialmente às esquerdas!
    General Ademar e eu: terceira vez no Comando Militar do Sudeste, com muita honra!
    A A A
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    O jornalista Reinaldo Azevedo no do V Ciclo de Palestras de Comunicação Social do Comando Militar do Sudeste. Reinaldo Azevedo

    A quantidade de bobagens que a petralhada é capaz de produzir é uma coisa formidável!

    Participei ontem do V Ciclo de Palestras de Comunicação Social do Comando Militar do Sudeste. “V”, entenderam? O evento acontece há cinco anos! É a terceira vez que estive lá: falei no de 2009 e recebi uma condecoração em 2010, o que muito me honra. Gosto de estar entre pessoas decentes, que seguem a Constituição e as leis. É inútil me procurar em marchas da maconha, por exemplo… “Palestra para militares, é? Estava tentando convencê-los a dar um golpe?”, provocou um bobalhão.

    A ironia é tão cretina que talvez não merecesse estar aqui. Mas ela vem bem a calhar. Quis a evolução da vida política e social brasileira que o ambiente militar seja hoje mais pluralista e aberto à divergência do que as nossas universidades, especialmente as públicas, onde grupelhos se impõem pela força, pela violência, pela intimidação, silenciando o contraditário. Sabem o que isso significa?

    E reproduzo aqui a minha fala final no evento desta terça, parafraseando Talleyrand sobre os Bourbons: os militares podem não ter esquecido nada, mas aprenderam coisas novas; as esquerdas autoritárias não esqueceram nada, mas também não aprenderam nada, Eu era apenas um dos convidados.

    Na segunda, falaram o chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, general Carlos Alberto Neiva Barcellos; o jornalista Carlos Nascimento, do SBT; o jornalista e escritor Laurentino Gomes e o presidente do Instituto Vladimir Herzog, Nemércio Nogueira.

    Na terça, além deste escriba, estiveram lá o publicitário José Luiz Martins; o vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Audálio Dantas, e o jornalista e comentarista esportivo Sílvio Luiz. Amanhã, se não houver mudança na programação, estão previstas as presenças de Felipe Bueno, diretor de jornalismo da Rádio Sulamérica Trânsito; Marcelo Rezende, jornalista da TV Record; Hans Donner, diretor de Arte da Rede Globo, e Sandra Annemberg, jornalista e apresentadora da Rede Globo; na quinta, Heródoto Barbeiro, jornalista e apresentador da Record News.

    Como se nota, há profissionais de áreas distintas da imprensa e que não comungam na mesma igreja de pensamento. A platéia é formada por oficiais do Exército e por estudantes de várias faculdades de jornalismo. O general Ademar da Costa Machado Filho, comandante militar do Sudeste, deu uma aula de espírito democrático e civilidade: “Eu costumo dizer, Reinaldo, que aqui não existe hierarquia para as idéias; a hierarquia existe e é aplicada quando tomamos uma decisão, mas eu costumo sempre ouvir a minha equipe”. Eis aí! Quem dera se pudesse respirar essa esfera nas universidades brasileiras, não é mesmo?

    Sobre o que eu falei?

    O título da minha palestra é longo, quase uma dissertação, sugerido por mim, como ficará claro: “Pluralismo, na imprensa, não significa verdade relativa. A verdade segue sendo uma só”. Como o nome sugere, critiquei a grande confusão que se faz no jornalismo brasileiro hoje em dia entre “outro lado” e “outro-ladismo”. É evidente que pessoas que estejam sendo acusadas de um crime ou de um ato ilícito devem ser ouvidas para apresentar a sua versão. Isso não quer dizer, no entanto, que a verdade seja uma questão de ponto de vista. A gente pode até não conhecê-la, mas ela existe.

    O “outro-ladismo” é a manifestação viciosa, perniciosa, do “outro lado”. Há um exemplo
    escancarado no dias que correm. Quantas reportagens vocês já leram em que Marina Silva aparece afirmando que a proposta de Aldo Rebelo para o novo Código Florestal anistia desmatadores? No fim do texto, na hipótese benigna, registra-se: “Rebelo nega”. Notem: se um diz a verdade, o outro mente. É simples assim. Que tal ler o que diz o documento? Ou há anistia ali ou não há. Não basta ao jornalista ouvir “um lado”, ouvir o “outro lado” e dar a coisa por encerrada. Quem ler o código vai constatar que ele NÃO PROPÕE A ANISTIA COISA NENHUMA! Também não aumenta o desmatamento, como dizem. É matéria de fato, não se gosto.

    E é uma obrigação do jornalista trabalhar com os fatos. Ou seja: Aldo não mente!

    Foi um bate-papo proveitoso, divertido, com intervenções inteligentes dos estudantes e dos militares presentes. Chamam a atenção, em particular, a cultura, o bom humor e a conversa agradável de jovens oficiais, muito distantes do sectarismo rombudo e ignorante daquela meia-dúzia, que tem mais ou menos a mesma idade dos soldados, que costuma tiranizar as universidades brasileiras com suas idéias “revolucionárias” para o século… 19!

    Saúdo, mais uma vez, o general Ademar. Estivesse ele numa das nossas tristes que têm hierarquia, e ela só não se mostra na hora de tomar decisões.

    São os militares dando aula de democracia às nossas esquerdas.

    http://www.defesanet.com.br/dita/noticia/2845/Os-militares-dao-aula-de-democracia–especialmente-as-esquerdas-

  32. Os palestinos precisam de nove votos, mas os Estados Unidos – um dos cinco membros permanentes com direito a veto – já anunciaram que vetarão a medida, o que impediria a sua aprovação, O Brasil ocupa atualmente uma das vagas rotativas do Conselho de Segurança da ONU, sonha em ser membro permanente, isso pode até acontecer um dia desse ai, mas jamais terá direito a veto. Traduzindo: nosso voto não vale nada mesmo. ponto final…

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