O esforço da empobrecida Coreia do Norte para dinamizar suas relações econômicas com a China e a Rússia parece estar dando frutos no extremo norte do país, onde estrangeiros estão muito ocupados ajudando a reconstruir uma infraestrutura esfacelada.
Uma autoridade local disse a repórteres na terça-feira que China e Rússia investiram pesadamente na região para ganhar acesso a três portos norte-coreanos do leste, nas cidades de Rain e Songvon, as quais são a entrada principal para a Zona Econômica Especial de Rason, uma área fechada da Coreia do Norte.
“Rason está bem situada geograficamente e apresenta condições favoráveis para investimento”, disse o vice-prefeito da cidade, Hwang Chol-nam, por meio de um intérprete.
Os portos vão cortar em mais da metade a distância que as empresas chinesas precisam percorrer para o transporte de mercadorias entre Yanji, localidade sem acesso ao mar, situada na província de Jilin, e o grande centro industrial de Dalian, que é um importante entreposto portuário para o nordeste da China.
Empobrecida e em situação difícil por causa das sanções internacionais por ter feito uma série de testes nucleares e de mísseis a partir de 2006, a Coreia do Norte vem recorrendo à China e à Rússia em busca de apoio para preencher o vácuo deixado pela retirada da ajuda econômica por parte dos Estados Unidos e Coreia do Sul.
Nos últimos 15 meses, o líder do país, Kim Jong-il – que raramente viaja para o exterior – visitou por quatro vezes a China e na semana passada foi pela primeira vez à Rússia em quase uma década.
As visitas de Kim têm principalmente a meta de obter ajuda econômica e levantam especulações de que ele possa finalmente estar abrindo uma das economias mais fechadas do mundo.
Em junho o país anunciou que trabalharia com a China para fazer a zona especial de Rason funcionar, bem como outra região semelhante, no oeste, na ilha de Hwanggumpyong, perto da cidade chinesa de Dandong.
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