Comandante teria dormido em voo

http://blogdosamico.com/wp-content/uploads/2011/06/af447-176x.jpgCaixas-pretas de avião da Air France trariam falas de piloto dizendo que deixaria cabine mesmo antevendo tempestade

As gravações contidas nas caixas-pretas e que não foram divulgadas ao público revelam que os pilotos do vôo Rio–Paris não modificaram a rota do avião apesar de uma região de tempestade, escreve o jornal francês Le Figaro que circulará hoje. Esses elementos não teriam sido publicados para proteger a Air France e os tripulantes e porque eles não explicam o drama ocorrido em 31 de maio de 2009 e a queda do avião no Atlântico, provocando 228 mortes, diz o diário.

Apesar de todos os aviões presentes naquela zona terem optado por modificar a rota para evitar uma região de cúmulos-nimbus (nuvens pesadas), o comandante a bordo do vôo AF 447 teria dito a seu colega: “Não vamos nos deixar chatear pelos cunimbs”, relata o Le Figaro. Os cunimbs são os cúmulos nimbus carregados de gelo, capazes de provocar o congelamento das sondas de velocidade Pitot. O AF 447 modificou sua trajetória em 12 graus apenas ao se aproximar de um fenômeno meteorológico. Seria muito tarde para evitá-lo.

http://1.bp.blogspot.com/-C5ecvIAQ3hc/TdMNYt_Jw_I/AAAAAAAAAPs/uGaQP0eE4GM/s1600/AF447.jpgSegundo o jornal, 20 minutos antes do acidente, o comandante de bordo anunciou: “Vai ter turbulência quando eu for me deitar”. Depois, no momento em que deixa o cockpit, diz: “Bem, vamos lá, estou fora”. O comandante, portanto, teria se deitado um pouco antes sabendo das turbulências que marcariam o início do drama.

A polêmica desencadeada pelos pilotos sobre o último relatório do escritório francês de investigação e análise (BEA) “é, portanto, mal recebida pelos membros do BEA, que garantem não privilegiar nem a Air France nem a Airbus”, ressalta o Le Figaro.

O anúncio da retirada do relatório oficial sobre o acidente do vôo Rio–Paris de uma recomendação sobre o alarme de interrupção de contato relançou no início da semana a guerra entre os atores do dossiê, com implicações para a Aeronáutica. Diante das críticas ao BEA, suspeito de querer preservar a construtora Airbus, o ministro dos Transportes, Thierry Mariani, defendeu na quarta-feira uma “investigação exemplar”. No seu relatório, o organismo encarregado das investigações técnicas levantou em questão a formação e a reação da tripulação depois da perda de contato do Airbus A330.

Fonte: EstadodeMinas via Notimp

7 Comentários

  1. sinceramente acho que tão querendo culpar os pilotos pra não apontar possíveis falhas no air bus …. gostaria que o conteúdo das caixas pretas fossem divulgado… senão vai ter marmelada com champanhe

  2. Sinceramente, acredito que quem derrubou o AF447 foi a prepotência e a arrogância.
    Todos sabem que quanto mais experiente, menos prudência se tem. Este, pelo menos parece, foi um caso típico. As outras falhas também existiram, mas talvez nem tivessem ocorrido se não tivessem mantido a rota.

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    Sempre aparecem com “Novas” sobre os pilotos, mas o resultado final ainda não saiu, vamos esperar pra ver o que dizem oficialmente pra poder fazer analises privadas…
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    Valeu!!

  4. No inicio quando houve o acidente tentaram culpar as autoridades brasileiras! até o momento só a especulações por parte das autoridades que estudam o acidente !

  5. Isso é histórico. Qualquer investigação que se é feita sobre acidentes ocorridos com os aviões da Boeing, sempre acabam sendo culpados os pilotos. Longa data com sistema de voo que fazem a aeronave voa sozinha, ampliando ainda mais a capacidade de “consciência virtual” o “AP”. O problema é conseguir desligar este sistema quando aparenta falhas… ai, meu amigo, segue o vídeo sobre o ocorrido, do sistema francês que derrubou o primeiro protótipo. Vejam bem, nem o piloto conseguiu desabilitar estes
    sistema.
    http://www.youtube.com/watch?v=zASPU__VHv8
    Estou para ver o primeiro acidente com o A380. Não será com falha nas turbinas, pois somente 2 o manterão em voo estável, mas por problemas no mesmo sistema.

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