Os desafios do PNAE

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É preciso investir e contratar mais

Entrevista – Fernando Morais, presidente do SINDCT

OV: A construção da nova torre de lançamento de foguetes brasileiros de Alcântara foi concluída. Como a entidade avalia essa nova etapa do Programa Espacial Brasileiro?

FM: O posicionamento do Sindicato dos Servidores Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Vale do Paraíba é de que a reconstrução da TMI (Torre Móvel de Integração) é o pagamento de uma dívida que o governo federal tem para com o Brasil.

OV: Por que?

FM: O Programa Espacial Brasileiro tem sido descontinuado ao longo de décadas. A reconstrução da torre, após o acidente que destruiu o equipamento , passou a ser um compromisso moral do governo com o país.

OV: A Agência Espacial Brasileira reavalia o PNAE ( Programa Nacional de Atividades Espaciais). O que isso representa?

FM: Todo ano é feita uma avaliação crítica do PNAE. É bom que se faça para que ele seja mesmo eficiente, mas não adianta ficar só no papel. O PNAE tem que ser um programa de Estado e não de governo. Entra governo e sai governo e o programa não avança por causa disso.

OV: O governo Dilma Rousseff (PT) tem afirmado que o Programa Espacial é prioritário.

FM: Diversos presidentes afirmaram que o programa seria prioritário. Acontece que, ao longo dos últimos governos, isso ficou no papel. É preciso implementar as ações de verdade.

OV: Falta de recursos financeiros e humanos são desafios sempre presentes na pauta de reivindicações do sindicato.

FM: São problemas sérios. A falta de profissionais especializados pode comprometer o programa. Não há vaga no Inpe e no IAE, principais responsáveis pelo Programa Espacial.

OV: Como está essa questão?

FM: Nos próximos anos serão necessários pelo menos mais 3.000 funcionários para os dois institutos entre reposição de mão-de-obra e ampliação do quadro. No IAE, por exemplo, quase 200 servidores já poderiam ter se aposentado, mas o DCTA não autoriza. O INPE já teve 1.600 servidores e hoje tem 1.050. A nossa briga é para a abertura de concurso.

Os desafios para o Programa Nacional de Atividades Espaciais

Por Chico Pereira

Em fase de revisão crítica pelo governo federal, o PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais) deve ganhar novas diretrizes e prioridades a partir deste ano.

O diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira, Himilcon Carvalho, informou ao O VALE que, além dos projetos em andamento, como o satélite de sensoriamento remoto CBERS-3 (resultado da cooperação Brasil-China) e do Amazônia-1, para o monitoramento da região amazônica, novas prioridades devem ser incorporadas ao programa.

Demandas. O governo quer que o PNAE seja atualizado para atender novas demandas na área de segurança, monitoramento de fronteiras, espaço aéreo, previsão meteorológica e na prevenção de tragédias como a ocorrida no começo deste ano na região serrana do Estado do Rio de Janeiro.

Outro viés que o programa deve incorporar será uma maior participação da iniciativa privada no gerenciamento e execução de projetos.

Atualmente, todo o Programa Espacial Brasileiro é resultado dos esforços conjuntos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), vinculado ao Ministério da Defesa.

Recentemente, o presidente da AEB, Marco Antonio Raupp, defendeu uma maior participação da iniciativa privada no PNAE, no gerenciamento e execução dos projetos concebidos pelo Inpe e DCTA.

Fonte: Jornal O Vale

8 Comentários

  1. Parabéns!!! Quero ver nosso VLS subindo e se tornando respeitado mundo a fora, e sei que trará lucro.
    CAMPANHA “JOBIM PRESIDENTE 2015”. ABS…

  2. caara, uma so palavra pode descrever esse momento:
    MILAGRE! mais s esse VLS subir msm — Deus queira q ele suba! — ai vai nao vai mais ser milagre nao, vai ser:
    Sonho q virou realidade, tipo um nerd pegar a gostosa da sala. rsrs
    Nossa, essa AEb num serve pra nada msm…gente, vamos criar a CAEB, a Confederação Aero-Espacial Brasileira, o nosso programa espacial num tem uma nasa de verdade, mas sim um monte de equipes separadas…e nao, nao sou OKBs russas, nem chega perto.
    enfim, sorte ao pnae, ao novo presidente da AEb, e q a dilma nao fique so na promessa, pq dilma, eu votei em vc!
    Fuizz!

  3. O governo Lula apoiou o projeto ainda que com poucos recursos e espero que o governo Dilma de continuação e se puder aumente o oçamento, ele falou bem o programa espacial tem que ter um futuro garantido, e se amanha entra um governo que não se interece pelo programa?
    .
    Esse programa é muito importante para o futuro e para o orgulho dos brasileiros

  4. A NASA Brasileira fica no Maranhão ?
    Então eu não apoio. Motivo: A terra do Sarney.
    Coloquem a NASA do Brasil na Ilha de Marajó.

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