Cachorros são os novos guerreiros adorados do campo de batalha

http://www.travelglobep.com/wp-content/uploads/2011/03/Military_dog_in_Afghanistan_being_prepared_for_a_helicopter_hoist.jpgEm conflitos como no Afeganistão, cães são tratados como outros militares quaisquer e vêm sendo cada vez mais valorizados

Por Elisabeth Bumiller

Os fuzileiros navais faziam uma patrulha a pé no ano passado no reduto Taleban de Marjah, no Afeganistão, quando atiraram e mataram uma ameaça letal: um cão local que cometeu o erro de atacar o labrador da equipe.

O capitão Manuel Zepeda, comandante da Companhia F do Segundo Batalhão, não se desculpou. Se o cachorro da patrulha fosse ferido eles teriam perdido a sua melhor arma para detectar bombas – e teriam chamado um helicóptero para retirada médica, assim como fariam para um ser humano. Um ataque contra o labrador era um ataque a um companheiro de luta.

Como Zepeda explicou naquele dia: “Nós consideramos o cão um outro fuzileiro”.

O cachorro que participou da ação da equipe Seal da Marinha à fortaleza onde Osama bin Laden estava escondido tem gerado uma onda de interesse nos cães militares, que têm sido utilizados pelos Estados Unidos desde a Primeira Guerra Mundial. Agora, mais valorizados do que nunca, eles se veem em cada vez mais ações no Afeganistão.

As tropas americanas podem estar começando a voltar para casa neste verão, mas mais cachorros chhegam ao país diariamente. Em 2007, os fuzileiros navais iniciaram um programa piloto no Afeganistão com nove cães farejadores, número que cresceu para 350 e deve chegar a quase 650 até o fim do ano. Em todo o mundo, cerca de 2,7 mil cães estão no serviço ativo nas Forças Armadas dos Estados Unidos. Uma década atrás, antes dos ataques de 11 de Setembro de 2001, havia 1,8 mil.

“A maioria do público não está ciente de que estes cães aumentam a segurança nacional”, disse Gerry Proctor, porta-voz dos programas de treinamento na Base Aérea de Lackland, no Texas.

Os cães são usados para proteção, busca, rastreamento e salvamento, mas os militares também dependem cada vez deles para farejar bombas caseiras que causam a maioria de mortes de soldados americanos no Afeganistão. Até o momento, nenhuma tecnologia humana ou de origem humana pode fazer melhor.

Raças

Entre os militares, as raças escolhidas são geralmente o pastor alemão e o pastor belga, ou malinois, mas no Afeganistão os fuzileiros dependem do labrador por causa do seu ótimo faro, sua postura não agressiva e temperamento ansioso por agradar. Os labradores agora acompanham muitos patrulhas a pé na província de Helmand, no sul do Afeganistão, vagando sem coleira na frente do pelotão como detectores de bomba. Esse é o trabalho vital de um cão treinado que custa caro (o custo para os militares americanos é de cerca de US$ 40 mil por cão), mas no fim, um cão é um cão.

Na primavera passada em uma patrulha no distrito de Garmsir, um labrador chamado Tango liderava um pequeno grupo de fuzileiros navais em uma estrada de terra que leva a uma aldeia quando o cão de repente deitou sobre as quatro patas, abanando o rabo – um sinal de que havia detectado explosivos nas proximidades. A patrulha parou enquanto a equipe de explosivos investigava. Nenhuma bomba foi encontrada e a patrulha continuou, mas na volta o cão, sofrendo no calor de 40º e, como a maioria dos labradores, um bom nadador, abandonou suas funções e pulou em um canal de irrigação para se refrescar. Mas então ele não conseguia subir de volta até o barranco. Um dos fuzileiros finalmente saltou para dentro do canal e carregou o cachorro para fora em seus braços.

Os laços que nascem no campo de batalha entre os labradores e os fuzileiros responsáveis por eles já são histórias de guerra de fazer o coração bater mais forte. Mas poucas tiveram o impacto emocional da história do soldado Colton W. Rusk, um jovem de 20 anos responsável pela metralhadora do grupo e adestrador de cães que foi morto em dezembro por franco-atiradores em Sangin, uma das áreas mais letais de Helmand. Durante sua atuação no país, Rusk enviou inúmeras fotos e notícias sobre o seu cão Eli, um labrador preto, aos seus pais. Quando Rusk foi baleado, oficiais da Marinha disseram a seus pais, Eli se colocou na frente dele para tentar protegê-lo.

Eli, que tem três anos de idade, foi aposentado precocemente dos militares e adotado em fevereiro pelos pais de Rusk, Darrell e Kathy. “Ele é um conforto muito grande para nós”, disse Kathy Rusk em entrevista por telefone de sua casa em Orange Grove, Texas.

Após a cerimônia de aposentadoria, eles levaram o cão pela primeira vez para sua casa. “Ele entrou e correu para o quarto de Colton. Foi o primeiro lugar para onde foi”, disse Kathy Rusk. “Ele cheirou tudo e pulou na sua cama”.

Até agora, 20 labradores dos 350 enviados ao Afeganistão foram mortos em ação desde que o programa teve início, a maioria em explosões de bombas caseiras, segundo oficiais. Dentro do Comando de Operações Especiais, casa do cão que participou da missão de caça a Bin Laden, cerca de 34 cães foram mortos em serviço, entre 2006 e 2009, disse o porta-voz major Wes Ticer. Tal como os seus manipuladores, os cães que sobrevivem são enviados a outras incursões, às vezes até quatro. Os cães costumam se aposentar do serviço militar com 8 ou 9 anos.

Para o público americano, cansado de quase 10 anos de guerra, os cães são uma maneira de se relacionar com o que acontece no campo de batalha, como o status de celebridade concedido ao cão desconhecido que participou da ação contra Bin Laden demonstra. (O presidente Barack Obama é um dos poucos americanos que conheceu o cão, em uma sessão a portas fechadas com a equipe Seal na semana passada.)

Poucos compreendem o apelo de cães em uma batalha melhor do que Rebecca Frankel, editora-adjunto de gestão do site ForeignPolicy.com. Na semana passada, ela publicou um ensaio fotográfico sobre os cães de guerra, que incluía suas fotos favoritas de cães saltando de helicópteros e relaxando com os fuzileiros navais. O ensaio fotográfico rapidamente se tornou viral, com 6,5 milhões de visitantes até hoje – um recorde para o site.

“Eu acho que as pessoas adoram esses cães”, disse Frankel em uma entrevista. “Eu também. Mas sua contribuição é significativa. Esses cães são sérios”.

Fonte IG publicado no The New York Times

17 Comentários

  1. Os russos usaram cães com explosivos para destruir Tanques de Guerra alemães na II GM, e obtiveram êxito. O explosivo era liberado por controle remoto. Muito interessante.
    Golfinhos podem ser utilizados para destruir embarcações e submarinos inimigos,da mesma maneira.
    O cruzamento genético de macacos, golfinhos, cães e onças, com seres humanos, para serem utilizados em guerra, poderá ser uma prática futura. Eu sou a favor dessas experiências.

  2. rsrsrssr

    parem de cheirar pelo amor de Deus…rsrsrs

    ja sei vamos criar pulgas com o DNA alterado … com plutonio… um pelotão de pulgas radioativas.rsrsrsr

    ps. nosso problema é de defesa…não de ataque.

  3. O Dandolo tem quantos anos? 2?

    Nunca vi tanto coméntário estúpido quanto desse garoto. Esquerdopata que so fala besteira.

  4. Opssss, este assunto é antigo, é bem antigo e bote antigo nisso, de tempos imemóriais. Os PIRATAS fascistas ianques só copiam. Só não sei onde estão os defensores dos animais, será que estão nos Rodeios mundo à fora?? Procuro em Barretos???

    Mastim Napolitano

    Nápole, cidade italiana, encravada na região da Campânia, é banhada pelo Mar Tirreno e no verão ostenta um dos céus mais azuis do país. A máfia italiana, porém, a vê com bons olhos não pelo excelente clima, mas sim por ser o berço da Camorra – um dos ramos mais importantes, eficientes e lucrativos da família – e também de Al Capone, o lendário gângster que enriqueceu sob os auspícios da Lei Seca nos EUA dos anos 30. Nada mais natural que o Mastim Napolitano, em 1946, depois de anos quase extinto, ressurgisse em Napole. Seu arrebatamento, força física e apego à família são traços típicos das terras napolitanas.

    A espessa névoa do tempo encobre as origens mais remotas do Mastim, ou Mastim Napolitano, como preferem seus criadores mais ortodoxos. Há muitas hipóteses para seu surgimento, todas passíveis de crédito. Alguns afirmam que ele seria descendente dos cães que Alexandre, o Grande, conheceu na Grécia e logo trouxe a Roma. Outros sustentam que seria descendente direto dos molossos romanos, usados nas guerras contra os exércitos inimigos. Ainda há quem credite sua ascendência ao cruzamento entre os molossos romanos e os “Pugnaces Britannie”, trazidos da Inglaterra pelos soldados romanos.

    Por último há a possibilidade de ter sido trazido ao Mediterrâneo em navios fenícios, há milênios. Estas suposições têm em comum a crença que o progenitor do Mastim seria um cão de características molossóicas que viveu no Tibete. Porém, alguns estudiosos discordam desta linha de raciocínio e investigam o passado do Mastim em cães europeus.

    Se a origem é indefinida ainda, a época da aparição está bem registrada por Columela, um grande orador da Roma antiga: “o cão guardião da casa deve ser preto, ou escuro, para atemorizar o ladrão de dia e poder atacá-lo à noite, sem ser visto. A cabeça é tão importante que se apresenta como a parte mais importante do corpo, as orelhas são caídas e pendem para a frente…”

    Além de ser usado para guarda, seu trabalho junto ao Exército era importantíssimo. Como as lutas eram corpo-a-corpo, a investida de centenas destes cães – cada soldado romano possuía um exemplar – representava muitas baixas no exército inimigo. Foi usado também para diversão do público em lutas contra touros nas arenas.

    Há algumas indicações de ter sido utilizado também para sacrifício de cristãos. Para Enrico Furio Dominici, em Florianópolis – SC, um italiano criador de Mastins há 16 anos, esse uso da raça não aconteceu, “o Mastim nunca foi usado para matar cristãos, eles só atacam para defender o dono e seu território. Já vi alguns filmes americanos que mostram esse absurdo. Em Roma, no Coliseu, os cristãos eram devorados por leões. Qualquer um que visite o Coliseu poderá comprovar isso, junto aos guias turísticos.

    FONTES DIVERSAS

  5. Sempre usou cães militarmente…É uma equação simples de resultado exato.Alimente Totó sempre debaixo de blindados.Quando formos invadidos soltem o faminto Totó e ele verá um enorme blindado anfibio de desembarque sofisticado que ele jamais tinha visto igual pois acostumou-se com nossas sucatas e pensará “Ebááá um enorme sacão de Pedrigre Champ” e TCHUMMMM Gringos enlatados a menos……….Temos Cães Militares e Policiais ate com patentes de oficiais.Fieis como o homem não pode ser e dedicados na missãoes animais são dignos de orgulho e não de deboche.

  6. Americanos treinaram golfinhos para destruir submarinos russos.
    Colocaram genes humanos em porcos para que ficassem sem gordura.
    Vamos treinar onças para pegar os nossos inimigos na selva.
    Tem que ser uma onça geneticamente modificada e estéril.
    Na guerra vale tudo.

  7. Aníbal e indianos usavam elefantes blindados para matar os seus inimigos. Os chineses usavam touros com lanças, com fogo no rabo.

  8. Espero que o CIGS desenvolva geneticamente a onça guerreira. Precisamos duma onça que converse com a pessoa, tais como alguns cães pastores alemães. O golfinho e a baleia orca já conversa. Como desenvolver essa onça inteligente ? Os geneticistas militares sabem como. Tem onça burra e onça inteligente. Vamos cruzar as inteligentes e submissas. Podemos desenvolver também as antas (burro de carga), mas será um chamariz para as onças, por isso não daria certo.
    O Guerreiro de Selva diz para a sua onça: Pega o gringo.
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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