Parceria entre Odebrecht e Mectron avança e acordo pode sair até abril

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Virgínia Silveira

A parceria estratégica que vem sendo costurada entre o grupo Odebrecht e a fabricante de mísseis Mectron, de São José dos Campos (SP), está em fase adiantada e a expectativa, segundo uma fonte próxima ao negócio, é de que um acordo entre as duas empresas seja anunciado durante a LAAD (sigla em inglês de Latin America Aero & Defense), maior feira de defesa e segurança da América Latina. O evento, que ocorre a cada dois anos, será realizado entre os dias 12 e 15 de abril, no Rio Centro, no Rio de Janeiro.

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, disse que a parceria entre a Mectron e a Odebrecht envolve participação acionária, o que ele vê de forma positiva. “As empresas brasileiras do setor de defesa precisam de aporte de capital para se firmar e atender às demandas do governo e do mercado”, afirmou. Saito confirmou que a Embraer também está negociando esse tipo de parceria com empresas menores, que necessitam de recursos.

“Isso é muito bom para a indústria de defesa e estou acompanhando de perto esse movimento no setor”, afirmou. O brigadeiro da Aeronáutica participou, na sexta-feira, da cerimônia de comemoração dos 20 anos de atividades da Mectron. Além de autoridades militares e empresários do setor, a solenidade contou com a presença dos diretores do grupo Odebrecht.

Sobre os cortes no orçamento do Ministério da Defesa, o diretor da Mectron, Rogério Salvador, disse que está preocupado com os reflexos que a medida possa ter nos projetos da área de defesa. O comandante Juniti Saito estima um corte da ordem de R$ 1,2 bilhão no orçamento da Aeronáutica, de um total de R$ 4 bilhões que serão contingenciados no Ministério da Defesa. “A minha esperança é de que o governo recomponha esse orçamento no decorrer do ano”, afirmou.

Embora sejam considerados estratégicos, os programas do novo avião cargueiro KC-390 – desenvolvido pela Embraer -, dos helicópteros comprados da França e da modernização da frota de 46 caças AMX, também devem ser afetados pelos cortes no orçamento da Defesa este ano. “No caso do KC-390, vamos fazer um grande esforço para seguir o cronograma, pois existe um time trabalhando no seu desenvolvimento que não pode ser perdido, sob pena de termos outros concorrentes nessa área”, afirmou o comandante Saito.

Segundo o chefe da Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (Sefa), brigadeiro Aprígio Eduardo de Moura Azevedo, o KC-390 tinha previstos para este ano investimentos da ordem de R$ 230 milhões. Para o programa dos helicópteros das Forças Armadas, que está a cargo da empresa francesa Eurocopter, junto com a Helibras, a FAB reservou outros R$ 200 milhões. “Esses dois projetos têm um caminho assegurado, pelo valor estratégico que representam para o país”, disse.

Embora o KC-390 seja um projeto feito em parceria com outros países – até agora Argentina, Chile, Colômbia, República Tcheca e Portugal assinaram acordo para participar do programa -, a Embraer é responsável pelo desenvolvimento de todo o avião e do seu ferramental, além da fabricação de dois protótipos. O projeto é propriedade intelectual da FAB.

Em maio, a Embraer inicia a fase de união de todos os fornecedores selecionados para participar do desenvolvimento da aeronave. Antes disso, até o fim de março, serão anunciados os nomes de todas as empresas que estarão envolvidas no projeto.

Fonte: Valor via NOTIMP

14 Comentários

  1. NÃO ACREDITO NESSES CORTES!
    1 – Ano passado que a Economia esta em crise houve investimentos pesado do Governo e esse ano não vai ter!!
    2 – Todo o começo de um prefeito, governador ou presidente, não importa o lado que ele esta, tem que se fazerem cortes ou concessões, para mostrar serviço, e normal.
    3 – Essas políticas podem ser implementadas de acordo com os setores estratégicos dos governos, a forças Armadas é de fato estratégicos para qualquer governo menos PSDB (Direita)
    4 – Acredito que isso é de fato para colocar uma pressão em alguns contratos que estão em andamento, ou em licitação, que convenhamos estão muitos carros!! Mesmo com transferência de tecnologia!
    5 – Essa feira em Abril LAAD – Acredito que vai mudar a cabeça de muita gente nesse governo, e principalmente de nossas empresas sobre aporte de capital.
    6 – essas fusões como a da MECTRON e grupo Odebrecht, onde essa empresa tem muito acesso a governos pelo seu tamanho, vai trazer um ganho real para o BRASIL como um todo.
    7 – Estou esperançoso quanto ao meu comentário, acredito que este ano vai ser sim, um divisor para melhor do Brasil, com os EUA, tendo que tomar muitas decisões quanto a presença do Brasil e sua estratégia mundial de DEFESA e principalmente parcerias Tecnológicas e econômicas… Traduzindo só temos a ganhar!! Acredito que tem que ocorres sem promiscuidade, natural… Parceiro bom é Parceiro forte, para mim pouco importa se é China, Russia ou EUA!

  2. Acho que já passou da hora das empresas de defesa brasileiras procurarem outras fontes de investimentos que não o GF. Lógico que seria muito melhor se empresas brasileiras, com maior porte e estabilidade enxergasse possíveis lucros nesta área e assim fechassem acordos como este. Seria maravilhoso se alguma empresa nacional tivesse a mesma iniciativa com a nossa AVIBRAS, quem sabe a EMBRAER? ABS…

  3. O governo tem de parar de financiar a classe rica,é universidade,é juro para os banqueiros,é aposentadoria integral para funcionários federais,precisamos acabar com o senado,não precisamos de vereadores,reduzir a quantidade de deputados,mais para isso precisamos de um plebiscito.

  4. aleluia!!!!!!!!!!!!!!11 até que enfim alguem falou uma coisa que eu já estou repetindo a um tempão, sobre estes parasitas que estão presos ao nosso país de uma forma que não levam o país a se desenvolver, mais as contas bancarias deles estão bem abarrotadas e eles estão cada vez mais desenvolvidos, enquanto que o pais está tentando chegar a uma classe que chamam de desenvolvida, mais não tem dinheiro para aumentar um salario de 540 reais, nem investir em tecnologia para as forças armadas, mais quando se fala em aumento para eles é no mesmo dia e se assim não for na calada da noite, de madrugada pra ser exato eles votam e aumentam seus proprios salarios com base numa lei que eles mesmos criaram para se beneficiar com essa mamata.
    assim não da.
    e muito obrigado joão terba por ter mandado seu modo de pensar, pois por causa desses politicos, esse país não vai pra frente, não tem nada a ver com falta de dinheiro pois se assim fosse eles não aumentarião os seus proprios salarios e não roubarião tanto, pois não terião da onde tirar, mais como tem ele tirão dali e depois justificam que não tem dinheiro.

  5. Acredito a Avibrás ser a próxima aquisição da Odebrecht, essa empresa acompanha a Mectron no desenvolvimento do MAN para a Marinha é parceira com a Mectron e Denel no desenvolvimento do A-DARTER,creio que uma complementa a outra!

  6. Não se esqueçam da AVIBRÁS!!!!

    Ela é tão importante quanto a MECTRON, e devemos lutar para que ela continue sob controle nacional, e claro financeiramente saudável. E sozinha ela não vai conseguir se manter, que seja a ODEBRECHT, ITAÚ, EMBRAER, VALE, GERDAU, mas que seja mantido o controle NACIONAL.

    []’s

  7. Mateus NÃO ACREDITO NESSES CORTES!
    meu amigo então você é cego você não ler ?
    segundo se isso é bom que sistema é esse o milagre da multiplicação ao contrario ? XO parece piada.

  8. Dilma vai anular esse corte, e vai dar até mais dinheiro.
    Tecnologia de ponta é prioridade número 1, em qualquer país do mundo.
    Vamos demitir, quem cortou a verba do desenvolvimento tecnológico da Defesa Nacional.
    Quem foi ?

  9. Antônio Marcos = É isso ai!
    Matador = Parece que não Leu todo o comentário, mas isso de alguma forma é bom, se todos pesassem da mesma forma não teria a necessidade de Fórum de discursão, não é verdade!
    Mas como coloquei, no inicio, ninguém vai falar que vai sair gastando por ai, vão com calma para acalmar o mercado “Economia”, depois é outra historia!!

  10. A EMBRAER bem que poderia comprar a Aeroeletrônica, para nacionalizá-la novamente. Até porquê a AEL é fornecedora da EMbraer e é uma empresa de muito potencial.

  11. Produção de Material Bélico tem que ser Estatal,com a parceria de algumas empresas privadas. Motivo: As empresas privadas cobram muito caro,o que inviabiliza a aquisição pelas FFAA.

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