Sugestão: Cmdt Maranhão
BOGOTÁ — O governo da Colômbia denunciou que o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) descumpriu com parte do acordo de libertação de dois sequestrados para a missão humanitária liderada pela ex-senadora pelo Partido Liberal do país Piedad Córdoba.
O delegado colombiano Eduardo Pizarro afirmou no último domingo (13) que “as Farc cometeram um ato que nos escandaliza: entregaram as coordenadas, os helicópteros foram a estas áreas e ocorre que supostamente os sequestrados não se encontram no departamento de Tolima, mas sim no Vale do Cauca”.
Os departamentos de Tolima e Vale do Cauca são ligados pelo Cañón de las Hermosas, uma região montanhosa que serve de refúgio para Alfonso Cano, líder máximo das Farc. A área já foi submetida a intensas buscas oficiais e bombardeios.
“Esta atitude estranha, incomoda e nos inquieta muito”, assegurou o delegado, que anunciou que, de qualquer forma, “o governo vai cumprir os compromissos” para facilitar o que for necessário no processo de entrega dos reféns.
No entanto, Pizarro assinalou que as autoridades não continuarão com a suspensão das operações militares na região, que estava em vigência até às 6h locais de hoje (9h no horário de Brasília). Nesta noite, o governo de Juan Manuel Santos analisará as ações que tomará com relação à guerrilha.
Estava prevista para ontem a entrega de três reféns, mas apenas o policial Carlos Alberto Ocampo foi resgatado. As autoridades ainda não sabem o paradeiro do major da polícia Guillermo Javier Solórzano e do cabo do exército Salín Antonio Sanmiguel, ambos reféns.
Ocampo, sequestrado em 28 de dezembro de 2010, foi resgatado por um helicóptero brasileiro com um grupo do Comitê Internacional para a Cruz Vermelha (CICV) e com Córdoba na manhã do domingo.
Sobre os demais reféns, o chefe da delegação do CICV na Colômbia, Christophe Beney, afirmou que “é um momento muito difícil para os familiares que estavam esperando seus entes queridos. Esperamos que esta missão humanitária possa acabar logo para que eles possam se reunir”.
Julia María Orozco, esposa de Solórzano, declarou à Rádio Caracol que a Cruz Vermelha lhe explicou que o resgate não ocorreu “por causa do clima, que está muito difícil na região. Espera-se que para amanhã esteja melhor e que as operações se reiniciem”.
A ex-senadora escreveu em sua conta no microblog Twitter que pediu autorização ao presidente Santos para que amplie a suspensão de operações militares na região para após as 6h locais para que os resgates possam ser retomados. “Estamos bem e as libertações continuam, por condições climáticas muito más tive que aterrissar o helicóptero em Chaparral”, um pequeno povoado em Tolima, informou Córdoba.
De acordo com a imprensa colombiana, Ocampo recebeu atenção médica, teve o cabelo cortado e iria passar a noite de domingo com a família. A missão humanitária recebeu, nos últimos dias 9 e 10, dois políticos regionais e um infante da Marinha que estavam entre os reféns das Farc que a guerrilha prometeu libertar como ato de desagravo à ex-senadora.
No sábado, o mandatário colombiano qualificou o resgate como um “show midiático absurdo” e ironizou o vereador Armando Acuña: “Que tal o vereador saindo da selva de gravata?”, disse, em referência ao político que, após 20 meses de sequestro, saiu do helicóptero da missão humanitária vestido com uma gravata.
“Tudo é preparado para produzir um efeito. Isso de humanitário tem muito pouco”, criticou Santos, ao anunciar que revisará “a política de continuar permitindo libertações gota a gota” e passar a exigir a libertação de todos os sequestrados.
A ex-senadora pelo Partido Liberal reiterou ontem que em poucos dias haverá uma reunião em Buenos Aires com outros interessados nas negociações de paz na Colômbia e que do encontro sairia uma proposta “bastante interessante para o país e para a América Latina”.
Eles estão sendo vigiados, e depois serão atacados..estão querendo um tunfo, essa é a jogada.Estão errados, deveriam depor as armas d virarem um, partido e disputarem o poder pelo voto.
Vão todos virarem alimento de vermes isso sim.Guerra é guerra se mata se morre.Ou a Colombia acaba de uma vez por todas com esse conflito ou sua imagem ficara desprestigiada…Foguetada neles todos.
Um pouco mais de informação sobre o conflito colombiano é interessante:
AS FARC, bem como a ELN, possuem mais de 40 anos de luta armada contra o regime.
Nasceram devido à extrema concentração de renda e poder, no campo.
Com Uribe no poder, o Exercito Colombiano desloca a guerrilha das suas posições, para que as AUC (Paramilitares) ocupem as plantações de coca e as explorem. Santos dá continuidade a esta política de proteção as AUC.
Na história do conflito civil colombiano, as AUC mataram cinco vezes mais do que todas as organizações de esquerda na Colômbia. Nada disso é informado pela mídia brasileira, que como de costume, filtra aquilo que acredita ser notícia, ou não. O exemplo recente, são as manifestações contra Berlusconi, na Itália, que reuniram multidões na casa dos milhões, mas que foi omitido por aqui.
Normal, não?