Texto-Tradução e adaptação: Plano Brasil
E.M.Pinto
Projetado e construído pelos estaleiros CNIM Socarenam, o primeiro engenho de desembarque anfíbio (EDA-R) foi lançado na semana passada em Boulogne-sur-Mer. Os ensaios e provas serão efetuados até março de 2011.
A embarcação é destinada a substituir as barcaças que transportam materiais (CTM) e foi projetada para operar abordo dos navios de projeção de poder (BPC) da classe Mistral.
EDA-R en configuração Catamaran (© : CNIM)
EDA-R en configuração Desembarque (© : CNIM)
Trata-se de um catamarã com dois motores e deriva do projeto (L-CAT), da própria CNIM. Possuem 30 m de comprimento com uma largura de 12 m. As EDR-R são construídas em alumínio e podem se deslocar a velocidades de 18 nós uma carga de 80 toneladas, incluindo veículos blindados e tipo Leclerc VBCI (capacidade máxima de “carga útil é de 100 toneladas).
L-CAT (© : MER ET MARINE – JEAN-LOUIS VENNE)
L-CAT (© : MER ET MARINE – JEAN-LOUIS VENNE)
Quando vazia, A EDA-R pode se deslocar a velocidade de 25 nós e para isto faz uso de quatro motores a diesel e jactos de água (waterjet).
A embarcação possui abrigo para os tripulantes, cargas e máquinas e desloca-se como um catamarã na velocidade máxima, para isto eleva a sua plataforma elevatória central, em 2,4 m. Perto da costa, a sua plataforma é abaixada para permitir a aterragem na praia, convertendo-se numa barcaça tradicional. A elevação da plataforma central não colabora somente na velocidade de deslocamento do veículo, uma vez que diminui o atrito com a água e permite mair velocidade, esta plataforma também colabora no desembarque de cargas em regiões portuárias, uma vez que ajusta-se as diferentes alturas dos portos de desembarque.
O conceito da CNIM permitiu a elaboração de um veículo de desmbarque de materiais de longo raio que possibilita efetuar operações além do horizonte. A embarcação possui um alcance muito superior aos Hover Craft e seu perfil de operação permite a execução de missões a distâncias maiores dos perímetros de conflito, reduzindo a necessidade de aproximação da costa por parte dos navios transportadores (BPC).
Isto melhora o elemento surpresa e limita o risco de ataque a partir da costa. A velocidade e a utonomia dos EDA-R, bem como suas capacidades de carga, proverão à Marinha de uma embrcação muito mais versátil e capáz que as atuais CTM.
A Direcção-Geral do Armamento (DGA) notificou em 15 de junho, 2009, o contrato que prevê a construção inicial de quatro EDA-R.podendo ser extendido em breve para oito EDA-R.
L’EDA-R (© : CNIM)
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