França planeja construção de usina nuclear submarina

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Usina atômica submarina

O grupo francês DCNS (Direction des Constructions Navales et Services) anunciou que está começando a detalhar o projeto de construção de reatores nucleares submarinos, para fornecer eletricidade para regiões costeiras.

Em comunicado, o estaleiro afirma que o projeto, batizado de FlexBlue. é uma “resposta aos desafios da crescente demanda global de energia e dos renovados interesses na energia nuclear, que reduz a emissão de gases de efeito estufa e ajuda a poupar os combustíveis fósseis”.

Os estudos deverão durar dois anos, e só depois disso a empresa decidirá sobre a construção de um protótipo.

Reator submarino

A usina nuclear submarina será uma espécie de submarino estacionário, com 100 metros de comprimento e de 12 a 15 metros de diâmetro.

Ela ficará no leito oceânico, a uma profundidade entre 60 e 100 metros. A água do mar serviria como um gigantesco radiador, um meio de resfriamento ilimitado para a usina. O quanto esse calor impactaria a vida marinha ao redor ainda é uma questão a ser estudada.

Com uma massa de 12.000 toneladas, o FlexBlue terá em seu interior o reator nuclear, semelhante ao usado em submarinos e navios quebra-gelo, um turbo- alternador e todos os sistemas auxiliares de potência.

A energia gerada será levada por meio cabos submarino até o continente. Cada reator FlexBlue poderá gerar de 50 a 250 MW.

Destacando que três quartos da população do mundo vivem a até 80 quilômetros da costa, a DCNS afirma que o reator submarino poderá ficar a uma distância entre cinco e 15 km da costa.

Segurança

Depois de fabricado em um estaleiro, o FlexBlue será levado de navio até o ponto de instalação. Acionado por motores próprios, ele será guiado por controle remoto até seu ponto definitivo de instalação.

Recentemente a Rússia apresentou o projeto de uma usina nuclear flutuante.

Mas a DCNS afirma que uma usina submarina é mais segura, por não estar sujeita a terremotos, tsunamis ou enchentes e por ser menos vulnerável a “ataques voluntários”. No caso de defeitos, a usina-submarino vai até a superfície, onde é recolhida por um navio e levada ao estaleiro para conserto.

Fonte: Inovação Tec.

12 Comentários

  1. Qualquer vazamento será uma tragédia ambiental maior q a do Golfo do México. E a idéia de usar o mar como “radiador” pode aumentar a temperatura das águas próximas e afetar a vida marinha. Se estão dispostos a não ter indústria pesqueira e importar scargot, vai fundo!

  2. É assustador! parece que só podemos ter energia se for atômica ! será que os teste serão no Atol de Mururoa?

  3. Cade um certo ser, mestre da “lengoa portugeiza”, que sempre posta aqui dizendo que o Brasil precisa de uma dessas pra ano passado?

  4. O GreenPeace não vai falar nada mesmo. Pode ir, França. Quem sabe o resto do ocidente também faça o mesmo.
    Sarcasmo.

  5. “A água do mar serviria como um gigantesco radiador, um meio de resfriamento ilimitado para a usina. O quanto esse calor impactaria a vida marinha ao redor ainda é uma questão a ser estudada.”

    Falem sério isto é um crime ambiental sem precedentes…

  6. Se á uma lição que grandes catrástofes nos ensinam é a de que serão sempre respeitadas. Além da preocupação dos participantes aqui sobre essa aventura francesa, ainda temos o Titanic, que ao ser mencionado o substantivo iceberg sempre surge. Vê se os blocos de gelo são comumente mencioandos? Não são!
    Eu reforçaria a preocupação dos amigos com a possibilidade de terroristas ou mesmo piratas terem acesso a esse equipamento no fundo do mar. Por mais poderosa que seja a França, perigo é o que não falta. Portanto, a fiscalização do local em que ficará a usina deve ser vigiada por um de seu submarinos indefinidamente (a França está para a proteção dessa usina com seus submarinos nucleares, como o Brasil está para o pré-sal com o mesmo tipo de submarino). Inclusive a troca de submarino para essa tarefa deve ver cuidadosa.
    Mas é claro que os responsáveis por esse projeto devem ter pensado em todas esses deafios. É mesmo Bruno cadê o greenpeace? A é, não é o Brasil que está por tráz dessa tecnologia!

  7. Queria ver o tamanho dos pulos dos ambientalistas se o Brasil anunciasse que construiria umas 10 usinas nucleares na Amazônia…

    Energia nuclear é o futuro? Sim, mas não mais as baseadas em reatores de fissão, e sim os de fusão nuclear. Porém, como detemos a 6ª maior reserva de urânio (mais de 300 mil toneladas) e a MAIOR reserva de tório do mundo (mais de 1,3 milhão de toneladas), DEVEMOS investir nesse modo de geração de energia, muito mais limpo que as termeléticas…

    Avante Brasil! Quero pelo menos 50 GWe/h instalados até 2050, e com reatores de projeto e construção 100% brasileira!!!

  8. Acho interessante que só comentam o lado negativo não é?
    Ou ao menos foi quase isso…

    Veja bem, a notícia é um projeto e o impacto deve ser estudado é claro!
    Riscos com vazamentos e etc existem, mas esses riscos existem com qualquer tipo de iniciativa energética, assim como o impacto ambiental também…

    Ora meus camaradas, somos campeões no mundo em varrer uma vasta área e inundar para ter lago de hidroelétrica e por fatores culturais somos ensinados de que o impacto é muito pequeno…
    Pois não é… O impacto é muito grande também… Mas quem liga? Tivemos uma vida inteira fazend se o isso sem que “eco-chatos” aparecessem…

    Se esta for uma alternativa viável e que se tenham riscos e impacto aceitáveis… acho que é 100% pertinente que se pense nisso e que se coloque o devido investimento para tal…

    Quando se trata de energia todas as possibilidades devem ser estudadas afinal, dependência energética é algo que nem mesmo os bons samaritanos e adeptos da cartilha do politicamente correto gostam de pensar…

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